O Casamento do Século escrita por alaska0102


Capítulo 15
Capítulo 15: Missão Quase-Impossível


Notas iniciais do capítulo

Oi galera!
Estou feliz pois agora posso voltar a postar com frequência! xD
Neste capítulo, Titi tenta reconquistar, depois de tantos anos, a sua "amada" Aninha. Estão adultos. As coisas estão diferentes. Mas será que estão tão diferentes assim?
Espero que gostem! ;)



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*Narração do Narrador*

Ah, me deixa, Titi! Sai do meu pé! —berrava Aninha, no meio da praça do Limoeiro em pleno domingo.

—Aninha, precisamos conversar... -dizia Titi.

Uma pindaíba que precisamos conversar!

Aninha, por favor, pelo menos escute o que eu tenho a dizer... 

Urgh! Depois de tantos anos você continua me perseguindo e acabando com todos os meus encontros!

—Tudo o que eu fiz foi por amor...

Por amor?! AMOR?! Pelo amor de Deus, Titi, E DESDE QUANDO VOCÊ ENTENDE ALGUMA COISA EM RELAÇÃO AO AMOR?!

Desde que lhe conheci!

POUPE-ME! Por que você não para de pensar só em você mesmo pelo menos uma única vez na vida?!

Titi permaneceu ali, pensativo, e um pouco pasmo.

Dois dias antes...

—Iaê, cara? Tudo beleza? -perguntou Titi, cumprimentando Cebola com um batido de mão.

—Tudo ótimo. Mônica e eu estamos super de boas juntos, mais "de boas" do que eu esperava. Tá tudo quase-perfeito. -dizia Cebola, correspondendo ao seu batido de mão.

Titi havia combinado com o Cebola, o Cascão, o Jeremias, o Xaveco (que agora é o Xavecão) e o Franja para se encontrarem num bar, pois depois de tanto tempo, nunca mais tiveram um encontro só dos boys.

—Por que quase-perfeito, hein Cebola? -perguntou Titi.

—Bom... O problema é que aquele desgraçado do DC não a deixa em paz. Claro que já ficaram e já namoraram lá no passado, mas mesmo assim... Sei lá... Ele quer confundi-la, só pode.

—Nossa, cara... Sinto muito...

—Não precisa se desculpar, Titi. Afinal, meu coração fica mais calmo quando lembro que a Mônica me namora. Ela me escolheu. E futuramente a farei minha esposa, guarde essas palavras, meu amigo. 

—Convencido...

Titi pediu à uma moça do bar que trouxesse uma garrafa de cerveja. 

—Aceita? -perguntou ele ao Cebola.

—Não bebo, Titi. Mas gostaria de algo mais leve, como sidra. Vocês tem sidra de maçã? -perguntou Cebola à moça.

Ela fez que sim com a cabeça e foi buscar a cerveja e a sidra de maçã. 

—Como assim não bebe, Cebola? Você é tão fraco assim? -disse Titi, rindo.

—Não é questão de fraqueza, e sim, questão de se estar cuidando melhor do corpo, sabe? -disse Cebola, também rindo.

Indireta.com -disse Titi, ainda rindo bastante.

—Do que vocês estão rindo, hein? A cerveja nem chegou e já acham que podem começar a farra ainda por cima sem a gente? -perguntou Xavecão, entrando juntamente com o resto dos meninos convidados, e se aproximando da mesa dos dois.

—Oh, meu brother! -disse Titi, se levantando para cumprimentar os meninos. Cebola fez o mesmo.

Se sentaram, papearam, riram bastante, até que a cerveja e a sidra chegaram.

—Muito obrigado. -disse Cebola, enquanto ela punha as bebidas na mesa. Ela sorriu e foi embora.

—Huuuuuum... Acho que ela gostou de você, Cebola. -disse Xavecão, começando a provocar.

—Nada a ver, véi... -disse Cebola. -Vocês acham mesmo...?

—Cebola... -disse Cascão, como se quisesse chamar a sua atenção. -Não abuse da sorte.

—Tô brincando! -disse Cebola, rindo. -Eu só tenho olhos pra Mônica.

—Sei... Como se eu já não tivesse visto você olhando para outras garotas. -comentou Jeremias.

—Olhar é inevitável, Jerê. Uma coisa completamente diferente é você querer estar com uma garota só, independente de como ela esteja no momento. -rebateu Cebola.

—Eita! Que é isso, mano? Tá de revolts? -perguntou Jeremias, rindo.

—Cebola tinha que ser o novo administrador do Indiretas.com—disse Titi.

Todos caíram na gargalhada.

—Rapaz... A Aninha tá gata, hein? -comentou Jeremias.

—Oh, e se não tá! Parece uma deusa. -disse Xavecão.

—Olha lá como falam dela, hein? -disse Titi.

—Huuuuum... Algo me diz que você ainda gosta dela. -disse Cebola.

Houve um minuto de silêncio da parte do Titi, até ele começar a falar de novo.

—Tá bom. Eu confesso. Eu ainda estou perdidamente apaixonado por ela. -confessou ele.

—Depois de tanto tempo... Você ainda acha que tem chance com ela? -perguntou Cascão.

—Sonhar não custa nada. -rebateu Titi.

—Mas nenhum sonho é realizado sem esforço, Titi. -disse Cebola.

—De novo dando lição de moral... Vira logo psiquiatra, escreve logo um livro pedagógico e talvez ganhe um prêmio Nobel. -disse Titi.

Todos riram.

—Mas enfim... Acho que vou falar com ela. Vou pedi-la em namoro de novo. Cansei de esperar ela ficar de boas comigo. -continuou Titi. -Mas até onde eu sei, a Aninha nunca me deu uma oportunidade nem ao menos de encostar nela, já me deu vários gelos... 

—Também né! Sempre acabando com os encontros que ela marca com outros garotos, sempre puxando o seu pé... Sabe como as garotas são... Elas não gostam de serem controladas e nem pressionadas por ninguém. -disse Franja.

—Bom, a Mônica me contou que a Aninha vai ajudar num trabalho voluntário no sábado para as crianças com câncer, mas que no domingo estaria disponível o dia todo. Aí, tipo, se você quiser falar com ela e tal... -disse Cebola.

—Hum... Acho que vou, sim. Ela precisa me escutar, desta vez. -disse Titi.

—Acima de tudo, cara, boa sorte. -disse Xavecão, rindo.

—Oh, vou precisar dessa sorte. -disse Titi, degustando um pouco mais da cerveja.

Voltando...

*Ding dong...*

Cebola desconfiou. Quem será que queria vê-lo? 

Quando abriu a porta, lá estava o Titi, chateado, entrando na casa do Cebola sem mesmo ter tido permissão de entrar. 

—Cara, temos que conversar. Agora. —disse Titi.

Cebola, que não estava afim de criar tempestade em copo d'água, fechou a porta e subiu para o quarto com o Titi.

Fechando a porta do quarto, Titi não deixou nem o Cebola perguntar o que aconteceu.

—Ela me rejeitou. De novo. Tipo, nada mudou, véi. Nada. 

—Titi... Como foi que você falou com ela? -perguntou Cebola, dando um suspiro.

—Eu a encontrei com um cara lá na praça e eles iam se beijar. Ela aparentemente tinha ido num encontro. Mas eu os interrompi. Perguntei o que estava acontecendo. O cara perguntou se eu era o namorado dela, e eu disse que sim. Daí, o cara foi embora e ela surtou. Começou a falar várias coisas na minha cara. Eu tentei conversar, mas ela não quis nem olhar na minha cara. 

Cebola ficou pasmo. Ficou olhando para o Titi por uns dois minutos inteirinhos e surtou.

Você enlouqueceu de vez, mano?!

Titi arregalou os olhos.

—Eu vim aqui para ouvir conselhos e não patadas...

Então você nem devia estar aqui, porque depois do que você fez quem é que vai lhe dar conselhos?!

Cebola parou, e viu o seu amigo escorrer uma lágrima, depois duas, três... Cebola se sentiu parcialmente culpado por ter jogado na cara dele assim.

—O-Olha cara... -começou ele. -Desculpa...

—O que foi que eu fiz...? -perguntou Titi, pegando nos ombros do Cebola, com os olhos cheios de lágrimas.

Cebola sentiu pena.

—Qual foi o meu erro? 

—Titi, seu erro foi que você entrou no meio de algo que não lhe envolvia, e ainda por cima mentiu, para que essa pessoa se afastasse da Aninha. -disse Cebola.

—E o que eu deveria ter feito? Ter ficado parado ali mesmo vendo a Aninha beijar, abraçar e flertar aquele cara?

—Você deveria não ter interrompido, e sim, ter conversado com ela depois daquilo. Ter conversado com ela sobre os seus sentimentos. E não ter mentido dizendo que você é o namorado dela, sendo que você não é.

—É... Errei feio. Eu me sinto péssimo. Eu tenho vontade de largar tudo o que tenho aqui e ir pro fim do mundo, dar uns gritos, sei lá... Enfim...

—E o que exatamente lhe trouxe pra minha casa? Esse acontecimento todo? Eu nem tenho algo a ver...

—B-Bom... Você passou por decepções piores... 

Cebola entendeu aquilo como um pequeno insulto, e franziu as sobrancelhas.

—Ora, seu mala...

—Calma! Calma! Eu só achei que a partir de suas experiências você poderia me ajudar em alguma coisa, sabe? Me consolar e me aconselhar... Tá bom que garotas são melhores que garotos quando se trata de conselhos e tal... Mas você não entende a situação na qual estou passando? -disse Titi em sua defesa.

—Hum... Ok. Agora entendo. Mas veja bem: recomendo você ter uma conversa mais calma com ela, sabe? Conversar sempre ajuda, porque vocês vão poder esclarecer muitas coisas. Deixar o orgulho de lado é o segredo. Não comecem a brigar no meio dessa conversa, como vocês sempre fazem.

—Você costumava fazer isso também, lembra? Com a Mônica... 

—Sim. Bastante. Mas naquela época eu não sabia controlar o meu orgulho. Agora eu sei. E dedico boa parte do meu namoro falando o quanto ela é linda, o quanto eu a amo... Quando você começar a namorar deixando o seu orgulho de lado, você vai ver como é bom. 

—É... Vou fazer isso. Valeu, cara. 

Titi se levantou, deu o seu cumprimento de mão com o Cebola e foi embora. Cebola começou a mergulhar em seus pensamentos.

Se eu soubesse o quanto seria feliz... Não teria nunca deixado a Mônica ir. —pensou, deitado em sua cama, com as duas mãos atrás da cabeça. Depois, fechou seus olhos e deu uma cochilada.

Já era de noite. Titi caminhou até a casa da Aninha.

*toc toc...*

Aninha abriu a porta e deu de cara com ele. Rolando os seus olhos para o lado e dando um pequeno rugido ignorante, estava já ela prestes a fechar a porta quando o Titi gritou:

—Espera! Eu não vim tomar muito do seu tempo, Aninha. Eu juro. Eu só quero conversar.

—Eu já disse que não temos nada para conversar, coloque isso em sua cabeça... -disse ela, tomando a iniciativa para fechar novamente a porta.

—Por favor...? -perguntou Titi, parando-a de novo. -Eu só quero conversar. Nada mais. Cansei de brigas, Aninha. 

Aninha abriu a porta em cheio e deu um pequeno sorriso satisfatório. 

—É... Eu também.

E ela finalmente bateu a porta de sua casa, a deixando a sós com o Titi do lado de fora. Eles foram pra trás de sua casa.

—Vou ser rápido. Eu vim para te pedir desculpas, não só por hoje, mas por tudo o que aconteceu entre nós em todos esses anos. Eu fui orgulhoso demais, sabe? Corri atrás de garotas como você, mas nenhuma delas se comparava a você, Ana. E digo isto na maior sinceridade: eu mudei. Estou disposto a deixar o meu orgulho de lado e lhe reconquistar. Quero falar com você mais vezes. Quero abraçar você mais vezes. Gostaria de te beijar, mas seria provavelmente indecente neste momento, porque não lhe namoro. Gostaria de namorar você. Voltar à época em que éramos felizes juntos. Dói ver você saindo com outros garotos. Dói muito. Não quero sofrer de amor, e não quero sofrer de ciúmes. Pense nisso, tá? Não lhe obrigarei a tomar decisões por agora.

Aninha só o observava enquanto o ouvia. Nunca em sua vida ouviu palavras tão sinceras, bonitas e cheias de emoção por trás de cada uma delas. 

—Vou pensar, tá? Tenho visto que mudou bastante a sua maneira de pensar e de agir. Não demorarei em minha escolha, pelo visto, pois agora capturaste o meu coração como antes. -disse ela, dando um beijo na bochecha do Titi. 

Titi saiu cheio de alegria em seu ser. Nunca se sentiu tão feliz e livre de todo o peso em suas costas. 

 


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Notas finais do capítulo

Wooont *-*
Gostaram? Favoritem, comentem e recomendem! ;)
Próximo Capítulo: Os estudos tomam muito do tempo da galera, e ás vezes, é simplesmente difícil controlar o estresse. Mas há uma coisinha que possa ajudar em meio à toda essa façanha...
Até mais!



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