A Melhor Fic de Jacob e Nessie escrita por Franck


Capítulo 67
Queda Livre




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– Angus! – Disse virando-se rapidamente para trás.

– Oi princesa! – Ele curvou-se em atitude de reverência e abriu os braços, sorrindo largamente para Mari.

A pequena correu em sua direção e praticamente se jogou nos braços do maior, abraçando-lhe o pescoço e sendo levada para seu colo.

– Que saudades de você pequena. – Disse ele brincando com o nariz da fadinha.

– Também senti muitas saudades suas. Onde está minha irmã, ela veio com você? – Indagou olhando por cima do seu ombro.

– Não Mari. Flora foi direto para a casa dos nossos amigos Cullens, pois recebeu um recado muito importante que o senhor Cullen enviou pela mãe natureza. Eu e os outros estamos aqui pela floresta em busca de alimento. Há frutas muito gostosas por aqui, eu estava daquele lado quando ouvi vozes por perto.

– Oi senhorita Nessie. – Cumprimentou-me.

– Olá Angus. – Disse, sentindo o alivio de ser ele o ser que nos seguia. Isso explica o fato de eu não ter percebido passos antes, certamente estava transformado em sua forma diminuta e com asas.

– Onde estavam indo? – Indagou para mim.

– Mari disse que estamos perto de uma cachoeira. Viemos procurar algumas frutas e conferir a intuição dela.

– Não se trata apenas de uma intuição. Mari é intimamente ligada à natureza, acho que sua forma hibrida lhe deu poderes fantásticos e que estão se manifestando aos poucos. La em Florença Mari sempre esteve rodeada dos animais mais selvagens e os mesmos faziam questão de sua presença. É como se a venerassem, além disso, as árvores lhe são grandes conselheiras. – Terminou rindo.

– Vem Angus. Venha se divertir com a gente... - A pequena lhe puxou pela mão e Angus veio sem relutância.

Nós três, diante daquela entrada cercada por rochas e coberta por uma folhagem extensa, respiramos fundo. É como se fossemos entrar numa dimensão diferente, se bem que cada cantinho da floresta que circunda Forks é algo bem isolado e fora do habitual. Afastamos os cipós com as mãos e meus olhos se encheram com a paisagem linda que avistamos. Diante de nós estava um lago de tamanho médio rodeado de pedras e que recebia a água que caía de uma altura significante. O som das águas era abafado porque a queda era amortecida por uma serie de rochas que formavam uma ladeira pouco íngreme do topo até base.

– Que lindo! Olhe, daquele lado tem frutas vermelhas. – Mari correu para o lado esquerdo, se afastando um pouco de nós.

Tive o ímpeto de segui-la, mas Angus segurou-me pelo braço.

– Não vai entrar? – Perguntou, apontando para a base da cachoeira com o queixo.

– Oh não! – Forcei um sorriso – Acho melhor ficar por aqui mesmo.

– Mas por quê? Esse lugar é tão bonito e não vai desfrutar dele. Mari vai ficar decepcionada...

Suas palavras me fizeram vacilar. Afinal, vim pra cá com o intuito de animar à pequena e não desanimá-la. Com certeza Mari vai querer banhar-se no rio e recusar-me a participar da brincadeira será mais que chato da minha parte.

– Estou de calça de jeans. – Falei. Mesmo que eu fosse ceder, não queria entrar na água agora.

– Posso te ajudar com isso. – Disse Angus inclinando até o chão, ficando rente às minhas pernas.

– O que pensa que está fa...

– Rasxxx – Calei ao ouvir o barulho que minha calça fez ao ser rasgada pelas mãos de Angus. O idiota agarrou a base do tecido, próximo ao calcanhar, e o dividiu em dois, rasgando-o sem nenhum pudor até o auto dos meu joelho.

– Au... – Angus murmurou após o chute que lhe dei no ombro e o fez cair sentado.

– Olha o estrago que você fez? – Questionei indignada.

– Eu só estava tentando ajudar.

– Me despir não é a melhor forma de fazer isso. – Levantei a voz contrariada.

Angus se levantou e começou a rir sem parar.

– Do que está rindo?

– Eu não ia te despir. Ia rasgar até os joelhos, em Florença as moças usam Horkis para banhar-se em público. Eles vão até os joelhos...

– Isso é ridículo... – Disse cruzando os braços.

– Acha que estou mentindo? – Arqueou uma sobrancelha e mordeu o lábio meio impaciente.

Não disse nada e foi o bastante pra ele ter certeza disso.

– Mari! – Angus chamou e a pequena veio até nós com os lábios avermelhados das frutas que saboreava.

– Que tal colocar seus Horkis princesa.

Mari bateu palmas e sorriu entusiasmada.

– Vamos brincar na água? – Indagou ela.

– Muito! – Angus respondeu ficando de costas para nós.

Entendi sua atitude logo que Mari começou a se despir. Ela colocou as roupas de lado e fechou os olhos, de repente um brilho tomou conta de seu corpo e em poucos segundos uma vestimenta diferente cobriu seu corpo. Sua barriga estava exposta. Porém, a região onde seus seios se desenvolveriam muito em breve, foi coberta por uma tira que parecia estar fixada em sua pele. A cor da faixa que a circundava era rosa e combinava com a região inferior. Mari parecia estar vestindo um short legue que ia até seus joelhos. Visivelmente, não dava pra perceber nenhum acessório de sustentação, era como se aquela roupa fosse parte de seu corpo e isso me provocou uma ligeira sensação de náuseas.

– Você não vem Nessie? – A pequena perguntou olhando para a água.

– Claro. – Respondi por impulso. Ela ficou tão animada que não tive como voltar atrás.

Angus exibia um sorriso torto e provocante. Corei subitamente com seu olhar indiscreto nas minhas pernas.

– Porque sua calça está rasgada? – Mari frisou o cenho.

Olhei para Angus e ele apenas conteve o riso.

– Estou fazendo dela um short de banho. – Respondi sem graça – Não vai ficar tão lindo quanto o que você está vestido, mas ficará mais confortável.

Maria assentiu rindo.

Inclinei-me e puxei a calça, subindo o rasgão até o auto da coxa. Repeti o processo na outra perna e em segundos eu podia sentir a brisa gélida vindo das águas atingindo-as suavemente. Estremeci um pouco.

– Vamos? – Chamei.

– Agora é a minha vez. – Disse Angus abrindo os braços e vimos um brilho verde rodear seu corpo desfazendo suas vestes, deixando-o apenas com uma espécie de sunga, cor verde lodo e que se destacava na sua pele bronzeada.

– Pensei que usaria algo parecido com o de Mari. – Falei constrangida.

– Não. Assim é bem mais confortável. – Disse exibindo um sorriso torto.

Angus era bonito. Possuía ombros largos e fora daquelas roupas, diferentes, dava pra notar seus músculos avantajados. Embora não se comparem aos de Jake...

– Eu estava pensando em queda livre. – Disse Angus. – Topa baixinha? – Fez um cafuné em Mari, assanhando-lhe o cabelo.

Mari concordou balançando a cabeça freneticamente.

Ri incredulamente da ideia idiota.

– O que foi? – O Florence mais velho perguntou.

– Não tem como pular de nenhum lugar para fazer queda livre nessa cachoeira. Ela não tem estrutura para isso, veja...

Apontei com o queixo para o pico de onde as águas caíam.

– Não precisamos de suporte Nessie. – Disse ele.

– Como assim? – Ergui uma sobrancelha, confusa.

– Nós voamos bem auto. E lá em cima, recolhemos as asas. – Mari disse num tom de ansiedade.

Senti a força e o equilíbrio das minhas pernas sumirem de mim por alguns instantes.

– Está com medo? – Angus perguntou desafiando-me.

– Não. – Murmurei cansada de suas provocações.

– Então vamos...

– Não sei se perceberam, mas não tenho asas. – Falei cruzando os braços.

– Isso não é problema. – Disse Angus abrindo suas enormes asas e saindo do chão num único impulso contra a superfície.

– Pra onde ele foi? – Indaguei assustada quando olhei pra cima e não vi mais sinal de sua presença.

Mari tentou prender o riso com as mãos e disse:

– Atrás de você... – No mesmo instante, senti os braços do guarda real de Florença envolver minha cintura e me puxar para seu colo.fechei os olhos e espalmei a mão em seu peito quando me ergueu rapidamente levando-me para o ar.

– Me solta. – Murmurei com a voz tremula.

– Tem certeza disso? – Provocou indicando com rosto para que eu olhasse pra baixo.

Agarrei seu corpo de repente quando vi a cachoeira abaixo de nós e o quão longe estávamos dela. Agarrei-me ao seu pescoço e instintivamente encolhi as pernas. Embora os braços do Florence de cabelos encaracolados estivessem segurando-me fortemente, não pude conter o medo que tive de possivelmente despencar de seus braços.

– Não vou te deixar cair. – Assegurou-me. – Não agora.

Estremeci percebendo a realidade em que tinha me metido. Se estávamos no ar, mesmo que por livre e espontânea “pressão”, é porque temos um propósito: a queda livre.

– Como faremos isso? – Perguntei sem olhar pra baixo. Vi Mari voando atrás de nós.

– Está preparada Nessie? – Questionou a pequena.

– Estou tentando querida... – Falei um pouco impaciente.

Ela riu.

Angus aproximou sua boca do meu ouvido, levando meu corpo para mais junto do seu – o que me trouxe certo incomodo – eu e Mari recolheremos as asas e quando fizermos isso, cairemos na água em alta velocidade. O impacto é muito bom, você vai ver.

– Ajeite logo ela Angus!!! – Mari murmurou.

– Me ajeitar como? – Minha fala saiu quase como um grito.

– Você não pode cair assim. – Disse Angus – Pode se machucar nessa posição.

Angus deixou minhas pernas caírem e um grito abafado ecoou da minha garganta. Logo senti seu corpo mais unido ao meu, seu braço agora me sustentava pela cintura apenas. Desenrolei meus braços de seu pescoço para atingi-lo no peito com os punhos.

– Idiota! – Exclamei assustada.

– Desculpa, eu devia ter avisado. Agora prepare-se, encolha um pouco os joelhos e respire fundo. No “três” recolheremos as asas, tudo bem princesa?

Maria assentiu eufórica.

– Um – Angus começou a contar e fechei os olhos – dois – Exclamou Mari. Um breve silêncio tomou conta do ambiente e estranhando a contagem cessada, abri os olhos. Os dois me encaravam e seus olhares indicavam que queriam que eu prosseguisse com a contagem. Revirei os olhos, aturdida. – Três. – Falei com a voz meio receosa e os dois começaram a rir sem parar.

– O que foi? – Indaguei, ofendida.

– Desculpe Nessie, é que você está com tanto medo que mal consegue falar. – Disse Mari enxugando as lágrimas, de riso, dos olhos.

– Acho melhor não fazer isso. Vou levá-la pra terra firme senhorita. – Disse Angus fingindo estar decepcionado.

– Não! Vamos logo de uma vez com isso... Já estamos aqui, o que temos a perder? Esqueceram que não sou tão frágil assim?

Angus arqueou uma sobrancelha, incrédulo.

– Tudo bem vampirinha. – Disse ele com deboche.

– Um – Começou novamente – dois! – Continuou Mari – três! – Falei alto e firme.

Tudo aconteceu tão rápido que fiquei meio aturdida com o vento ensurdecedor que tomou conta dos meus ouvidos. Angus e eu caíamos velozmente e seu corpo me rodava no ar em forma de espiral. O que esse louco pretende? Esses movimentos aumentarão mais ainda o impacto na água! Estreitei os olhos e vi Mari descer na mesma velocidade e aos pouco seu corpo ia virando-se de forma que o rosto fosse voltando-se para baixo. Meu Deus, ela vai cair de cabeça! O sorriso em seus lábios diminuiu o meu pânico, mas a preocupação continuou ali. Momentos antes de atingir a água, os braços de Angus me soltaram e a impressão que tive foi de estar entrando em um novo mundo. A água tomou conta do meu corpo e a pressão se fez mais forte em meus pulmões, eu estava submersa e no término do impulso que me levava para o fundo, senti outro me puxando para cima, como se tivesse atingido uma cama elástica. Bati com os pés e as mãos para tomar mais impulso de volta à superfície, no meio do caminho uma mão puxou a minha e fui levada pra cima com mais rapidez. A claridade tomou conta dos meus olhos e fiquei ofegante por alguns segundos, tossindo com euforia. Eu precisava de apoio e o corpo na minha frente me serviu muito bem. Segurei nos ombros de Angus e respirei fundo.

– Tudo bem Nessie ? – Ele parecia preocupado e um pouco envergonhado. Não entendi sua reação. Mari estava mais atrás nadando sem prestar muita atenção em nós.

– Sim. Só engoli um pouco de água... – Tossi mais um pouco, involuntariamente. Em instantes, recuperei o fôlego. – Isso foi ótimo, é uma sensação maravilhosa... – Exclamei eufórica e rindo maravilhada.

– Nessie, é melhor... – Angus frisou o cenho, meio perdido. Talvez estivesse chateado por eu ter tomado toda a coragem que assumi. O que certamente ia contra todas as suas expectativas.

– Obrigada. – Falei lançando-me em seus braços completamente agradecida pela experiência, me sentindo completamente vitoriosa por ter superado esse medo bobo.

Depois de afogar meu rosto na curva do seu pescoço, percebi algo diferente no contato entre nossos corpos. Paralisei no momento em que percebi que as extremidades dos meus seios estavam sentindo o calor do peito desnudo de Angus. O contato estava próximo demais... a confirmação do meu temor aconteceu quando vi algo rosa flutuando há alguns metros de nós. Era minha blusa!

– Jacob. – Angus falou e me afastei de seu corpo abruptamente. Entre as folhagens dois olhos castanhos de um lobo avermelhado nos encaravam com uma mistura de emoções que não soube distinguir.

– Jacob! – Exclamei cobrindo os seios com as mãos. A vergonha me fez corar e minha angustia aumentava conforme o lobo avermelhado se afastava, com passos para trás, e olhos vidrados na minha condição exposta. Jacob me olhava como se não me conhecesse e a cada segundo tentasse entender aquela situação embaraçosa.

– Jake, me espere... – Pedi dando alguns passos rumo à superfície mais rasa. Meu pedido foi completamente ignorado e Jacob deu meia volta, correndo novamente para o interior da floresta.


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Notas finais do capítulo

Recomendações? Rsrsrs
*No facebook postei Nessie caindo e uma reflexão básica pra vocês. Marquei as leitoras que já tendo add. Vocês que ainda não tenho, adicionem-me, vou adorar ter vocês como amigas(os) por lá:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=483816818391785&set=a.105724009534403.6614.100002904125726&type=1&theater
Assim como fiz hoje, avisarei no face sobre a postagem do novo capítulo. (Que será muito em breve).
— Aguardo vcs ;)