“Está a se reiterar mortal. Felizmente não necessito mais de seus serviços, pode voltar a sua tribo.”

– Você é um imbecil. – Acir sussurrou enquanto levantava do chão e apoiava em uma das paredes da caverna, as pernas agora mais firmes, o corpo mais calmo como se estivesse esquecendo o toque anterior, porém, em seu coração uma dor se fazia presente. Não sabia o porquê. Faltava sentido. Mal conhecia aquela fera insensível e já caia de amores por ela. Ridículo. Ele iria voltar a sua tribo e seguir a risca os ensinamentos do pai.

Com esse pensamento endireitou a postura, levantando o queixo, sem olhar o homem de cabelos longos e saiu andando em direção ao pequeno raio de luz da caverna. A criatura não o seguiu. Quando Acir passou a cachoeira, pôde sentir o ar fresco batendo em sua pele molhada, ar, algo de que sentia muita falta. Não havia em tanta abundância na caverna. Voltou correndo as pressas à tribo. E foi recebido por abraços calorosos de muitas das mulheres de lá, sua mãe falecerá a muito tempo, e as curandeiras cuidaram dele desde então. Seu pai, um homem grande e forte, fumava cachimbo de olhos fechados.

– Chefe...