– Nós sabemos querida - Disse tia Alice rindo. - Não precisa agradecer.

– Agora vamos, se não chegaremos todos atrasados. - Alertou tia Rosalie.

– Só um minuto tia, vou pegar minha bolsa. - Disse indo em direção a minha mochila.

– Não, não não Nessie! Pega aquela bolsa de lado. - Sugeriu Alice exasperadamente.

Me virei para ela e fiz uma cara de confusão total; eu não lembrava dessa bolsa. Em resposta Alice revirou os olhos e exclamou:

– Aquela bolsa prateada que voê usa na diagonal! - Disse ela. - Mochila não tem nada a ver com esse look tão fashion - acrescentou.

– Ha! Lembrei. Ela está no closet, só um segundo. - Falei me dirigindo ao closet enorme que minha tia colocava tanta roupa e acessórios, que levaria um século para usar todos. Enquanto procurava a bendita bolsa prateada, ouvi tia Rosalie coxichar com tia Alice:

– Hoje aquele vira-la vai perceber tudo o que ele está perdendo.

– É! Ela está realmente linda! - Concordou tia Alice. - Mas tudo isso não é culpa dele Rose.

– Não me venha defender aquele cachorro Alice.

– Eu não eswtou defendendo ninguem Rose. Estou apenas justificando os fatos! - Explicou tia Alice.

Nessa mesma hora, meu pai soltou um rosnado audivel que ecoou por toda a casa. As duas se calaram no mesmo instante e eu saí do closet com a tal bolsa.

– O que foi isso? - Perguntei sobre o rosnado, mesmo sabendo que meu pai queira apenas calar minhas tias. - Aí tem! - Pensei.

– Nada não querida, seu pai deve estar cansado de tanto esperar. - Explicou tia Rose.

– Ok... Então vamos! - Disse colocando meu mateiral escolar dentro da bolsa e caminhando em direção a porta.

– Nessie! Você não acha que está esquecendo de alguma coisa? - Ouvi Alice perguntar.

Quando me virei para ver o que mais eu poderia ter esquecido, me deparei com tia Alice segurando dois sapatos prateados com detalhes em branco. De relance olhei para meus pés e notei que eu ainda estava de pantufas de lobo - Que ironia - pensei. Então peguei os sapatos, sentei na cama e os coloquei.

– Eu odeio salto alto! - Questionei.

– Isso você puxou a sua mãe. - Disse Alice.

Nós três rimos.

Com muita pressa, começamos a descer a escada. Chegando na sala, tio Emmentt veio até mim e me deu um forte abraço de urso.

– Nossa! Você é a minha sobrinha mais gata, sabia?

– Na verdade tio, eu sou a sua única sobrinha!

Todos rimos de algo tão óbvio.

Em seguida, minha mãe perguntou:

– Você está melhor meu bebê?

– Hunrrum!

– Agora vamos. Temos meia hora pra chegarmos à escola. - Alertou Jasper.

Todos entraram em seus carros, e eu como de costume, fui com meus pais em seu Volvo prata.

A viagem de casa para até a escola durou menos de quinze minutos, eu não sei o porque de tanta preocupação com o tempo. Afinal, dirigir velozmente sempre foi uma qualidade de todos da família.

Quando chegamos ao estacionamento; todo meu entusiasmo desabou ao ver a moto do Jake estacionada no lugar de sempre. Meu coração acelerou e um nervosismo intenso tomou conta de mim. Tentei me acalmar para que, pelo menos minha mãe, não percebesse a aflição que se formava em mim. Saímos do corro e enquanto caminhavamos eu tentava acalmar minhas emoçoes, tio Jasper ajudou quando percebeu meu estado.

– Pai, saia já da minha cabeça! - Pensei ao perceber que meu pai estava inqueto enquanto lia meus pensamentos. Ele apenas assentiu.

– Você vai arrasar Nessie! - Tia Alice disse quando entramos no corredor que dava acesso a todas as salas.

O trincar de dentes do meu pai tornou verídica a afirmação da minha tia. Os humanos ficavam boquiabertos a medida que eu passava, até as garotas admiraram, com um olhar de inveja, toda a minha produção!

– Até mais querida. - Fisse minha mãe entrando em sua classe com o papai.

Acenei um tchau para todos e segui em diante.

– Por quê minha sala tinha que ser a última? - Lamentei comigo mesma.

Quando cheguei à porta da minha sala, senti um golpe de culpa e remorço ao ver o Jacob curvado para frente em sua cadeira, se apoiando na mesa dos livros. Com certeza ele não dormiu direito ontem a noite. Para a minha sorte, Thyfane não havia chegado ainda e isso sgnificava também que ele veio diretamente pra escola.

– O que eu faço agora? - Me perguntei. Eu tinha apenas duas opções, ceder a minha vontade de ir falar com ele e lhe pedir mil desculpas por tudo o que eu lhe disse ontem ou ingnorá-lo e deixar a culpa de fazê-lo sofrer me consumir por dentro.

– Ok! Vou falar com ele e acabar com isso de um vez por todas. A Thyfane, que se dane! - Concluí.

Dei alguns passos até ele. Quando minhas mãos estavam para tocar seus cabelos, afim de desperta-lo, senti uma mão puxando meu braço, obrigando-me a olhar para trás.

– Da licença queridinha! - Thyfane ordenou me encarando fixamente.

Em menos de um segundo, a raiva ja tinha me dominado. Esse sentimento foi inevitável ao descobrir que era ela, a dona daquela força insignificante.

– Se você não me soltar agora, vai acabar perdendo seu bracinho garota! - Ameacei.