I am the Target escrita por Hawtrey, KCWatson


Capítulo 5
Joan


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem pela demora, estou tendo problemas de saúde esses dias, mas estou me esforçando.
Esse capítulo foi escrito por mim, mas segui a linha de pensamento da Kelly e os eventos que ela me indicou.
Espero que gostem!
Um agradecimento especial a Tsubasa Watson e a Kia Araujo que comentaram o capítulo anterior, e aos fantasmas de plantão só aviso que um dia a Kelly vai surtar por causa da falta de opinião de vocês.
KPrince



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/651251/chapter/5

Era estranho ter uma mente como aquela. Como a sua. Nunca se gabou do que conseguia fazer e nem queria receber atenção por causa disso. Na verdade, se alguém tivesse a capacidade de lhe oferecer um dia, pelo menos um dia, sem toda aquela carga... aceitaria no segundo seguinte. Ser assim não era bem sua escolha, mas foi sua escolha começar e quando se começa a desvendar enigmas cotidianos então isso o perseguirá para sempre. Imagine alguém que nunca se aprofundou no conceito de mensagem sublimar e de repente é apresentada a tantas, como a do homem fumando no nome da Coca-Cola, nas imagens eróticas nos filmes da Disney ou nas cenas bizarras que aparecem nos fundos de diversos filmes infantis antigos. São imagens e histórias guardadas por detrás de simples palavras ou cenas. De primeiro é normal pensar: pode ser coincidência. Depois vem aquele pensamento mais comum e moderno: isso aí pode ser montagem. Mas no final... depois de tanto ver e decifrar você começa a acreditar que coincidências não existem e se segura em uma frase tão antiga quanto o próprio enigma: Tudo nessa vida tem um fundo de verdade.

Tudo nessa vida ou surgiu baseada em uma verdade ou é completamente verdade.

E era assim que ele via o mundo. Havia inúmeros enigmas em seu cotidiano, tudo o que via poderia ser analisado, interpretado e decifrado. Só que grande parte desses enigmas eram tão comuns que com o tempo se tornaram óbvios demais, tediosos demais. Como as pessoas, por exemplo. Pessoas eram tão previsíveis e tão transparentes que as vezes até o irritava e por isso ele se tornou impaciente com elas. Via uma pessoa e imediatamente um leque de opções se abria em sua mente, opções que lhe mostravam o que essa poderia ou não fazer, dizer ou pensar, opções estas que iam sendo excluídas ou reintegradas de acordo com as ações ou as falas desta pessoa.

A maioria das pessoas não consegue olhar nos olhos de um conhecido quando está mentindo para ele, mas somente a maioria, outros conseguem fazer isso perfeitamente bem e naturalmente. A maioria das pessoas não consegue deixar as mãos ou dedos quietos quando estão nervosas, mas em outros isso é apenas uma mania. A maioria das pessoas piscam mais de duas vezes seguidas quando estão mentindo, mas é um ato tão rápido e inconsciente que nem percebem.

Só que há a minoria. A minoria que sabe de todas essas informações e que na posse delas, consegue agir naturalmente sob qualquer situação. Como notar a diferença? Bem, ele não tinha problemas com isso. Sua mente trabalhava tão rápido que as vezes ele nem notava, apenas fazia.

De qualquer forma, é uma maldição ser Sherlock Holmes. Ou assim ele pensava.

Estar sentando em uma poltrona de hospital vendo sua parceira e melhor amiga inconsciente no leito a sua frente influenciava esse pensamento, mas não negava que já pensava em sua maldição há algum tempo.

Sua mente vagou por horas em busca de uma explicação para o que tinha acontecido na naquela noite. Certo, Watson era a obsessão de Holloway. Mas então por que ele a machucara daquela forma? Quase a matara! Por que não ligar diretamente para ela? Por que deixar todas aquelas provas contra si mesmo? Por que se incriminar?

Eram tantos porquê’s que Sherlock sentiu o cansaço invadir sua mente com toda força, como não acontecia há muito tempo. De fato, ele tinha a resposta para muitas dessas perguntas, o problema é que essas respostas criavam outras dúvidas. Tudo bem, o chá poderia ser um aviso, assim como ligar para o número dele. Mas estava tudo tão óbvio que ele até poderia supor onde Holloway se escondia, isso se ainda tinha o trabalho de se esconder.

Mas e se Holloway estivesse vendo algo que ele deixara passar?

Sherlock Holmes deixar algo passar? Um evento extremamente raro, porém não impossível. Se esse for o caso a pergunta seria: O que eu ainda não vi?

Suspirou e se levantou, indo até a janela e abrindo as cortinas, deixando os primeiros raios de Sol do dia iluminarem parcialmente a mulher. A imagem o pegou de surpresa, não por haver alguma diferença em Joan Watson, mas por lhe causar uma sensação estranha e vagamente familiar. Sentira o mesmo algumas vezes quando fora acordá-la, mas nunca dera importância. Agora, nessa nova situação, algo diferente e raro passava em sua mente singular.

Há algum tempo começou a ver em Joan Watson mais do que uma singela e comum amizade. Nunca teve muita companhia, recusava a presença de qualquer membro de sua família porque os considerava como pessoas fúteis e ingênuas, recusava qualquer laço além do profissional com qualquer um de seus consultores. Era apenas trabalho e seria sempre apenas trabalho. Nunca quis ter obrigação com ninguém, não queria estar preso a ninguém e quando finalmente tentou com Irene Adler, descobriu que fora o maior dos seus erros. Sua relação com Irene o jogou na lama, no fundo de um poço cheio de drogas e bebidas. Demorou muito tempo até conseguir sua vida e seu controle de volta, foi doloroso, desgastante e angustiante.

E quando finalmente retornou à superfície da clareza... prometeu a si mesmo que não cometeria o mesmo erro novamente. Que não se apegaria novamente. Palavras soltas e inválidas apenas. Watson apareceu e ele nem ao menos percebeu quando começou a se preocupar com ela. Mas tudo bem, ainda havia uma enorme e grossa linha que limitava a relação que logo se tornou amizade. Então Irene Adler voltou a sua vida e quase o destroçou.

Águas passadas, ele diria. Superou Moryart e sua parceria com a Watson se tornara exemplar. Não negava que teve uma “queda” pela ex-companheira sóbria, mas tudo foi controlado.

Mas então ela decidiu ir embora. Watson não queria mais morar com ele.

Amor ou amor?

Sherlock não conseguia compreender a si mesmo. Ela queria seu espaço, uma vida longe da loucura do Sobrado e longe dos olhos intrometidos dele. Mas por que ele agia assim? Por que sentia esse interesse extremo pela vida dela?

Por que queria tanto fazer parte da vida de Joan Watson?

Amor?

— Sherlock...

A voz era rouca e um pouco falha por causa das horas sem uso. Mas parecia uma música em seus ouvidos. Seus olhos encontraram os dela e então sorriu. Nem havia percebido que estava olhando para o simples nada.

— Há quanto tempo está me olhando? — ele questionou se aproximando dela.

Joan já estava completamente acordada o que lhe deu a dica que já estava recebendo a atenção dela há algum tempo.

— Alguns minutos — ela respondeu depois de respirar fundo — Você parecia perdido em pensamentos. Não tenho certeza se isso é bom.

— Só estava pensando nos últimos detalhes do caso — mentiu.

Ela suspirou e olhou ao redor.

— Acho que nunca mais tomarei outro gole de chá.

Sherlock riu sem humor e sentou na beirada da maca.

— O que ele disse a você?

Os olhos inquietos dela estavam ali novamente. Subitamente lembrou de sua própria confissão feita em meio ao desespero daquela noite.

Eu amo você Joan Watson.

Por que não conseguia repetir aquilo em voz alta?

— O que ele disse a você Joan?

O tom de voz claramente a assustou tanto quanto o primeiro nome saindo dos lábios dele. Claro que Sherlock percebeu, mas não se importou. Tudo aquilo estava influenciando em suas decisões.

Então Joan engoliu em seco e ele estava começando a odiar isso.

— Holloway... ele quis assustar você — ela começou com a voz trêmula — Com o veneno. Estava nos vigiando... naquela noite.

Ele conseguiu me assustar, o que mais?

— Informarei isso ao Capitão Gregson — respondeu tentando permanecer indiferente sob o sucesso do assassino — O que mais?

Conte-me o que lhe deixou tão assustada...

— Ele ficou com raiva porque contei ao Capitão sobre nosso relacionamento — a voz dela saiu firme dessa vez, mas ainda rouca — Disse que não queria ninguém revirando o passado.

Sherlock suspirou. Será que só havia problemas em seu caminho? Parecia que a cada minuto se afogava cada vez mais em suas próprias falhas.

Muito tempo já havia se passado, já devia ter prendido Holloway. Sua falha levou Joan ao hospital e a sua quase morte. E ele não suportaria passar por essa perda.

Diga a ela Holmes! Conte a ela que a ama!

Não. Ele não podia fazer isso. Não podia interferir na vida dela assim sem ter certeza de nada.

Afinal, era um amor fraterno ou não?

Amor ou amor?

— Como está se sentindo? — perguntou abruptamente.

Ela desviou o olhar:

— Estou viva... e bem.

A mente de Holmes gritou de novo. Tudo dentro de si implorava para contar tudo a ela, falar como nunca tinha feito antes. Conte logo!

— Sabe que pode sempre confiar em mim. Não sabe?

Joan respirou fundo e se forçou a sentar para fita-lo melhor:

— Sherlock... está tudo bem. Eu estou bem.

— Está bem agora, mas só eu sei o que passei aqui até você acordar. Até você estar bem muita coisa aconteceu.

Lembrou-se de Andreia Berns e de suas palavras. Disse que Joan tinha medo, mas do quê exatamente? O que Holloway poderia tirar dela além de sua própria vida?

— Joan... por favor, não minta para mim — pediu.

— De repente gosta do meu nome? — ela perguntou sorrindo.

— Sempre gostei. É um nome lindo — ele respondeu sem pensar.

Se fosse um outro homem qualquer teria ficado completamente vermelho. Por que disse isso Holmes? Mas tratava-se dele, então o máximo que esboçou foi um sorriso constrangido e isso já era muito.

— O que ele colocou no meu chá? — Joan mudou de assunto.

— Uma mistura de substâncias comuns. Uma experiência dele.

— Podemos supor que há mais disso?

— Sim e que você é um alvo a ser considerado.

Joan bufou, fazendo-o rir.

— Não acredito que agora terei policiais na minha porta.

— Não vai negar ou protestar Watson? — Sherlock implicou se aproximando ainda mais dela.

— E adianta?

Então estavam próximos demais. De novo ele se perguntou qual era o seu maldito problema. O que sentia por ela de verdade? Amor? Amor o suficiente para passar por cima de todas as suas barreiras e promessas? Amor o suficiente para fazê-lo sentir medo? Sim, ele tinha medo. Mas por qual motivo? Como saber se estava confundindo as coisas? Como saber que não seria rejeitado? Como saber que isso depois não passaria?

Tantas perguntas que geravam o dobro ou mais de dúvidas. O que fazer?

O que sentia, fosse o que fosse, com certeza era forte. Forte o suficiente para fazê-lo repensar todos os seus atos e decisões, e nada assim seria temporário. Nada assim poderia ser esquecido.

Uma batida na porta os despertou. Sherlock pigarreou e se afastou dela, levantando-se.

— Como está nossa consultora preferida? — brincou detetive Bell enfiando a cabeça para dentro do quarto.

Sherlock quase revirou os olhos.

— Bem melhor — respondeu Joan sorrindo largamente.

Por que tem que sorrir tanto para ele?

Marcus Bell entrou ainda sorrindo e abrindo passagem para que Gregson também entrasse.

Mas Sherlock impediu a passagem de ambos.

— Não vão se aproximar dela carregando isso — decretou indicando as rosas que ambos carregavam.

Bell e Gregson se entreolharam confusos.

— E posso saber por quê? — Bell questionou.

— Está tudo bem Sherlock — Joan garantiu suavemente.

— Não — ele cortou ainda sério e depois se voltou para os outros dois — Watson é alérgica a rosas e nada no mundo vai me fazer deixar passar algo que possa fazer qualquer mal a ela.

A firmeza no tom de voz dele os fizeram recuar.

— Tudo bem... é só uma alergia — Joan insistiu sentando na beirada da cama.

Sherlock cruzou os braços e negou novamente.

— Já avisei. Deem um fim nessas rosas ou não chegarão perto dela.

Capitão Gregson lançou um olhar estranho a ele, então deu de ombros, pegou as rosas e as jogou pela janela.

— Satisfeito?

Joan suspirou e se esticou para puxar Sherlock para mais perto. Ele sentiu algo se aquecer internamente quando a mão macia dela agarrou seu cotovelo e o puxou para sentar ao lado dela. Automaticamente ela enlaçou seus braços e descansou a cabeça no ombro dele, fazendo-o suspirar.

— Não fiquem chateados, Sherlock só está preocupado.

— Nós entendemos — compreendeu Gregson ainda sustentando um olhar desconfiado para o casal.

— Alguma novidade sobre o caso? — Joan questionou.

Bell e Gregson se entreolharam.

— Nada.

— Nada? — Sherlock desacreditou — Nada vezes nada?

— Nadinha — confirmou Detetive Bell.

Joan suspirou e voltou a deitar.

— Isso é muito ruim.

Sherlock não poderia discordar. Se Holloway não fosse encontrado a tempo, o que mais ele poderia fazer? Matar a todos por envenenamento?

Fale com ela Holmes!

Ele revirou os olhos. Será que sua mente não sossegaria até ele dizer algo profundo e sentimental para Watson?

— Joan, acho melhor voltar a morar com Holmes — Gregson sugeriu cautelosamente.

Sherlock franziu o cenho, assim como Watson.

— Como assim? Como isso vai me ajudar? — ela questionou confusa — Eu fui envenenada na casa dele.

Os dois se entreolharam de forma cumplice novamente e Sherlock suspeitou do que estava acontecendo.

— O que estão escondendo? — questionou sério.

— Achamos melhor não contar por hora, até termos certeza de que é verídica — Capitão Gregson respondeu.

— Contem de uma vez — Watson exigiu.

— Ele ameaçou sua família Watson — ele respondeu ainda relutante — Disse que mataria um a um até que voltasse pra ele. E...

— E... — Sherlock incentivou impaciente.

— Chamou você de Sra. Holmes.

Sherlock paralisou. A última vez que Holloway a chamara daquele jeito Joan veio parar no hospital por causa de um veneno. O que ele aprontaria dessa vez?

— Sra. Holmes? — ela questionou confusa.

Gregson apenas deu de ombros.

— Sra. Holmes... — Sherlock murmurou surpreso— O que mais ele disse? Quais foram as palavras exatas dele?

O Capitão fez uma careta enquanto tentava lembrar o que Holloway havia dito com tanta naturalidade.

— Er... Agora eu vejo que um lírio machuca mais que uma rosa, sem a cor chamativa e espinhos como arma, ele usa de sua própria... ingenuidade — recitou com dificuldade — Diga a Joan que não suporto ser trocado e ... que até me dar uma garantia de que isso não vai acontecer, ela perderá cada um da família, começando pelo fruto do amor não correspondido da senhora Holmes.

Sherlock olhou para Watson com o cenho franzido de confusão. Tinha entendido bem aquelas palavras?

— Algo assim — Gregson apressou-se em dizer ao notar o clima tenso.

Watson respirou fundo e se afundou ainda mais na cama, parecendo querer sumir através dela.

— Você tem algo para me contar, Joan? — Sherlock perguntou se aproximando dela sugestivamente.

— Nós vamos deixar vocês sozinhos — anunciou Bell.

Mas o casal não estava mesmo prestando atenção. Sherlock estava começando a notar o desconforto de Watson com a situação, mas ele queria mesmo saber o que Holloway queria dizer com “amor não correspondido da senhora Holmes”.

— Então?

— Sherlock... — ela começou sem conseguir fita-lo — São apenas palavras de um louco.

— Nós dois sabemos que Holloway é louco, mas um louco que não diz nada em vão.

Notou Joan engolindo em seco e algo dentro de si aprovou. Não seja covarde, apenas vá lá e fale com ela! Seja sincero! Mas não conseguia. Tudo nela o chamava, a boca entreaberta, a respiração rápida, os olhos grudados nos seus. Ela sentou-se lentamente sem quebrar o olhar e ele aproveitou para se aproximar. Estavam a apenas alguns centímetros de distancia e tudo o que Sherlock conseguiu fazer foi erguer a mão e acariciar o rosto dela carinhosamente. Joan respirou fundo em aprovação.

Essa era a confirmação que ele queria? A confirmação que acabaria com suas dúvidas? Sherlock queria parar e pensar no que estava acontecendo, tentar ter certeza do motivo de seu coração estar batendo tão rápido, só que não queria sair dali, não queria se afastar, não queria parar de tocá-la.

Mas antes de tudo ele era Sherlock Holmes e como sempre sua mente foi mais rápida, então simplesmente agiu.

Quando seus lábios finalmente se tocaram ele soube que era exatamente isso o que queria. Agarrou a nunca dela e a puxou para mais perto, aprofundando o beijo. Nem precisou pedir por isso, Joan já entreabria os lábios para recebê-lo com mais intensidade e prendia seus braços ao redor de seu pescoço. O beijo foi calmo, ele queria mostrar tudo o que sentia naquela hora, fosse o que fosse, o problema é que Joan fazia o mesmo... e ele só sentia amor ali. Um amor tão intenso que o contaminou com extrema rapidez. Sherlock se permitiu saborear o momento e a agarrou pela cintura com força, sentindo-a ofegar levemente entre o beijo.

Ele queria mais, muito mais. Sentir mais, tocar mais, tê-la mais perto, por muito mais tempo. Só que seres humanos dependiam de oxigênio e se viram obrigados a se separar.

Ambos estavam ofegantes, mas Sherlock teve que segurar o ímpeto de beijá-la novamente. Qual era o problema dele?

— Não sei se eu deveria ter feito isso — comentou Joan levemente corada.

— Por que não? — ele questionou sem se afastar.

O peito dela subia e descia com rapidez, delatando seu nervosismo. Os olhos escuros inquietos e brilhantes totalmente perdidos, demonstrando seu medo e sua incerteza. Por que tudo aquilo?

Ah claro, sou Sherlock Holmes.

— Joan...

— É isso!

Ele se afastou surpreso ao ver os olhos dela se arregalarem e o fitarem com expectativa.

— O que foi? — questionou confuso.

— Fruto do meu amor por você — ela lembrou — Holloway disse que atacaria minha família, mas me chamou de senhora Holmes. Então ele está ameaçando nossos amigos, nossa família, não minha.

Sherlock franziu o cenho, encontrando algum sentido no que ela dizia.

— O fruto do meu amor não correspondido por você — ela continuou se levantando — Ele está falando de Kitty. Um dia você disse que ela era como nossa filha, lembra?

Então ele finalmente entendeu a gravidade da situação. Holloway estava sendo mais esperto do que ele imaginava e isso poderia matar alguém nas próximas horas. Era um jogo, agora sabia. Um jogo planejado por Holloway até nos mínimos detalhes, enganando-os aos poucos.

Mas droga, tudo o que ele conseguia pensar era no quanto amava Joan Watson.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me perdoem por qualquer erro, eu juro que revisei!
O que acharam? Por favor, falem algo. Precisamos saber o que estão achando da fic!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I am the Target" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.