O Casamento do Século escrita por alaska0102


Capítulo 10
Capítulo 10: Cheiro De Problema


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Na minha outra fanfic expliquei que eu estou doente desde a semana retrasada. Eu já estou bem melhor, então decidi não deixar vocês esperando muito tempo! ;)
Neste capítulo irei relatar novamente o dilema "Cascali", desta vez, quando o Quim volta de Goiânia para visitar a Magali.
Espero que gostem!
Não se esqueçam de clicar nas palavrinhas coloridas para abrir imagens, cenas e etc!



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*Narração da Mônica*

O melhor dia da minha vida.

Eu e Cebola estamos namorando mesmo. Tipo, relacionamento sério. Acabou o chove não molha. Se eu estiver em um sonho, não quero acordar. Se eu contei para os meus pais? Contei. Reação? Felizes por mim. Quer dizer, meu pai ficou meio sentido e começou a lacrimejar, mas a minha mãe o segurou. Minha mãe consegue ser durona nesses tipos de situações. Também. Acho que é por isso que eu sou durona até hoje...

Não há nenhum dia que passe sem eu me lembrar do Cebola. E sinceramente, eu gosto da sensação de ansiedade para falar com ele. Também gosto do seu sorriso, seus beijos, seus abraços... Todos cheios de paixão. E o melhor: nossos corações batendo em um só ritmo. Me sinto segura com ele. Meu Deus... Provavelmente vou precisar de um terapeuta...

Toda vez que acordo vejo uma mensagem dele dizendo: "Bom dia, minha flor". Eu abro um imenso sorriso e respondo. E só naquela manhã, trocamos mais de dez mensagens e textos, confessando nosso amor um pelo outro. Eu adoro isso. Não me arrependo nem um pouco da decisão que eu fiz. Eu estou muito feliz com a vida que eu vivo hoje. Espero que essa felicidade não acabe com facilidade. Ou melhor, que não acabe.

*Narração em Terceira Pessoa*

Horas após o piquenique da galera (já estava bem de tarde), quase toda a galera estava fazendo cursinho para o Enem. Era a única coisa que faltava para que entrassem na faculdade. Uma dessa galera, era a Magali.

Após o cursinho, recebeu uma ligação do Quim. Ela ficou surpresa, pois desde que foi pra Goiânia, raramente recebia ligação ou mensagem dele. Ou pior, nem se lembrava da última vez em que se falaram. Agora é que ele resolve ligar pra ela?

Ela o atendeu.

–Oi, Joaquim. Algum problema? -perguntou Magali, querendo já pular para o assunto.

–Nossa que "oi" frio, meu amor... E qual é a do "Joaquim"? -perguntou Quim, tentando ser legal. Magali não deu mole. Só deu mais alfinetada.

–Pois esse "oi" frio poderia estar mais quente se você estivesse aqui comigo me beijando. Ah, esqueci. Você não tá. –respondeu Magali. -Você nunca tá.

–Olha, eu sei que eu não tenho estado contigo esses dias e...

–"Dias"?! Consertando isso para "meses". -disse Magali, alfinetando ainda mais.

–Ôpa! Não foram tantos assim. Foram só dois...

–Não... Quim... Quer saber?! Esquece... -disse Magali, novamente cortando a fala do Quim.

–DÁ PRA ME ESCUTAR OU TÁ DIFÍCIL?! -gritou Quim do outro lado da linha.

*Magali desliga telefone na cara do Quim*

*Narração da Magali*

Sério. Dá um tempo. Desde que foi pra Goiânia nunca deu um sinal de vida pra mim. Quer dizer, só nas fotos, com os amigos e as amigas. Não me mandou mais mensagens, raramente falava por telefone comigo (99% das vezes que conversamos sou eu que ligo pra ele), e só agora quer falar comigo?

Me dá um ódio muito grande disso. Disso o quê? Dessa distância. Eu odeio brigar com ele. Sério. Mas eu não vou continuar sendo trouxa para o resto da minha vida.

Sobre o que aconteceu comigo e com o Cascão na festa... Eu estava em um momento de fraqueza e tal... Eu me sinto mal pelo o que eu permiti que acontecesse, sendo que namoro outra pessoa. Mas eu estava, tipo, muito mal. Precisei de alguém me abraçando e me beijando naquele exato momento.

Sei lá... Não sinto vontade de terminar com o Quim, mas isso cansa. Cansa e muito. A vida é minha e eu faço o que eu quiser com ela. E aliás, não namoro o Cascão. E não tenho previsão para isso acontecer. Não desejo nem arriscar meu futuro na Madame Creuzodete (hahaha).

Fiquei pensando nessas coisas enquanto eu trilhava meu caminho pra casa. Irritada eu estava, mas não deixei que aquilo estragasse meu dia. E o motivo do meu sorriso foi a visita de uma certa pessoa na minha casa: Cascão.

Estava de tarde quando ele veio. Ele trouxe um filme e uma pizza, para a gente passar a tarde. A campainha tinha tocado e minha mãe, como estava fazendo um bolo, me pediu para atender. Meu pai estava trabalhando, então também não tinha como atender a porta (isso é meio óbvio). Atendi a porta e lá estava ele, com um sorriso imenso.

–Ia chamar o careca e a Mônica, mas eles saíram para namorar. Então eu vim sozinho. Espero que não esteja ocupada... Tem problema? -perguntou Cascão para mim.

–Claro que não, Cascão. Pode entrar. -eu respondi, sorrindo.

Não sei o que aconteceu mas o meu coração começou a bater num ritmo mais acelerado. Tanto é que se fizesse silêncio total eu conseguia ouvi-lo. Será que eu estava nervosa pelo fato de que Cascão estaria sozinho comigo em casa? Afinal, meus pais são daquele tipo que chega algum amigo em casa, saem pra nos deixar a sós. É. Deve ser a droga do nervosismo.

Enfim, limpou os sapatos no carpete e entrou. Estava de noite já e o filme que ele trouxe para nós assistirmos foi "Alien vs. Predador". Fomos assistindo o filme comendo a pizza de pepperoni que ele trouxe. Na moral, eu achei o filme violento até demais. Fiquei chocada com as cenas e tal... Mas o Cascão parecia estar gostando e muito. E sei lá, isso me deixou feliz também. Me deixou feliz o fato de ele estar gostando do filme. Ou até mesmo gostando de estar comigo assistindo o filme. Ou simplesmente, gostando de estar comigo. Fiquei com medo de muitas cenas no filme, mas ao lado dele, me senti segura.

Finalmente, o filme acabou, e a caixa de pizza estava esgotada.

–Comilona... acabou com toda a pizza! Diz que está mudada mas na verdade não mudou porcaria nenhuma! -disse Cascão brincando.

–Eu?! -perguntei, entrando na brincadeira. -Eu mesmo não! Você também comeu da pizza, esqueceu?!

–Mas eu comi apenas dois pedaços! -ele retrucou, caindo na gargalhada.

–Mentira! Quem comeu dois pedaços fui eu! Você comeu cinco pedaços que eu vi! -eu retruquei de volta, também caindo na gargalhada.

–Haha, palhaça! -ele disse continuando a brincar.

–Posso ser palhaça mas também sou sincera! -eu disse, também continuando a brincar.

Estávamos dando altas gargalhadas, até que paramos de rir e tudo ficou bem quieto. Senti a pressão aumentar quando ele começou a se inclinar para o meu rosto, daí minha mente brilhante (só que não) teve uma noção do que ele queria fazer: queria me beijar.

Meu corpo involuntariamente começou a se mexer também. Minha cabeça começou a inclinar e inclinar, quando já dava para sentir o ar saindo de sua boca...

A campainha tocou.

Paramos de nos inclinar um para o outro e comecei a dar uma pequena risada. Ele riu junto.

–Me desculpe... Sério... -eu disse, ainda dando risada.

–Não... Tá tudo bem... Vá atender a porta que eu lhe espero aqui. -ele disse para mim, rindo também.

Eu me levantei e abri a porta de casa. Quando eu abri, eu não digo que tomei um susto ou algo do tipo... Mas a minha mão começou a gelar e tremer ao mesmo tempo, um ar quente e febril começou a sair pela minha boca e meu coração bateu de modo bem mais acelerado que o normal.

Era o Quim.

O Quim estava na porta da minha casa. Eu não conseguia acreditar e nem queria acreditar. Ele sorria normalmente. Já eu, não disfarcei meu nervosismo.

–Surpresa! -Quim gritou para mim.

Eu permaneci quieta.

–Qual é, meu amor? Ainda está com raiva de mim? -ele perguntou.

Eu virei minha pupila para o canto do olho.

–Eu tentei te avisar hoje de manhã que eu vinha. Mas você retrucou tanto que nem me deixou falar. -ele disse.

–V-Você poderia não ter vindo pela minha má atitude com você... -eu disse, tentando levantar alguma fala minha na conversa.

–Depois que você desligou o telefone na minha cara, eu pensei: "Puxa se ela está tão chateada porque eu nunca vou vê-la, eu posso vê-la agora, só que de surpresa!" -ele me explicou.

Acho que o Quim percebeu que eu estava sem reação, e decidiu dar uma de coitado.

–Puxa, Magali... Vim de tão longe para lhe ver... Você queria tanto, e quando eu finalmente venho aqui lhe visitar você faz essa cara... -ele disse.

Eu admito que fiquei um pouco feliz quando o vi na porta da minha casa. Mas o problema era que o Cascão estava, tipo, em casa, eu e ele à sós. Lembro que eu e o Cascão nos apaixonamos quando ainda éramos mais jovens. E não mudou nada, pleo jeito. O Quim fica meio receoso e agoniado quando me pega conversando ou compartilhando algo com o Cascão. Se ele descobrisse que o Cascão estava aqui em casa, com certeza o clima não vai ficar bom. Se o Quim não for embora o mais cedo possível, não vai prestar. Sinto já cheiro de problema.

Pensando em todas as coisas que o Quim já fez desde que foi para Goiânia me deixa com muita vontade de voar no pescoço dele. Mas o meu "eu" cansou de esconder mágoa. Cansou de brincar de "miss simpatia". Tudo o que eu sinto... Eu preciso falar pra ele. Agora ou nunca.

–Quim... Podemos conversar... Tipo... A sós? Lá fora? -eu disse.

–Mas aí dentro não seria melhor? Aqui fora ta fazendo um friozinho e...

–Quim, eu quero que nosso papo seja aqui fora. -eu disse, o interrompendo.

–Magali, você está me assustan...

Agora. -eu disse, novamente o interrompendo.

Ele concordou. Fechei a porta de casa e fui com ele pro quintal. Realmente estava fazendo frio. Mas você sabe, né? A situação do Cascão...

–Pronto, Magali. O que você quer falar comigo? -ele me perguntou.

Eu respirei fundo... E comecei a falar.


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Notas finais do capítulo

Iaí, galeraaaa?! Gostaram até agora?
Sei que foi um capítulo meio longo... Mas pelo menos compensa o tempo que passei doente sem escrever mais capítulos! :D
Não se esqueçam de acompanhar, comentar e favoritar a história!
Próximo Capítulo: Magali vai desabafar tudo para o Quim? Qual será a reação dele? Ele também descobrirá outros segredos da Magali?



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