Dissabor escrita por Nymphadora


Capítulo 1
You're so ugly when you cry


Notas iniciais do capítulo

Ficou algo bem bobinho mesmo, porque era para um concurso do social spirit e se eu colocasse mais coisa ia acabar passando das 1.500 palavras :v

Nem ia postar aqui, MAS UMA PESSOA COM O NOME DE ELISA QUASE ME MATA, NÃO É MESMO, ELISA?



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— Sinto muito, Momoi-san. Achei que tivesse deixado claro que não lhe correspondo.

Satsuki já devia esperar por isso. E também já devia saber lidar e parar de insistir num platônico. Mas não, ela foi teimosa como sempre. Precisava se declarar para o fantasma de Teiko para entender que nunca seria correspondida. Na hora, forçou um sorriso fechado dizendo falsamente que entendia. Deu-lhe as costas e correu para fora de Seirin se sentindo uma estúpida.

Tentava as segurar, mas as lágrimas apenas caíam mais rápido do que esperava. Nem fez questão de retornar à Touou para acompanhar o treino dos jogadores. Poderia entregar suas anotações amanhã sem problemas, ela apenas precisava ficar sozinha no momento. Não estava pensando em nada além do fato de seu coração estar doendo, por isso nem percebeu que tinha se direcionado ao parque de Sakuras que conhecia desde pequena. Se aproximou da primeira Sakura que viu e deixou suas pernas cederem. Encostou as costas na árvore de cerejeira e abraçou os próprios joelhos enquanto enterrava o rosto nos mesmos, conseguindo abafar os seus soluços.

Não tinha noção do tempo. Apenas percebeu que tinha ficado bastante tempo ali embaixo quando seu estoque de lágrimas tinha acabado. E sim, Satsuki tinha noção do tempo que podia ficar chorando.

— Você realmente fica feia quando chora, Satsuki. — Escutou uma voz do seu lado. Ergueu o olhar para tentar identificar quem era. Ah, claro. Como não reconheceu a voz grossa e rouca?

— Como me achou? — Perguntou baixinho entre alguns soluços, ainda tendo a voz embargada.

O Ás de Touou deixou um curto riso escapar dos lábios. A gerente já estava irritada e chateada o suficiente, mas parece que Daiki queria apenas fazê-la piorar.

— Você vem pra cá quando está triste. — Deu os ombros enquanto colocava as mãos nos bolsos. — E quando não encontra o Tetsu. — Acrescentou. Ao notar que a gerente estava prestes a chorar de novo, soltou um pesado suspiro e estalou a língua. Reprovação ou desapontamento? — Eu te falei que não ia dar certo.

Satsuki inflou as bochechas. Não era como o Aomine, mas também era orgulhosa. Uma das coisas que mais a irrita é o amigo arrogante estupido ter a razão. Se lembra perfeitamente da vez em que Daiki falou que ela e o azulado nunca dariam certo por causa de um pequeno detalhe: eles não jogam no mesmo time.

— E por que veio aqui?

— Você não ter ido no terraço foi estranho. Então decidi te procurar. — Explicou num tom de voz visivelmente frustrado. — Porra, Satsuki. Sabe o quanto eu andei atrás de você? Fui até a quadra, a sala, a sua casa, na Seirin, na minha casa e até mesmo na do Tetsu. — Bufou. — Ele tinha me dito que você foi dispensada então imaginei que já estivesse aqui. Me deixou preocupado, sabia?!

Percebeu o mesmo se sentar do seu lado. Ficaram lado a lado, em silêncio, apenas observando o pequeno parquinho de areia que tinha à frente deles. O motivo de ali ser o seu refúgio era bem justificável. Conheceu Daiki naquele parque. Ainda lembra de ter sido empurrada no chão por garotos que debochavam do seu cabelo ser róseo. Antes que eles pudessem fazer alguma coisa com ela, o seu Dai-chan apareceu. Tinha sido igual àqueles romances clichês de cinema que ela particularmente adorava. Seu herói tinha aparecido quando mais precisava. Era engraçado pensar nisso. Mesmo que estivesse completamente diferente da criança que era, Daiki ainda é seu herói. Apareceu na hora certa. Mesmo que quisesse ficar sozinha, sabia que não ia conseguir.

De forma instintiva, encostou a sua cabeça no ombro do maior. Acabou sentindo o braço dele passar pelos seus ombros, a puxando para um abraço acolhedor enquanto posicionava a mão em sua cabeça, a afagando. Satsuki ainda choramingava baixinho, mas aos poucos foi se acalmando. Fechou os olhos com força enquanto mordia o lábio inferior. Mesmo que já estivesse bem – comparado a antes, vale constar –, isso não mudava o fato de seus olhos terem uma dor incomoda por causa do inchaço e sua garganta ainda estivesse fechada por conta do choro. Além do coração pesado e partido.

— Vou te levar pra casa. — Acabou sendo desperta dos pensamentos ao sentir Daiki puxá-la para o seu colo e retirar a jersey da Touou, colocando nos ombros da mesma. Iria protestar se ele não tivesse se levantando abruptamente, carregando-a estilo noiva como se não pesasse mais do que uma pena.

— Hm? — Franziu o cenho, mas logo entendeu o motivo ao sentir uma gota de chuva atingir o seu nariz. Olhou para cima e percebeu como já estava começando a escurecer pelas nuvens de chuva que fechavam os céus. — D-Dai-chan... — Gaguejou um pouco incerta.

Se interrompeu com um grito silencioso que deu ao ver o moreno quase que disparar para a calçada enquanto a segurava firmemente contra si, certificando-se de que não faria algum deslize e a deixaria cair. A gerente encolheu-se em seu colo enquanto tentava esconder-se da chuva, que apenas ficava mais forte, dentro da jersey escura. Não gostava nem um pouco de chuvas. Ela interrompia o seu dia e ainda trazia junto um vento desconfortável. E também a amaldiçoava mentalmente por ter feito eles saírem daquela posição agradável debaixo da Sakura.

Ao menos, poderia passar o resto do dia com Daiki que a faria companhia – por bem ou por mal – para tentar fazer ela esquecer um pouco de Kuroko. Ela apenas não sabia que seu dissabor seria algo tão significativo à Aomine Daiki.


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Notas finais do capítulo

Revisando isso de novo, percebi que tá mesmo muito bobinho, save my soul, que vergoninha ;-;



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