POR BELLA( No término da caçada com Alice e Jasper )

– Vamos Jasper. – Alice chamava de volta pra casa.

– Estou terminando com esse Alce. – Disse ele.

– Por que você está assim Bella? –Perguntou Alice detectando minha expressão preocupada.

– Creio que você já saiba de tudo o que houve na casa do Jacob.

– É! Deu pra ouvir lá na casa. Sinto muito pela minha sobrinha, ela não merecia ver o que viu lá na casa do cachorro.

– Também acho, e o pior de tudo é que a culpa é toda minha. – Falei baixando a face. Meus olhos arderam derrepente e minha voz embargou.

– Acalme-se Bella, tenho certeza que dará tudo certo. – Disse Alice me abraçando. – Agora, vamos pra casa.

Assenti e voltamos para nosso lar.

Quando me aproximava de casa, vi Edward correndo ao meu encontro. Seus braços estavam abertos e a ternura de seu abraço me envolveu completamente.

– O que houve? – Perguntei confusa. Até então, ele estava magoado comigo e sofrendo muito por nossa filha.

– Nós vamos para Forks agora, já fiz nossas malas. – Ele deu uma pausa e levantou meu rosto com dois de seus dedos embaixo do meu queixo, olhando-me fixamente nos olhos – Olha, não importa o que aconteceu. Agora tenho certeza do que você sente por mim e sei que nada é mais forte do que o amor que construímos. Claro que terei de ser paciente em relação aquele vira-lata, mas nada se compara a alegria que tenho de você completar a minha vida.

Pisquei várias vezes , tentando acordar daquele sonho. Apesar de vampiros não dormirem, eu tinha medo de que o perdão que Edward me concedia não fosse real.

– Como? – Perguntei admirada do seu perdão repentino.

– Te explico tudo no avião. Vamos, senão perderemos o vôo.

Ainda em seus braços e aliviada por suas palavras, entrei no carro de Alice.

– Você pode nos levar até o aeroporto Alice? – Perguntou ele.

– Claro. – Respondeu ela, sorrindo.

P.V. – JACOB

– È muito surreal pra minha cabeça doutor. – Falei após ouvir a história do suposto DUPERFEICE de Bella.

– Mas é a verdade Jacob.

– É! Faz todo sentido mesmo.

– Então, Edward está indo para Forks há esta hora pra explicar tudo isso para Nessie. - E por que eu não posso ir também? – Perguntei inconformado de não poder rever a razão da minha vida. Senti como se estivessem roubando um direito meu.

– É muita informação pra uma cabecinha só Jacob. – Afirmou Calisle. – Nós não sabemos da certeza que Nessie tem do amor que sente por você. Por isso, é melhor que ela entenda tudo antes de vocês conversarem.

– Mas eu poderia esperar em Forks!

Calisle ficou incrédulo com minhas palavras.

– Ta bom, confesso que não resistiria estando tão perto. – Disse.

– Ta vendo? É muito arriscado. Sabe, peço que você venha ficar conosco enquanto Nessie não volta.

– Como assim?

– Traga algumas roupas e venha para nossa casa. Todo mundo necessita de companhia. Você pode acabar enlouquecendo ficando sozinho aqui.

– Sei não. Digamos que a loira não seja muito de confiança... – Falei insinuando o perigo que Rosalie oferece.

– Não se preocupe. Ela se comportará, não é mesmo Rose? – Perguntou Calisle.

– Se você faz questão... – Disse ela com cara de nojo.

– Venha Jacob. Será melhor pra você... – Disse Esme estendendo a mão.

– Está bem, me esperem só um segundo enquanto pego algumas roupas dentro de casa.

– Ok! – Disse Calisle.

P.V. – BELLA/ Chegando ao aeroporto.

– Tchau Alice. – Falamos juntos, Eu e Edward. Rimos com a coincidência.

– Nossa! quanta conexão heim? – Disse ela. – Tchauzinho pra vocês também, e boa sorte.

– Obrigada. – Agradeci e Alice voltou para casa com Jasper.

– Estou nervosa meu amor. – Revelei.

– Por quê? – Perguntou Edward.

– Tenho medo da reação de Nessie a me ver. Ela está muito magoada Edward...

– Não se preocupe. Nossa filha vai te perdoar. - Disse ele tentando consolar-me.

– Como, se... – Não consegui continuar, aflita. Apenas afoguei meu rosto no peito de Edward.

– Meu bem, quando chegarmos a Port Angeles ligaremos para Charles a fim de sabermos como está nossa filha. Daí decidiremos o que fazer...

– Ok.

– Vamos, está na hora do embarque. – Disse ele me conduzindo até o avião.

Embarcamos e a esperança do perdão da minha filha quase não existia mais em mim.

P.V- JACOB – Na casa dos Cullens 7:30 da noite.

– Você quer jogar? – Perguntou a branquelinha com jeito de fada.

– Não. Não curto muito, xadrez.

– Então ta.

– Jacob querido, você está muito cansado. Há horas está bocejando aí nesse sofá. Acho melhor você subir para descansar. – Sugeriu Esme.

– Ta bom. – Concordei com a mamãe de plantão.

Fiquei confuso na hora de subir as escadas - Para qual quarto eu vou? – Pensei.

– Alice, você pode conduzir Jacob ao quarto de hospede? – Perguntou Calisle ao ver que me perdi no meio do caminho.

Alice assentiu que sim e subiu, eu a acompanhei.

– É este cacho... Jacob. – Disse Alice apontando para uma porta.

– Obrigado. – Agradeci.

Antes que a fadinha voltasse para a sala, a segurei pelo braço. Meu toque a fez ficar em posição de ataque.

– Se acalme. Eu não vou te machucar... Eu queria apenas te pedir um favor, por isso a segurei. Se não tivesse ficado tão assustada, teria apenas parado derrepente.

– Desculpe. – Disse ela meio sem graça – Vamos, diga logo o que quer.

– Será se você poderia me levar ao quarto da Nessie!... – Pedi.

– Claro. Mas, você já foi lá antes... Por que não vai sozinho?

– Não quero ficar passeando sozinho pela casa dos outros. Principalmente a de vocês.

– Ta bom, vem... – Disse ela voltando um pouco atrás.

Quando entrei no quarto da Nessie, seu cheiro invadiu-me completamente. Senti como se ela estivesse me abraçando. A vontade de tê-la em meus braços aumentou mais ainda. Dei alguns passos para perto de sua cama, numa mesinha próxima a ela, notei um porta-retrato. Sentei em sua cama, e com o porta-retrato na mão, a saudade me apunhalou ao ver que na foto éramos nós. Eu e ela juntos no jardim de Esme, no dia seguinte a mudança para Washington.

– Você sente muita saudade dela não é? – Perguntou Alice, parada a minha frente.

– Sim. Você nem sabe como. A sensação de estar longe da Nessie é torturante. Cada segundo é fatal. O pior de tudo é lembrar que ela pensa que sou o pior homem do mundo. Aquele que só com um beijo destruiu a família dela e o possível amor que talvez ela sinta por mim. – Meus olhos começaram a arder. Mas, me segurei diante da Cullen que me observava.

– Você, quer um abraço? – Perguntou ela.

Franzi o cenho, confuso com sua pergunta.

– Há! Bella e Nessie sempre dizem que um abraço sempre te acalma. – Disse ela com um olhar baixo.

– Elas dizem isso é? – Perguntei rindo discretamente.

– Hunrrum. Mas, deixa pra lá. Foi bobagem minha.

– Não. É verdade, eu acho. Nunca refleti nisso.

Nós rimos.

Com muito cuidado, me aproximei da baixinha. Ela estava muito apreensiva, seu grau de desconfiança era enorme. Parece que ela tinha medo de eu matá-la derrepente. Pouco a pouco meus braços envolveram sua cintura e depois de alguns segundos, senti seus braços passarem por meus ombros.

– Nossa! Você é tão quente!!!

– Ual, estou surpreso com sua descoberta. – Fiz piada com seu comentário.

Ela riu e me chamou de “bobo”. A partir daí senti seu corpo relaxar.

– Bom, acho que você pode me soltar agora... – Falei percebendo a demora de seus braços me envolvendo.

– Desculpe. É que, é um contraste diferente, nunca havia sentido isso antes.

– Eu imagino. Deve fazer um bom tempo que você não prova do calor humano.

– Você não é tão humano assim. – Disse ela saindo do quarto.

– Não faz diferença. Sou só alguns graus mais quente.

– Ta bom. Boa noite Jacob.

– Boa Noite. E... – Fiz uma pequena pausa sem saber como prosseguir, mas continuei... - obrigado pelo abraço. Bella e Nessie tinham razão, me acalmo fácil com um pouco de carinho...

Senti que Alice ficou toda sem graça com minhas palavras. Então me retirei afim de não a constrangê-la mais.

O quarto de hospedes era confortável. E espaçoso, até demais. Depois de acomodar-me, pensei em Alice, acho que depois de Bella, ela é a Cullen mais simpática. Agora entendo um pouco por que Nessie venera tanto a tia. Derrepente, o sono invadiu meus pensamentos e sem pensar em mais nada, me joguei na cama.

P.V. – BELLA. – As 7:45 da noite.

– Ate que enfim chegamos querido. – Disse.

– É! Está fora daquele avião é um alivio. – Comentou Edward.

– Sabe, embora você tenha explicado tudo. È difícil crer que tudo o que sinto por Jacob é uma espécie de magia. Como é mesmo o nome?

– DUPERFEICE.

– Pois éh. Isso mesmo, é incrível. Apesar de me pendurar como a eterna protetora do meu amigo, explica o que sempre me perguntei até hoje. Sem falar que amar você tem mais uma explicação.

– É! Tudo isso explica muita coisa. Mas, não gosto dessa coisa de você ser a protetora eterna do cachorro.

– Nem eu. Mas, nós não queremos ficar longe da nossa Nessie. - Edward assentiu.- Agora, estou bem mais tranqüila. Quem sabe assim, Nessie possa me perdoar pelo que eu e Jacob fizemos.

– É! – Disse Edward contorcendo a face por eu mencionar o beijo que causou tanta confusão.

– Desculpe. – Pedi.

– É melhor você ligar para o seu pai enquanto vou chamar um táxi que nos leve até Forks. – Disse ele mudando de assunto.

– Você tem razão. – Falei pegando o celular.

Depois de chamar muito, Charlie atendeu:

– Pai?

– Oi Bella. – Disse ele, entusiasmado, reconhecendo a minha voz.

– Oi... Heim, como está Nessie? Já está dormindo?

– Nessie? Ela não esta aqui. Ela partiu hoje de manhã bem cedo paraWashington. Por que? Ela não chegou? – Perguntou Charlie preocupado.

– Chegou sim. Mas, na mesma hora voltou. Então, quer dizer que minha filha não voltou pra sua casa? – Perguntei aflita ao me tocar que Nessie desapareceu.

– Não filha. Ela saiu hoje cedo, toda empolgada de volta pra casa. E depois disso, nunca mais apareceu por aqui.

– Pai, estou indo pra sua casa com Edward. Por favor, não saia. Nessie pode voltar a qualquer momento.

– Ta bem filha. – Disse ele.

Desliguei e para contar a Edward o que meu pai dissera.

– O que houve? – Perguntou ele percebendo nossa angustia.

– A Nessie...

– O que tem a nossa filha?

– Ela não está na casa do Charlie.

– Como assim?

– Isso mesmo. Meu pai disse que ela não voltou pra lá desde que saiu hoje pela manhã. – Falei, definhando de preocupação.

– Se acalme meu amor. Ela deve estar bem...

– E se os Volturi...

– Não. Nem pense nisso, ela com certeza sabia que a encontraríamos na casa de Charlie... deve estar fugindo de nós.

– Você quer dizer que ela está fugindo de mim não é? – O corrigi, aflita.

– Não precisa encarar dessa maneira. Ela deve está com Seth...

– Espero que você esteja certo, mas é melhor confirmar. Vou ligar pra Sue.

Não chamou muito e alguém, logo atendeu:

– Residência dos Clewart`s, quem fala?

– Oi Leah... É a Bella.

– O que você quer? – Perguntou ela com seu jeito brusco. Sempre foi assim comigo, nem estranhei.

– Minha filha está aí? Com Seth?

– Não. Seth está patrulhando e a monstrinha não andou por aqui.

Senti vontade de xingá-la por chamar minha filha de monstrinha, mas me controlei. Não podia ligar para provocações. Afinal, minha filha ainda está desaparecida.

– Ela não está com Seth... e agora? – Perguntei pensando no pior.

– Entre no táxi, vamos para a casa do seu pai. Quem sabe, não achamos algum vestígio de onde ela possa estar.

Inconformada com o desaparecimento de Nessie, entrei quieta no carro.

A ida pra Forks foi angustiante. Ao chegarmos, sai depressa do carro e praticamente correndo me dirigi a porta da minha antiga casa. A porta estava entreaberta, então entrei. Charlie estava na cozinho, e logo que viu ruídos na sala veio ver quem era. Assim que me viu, disse:

– Bella!!!

– Pai... – Falei o abraçando. Não senti a mínima vontade de sugar seu sangue desta vez que o vi.

– Filha, como está?

– Tensa pai, muito tensa. Minha filha sumiu depois de ter embarcado no avião pra Port Angeles.

– Como está Charlie?- Cumprimentou, Edward.

– Apesar de tudo, bem. Obrigado.- Respondeu Charlie fechando qualquer janela de amizade que pudesse ser aberta entre os dois.

– Pai, você não faz a mínima idéia de onde Nessie possa estar?

– Não. Mas, sei de alguém que possa ter noção de pra onde Nessie possa ter ido.

– Quem? – Perguntei.

– Seth. Eles conversaram muito ontem, e derrepente Nessie resolveu voltar pra casa.

– Estão falando de mim? – Perguntou Seth adentrando a porta da frente.

– Hunrrum. Mas... liguei pra sua casa e Leah disse que você estava patrulhando.

– É! Assim que você desligou, cheguei por lá pra trocar de turno com ela. Leah me informou do desaparecimento de Nessie, então resolvi vir.

– E aí Seth, você sabe onde Nessie possa estar? – Perguntei.

Vi um sinal de esperança brotar nas expressões de Edward, concluí que Seth tinha a resposta que tanto aguardava.

– Bom, quando encontrei Nessie na rua, antes de ela voltar pra casa, ela estava vindo da casa de sua amiga.

– Ângela!!! – Charlie disse.

– É bem provável que ela tenha retornado pra lá. Nessie disse que encontrou uma grande amiga nela.- Explicou Seth.

A esperança de que Nessie estivesse segura voltou em meu ser. Mesmo assim, não era certo que ela estivesse na casa de Ângela. Por isso, resolvi confirmar.

– Pai, você tem o telefone de Ângela?

– Sim. Ela deixou comigo quando esteve aqui. - Disse ele. – Pegue. É este o cartão. – Estendeu o papel pra mim.

– É melhor Charlie ligar Bella. – Falou Edward.

– Você tem razão. Liga pai, pergunta se Nessie está mesmo com ela.

Charlie assentiu e foi até o telefone na cozinha.

– Quem fala?- Ouvi a voz de Ângela do outro lado da linha.

– É o Charlie, pai de Bella.

– Oi Charlie! - Disse ela entusiasmada. Seu tom de voz não mudou nada, continua alegre e contagiante, senti uma pontada de saudades da minha amiga. – Imagino o motivo de sua ligação...

– Pois é, estou ligando pra confirmar se Nessie está na sua casa. Estou muito preocupado com minha ne... – Charlie fez uma pausa – filha. Bella ligou e disse que ela não havia chegado emWashington. E, como vocês ficaram amigas por aqui, imaginei que ela estivesse com você.

– Hunrrum. Pode ficar sossegado Charlie, Nessie está bem. Ela chegou aqui muito abalada – Senti um soco no estomago ao saber disso – Mas, já esta bem melhor. Amanhã vocês se falam, a pobrezinha conseguiu pegar no sono minutos atrás.

– Ok. Obrigado Ângela, tchau.

– Tchau e boa noite Charlie – Disse ela, desligando.

Um alivio enorme tomou conta de todos.

– Agora que Nessie apareceu. Acho melhor vocês subirem pra descansar da viagem.

– É! Você tem razão pai. – falei mantendo as aparências, apesar do desgaste emocional meu físico estava ótimo. Ser vampira me proporcionava este mérito.

– Antes de subir, eu queria te agradecer Seth. Você foi maravilhoso, como sempre... – Disse lhe dando um abraço. Lembrei de Jacob ao abraçá-lo.

– Obrigado Seth. – Disse Edward abraçando seu único amigo lobo.

– Podem contar comigo. Vocês são uma família pra mim.

– É bom saber disso. – Disse Edward com um sorriso misterioso, ele planejava alguma coisa.

– Preciso ir agora. – Comunicou Seth.

– Vamos, preciso falar com você lá fora. Tudo bem?- Disse Edward.

– Claro.

Enquanto os dois iam lá pra fora, Charlie me enchia de perguntas. Passaram-se poucos minutos, e Edward retornou a casa.

–Você fica no seu antigo quarto querida. E você Edward, vai pro quarto de hospede.

Eu e Edward nos olhamos, e discretamente, rimos da atitude do meu pai.

– Não é só porque são casados que tem de dormir no mesmo quarto, não na minha casa. – Disse Charlie pai percebendo nossos risos.

– É claro pai. – Falei lhe dando outro abraço – Senti muitas saudades de você sabia?

Senti que minhas palavras lhe tocaram. Seus olhos se estreitaram e a comoção era perceptível.

– Vou dormir... – Anunciou ele subindo as escadas.

– Vamos subir também? – Chamou Edward.

Assenti e fomos rumo aos nossos quartos.

Ao entrar no meu antigo quarto, senti muitas lembranças me invadirem. Foi como um flash-back de tudo o que já passei ali dentro.

– Nossa filha dormiu aqui dentro... – Comentou Edward sentindo o cheiro dela.

– Hunrrum. – Confirmei.

– Acomode-se enquanto tranco a porta do meu quarto.

Ri com suas palavras. Edward trancou o quarto de hospedes pelo lado de dentro e saiu pela janela, em minutos entrou pela janela do meu quarto.

– Isso te lembra alguma coisa? – Perguntou ele, rindo.

– Hunrrum, nunca esquecerei a quantidade de vezes que você já fez isso. – Falei.

– É! Certas coisas nunca mudam...

Nós rimos.

Depois de desfazer as malas, deitei na cama, Edward se aproximou também. Como antigamente, ficamos de um jeito como se não pudéssemos nos tocar. Desta vez não era a espécie de Edward que nos mantinha distante, era meu pai. Preferi respeitar a vontade dele enquanto estivesse ali.

– O que você falou com Seth...

– Pedi pra ele levar Nessie amanhã até a praia de La Push.

– Pra que?

– É que preciso falar com ela, a sós.

– Não. Eu vou junto, eu preciso falar com minha filha. – Contestei.

– Bella! É melhor eu ir sozinho, ela está muito magoada com você... é melhor prepara-la antes da conversa de vocês.

– Mas...

– Você sabe que isso é o melhor a fazer. Está tão perto de tudo se esclarecer, você não quer estragar tudo não é?

– Claro que não.

– Então, depois de eu falar com Nessie. Você conversa com ela...

– Ta bem, mas por que você pediu para o Seth levá-la pra La Push? E o tratado entre os lobos e os Cullen`s.

– Não existe mais. Nessie o rompeu ao nascer.

– Faz sentido. – Falei compreendendo que seria loucura Nessie e Jacob se verem apenas na fronteira entre Forks e La Push. – Querido, Nessie com certeza sabe de tudo.

– Tudo o que?

– Que Jacob foi apaixonado por mim. Ângela sabia o quanto vocês dois gostavam de mim. Com certeza ela abriu o jogo com Nessie.

– É! Mas não adianta pensar nisso agora. E outra, Ângela também sabe quem você amou e ama de verdade.

Ri com a pretensão de suas palavras.

P.V - JACOB - Em Washgnton, as 7:00 da manhã.

– Pessoal, é melhor vocês irem pra escola hoje. Essas faltas da família quase toda pode levantar suspeitas. – Ouvi Calisle dizer na sala.

– Ok. Nós vamos sim – Disse Emmentt.

Isso significava que eu ficaria com Esme na casa. Apesar de ela ser uma ótima companhia, resolvi ir pra escola também. Sei que não conseguirei me concentrar muito nas aulas, mas é melhor eu tentar me distrair. Tenho medo de enlouquecer pensando se Nessie me perdoará ou não.

– Você também vai pro colégio querido? – Perguntou Esme abrindo a porta do quarto.

– Hunrrum.

– Então desça. Já fiz seu café.

Fiquei surpreso com a atitude de Esme. Vesti-me com uma calça jeans, uma camisa branca e uma jaqueta preta. Esme me deu os livros de Nessie, já que estudávamos juntos. Depois de comer o café da manhã super reforçado que Esme preparou. Fui para minha moto, todos já estavam prontos a partir. Mas, o inesperado aconteceu.

– Droga! – Falei.

– O que houve? – Perguntou Calisle, abrindo o vidro da porta de seu carro.

– A gasolina acabou.

Todos demonstraram incredulidade.

– Não tem problema, vá com os outros. – Disse o doutor.

Todos os membros da família me olharam com receio. Rosalie e Emmentt enfatizavam mais sua repulsa. Fiquei sem graça e não disse mais nada. Até que um deles me ofereceu carona:

– Vem com a gente Jacob. – Chamou Alice.

Jasper que estava ao seu lado demonstrou surpresa e nojo. Percebendo sua oposição, Alice o cutucou discretamente, mas percebi.

– É melhor não. Deixa pra lá, vou amanha...

– Para com isso. Da pra deixar esse orgulho de lado pelo menos uma vez na vida. – Disse ela.

Ri com a insistência. Subi no seu carrinho amarelo e então, partimos.

Como eu já previa, não consegui me ater muito às aulas. Qualquer ruído, facilmente me distraia. Durante todo o tempo de aula, algo me incomodou muito, os olhares de Thyfane. Ela não tirava os olhos de mim, não falei com ela quando entrei e nem pretendo falar. O mais sensato a fazer é manter distancia de quem me causou tanto mal.

Quando o ultimo tempo tocou, me dirigi ao estacionamento para o carro de Alice. Antes que eu pudesse chegar ao meu destino, Thyfane se colocou a minha frente.

– Espera Jacob... – Disse ela.

– Sai da minha frente Thyfane!

– Não faz isso comigo amor...

Olhei incrédulo pra ela. - Como é que ela tinha coragem de me chamar assim depois de tudo o que houve? – Pensei revoltado.

– Eu não sou seu amor... agora, sai da frente! – Falei tentando dar uns passos, em vão, ela não me dava passagem.

– Olha, você vai se arrepender de tudo isso. Aquela garota não te merece Jake! Desculpa, mil desculpas ta? Eu sei que não devia ter pressionado a Nessie a se afastar de você, mas...

– Mas, o que?

– Há! Todo mundo via que aquela garota dava em cima de você a toda hora. Ela nunca respeitou nossa relação.

– Ela me deixou completamente. Será se isso não é tentar ter respeito demais?

Ela se calou e disse baixinho:

– Me desculpe Jake!

Seu jeito arrependido me fez sentir pena. Quando eu estava prestes a perdoá-la e esclarecer que não a amo nem nunca amei... Alice apareceu:

– Ta na hora de ir Jacob! – Disse ela me puxando pela camisa.

Não tinha ninguém no carro ainda. Não entendi o por que daquela atitude inesperada.

Baixinho, perguntei:

– Por que você fez isso?

– Eu não acredito que você ia perdoar aquela vadia.

– Como você sabe?

– Não consigo te ver nas minhas visões, mas ouço a uma longa distância esqueceu?

– Há.. é verdade! Mas Alice, ela pareceu arrependida de verdade.

Alice me olhou, incrédula e disse:

– Você disse muito bem, ela PARECEU! Mas não estava sendo sincera. Você não percebeu o jeito que ela falou da Nessie no inicio da conversa..!! Idiota!...

– Não precisa ofender...

– Então cale-se, e chega de perguntas. Sente-se aí que Jasper já está vindo com os outros.

– Ta bom... mamãe! – Fiz piada do seu jeito autoritário.

Ela apenas revidou com um olhar que preferi não ficar encarando.