A Melhor Fic de Jacob e Nessie escrita por Franck


Capítulo 39
Eu vos declaro: Marido e Mulher!




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P.V da NESSIE. ( Enquanto ela e Bella se preparam para ir ao casamento de Ângela).

– Mamãe, tem uma coisa que não entendi na agressão que Jacob cometeu contra você.

– Ele não me agrediu querida; não exatamente... – Disse ela defendendo-o – Mas diga o que você não entendeu sobre o que aconteceu.

– Como é que você ficou roxa já que você é 100% vampira? Sim, pois não há mais sangue correndo nas suas veias, logicamente isso não deveria ter acontecido.

– Querida, apesar de nossa espécie não apresentar mais circulação sanguínea, não significa que somos ocos por dentro. O nosso sangue parou e se tornou um liquido gelatinoso. Claro que uma força humana nunca poderia me machucar. Mas, Jacob tem uma força sobrenatural e a intensidade de seu aperto acabou chegando ao liquido ao qual lhe falei, por isso ficou evidente em minha pele. Nós temos sim uma circulação, é por ela que passa o sangue que ingerimos.

– Então não precisa ter sangue humano pra criar hematomas?

– Precisa sim, nós temos sangue. Só que nosso sangue é diferente em cor e talvez em substância.

– Entendo... eu acho.

– Filha, outra coisa que nós temos que nunca mudará é o coração.

– Mas, o coração de vocês já parou.

– Não estou falando do coração carnal. Me refiro ao que está aqui... – Disse ela apontando pra sua cabeça. – Nossos sentimentos e emoções são guardados no coração que nosso cérebro cria, é aqui que guardamos todas as nossas lembranças e é isso o que verdadeiramente importa.

Assenti e me virei para o espelho.

– Nossa, tenho certeza que esse vestido é idéia da tia Alice. – Falei irritada.

– Por quê? – Perguntou mamãe, começando a rir.

– Olha esse decote. Jacob nunca deixaria eu usar uma coisa dessas.

– Seu pai também não concordaria com isso. – Disse ela. – Mas o vestido é lindo querida.

Olhei mais um pouco no espelho. O vestido era preto e tinha um decote baixo, o brilho se destacava na barra da roupa, minha sorte é que não era tão curto.

– Ok. Vou vestir ele porque é o único que tenho disponível aqui em Forks. – Falei indignada, eu não gostava dos olhares que os homens com certeza desviariam para o meu colo.

– Mamãe, você está linda! – Falei ao vê-la num vestido vermelho “tomara que caia” que descia até seus pés. O brilho se concentrava na região do busto e descia até a barra em formato de linhas fininhas. Os hematomas que tinham até poucas horas, agora desapareceram definitivamente.

– Obrigada querida, sua tia tem um ótimo gosto. Eu agora só preciso saber como conseguirei andar num vestido tão justo.

Nós rimos.

– Venha, vamos descer logo. Seu pai já está pronto há horas. Tenho medo de deixar Edward e Charlie juntos e sozinhos por muito tempo.

Rimos ao lembrar do embate que havia entre os dois. Edward nunca alcançou o coração duro do vovô.

Enquanto descíamos as escadas, papai anunciou:

– A limusine já está nos esperando. – Anunciou papai.

– Limusine? – Perguntei curiosa.

– Sim querida, seu pai teve a idéia de alugar uma pra hoje. Estou ficando com medo de chamarmos mais atenção do que a noiva. – Disse mamãe meio que criticando a atitude do papai.

– É bem capaz de você roubar mais atenção que Ângela querida. Você está linda filha... – Disse o vovô.

– Obrigada papai, ao menos você acha isso. – Agradeceu mamãe insinuando os elogios não vindos de papai.

Vovô riu ao perceber que papai ficou com vergonha.

– Venha Nessie. – Chamou o vovô me oferecendo seu braço esquerdo para me acompanhar.

Aceitei sua companhia. Então, fomos para dentro do carro.

– Você está bem mais... maduro querido. – Comentou mamãe se referindo a maquiagem que papai estava usando.

– É! Um pouco de pó e barba falsa fazem milagres.

Nós rimos...

– E você mamãe?

– O quê? – Perguntou ela.

– Ao contrário do papai, não mudou quase nada.

– Não passei a maquiagem de cinema filha, apenas a tradicional.

Frizei o cenho sem entender o porquê. Papai ouviu meus pensamentos confusos e explicou, cochichando ao meu ouvido:

– Ela não precisa. A ultima vez que viu Ângela ainda era humana, digamos que ela mudou muito depois da transformação. Ganhou alguns anos de idade.

– Há... ta!.

– Chegamos. – Anunciou o motorista anônimo que papai contratou.

Papai conduziu mamãe para fora do carro e vovô fez o mesmo comigo.

– A igreja está tão bonita. Quantas flores! – Disse mamãe.

– Ângela caprichou em cada detalhe. Quero ver como está a casa dela, será lá a recepção não é?

– Hunrrum. – Respondeu papai. – Vamos entrar, os convidados estão começando a torcer o pescoço para nos ver. Não queremos chamar tanta atenção assim...

– É verdade, vamos... – Chamou mamãe.

– Entramos na igreja e todos os olhares se voltaram para nós. Foram cinco minutos de glória até a entrada da noiva.

Ângela estava na porta da igreja com seu vestido lindo, rendado e cheio de perolas. Ela estava muito linda, por um minuto me imaginei no lugar dela. Seu esposo, Eric, a estava esperando no altar, com um terno branco fiado a ouro. Seus olhos brilhavam ao ver Ângela tão linda vindo em sua direção. O toque tradicional soava muito leve ao som do piano, estava tudo tão perfeito!

A cerimônia começou:

– Ângela e Eric, hoje vocês estão aqui juntos para se unir em matrimônio. Eu, como representante da igreja, venho a pedir as bênçãos de Deus sobre vocês e que essa união se faça mais renovada a cada dia. Nesse dia tão especial para os dois, eu pergunto: Vocês estão dispostos a viver juntos em harmonia com Deus?

Os dois assentiram que sim.

– Ângela, você aceita Eric como seu legítimo esposo?

– Sim, e prometo estar com ele na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza até que a morte nos separe. – Respondeu ela colocando uma aliança no dedo de Eric.

Percebi que mamãe suspirava de emoção enquanto ouvia o Pastor realizar a cerimônia.

– E você Eric, aceita Ângela como sua legítima esposa.

– Sim, e prometo estar com ela na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza até que a morte nos separe. – Respondeu ele repetindo o gesto da aliança.

– Sendo assim, comprometidos a estarem juntos na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza, até que a morte os separe... eu vos declaro: Marido e Mulher. O noivo pode beijar a noiva...

Eric beijou Ângela e todos se levantaram começando a aplaudir. Chorei com tanta felicidade pairando no ar. Foi emocionante...

Enquanto saía com Eric, Ângela piscou pra mim. Senti-me muito feliz dela compartilhar comigo sua felicidade. De seus olhos jorravam lágrimas de alegria, a emoção reinava no ali.

Ângela e Eric partiram numa limusine branca, o carro estava completamente decorado com corações e frases. Dezenas de paparazzis registravam cada momento.

Para não chamar muita atenção, nossa limusine estava nos esperando numa esquina um pouco distante da igreja. Mamãe achou melhor não sairmos iguais aos noivos.

– Estou louca pra falar com Ângela, ela estava tão bem. Se pudesse, tinha chorado... – Disse mamãe enquanto íamos para a recepção na casa de Ângela.

– Você viu o Mike Newton? – Perguntou papai.

– Não... ele estava lá? – Indagou mamãe.

– Hunrrum, não parava de olhar pra você.

– Quem é Mike Newton?

– Um colega de seus pais no colégio, ele tinha uma quedinha por sua mãe. – Explicou vovô.

Ri com a cara de ciúmes do papai. Se ele tinha ciúmes de um mero humano, imagino como ele odiava ter Jacob por perto.

Derrepente, papai me olhou incrédulo.

– Não mandei você ficar invadindo minha cabeça... – Pensei o encarando.

– Não fique assim querido. Mike Newton deve ser o mesmo bebê de antes... – Falou mamãe rindo do jeito emburrado do papai.

>>>>>>>>>> NA CASA DE ANGELA, NARRADO POR BELLA

Quando Edward abriu a porta da limusine, vários flash`s invadiram nossa visão. Todos os paparazzi estavam apostos para receber os convidados. Mesmo não pretendendo, roubamos mais atenção que os demais.

Ângela e Eric estavam dentro da casa, recepcionando seus convidados. Dirigimos-nos até eles.

– Bella!!! – Exclamou Ângela, rindo a me ver. – Pensei que você não viria.

– Oi Ângela... – Respondeu mamãe, abraçando-a. – Eu nunca perderia seu casamento amiga. Era o mínimo que eu poderia fazer por você ter me agüentado há tanto tempo atrás... – Concluí fazendo piada.

– Quanto tempo não éh?... – Disse Ângela. – Você está linda!

Ri totalmente sem graça, pois há sete anos eu podia ser tudo, menos linda.

– E você, continua sendo essa pessoa tão legal e amável. Você está muito bonita amiga, parabéns por seu casamento. Eric sempre foi muito especial. Vocês serão muito felizes...

– Obrigada Bella.

Passei em frente para abraçar Eric.

– Oh! Bella... – Disse ele surpreso a me ver.

– Oi Eric.

– Ângela disse que tinha convidado você, mas não acreditei muito que você viria.

– Eu não poderia faltar meu amigo. Você e Ângela são muito especiais pra mim... Desejo toda felicidade do mundo pra vocês... – Falei o abraçando.

Charlie, Edward e Nessie cumprimentaram os noivos também, depois disso ficamos em pé meio restritos dos outros convidados. Mantendo nossa discrição. A sala estava com um ambiente super aconchegante, garçons desfilavam pela sala entregando petiscos e bebida. Papai e Nessie comiam e bebiam por mim e Edward.

– Bella!? – Ouvi uma voz rouca falar meu nome, atrás de mim.

Ao me virar, grande foi minha surpresa ao perceber de quem se tratava...

– Mike? Mike Newton? – Perguntei confusa.

– Isso mesmo, ao vivo e a cores.

– Você está... ótimo! – Falei admirando seu porte físico. Ele havia mudado muito, seu rosto ganhou expressões mais adultas, seu tom de voz ficou mais grave. Parecia mais alto e no seu rosto pairava um mistério charmoso.

– Você também... está muito linda! – Disse ele beijando minha mão.

No mesmo instante, senti os braços de Edward me envolver pela cintura.

– Como está Mike? – Disse Edward com uma cara fechada.

– Muito bem Edward. Obrigado! E essa diva... quem é? – Perguntou se referindo a Nessie.

– Minha irmã mais nova. – Falei.

– Pensei que você fosse filha única de Charlie.

– Não, tive outra filha com uma mulher em Nova York. – Mentiu papai.

– Como se chama anjinho? – Perguntou Mike.

– Renesmee. – Respondeu Nessie.

– Hum... diferente.

Edward soltou um leve rosnado. Com certeza Mike estava tendo pensamentos maldosos, pois se percebia que o decote de Nessie lhe chamava muita atenção.

– Mike?!!! – Gritou uma voz que conheci na hora, - Jéssica! -.

– Oi Jess... – Respondeu Mike a abraçando.

– Como vai Jéssica? – Perguntei frustrada com o distanciamento dela.

– Bella, é você mesma? – Indagou ela demonstrando surpresa.

– Sim, por quê?

– Você está tão diferente. Muito mais bonita amiga... – Disse ela rindo.

Por um momento senti a presença da antiga Jéssica no ar.

– Você também está querida. - Respondi sem saber o que mais dizer.

Jéssica realmente estava bem melhor, usava um vestido rosa – típico dela – de seda pura. Seus cabelos agora possuíam cachos bem definidos e sua pele estava rosada como sempre. Parecia uma boneca de porcelana.

– Nossa! Estão todos aqui? – Falou Ângela se aproximando com Eric.

– Conseguiu aproximar todos os ex amigos cara... – Disse um homem alto, moreno e bem forte se aproximando de nós.

– Gente, esse é o Tayler... – Apresentou Eric fazendo piada;

Tayler abraçou a todos e cumprimentou Charlie e Nessie.

– Quanto tempo galera!– Disse Tayler

– Sete anos meu amigo. Sete longos anos... – Respondeu Eric, rindo.

– E essa deusa, quem é? – Perguntou ele falando de Nessie.

– Renesmee, minha irmã. – Falei.

– Hum... prazer gata. – Disse ele beijando a mão de Nessie delicadamente.

As expressões de Edward mudaram radicalmente, seu mau humor estava claro. No intuito de mudar o rumo das ações, perguntei para Ângela e Jéssica.

– Vocês se falam muito?

– Claro. Minha amiga aqui me ajuda a fazer sucesso. - Respondeu Jéssica rindo.

– Como assim? – Disse sem entender a mínima do que ela falava.

– Sou modelo Bella, com muita freqüência estou na revista da empresa onde Ângela trabalha.

– Você trabalha numa revista? – Perguntei intrigada com a informação.

– Sim ma... Bella, Ângela é diretora chefe de uma das maiores revistas de moda do país. – Explicou Nessie.

– Nossa amiga, quanta responsabilidade. Nunca duvidei de sua capacidade, você sempre foi muito eficiente.

– Obrigado Bella. – Agradeceu Ângela.

– E você Mike? O que faz agora? – Perguntei curiosa.

– Sou empresário. Dono de uma rede de cosméticos.

– Você construiu um patrimônio em apenas sete anos? – Edward perguntou. Com certeza ele já sabia da resposta, não entendi o porquê da pergunta.

– Não. Me casei com Mary e ela era herdeira do patrimônio que pertencia aos seus pais. Mary morreu faz três meses e desde então, estou à frente dos negócios.

– Sinto muito... – Disse Nessie, comovida.

Mike assentiu agradecendo.

Se a intenção de Edward era provar que Mike não tinha eficiência, ele falhou. Nessie ficou mais solidária ainda ao rapaz.

– Por onde você anda Tayler? – Perguntou Jéssica.

– Me mudei pra Nova York. Jogo num time de basquete.

– E vocês dois... O que fazem ultimamente, ou ainda moram com o Sr. E Sra. Cullen? – Perguntou Mike a mim e a Edward.

Todos riram.

– Nos mudamos pra Washignton e estou no ultimo ano de medicina. – Disse Edward.

– Me formei em biologia e trabalho numa rede privada de cuidado aos animais. – Falei.

Nessie quase deu uma gargalhada com nossa mentira. Era impossível não inventar nada, seria estranho demais dizer que ainda moramos com Esme e Calisle. Afinal, no ponto de vista deles todos os outros Cullens se formaram e seguiram algum rumo em suas vidas.

– Bom, acho que quem veio de mais longe aqui foi o Mike. – Disse Ângela. – Obrigado amigo, juro que duvidei que você viesse de tão longe só para o nosso casamento.

– Onde você está morando? – Perguntei.

– No Brasil. Mary era de lá... Fiz muitos amigos por lá. O povo brasileiro é muito acolhedor.

– Brasil? Adoro o Brasil, tenho muita vontade de visitar a cidade maravilhosa! – Disse Nessie com os olhos brilhando.

– Venha me visitar qualquer dia. Tenho um apartamento que fica bem de frente para a praia de Copacabana... – Ofereceu Mike.

Nessie ficou envergonhada com o convite. Edward estava para explodir, o pior é que eu não podia fazer nada.

– Senhoras e senhores, está na hora da valsa. – Disse uma voz suave no microfone.

Com muito estilo, vi um homem subir em um pedestal, era ninguém mais ninguém menos do que Kenny G., ele estava aposto para tocar sua flauta.

Quase me derreti quando ele começou a tocar “theme from”. Estava tudo tão lindo, musica ao vivo e muita riqueza nos detalhes da festa. Ângela sempre foi tão perfeccionista. Tanto quanto Alice.

Ângela e Eric foram para o meio da sala e começaram a dançar, em seguida todos imitaram os noivos e muitos já dançavam a valsa.

– Você aceita dançar comigo? – Perguntou Mike a Nessie.

Minha filha nos olhou angustiada. E, para não fazer desfeita, aceitou.

Tayler dançava com Jéssica e Charlie com uma mulher conhecida dele que também estava no casamento.

Antes do convite de Mike, Edward não queria dançar. Mas depois, fez questão de que fossemos para o meio do salão.

Aceitei dançar com a condição de que ele não fizesse nenhuma besteira. Ele aceitou.

PV. DE NESSIE...

– Você aceita dançar comigo? –Perguntou Mike Newton.

Olhei aflita para meus pais. Eu não queria, só estava ali por causa de Ângela. E, o tal Mike estava muito saidinho na minha opinião.

Para não fazer desfeita, aceitei. Segurei sua mão e fomos para o meio do salão. Suspirei aliviada quando percebi meu pai trazendo minha mãe para perto de onde dançávamos. Não me senti tão sozinha.

– Então, você está morando com Charlie? – Perguntou Mike, puxando assunto.

– Não. Moro com minha irmã, a Bella, em Washignton.

– Hum... meio longe néh?

– Não, só umas duas horas de vôo até Port Angeles.

– Estava me referindo ao Brasil.

Ri, sem graça, e respondi:

– É! muito longe.

– Você tem mesmo vontade de conhecer a cidade maravilhosa?

– Claro. Pap... – Pensei bem no que ia dizer e prossegui – Edward disse que qualquer dia desses vamos lá.

– Então vou deixar meu endereço, quem sabe você não possa me fazer uma visita.

– Tudo bem...

– Você gosta muito do seu cunhado?

– Quem? – Perguntei desnorteada.

– O Edward...

– Claro, ele é maravilhoso – Falei lembrando do papel que papai fazia em Forks (meu cunhado)... Por quê?

– Bom, ele sempre foi tão estranho!

Ouvi nitidamente o ranger de dentes do papai.

– Se acalme papai. – Pensei.

Minha recomendação foi ignorada completamente. Papai continuou com a raiva em seus olhos.

– Você tem namorado Nessie? – Perguntou Mike.

– Não.

Papai demonstrou confusão. O que ele queria que eu fizesse? Mentisse? Jacob ainda não era meu namorado... ainda não.

– Bom, e qual o motivo de uma garota tão linda estar sozinha?

– O destino. O triste e cruel destino. Mas não me importo, acho que isso está prestes a mudar, espero.

– Pode ter certeza. – Disse ele juntando seu rosto ao meu.

Fiquei angustiada, não sabia o que fazer. Parece que Mike entendeu tudo errado. Eu estava me referindo ao sonhado encontro que teria com Jacob amanhã.

– Socorro. – Pensei.

Papai veio até nós, e disse:

– Que tal trocar de par?

Mamãe ajudou estendendo sua mão para Mike, era impossível que ele recusasse.

– Claro. – Respondeu Mike recebendo a mão da mamãe.

O músico começou outra musica e voltamos a dançar...

– Que história é essa de não ter namorado? – Perguntou papai.

– Mas é isso mesmo, eu não tenho.

– E o cachorro?

– Não sou namorada do Jacob.

– Mas poderia ter dito que sim, não precisava dizer que era do cachorro...

– Por quê?

– Filha, aquele cretino está de olho em você.

– É, percebi. Ele entendeu errado o que eu disse. Coitado...

– Coitado nada, ele é muito velho pra você. Sem falar que... – Papai interrompeu-se.

– O que? – Perguntei curiosa pra saber o que ele tinha a dizer.

– Sem falar que ele não parava de olhar pro seu decote. Safado! Me Lembre de matar sua tia quando chegarmos.

Ri com o ciúme bobo do papai, então resolvi provoca-lo:

– Bom, eu pretendo conversar com Jacob nesse vestido...

Papai me olhou incrédulo. Sua raiva quando se tratava de Jacob se multiplicava por dez.

– Papai, um dia você terá de se conformar. Pra minha felicidade, espero que isso aconteça...

– Eu sei, mas é difícil. Aquele cachorro simplesmente não... – Fez uma pausa demonstrando nojo - deixa pra lá!

– Você não o conhece suficiente papai.

– Sei que ele é do bem Nessie. Mas isso não adianta, nunca seremos amigos. Não se depender de nós dois...

– Como pode dizer uma coisa dessas papai? – Perguntei horrorizada com a possibilidade da inimizade eterna entre o homem que amo e meu próprio pai. - Tenho certeza de que Jacob não hesitaria ser seu amigo se você conversasse com ele.

– Por isso mesmo. Não pretendo me humilhar duas vezes...

– Duas vezes?...

– Sim.

– Não me lembro disso ter acontecido alguma vez.

– Você ainda não era nascida. Sua mãe estava grávida, foi quando eu quis que ela tirasse você.

Senti um nó na garganta ao relembrar este episódio da minha história.

– E daí? O que Jacob tem haver com isso...?

– No desespero, me ajoelhei perante ele implorando que ele convencesse Bella em mudar de idéia.

Fiquei chocada com o que ouvi.

– Não acredito que você fez isso. – Falei sentindo as lágrimas rolarem por meu rosto.

– Desculpa filha, não queria te fazer chorar. – Disse papai enxugando meu rosto com o lenço de seu terno.

– E Jacob, aceitou?

– Não precisamos mais falar nisso querida.

– Eu quero saber... – Falei convicta.

– Sim, ele aceitou. Mas, assim como eu.... sabia que Bella não voltaria atrás.

– É horrível pensar que os dois homens que mais amo no mundo, não queriam que eu nascesse. – Falei.

– Não é bem assim, nós temíamos por sua mãe. Sem falar que não sabíamos se você iria sobreviver...

– Ta bom papai, entendo a situação. Mas mesmo assim, não deixa de ser triste imaginar que fui um acidente do destino.

– Você não foi um acidente! Apenas, não estava nos nossos planos. Foi um susto, um susto que durou pouco... por que você e Bella se tornaram as coisas mais importantes da minha vida!!!

Abracei papai, emocionada.

– É melhor irmos. Ta todo mundo querendo saber da gente, quem somos e de onde somos. – Falou mamãe.

– Onde está Mike? – Perguntei.

– Ele encontrou um amigo e saiu com ele. Agora vamos, o pessoal da revista onde Ângela trabalha está me deixando doida de tantas perguntas...

– E Charlie?... – Perguntou papai.

– Já está na Limusine, digamos que ele bebeu um pouco além da conta.

Rimos com a suposta embriagues do vovô. Ele nunca foi de beber excessivamente.

Fomos até os noivos e nos despedimos, Ângela e Eric lamentaram muito nossa ida repentina. Mamãe e Ângela se abraçaram por um tempo e ficaram de se encontrar uma próxima vez, algo que acho bem difícil.

Fomos em direção ao carro, quando estava prestes a entrar senti uma mão agarrar meu braço.

– Já vai? – Perguntou Mike.

– Sim, estou exausta.

– É uma pena, queria ter conversado mais com você Renesmee.

– Outro dia, quem sabe. – Falei.

– É! Não se esqueça de me visitar caso vá ao Brasil. Adorarei rever você!

– Pode deixar... tchau!

– Tchau! – Disse ele, me abraçando.

Respondi ao seu abraço, que mal teria? Em seguida, entrei no carro.

A volta pra casa foi tranqüila, vovô dormia profundamente. Papai teve de levá-lo para o quarto quando chegamos. Mamãe o ajeitou na cama, por alguns minutos ficou olhando pra ele...

– Vai ser tão difícil deixa-lo de novo... – Disse ela com a voz embargada.

A abracei na tentativa de consolá-la.

– Você sente muita saudades dele né mamãe?

– Sim filha, muita. Me dói tanto saber que ele está envelhecendo e ficando tão

vulnerável... há sete anos ele não tinha um cabelinho branco sequer. Já hoje...

– Mamãe interrompeu-se e ficou soluçando por causa da vontade de chorar.

A abracei mais forte.

– Acalme-se mamãe, o vovô é um homem forte...

– Eu sei filha. Fiquei aflita por que lembrei de um momento muito engraçado que tive com papai certa vez...

– Qual?

– No meu aniversário de dezoito anos, Charlie me acordou com dois presentes. Eu havia tido um sonho terrível, no sonho eu estava igual minha avó, idosa!

– Velha!?

– Sim... – Disse mamãe, rindo. – Eu estava velha e Edward ainda era meu companheiro. Jovem, do mesmo jeito que é agora.

– Mas isso é bom. Significa que apesar de idosa, o amor que papai sente por você é eterno, indiferente da idade.

– Hunrrum. Mas, eu não pensei nisso. Odiei a idéia de envelhecer... Sem falar que era apenas um sonho. Tive medo de Edward não me querer mais com o passar do tempo. Fiquei horrivelmente assustada com a idéia.

– Imagino... – Falei, rindo.

– Então, depois de me entregar os dois presentes falei pro papai o quanto odiava aniversários. Pois é uma comemoração à velhice... não faz sentido. Charlie me olhou e disse “E esse cabelo branco, será a idade?”... Eu pulei desesperada até o espelho e perguntei: “Cadê?”... Papai riu. Me toquei que era uma brincadeira e fingi ficar séria no momento. Depois ri muito...

Rimos do jeito do vovô. Um homem reservado, porém muito divertido por dentro.

– Está na hora de ir pra cama querida. – Disse mamãe.

– Você vai ficar bem? – Perguntei me referindo ao entristecimento dela por causa do vovô.

– Hunrrum. Agora vamos, você tem de dormir para acordar disposta amanhã.

– É! Sinto que amanhã não será um dia muito fácil pra mim. Mas, a felicidade me espera, eu acho.

– Com certeza filha. Amanhã será um dia inesquecível. To louca pra saber qual será a reação de Jacob.

– O quê? Vocês vão voltar amanhã também?

– Claro. Você não pensou que iríamos ficar mais tempo longe de você né?

– Pensei! – Falei.

Mamãe fez cara de ter ficado magoada. Odiei isso... Tentei concertar as coisas

– É por que eu imaginei que você fosse querer ficar mais tempo com o vovô aqui.

– E eu quero, mas temo ficar mais deprimida com tantas lembranças.

– Entendo, e... fico feliz de tê-la mais tempo por perto.

– Eu também filha... Agora, vá deitar.

– Ta bem... – Falei me dirigindo ao quarto de hospedes. Mamãe e papai foram para o antigo quarto dela.

Sei que não conseguirei dormir hoje, a ansiedade não deixará. Só me resta torcer para dar tudo certo e enfim, eu poder viver meu tão esperado AMOR!.

CONTINUA....


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