Adeus... A despedida da travessa escrita por AmazonaNegra


Capítulo 1
A você deixo meu adeus papai


Notas iniciais do capítulo

Olá XD
Está é minha primeira OneShot, pois não sou acostumada a escrever minhas historias em apenas um capitulo... Mas senti a necessidade de escrever essa, então espero que gostem.



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Já era madrugada, muitos ainda descansavam em Asgard a espera de um novo dia, porém alguém já havia acordado mais cedo que todos, estava inquieta em seu quarto, uma jovem de longos cabelos negros, olhos esverdeados tais como as mais belas jóias desta coloração, até posso dizer que eram verde como os vastos campos do seu lugar de origem. Sua pele era branca, tinha estatura mediana, um jeitinho teimoso, traço de quem herdou de seu pai, o que herdou de sua falecida mãe foi á bela voz e a vontade de provar o seu valor aos mundos.
Com todo cuidado do mundo a menina ajeitava suas coisas em uma pequena mochila, pegava a tudo que era seu, roupas, frascos para poções e remédios, livros, papeis e em suas costas colocava seu amado arco, um arco de coloração azulada, presente de uma senhora elfa muito poderosa. A jovem elfa deusa estava pensando nisso há certo tempo, iria partir de Asgard, não era um desejo seu, mas era o certo a se fazer, pelo menos em sua mente era.
Quando terminou de guardar a todas as suas coisas em sua mochila, aproximou-se de uma pequena mesa que ali tinha, puxou a cadeira e sentou-se. Com cuidado puxou um pedaço de pergaminho e o colocou a sua frente, levou a sua mão direita até um frasco com uma pena e um pouco de tinta, a morena com cuidado molhou a ponta da pena e levou ao pergaminho onde começou a escrever.

“Papai...”

Logo ela pensou que fosse uma maneira infantil de chamar a seu pai, por isso amassou o pedaço de pergaminho e o jogou longe, puxou uma nova folha, novamente molhou a ponta da pena:

“Meu querido pai:

Como estás nessa manhã? Eu estou bem, muito bem e... Não... Na verdade, há muito tempo não estou bem, tento sempre vos parecer alegre para não incomodá-lo com algum problema meu, já não sou mais uma criança.
Meu pai lembra-se de nosso primeiro encontro? Lembra-se da sensação de podermos nos abraçar pela primeira vez? Sinto que a partir desse dia pude contemplar aquilo que chamam de amor, um amor que uma filha tem com seu pai, um amor familiar, algo que faltava tanto a mim quanto a você.
Nós ficamos muito unidos, eu sempre estava á procura de seus ensinamentos, queria ser como você, e ti também sempre estiveste á procura para saber sobre minha raça por parte de mãe, do que aprendi até aquele momento.
Também fizemos alguns passeios, eu o levei para a minha amada terra media, onde apresentei alguns lugares nos quais encontro paz, lembro-me que achaste-te nossas orelhas engraçadas por serem pontudinhas. Ti também me levaste para Midgard, o mundo dos humanos, apresentou-me ao tal Reino Unido, eles que tem uma cultura tão diferente de nós, porém eu estava em tua companhia e por isso não ligava para mais nada, pois pela primeira vez em minha eternidade senti-me protegida.
Tivemos problemas também, tive sérios problemas em controlar minha raiva diante as ofensas que tal guerreira meretriz Sif lhe fazia, joguei a ela um encantamento fazendo com que grandiosas aranhas aparecessem e não contente acabei machucando tal guerreira a ponto de que ti levaste a culpa por mim. Então aproveitei-me de sua ausência para assumir o que fiz, acabou que fui levava as masmorras, por meses ficamos sem nos falar, recusava-me a alimentar-me. O dia em que tu foste-me ver achei que finalmente havia enlouquecido, mas você venceu seu orgulho para poder me ver. “

A menina enquanto escrevia em alguns momentos um sorriso lhe escava ao rosto por se lembrar de tais cenas, eram preciosas memórias que guardaria consigo. Logo molhou a ponta de sua pena mais uma vez para continuar a escrever a carta para seu amado pai.

“Se recorda do desafio entre eu você e o tio Thor? Levei uma surra de ambos, porém foi um grande aprendizado, acho que vós meu pai, não esperava por um desafio tão pacifico.
Deve estar se perguntando, por que agora estou lembrando tudo isso? Porque eu nunca irei me esquecer dos momentos em que passamos juntos, dos nossos planos para conquistar Midgard, dos nosso treinos, nossas risadas e brincadeiras, até mesmo no momento em que tive medo e vós estiveste comigo... Eu irei embora meu pai, desta vez não é apenas uma fuga para acalmar a minha mente agitada, meu destino nem eu mesma sei.
Peço perdão se comigo algum erro contigo, peço perdão se disse algo que o desagradou ou se apenas não fui à filha no qual sonhará. Peço-vos que não se preocupes comigo... Eu irei me cuidar, afinal sou filha do Deus das travessuras, sempre tenho que estar a um passo na frente dos outros.”

A morena por algumas vezes teve que cessar sua escrita em conta das lagrimas que se acumulavam em seus olhos, algumas até lhe escapavam e caiam sobre o pergaminho borrando levemente certas partes. O choro que se seguiu era silencioso embora dolorido, dizem que esse é o pior choro que existe, o choro silencioso é aquele que machuca até o mais profundo de seu ser, um choro solitário sem ter a quem pedir ajuda. A menina respirou fundo e voltou a escrever sua carta.

“Pai... Por favor, não me odeie, seja por algo que fiz ou pelo que estou fazendo agora... Sempre serei a sua menininha, o que estou fazendo chega a ser doloroso demais, mas estou fazendo... Para não lhe atrapalhar mais em sua vida, as lagrimas que agora lavam meu rosto simbolizam... O quando isso dói... Mas sou uma tola por chorar em uma despedida... Ou talvez eu esteja chorando por não poder lhe dar um ultimo abraço, lhe olhar e dizer o quanto o amo e tenho orgulho que seja meu pai, não me importa o que os outros dizem sobre ti, és meu pai, e nunca teria vergonha de dizer isso... Meu pai, meu querido pai, sempre lhe amarei como és...

Com carinho... Tua amada filha...”

Logo após estas ultimas escritas a jovem pôs seus braços sobre a mesa deixando que algumas lágrimas ainda escorressem ao rosto, levou a mão esquerda a sua boca para que nenhum som dela fosse emitido. Respirou fundo e com cuidado se levantou, ainda deixou junto com o pergaminho uma pequena escultura de gelo, era algo que representava a menina e seu pai Loki, um homem segundo a mão de uma pequena criança. A menina deixou que um pequeno sorriso lhe escapasse aos lábios, pegou sua mochila e colocou sobre as costas com cuidado, pois ali também estava seu arco com algumas flechas.
Com passos curtos andou até a porta, os olhos fixavam demoradamente em cada canto para ter a total certeza de que não se esqueceria daquele quarto no qual ficou por muito tempo, assim ela abriu a porta e olhou sobre os ombros uma ultima vez antes de sair e fechar a porta silenciosamente.
Descia enormes escadarias e seguia pelo corredor, as lagrimas ainda insistiam em se acumular em seus olhos, mas se mostrando foto passou o braço direito nos olhos enxugando-as. A pequena elfa se dirigiu para a Bifrost onde lá estava o guardião de tal passagem. Ele não perguntou nada nem mesmo a impediu, pois quando olhou nos olhos da menina sentiu a dor, talvez até um pouco de desespero e tristeza por isso faria o que ela pediu.
A jovem travessa foi curta e direta “Abra o portal... Jogue-me em algum mundo aleatório” e assim ele o fez, as únicas palavras que ele proferiu para ela foi “Boa sorte.”
Quando finalmente a madrugada acabou e se deu inicio a manhã, Loki foi ao quarto de sua filha notando que ela ainda não sairá de lá, quando abriu deparou-se com o quarto vaziou, andou a todo cômodo até chegar perto da mesa onde viu a pequena escultura de gelo e um pedaço de pergaminho com a letra de sua filha. Em silencio ele leu lentamente a cada palavra, até mesmo teve que se sentar a beira da cama e levar as mãos aos olhos tentando impedir algumas lagrimas que estavam por vir, não sabia se sentia ódio de sua filha ou medo por ela estar sozinha.
Assim que o Deus Loki terminou de ler tal carta saiu em disparada evitando a todo qualquer comentário pelo caminho devido sua pressa, quando chegou à presença do guardião ele lhe disse que apenas abriu a Bifrost, mas não escolheu o destino, e que a menina usava agora um feitiço para que o homem não pudesse vê-la. Naquele momento Loki caiu de joelhos ao chão, ao mesmo tempo em que estava triste por estar sem sua menina e ainda não entendendo o motivo de sua partida estava orgulhoso, pois ela evoluirá a ponto de pensar em algo para não ser rastreada.

“-Se algum dia em voltar a vê-la... Teremos um grande duelo... Aposto que poderei chamá-la de rival... Mas não importa... Sempre amarei a minha querida filha”



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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? XD