Poemas ou Travessuras? escrita por Bianca Fiats


Capítulo 5
Capitulo 05 - Ser ou não ser...um perfeito idiota?


Notas iniciais do capítulo

Não, meu amor, você não é um idiota...

Scorpius again povo. E eu me apaixonando pouco a pouco por ele.



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O baile. Estávamos dançando com todos os outros olhando para nós com inveja e ciumes. Mas não me preocupava com isso, porque eu só tinha olhos para ela. Aquele rosto angelical e cabelos que abraçavam seu corpo como um pedaço de caramelo. Ela usava um vestido branco rodado e longo, e seu corpo encaixava-se perfeitamente em meus braços. Quando a música terminou, ela tinha o sorriso mais lindo do mundo em seus lábios, como se prevendo o que estava por vir.

Ajoelhei-me aos seus pés e todos no baile pararam. Nos cercaram e ela levou a mão à boca.

“Eu prometo fazê-la feliz por toda uma vida e até mesmo após ela. Você aceita se tornar a próxima Senhora Malfoy?”

A lateral de seus olhos repuxou graças a seu belíssimo sorriso. Meu coração saltou à boca. Nada mais importava, apenas nós dois e sua resposta. Ela abaixou-se e segurou meu queixo com a ponta de seus dedos. Esperava pelo seu beijo, quando ela sussurrou sua resposta.

“Não”.

Acordei com um grito. E um travesseiro atravessado vindo do outro lado do quarto.

“Vai dormir” Roger Goyle resmungou irritado e voltou a dormir.

Esfreguei meu rosto e escondi meu rosto com as mãos. Não podia acreditar no que estava acontecendo. Era o mesmo pesadelo, o que se repetia há dois anos. A única coisa que mudava era a fisionomia entre nós dois. Estávamos ficando mais velhos, e ela cada vez mais bela. Senti a cama afundar e quis resmungar, mas só iria trazer mais um travesseiro no rosto.

“É o velho pesadelo?” Albus estava sentado no beiral da minha cama. Ele era o único amigo verdadeiro que tinha na Sonserina. Albus tinha temido entrar na casa, mas tão logo seu medo inicial passou, estávamos enturmados. Ele era o único que sabia sobre meus maiores medos e anseios, que era me tornar o orgulho do meu pai e tremer de medo de abelhas, não necessariamente nessa ordem e desejo. Obviamente que havia coisas que eu mantinha em segredo, como por exemplo, a realidade desse sonho: para ele era apenas uma derrota no quadribol pela Lufa-Lufa.

“Sim. O mesmo de sempre. Acho que estou enlouquecendo” Esfreguei de novo meu rosto e Albus riu.

“Vamos, se continuar fazendo isso vai ficar em carne viva…. Melhor, continue fazendo isso, assim sobram mais beldades para mim”

Ergui minha sobrancelha para o Dom Juan. Ele gostava das garotas. MUITO. Sempre havia rumores que ele estava com alguém diferente. E por tabela, como andava muito com ele, eu também ganhei fama. Uma fama injusta, pois ao menos eu sabia (ou acho) que Albus aproveitava as boas graças das garotas. Eu ainda era virgem, de tudo. Nunca havia beijado, nunca havia transado. Eu era uma negação entre os outros garotos da minha sala. Literalmente, todos eles haviam já experimentado algo diferente com as garotas daqui.

Em contrapartida, com minha fama, obviamente que cada vez mais tinham garotas atiradas em meus braços. Querendo saber se eu era tão bom quanto falavam. Eu não sei quando esses boatos haviam começado, só sei que agora eu experimentava algo que alguns alunos de Corvinal enfrentavam desde o primeiro momento de suas vidas em Hogwarts. Mas algo me dizia que essa fama também só ajudava a afastar a mulher que eu amava. Gemi frustrado antes de voltar a enterrar o rosto no travesseiro. Era fato eu ia morrer virgem.

Albus me tirou de meus devaneios me puxando da cama.

“Vamos andar, já é cedo o suficiente para uma caminhada”.

Ergui meu rosto do travesseiro e o olhei como se tivesse nascido uma nova cabeça com chifres e suas mãos viraram gigantes e verdes como a de um trasgo.

“São seis da manhã e está um frio infernal lá fora. Você acha que é uma boa hora para caminhar?”

Albus deu de ombros como se não houvesse problema algum e já estava na sua empreitada de vestir-se. E quando ele começou a pegar as melhores roupas, até mesmo para uma caminhada, comecei a desconfiar que ali havia mais do que simplesmente andar pela grama de Hogwarts.

“Albus!”

“O que? Fiquei sabendo que Libusee corre de manhã próximo à casa de Hagrid. E o ajuda a cuidar de sabe-se lá o que. Só queria ver se ela quer ajuda”

Fiquei parado em choque. Ele estava atras de Libusee agora? Todos sabiam que ela era a cereja do bolo, não, ela era o troféu do torneio TriBuxo. Ninguém NUNCA tinha conseguido se aproximar dela. Eu poderia pular alguns anos e ir direto para a turma de Adivinhação e dizer: ‘Prevejo problemas em breve’. Mas quem era eu para me queixar? Dei de ombros e fui me vestir. Em pouco tempo estávamos numa caminhada com um frio horrível próximo à casa de Hagrid. E lá ao longe estava ela, correndo com uma roupa distinta em cores azuis e bronze. Ela não havia percebido que tinha expectadores. Albus procurava por algo, mas não olhava para Libusee em momento algum.

“Essa é sua tática?” E quando Albus me olhou curioso eu apontei para Libusee “Fingir que ela não está aqui para olhá-la?”

Por instantes pareceu que ele não sabia o que ia dizer, até que Albus deu de ombros. Ao longe percebi que Libusee nos olhava. Eu sentei-me em uma pedra gelada que tinha no alto da colina. Albus retornou o mesmo olhar que eu havia lhe dado no dormitório.

“Vai lá falar com ela. Estarei aqui… bem” Ergui meu diário e Albus revirou os olhos. “Só vá logo.”

Albus resmungou algo sobre eu ser inconveniente, mas ainda assim desceu o caminho de pedras em direção a Libusee. Ela havia parado de correr e agora esperava que Albus se aproximasse. Olhei para os dois e abri meu diário. Podia ter escrito nele sobre meu sonho, ou sobre o que aconteceu no dia anterior, mas há muito que meu diário se tornou um livro de poemas. Um livro de poemas sobre ela.

Anjo de gelo, dançando com as brumas da noite

cabelos ao vento na fria geada,

sem se importar com os flocos que caem

e derretem no calor de seu corpo.

“O que está fazendo? ”

Deu um pulo e fechei meu diário com força. Rose Weasley estava parada ao meu lado, mas para minha sorte não olhava para mim ou o que eu fazia. Tinha os olhos fixados em Libusee e Albus conversando. Libusee ria de alguma piada de Albus enquanto ele se aproximava e a abraçava. E meu cérebro embaralhou, pois eu nunca tinha visto ela permitir que qualquer garoto a tocasse. Isso só ajudaria a reforçar o fato de que o Don Juan provavelmente fosse o único que iria conquistar Libusee Campbell.

“Saímos para caminhar e decidi escrever um pouco em meu diário. O dia está tão lindo.” Falei com certa ironia, mas ela nem pareceu perceber. "E você? O que faz aqui?"

Rose me olhou de rabo de olho, mas sua atenção completamente focada no casal perto da cabana de Hagrid.

"Não perguntei o que você obviamente estava fazendo. Quis saber o que Albus faz, mas está mais do que obvio também..."

Revirei meus olhos.

"Você é tão... Tem certeza que o chapéu não a colocou erroneamente em Grifinória? Aposto que se daria bem em Lufa Lufa." Em resposta recebi um soco no ombro. "Brincadeiras à parte, seu pai tem te irritado para me ganhar nos testes de novo?"

Isso tirou uma risada de Rose, que se sentou ao meu lado e me abraçou pela cintura. Éramos bons amigos, acho que assim como no passado Hermione, Harry e Rony eram. Rose descabelou os fios da minha franja, o que me fez sacudir a cabeça irritado. Meu cabelo nunca ficava organizado como o de Draco Malfoy.

"Ele decidiu que eu devo treinar tanto quanto ele para te vencer no quadribol. E seus pais? Ainda insistindo em ir trabalhar como assistente deles no Ministério?"

"Só vou se você prometer que me acompanhara para nós disputarmos."

Tentei tirar a atenção dela do fato que meus pais eram ótimos, mas não tão presentes como os dela. Por mais que eu fosse bom no que fazia, meu pai não demonstrava o menor sinal de se orgulhar de mim. Rose estava rindo quando vi dois pares de pés diante de nós.

"Parece que alguém está se divertindo."

Albus parecia irritado, e eu não sabia o porquê. Ele estava em plena conquista de Libusee, a grota mais bonita de Hogwarts. Ao contrário do que todos pensavam, ela não era apenas um rostinho bonito, ela tinha uma personalidade única. Gosto de olhar as pessoas, e vi que Libusee era como toda pessoa de Corvinal um mistério: concentrada, distante ao invés da típica gentileza que se espera de alguém de Corvinal, mas basta um sorriso que derrete os fantasmas. Eu já a vi parar Pirraça de aprontar com outros alunos. Mas o que eu mais tenho medo de olhar para ela, é que Libusee tem aquele olhar de quem consegue desnudar a alma. Libusee olhava para os braços de Rose e depois para Albus. O último a receber um olhar fui eu. Não era condenatório como todas as garotas olhavam e eu sabia que Rose tinha problemas por andar comigo e Albus. Libusee parecia apenas curiosa.

"Pois parecia que vocês também estavam se divertindo bastante" Rose respondeu no mesmo tom de Albus.

"Querem que eu monte um ringue de luta?" Revirei os olhos e não pude deixar de notar que Libusee sorriu. Mas quando ela percebeu que eu a observava, o sorriso morreu.

"Vou deixá-los a sós para conversar. Com licença" Ela não deixou que qualquer um de nós respondesse e partiu para a cabana de Hagrid.

"Vai tarde" Rose resmungou e não tive chances de retrucar, pois ela já se apressou a falar antes de qualquer reprimenda "E sobre o baile? Vão com quem?"

Dei de ombros.

" Sozinho acho."

"Não pode ir sozinho." Rose exclamou assustada.

"Está me convidando Rose?" Mexi minhas sobrancelhas e a fiz rir. Albus que até agora tinha olhado para Libusee se afastando.

"Não tem par Rose?"

"Por que? Está me convidando? " Rose imitou-me com um sorriso de ponta a ponta.

"Não. Vou com Ginger Parkinson de Sonserina"

A boca de Rose abriu e ela parecia ter recebido um feitiço petrificus totalis. Acho que poderia imitar sua reação, mas não aguentei segurar a pergunta.

"Achei que fosse com Libusee."

"Ela recusou todos os pedidos. Dos alunos de Corvinal, alguns de Lufa Lufa e também alguns da nossa casa. Achei que meu ego não aguentaria sua negação. "

Rose já não estava mais lá ouvindo a resposta, enquanto eu me sentia pisando em cacos de vidros. Pensei no meu sonho e me questionei se realmente valia a pena ir a esse baile idiota. Ergui-me, mas não fui muito longe.

"E você? Vai com alguém?" a voz de Albus falhou. "Vai com Rose? "

"Eu não vou com ninguém Albus. Eu não vou ao baile."


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