Acir estava correndo a toda velocidade, não conseguia ver exatamente do que ele corria, porém, continuava com o movimento dos pés. Não sabia para onde estava indo, não arriscaria mudar de direção, seu corpo não permitia sequer pensar sobre isso. A visão que era turva e cinzenta começara a receber tons avermelhados sem pudor. Acir caiu no chão, esfregou os olhos e quando voltou seu olhar para o local em que o vermelho era mais vívido, gritou. Aquele lugar era nenhum outro além de sua amada tribo, as pessoas corriam em desespero pela presença do fogo, os guerreiros estavam mortos, incinerados, seu pai apontava com uma lança para algo que estava acima. O índio levantou os olhos para onde a lança apontava e viu em choque, atônito, enquanto Rudá em sua forma meio felina meio dragão, incendiava a vila inteira, cuspindo fogo pela boca, a feição comumente séria se encontrava agressiva, o corpo grande enrolado em uma casa e a destruindo, seus pelos brancos agora eram vários tons de cinza, negro e vermelho.

– Não os deixarei sequer pensar em uma resiliência!! – O dragão gritava.

“Mortal... Mortal.”

Acir abriu os olhos com um grito que saia de sua garganta e suando.