Love, love, love escrita por Sabsyoda


Capítulo 23
Thunder


Notas iniciais do capítulo

E ai povo, demorei mas voltei 'o'
A música é Thunder do EXO JDSAHFUDSHFUH amo.
Na tradução deixei Thunder como Thunder mesmo ao invés de trovão, porque achei meio broxante e.e
Bem, é isso, leiam as notas finais.
Boa leitura haha ♥



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— Mas que porra tá acontecendo aqui?! — acho que minha voz se elevou um pouco, só um pouco. Mas não era pra menos! Como assim Hyun está aos beijos com aquele garoto pervertido do banheiro? Ainda mais estando na quadra da escola!

— Omo...— virei-me para ver quem tinha dito algo e dou de cara com Kyungsoo me encarando com seus olhos arregalados. Desde quando ele estava aqui?

— Como você...?— minha voz morre ao ver Sehun no outro lado da quadra ao lado de Yoora que está ajoelhada no chão com as mãos sobre o rosto, provavelmente chorando — Alguém pode me dizer o que está acontecendo aqui?

— Sei tanto quanto você — Taehyung diz, se aproximando de mim com uma expressão confusa — Aish, como todos vieram parar aqui? Nós nem devíamos estar aqui, quero dizer, a coordenadora está mostrando a escola para alguns pais, se elas nos pega aqui...

— E você vai me falar isso só agora?! — de novo minha voz se eleva, mas é algo que não consigo conter.

— Eu tentei te avisar, mas você saiu correndo assim que eu toquei no nome de Yoora...— Taehyung fecha a cara para mim e cruza os braços.

— Sei lá, deve ser porque você disse que ela estava chorando! — me aproximo mais de Taehyung e estico-me nas pontas dos pés para tentar encará-lo direito — Ela é minha amiga e eu não iria deixar uma amiga sozinha.

— Ela está chorando — ele diz — mas você podia ter escutado tudo o que eu iria lhe dizer.

— Não quero saber, o que voc...

— Desculpem atrapalhar essa briga de vocês — Kyungsoo diz, pondo-se entre mim e Taehyung — mas eu acabei de ouvir passos. Acho que alguém vai entrar aqui a qualquer segundo, e se nos pegarem fora da sala, provavelmente vamos levar uma bela suspensão.

Olho de Kyungsoo para a porta. Droga! Eu não posso levar uma suspensão, já não basta a briga de ontem que tive com minha mãe que me deixou totalmente pra baixo.

— Precisamos nos esconder — Kyungsoo segura minha mão — E rápido.

Estou sendo intoxicado

Pela felicidade que brilhou radiante por um momento

Eu devo ter sido distraído por um momento à luz das memórias

Você já está num lugar que não posso alcançar

Kyungsoo puxou-me tão rápido que nem tive tempo de reagir, só acompanhei desajeitadamente seus passos e quando dei por mim, estávamos dentro do armário dos materiais de Educação Física. E quando digo estávamos, estou incluindo Taehyung, Hyun, Jin, Sehun e Yoora, quando eles entraram, não tenha a menor ideia.

Só sei que o armário não é tão grande assim, o que significa que eu fiquei de costas para Kyungsoo — mais precisamente, colada nele — e de frente para Sehun — mais precisamente, ele colado em mim para conseguir entrar no armário — que também estava de frente para mim. Jin e Hyun que já estavam grudados antes de entrar no armário, permaneceram assim, Hyun escondendo a cara no peito de Jin que está grudado ao lado de Kyungsoo. Enquanto Taehyung e Yoora tentavam ocupar os únicos espaços restantes, Taehyung no outro lado de Kyungsoo e Yoora agachada no chão.

Sehun anda um pouco mais para frente acabando com qualquer resquício de espaço que poderia existir entre nós, apertando-me mais contra Kyungsoo que soltou um resmungo.

— Como vocês podem ver, aqui é a quadra do colégio...— a voz da coordenadora soou no lado de fora e tenho certeza de que todos seguraram a respiração.

Se ela nos pegasse na quadra já ia ser uma situação bem ruim, mas nos encontrar dentro de um armário, todos colados um nos outros para se esconder dela, é mil vezes pior.

— Ela não pode nos pegar aqui...— sussurrou Kyungsoo e senti suas mãos segurarem minha cintura, talvez para se acalmar.

— Cala a boca, Kyungsoo — sussurrou de volta Sehun — Só fica quieto.

Sehun passou os braços por meus ombros e apoiou o rosto em minha cabeça, encurvando-se totalmente em minha direção numa especie de abraço.

A conversa se desenvolvia lá fora e os passos foram se aproximando. Como estamos todos em completo silêncio, eu consigo ouvir o coração de Sehun bater, pois minha cabeça está colado ao seu peito assim como consigo sentir o bater rápido do coração de Kyungsoo, pois estou com as costas colada no peitoral dele, além de sentir meu próprio coração bater mais rápido. Como eu acabei parando nessa situação?

Você brilhou radiante em um curto período de tempo como um relâmpago

Você iluminou o mundo por um instante

Como se o mundo inteiro me pertencesse

você me mostrou e partiu

No dia anterior de tarde...

— Lar doce lar! Sandara, vem aqui! Eu trouxe visitas! —Bom adentrou a casa sendo seguida por Min Woo e Yoora. Eu e Hyun entramos logo depois, observando a bonita casa de Bom.

— Oh! Annyeong — uma garota pequena e extremamente magra apareceu na sala, segurando um pano de prato. Seu cabelo é castanho e cai em cascatas por seus ombros, tendo uma parte direita da cabeça raspada — Eu sou a Sandara, prima de Bom e de Min Woo, prazer em conhecê-los.

— Annyeong — eu e Hyun dissemos meio constrangidas. Entretanto Yoora parecia estar muito bem ali, pois assim que Sandara bateu os olhos nela, correu até a mesma e a abraçou.

— Yoora, você veio! Fiquei pensando quando você voltaria aqui — Sandara bagunçou o cabelo de Yoora e então a soltou — Por favor, fiquem a vontade. Acabei de fazer uns doces, se vocês quiserem algo é só ir lá na cozinha.

— Aigoo, traga aqui para a gente, Dara — Bom sentou-se no sofá com um biquinho manhoso nos lábios.

— Aish, larga de ser preguiçosa e vá lá pegar você mesma — Sandara revira os olhos para Bom e então vira-se para gente e abre um sorriso — Vou trocar de roupa, já volto.

Ela saiu e o silêncio que se seguiu foi constrangedor, já que todos ficaram olhando um para a cara do outro com exceção de Bom, que começou a mexer no celular. Eu e Hyun estávamos sentadas em um sofá enquanto Bom e Min Woo em outro, e Yoora estava sentada na única poltrona disponível.

— Então...— penso em algo para falar e a coisa mais tosca me vem a mente — Quer dizer que vocês tem um grupo dos "Park Sofredores"?

Min Woo deu risada assim como Bom, já Hyun ficou me encarando confusa, pois provavelmente não fazia ideia do que estávamos falando.

—Sim, nós nunca nos demos bem no amor — Min Woo dá de ombros.

— Tem vaga pra mais alguém? Eu não sou uma Park, mas sou sofredora — digo e dou risada.

— Bem, sempre tem vaga para mais um, Yoora mesmo entrou recentemente no nosso grupinho — Yoora confirmou com a cabeça e um pequeno sorriso surgiu em seus lábios — Mas me conte, como é que você pode ser uma sofredora?

— Pois é, eu também fiquei curiosa quanto à isso — Bom parou de mexer no celular e me encarou com uma sobrancelha erguida — Tirando você e Hyun, eu conheço a historia de amor de todos. Mas a sua parece ser um mistério.

— Uh, vocês já vão jogar a merda no ventilador assim tão rápido? — Sandara apareceu vestindo uma camisa gigante que bate até seu joelho e meias de gatinhos — Porque não fazemos o seguinte, cada um conta a sua trágica historia de vida amorosa e ai vemos qual é a pior.

— E o que vamos ganhar fazendo isso? — Min Woo indagou, deitando-se no sofá e apoiando a cabeça no colo de Bom.

— Quem tiver a historia mais triste, eu prometo fazer uma deliciosa torta do que a pessoa quiser — Dara sentou-se no espaço vago do sofá e bateu palmas animada.

— E quem não gostar de torta? — Min Woo questiona e leva um tapa de Sandara, soltando um "Aish, sua louca" para a  menina.

— Então, vamos começar? — Dara questiona e como ninguém diz nada, ela revira os olhos e suspira — Bem, eu vou começar então, já que ninguém está animado para isso.

— Animada pra contar como minha vida amorosa é um lixo? Não, obrigada — Bom disse e Sandara a ignorou.

— Então, para vocês duas que não me conhecem, eu tenho vinte e sete anos, sou chefe de cozinha e desde que me entendo por gente nunca tive um relacionamento que desse certo — Sandara disse, fazendo um biquinho triste e Hyun deu risada — Não ria! É sério. Minha primeira paixão foi aos  treze anos, eu gostava de um garoto da minha sala mas ele nunca quis saber de mim, mesmo eu deixando claro que era doida por ele. Bem, isso não resultou em nada pois o garoto se mudou no ano seguinte e eu fiquei bem triste até conhecer o meu novo vizinho, isso eu já tinha quinze anos, mas nem tinha como rolar alguma coisa com ele porque ele era gay. Aos meus dezessete anos, eu conheci o único cara que realmente amei. — ela fez uma careta — Eu sei que é estranho falar assim, mas a verdade é triste. Acho que até hoje sinto algo por ele...— ela balançou a cabeça de seu desvaneio e então abriu um sorriso triste — Nós ficamos juntos por dois anos e meio, fomos para a mesma faculdade, apenas cursos diferentes. Mas como dizem, "o para sempre sempre acaba", meu relacionamento com ele terminou e devo dizer que terminou da pior maneira que se tinha para terminar.

— O que aconteceu? — Hyun pareceu extremamente concentrada na história.

— Ele me traiu — outra careta. Ela mexia uma mão na outra e então suspirou — Foi em uma festa de um dos amigos dele que fomos, ele ficou bêbado e...Bem, ele diz que fez aquilo sem pensar, só que eu não penso assim. Quero dizer, quando eu sai correndo daquela festa, ele não foi atrás de mim, e só no dia seguinte de tarde que me ligou para saber como eu estava e para conversamos.

— Ele terminou com você? — pergunto, tão vidrada na história quanto Hyun.

— Eu terminei com ele — ela abre um sorriso triste — Por que eu ficaria com alguém que já não estava mais demonstrando interesse em mim? Essa traição dele só foi a gota d'água que me fez perceber que nosso relacionamento já estava gasto.

— Eu sinto muito — digo.

— Bem, isso já faz tanto tempo — Sandara diz e então dá de ombros — Depois disso eu nunca mais consegui ficar com alguém, eu posso sair, até mesmo conhecer outras pessoas mas não consigo firmar um relacionamento. Acho que fiquei meio traumatizada, sei lá.

— Você ficou traumatizada — Bom diz — Eu me lembro de todos os namorados que Tia Jiyoon tentava te arrumar e que você não conseguia se firmar com nenhum.

— Aish, aish — Sandara escondeu o rosto com as mãos e balançou a cabeça — Não entre em detalhes! Alguém comece a falar algo, por favor.

Eu estava atrasado como um trovão

Eu estou olhando para você agora

— Aigoo, você que começou a falar isso e agora fica envergonhada — Min Woo sentou-se no sofá direito e então suspirou — Eu sempre fui apaixonado pela mesma garota, e embora tivéssemos uma diferença de idade, isso nunca foi o problema para mim. O problema mesmo foi que ela nunca me olhou com outros olhos, para ela, eu sempre fui e sempre serei o amigo do grande amor da vida dela — ele arruma o cabelo, meio sem graça e então dá um sorriso triste — O pior de tudo é saber que nem haveria alguma chance de eu tê-la para mim.

— Min, você ainda mantém contato com ela? — Hyun questiona, seu olhar triste. O jeito que ela falou com ele, usando um apelido, me faz indagar se ela já não conhecia ele antes de hoje, afina, não é uma coisa anormal de acontecer pois parece que todos se conhecem por aqui.

— Sim — Min Woo demora um pouco para responder, seu olhar vidrado em Hyun — Ela está muito bem, mas faz algum tempo que não a vejo.

— Por que você não tenta conquistá-la agora? — pergunto e Min Woo olha para mim confuso — Digo, se ela não se relacionou com o seu amigo, você podia tentar alguma coisa.

— Ela ainda não me vê desse jeito, tenho certeza — ele dá uma risada sem graça e então estala a língua no céu da boca — Já contei minha historia, quem é o próximo? Yoora?

Boom boom boom boom boom

Deixei escapar um som tarde de mais, chamando por você

— Eu preciso mesmo contar? — ela indaga, com uma expressão de cansaço — Acho que todos aqui já sabem minha história.

— Faz parte do ritual, Yoora — Bom diz, piscando os olhos de um jeito fofo para Yoora.

— Aish! Não faça aegyo para mim — Yoora cruza os braços e então se encosta totalmente na poltrona, soltando um suspiro — Eu só gostei, ou melhor, amei uma pessoa. A conheci quando tinha treze anos, mas só tivemos algo mesmo quando tinha quatorze. Ele é onze anos mais velho que eu. Namoramos por três anos e então ele me trocou por uma garota mais velha que conheceu há três semanas.

— Uma vagabunda, devo dizer — Bom interrompe e recebe um rapa de Dara.

— Bem, é isso — Yoora dá de ombros e então suspira — Quem é o próximo? Hyun?

— Aigoo — Hyun morde o lábio inferior — Minha história nem é tão triste assim...A Bom não pode ir primeiro? — Hyun diz, arrancando uma cara de tédio de Bom.

— Garota conhece garoto, garota namora com garoto por seis meses e alguns dias e então garoto a traí com a melhor amiga. Pronto, agora pode falar sua história, Hyun — Bom diz e Dara suspira.

— Isso é jeito de contar, Bom? — questiona Dara e Bom dá de ombros.

— Pelo menos, eu contei.

— Ok, ok — Hyun corta o que Dara iria começar a falar — Não é triste minha história mas eu sofri bastante com isso. Desde sempre eu tive um melhor amigo, o nome dele não vem ao caso agora, mas saibam que ele sempre fora um rapaz muito bonito, desde pequeno. Nos conhecemos há bastante tempo e sempre fomos amigos, até um certo dia em que ele começou a me evitar. Bem, não vou prolongar a história, bastam saber que ele fez isso por causa da namorada dele e eu fiquei sozinha, sem amigo e sem meu primeiro amor — Hyun faz uma careta e então suspira — É, eu era apaixonada por ele. Acho que até um tempo atrás eu era, mas agora...

— Mas agora...? — questiono e vejo as bochechas de Hyun ficarem vermelhas.

— Agora acho que já passou — ela dá de ombros —, no final de tudo, eu estou bem.

— Hmmm, essa é a sua história? — Bom pergunta e Hyun confirma — Ótimo, então podemos passar para a vida de Alexia — seus olhos param e mim e ela sorri de maneira acusadora — Quero muito saber o que de triste você sofreu para ter Oh Sehun, Do Kyungsoo e Kim Jongin aos seus pés.

Acho que minha boca foi ao chão. Yoora deu uma risadinha, sendo acompanhada por Hyun e eu só queria esconder minha cara. De onde raios Bom tinha tirado essa ideia?!

(Oh oh oh oh oh) eu sei agora

(Oh oh oh oh oh) agora estou aflito sobre você

— Eles não estão aos meus pés — resmungo, cobrindo meu rosto com minhas mãos.

— Aish, só um cego não vê isso, Alexia — Bom diz e eu a olho pelas frestas de meus dedos — Não é verdade, Yoora? Diga para ela!

— Tenho que concordar com ela, Alexia — Yoora tenta não sorrir, em vão — Se você visse o jeito que Sehun te segue como um cachorrinho...

— E o jeito como D.O te observa no intervalo e em todos os momentos possíveis — Hyun continuou.

— Sem contar o jeito pervertido que Kai te olha — Bom bufa e então ri — Posso apostar minhas unhas postiças de que ele já fez aquilo pensando em você.

— Wow — Min Woo e Dara dizem ao mesmo tempo e a vontade de me enfiar em um buraco só aumenta. Deus, por que tive que arrumar uma amiga vulgo professora tão descarada assim?

— É sério! Aquele ali de anjo só tem a cara mesmo.

 Bom, isso é coisa que se fale para a menina? — Dara revira os olhos e então faz um gesto com a mão, como um descaso — Ignore ela, Alexia. Bom tende a falar essas besteiras em horas indevidas.

— Só digo a verdade.

— Vão querer ouvir minha história ou não? — contenho minha vontade de sair correndo dali e respiro fundo — Eu vou contar tudo, mas por favor, me ouçam antes de me interromperem, okay?

— Okay — todos responderam juntos e ignorando minha vergonha, começo a contar tudo, desde o começo.

Thunder, thunder, thunder, eu desejo agarrar você

Thunder, thunder, thunder

— Puta que pariu — Bom diz após um longo momento de silêncio na sala — Espera um pouco. Quer dizer que você tem doze lindos caras querendo sua atenção?

— O que?

— Ahn?

— Oi? — Dara olha abismada para Bom — Nós ouvimos a mesma história? Eu só acho que ela sofreu bullying de dez caras durante um grande período da vida dela. Isso é horrível. Eu super te apoio em ignorar todos eles, Alexia, você não pode os perdoar depois do que fizeram.

— Por que você contou doze? Pra mim, apenas Tao e o tal de Joonmyeon que estão a fim dela — Min Woo diz. Sim, eu contei até mesmo sobre Tao e Joonmyeon, apesar de que esses não me fizeram nada de mau, muito pelo contrario. Acho que me empolguei demais.

— Por favor, Dara — Bom levanta-se e acaba batendo o joelho na cabeça de Min Woo que solta uma reclamação baixinha — Está tão na cara de que eles querem reconquistá-la agora! Meu Deus, não sei se iria querer estar na sua pele. Eu me lembro de Yifan e dos outros, eles são tão bonitos e legais. Foram meus melhores alunos, nem parece que foram os mesmos que fizeram bullying com você.

— Não é como se eles fossem os caras maus, bem, não literalmente — digo e então suspiro — É complicado, entendem? Eu...Eu tenho algumas lembranças boas com eles, sei que em algum momento eles eram bons comigo mas isso mudou. Nunca entendi porque e somente aceitei isso.

— Mas eles nunca falaram o por que de terem começado a te tratar assim? — Bom questiona.

— Não, só começaram a serem rudes — dei de ombros.

— Aish, isso é tão estranho — Bom se encosta na parede e cruza os braços — Já pensou em conversar com eles sobre isso?

— Não — nego com a cabeça — Não quero ouvir nada sobre isso, passei três anos muito bem sem eles e não preciso deles na minha vida. De novo.

— Sinto lhe informar, mas eu não acho que eles vão te esquecer tão fácil assim — Bom diz e Yoora concorda com ela.

— Ela tem razão, Alexia — Yoora olha para mim — Se você visse a cara que eles fazem quando estão perto de você. Não vi como todos reagem na sua presença, mas só de observar o D.O, Kai e o Sehun dá pra ter uma ideia.

— Eu não os quero de volta na minha vida.

Um silêncio toma conta do local e eu sinto meu rosto ficar quente. Não costumo me abrir tanto assim com as pessoas.

— Bem, não ligue para eles — Dara diz e então se levanta, juntando as mãos — Ligue para seu amigo que te ligou quarenta e duas vezes. Joonmyeon. Esse sim merece sua atenção.

— E o Tao, não se esqueça dele — Min Woo complementa.

— Sério, ligue para seu amigo. Você sequer chegou a saber o por que dele ter te ligado tantas vezes? — Dara questiona e eu nego — Bem, vamos descobrir isso agora.

Meu celular estava lindinho em cima do sofá até o momento em que Sandara corre como uma louca e o agarra indo para longe.

Eu acho que você foi para longe

Conforme o tempo passa, eu e você somos mais distanciados

— Aha! Está desbloqueado! — ela solta um gritinho de animação e Bom anda até a mesma, tentando ver a tela do celular.

— Hey, devolve! — ameaço levantar mas Min Woo anda até mim, segurando-me contra o sofá. Mas o que...?

 "Alexia, me liga assim que receber essa mensagem", "Alexia, não me ignora, por favor", "Aleeeex, me responde, atende minhas ligações, por favor" — Bom começou a ler o que estava escrito no celular com uma tentativa de voz masculina.

— Espere, espere, ele deixou mensagens de voz na caixa postal! — Dara diz e Hyun dá risada, assim como Min Woo.

Agora você provavelmente já está muito longe

Tornando-se a luz de outra pessoa

"Ale...Alexia. Me atende, por favor (choramingo) É sério, eu...Eu sou tão idiota...

Sim, você é mesmo (voz de fundo)

Me liga, Alexia...É o Joonmyeon"

"Alexia! Essa é a qua...quarta vez que te ligo. Por que não atende? Eu fui um idiota. Um completo idiota (choramingo) Não me trate assim. Por favor"

"Lexia, tô te ligando pela...Qual vez mesmo Nam?

Décima quinta vez (som de risadas)

Décima quinta vez! E você não me atende. Por que? O que eu fiz de errado?"

"Acho que tô meio bêbado. Me liga"

"Alexia, eu briguei com a Meredith. Eu sou muito idiota (choramingo e som de risadas). Não me odeie também, eu não posso ficar sem você. É a trigésima quarta vez que eu te ligo. Eu tô contando, Alexia"

"Lexia, mon amour, appelez-moi. Eu não queria ter dito aquilo, eu...(choro breve) Por que você postou aquelas fotos? Hein?! Quem são aqueles caras? P-Por que você não me atende? (choro e som de gargalhadas ao fundo)"

"Não consigo. Eu não consigo parar de pensar em você. Você já me trocou por aqueles coreanos? Não me troque. Me atende. Fala comigo, s'il vous plaît, eu nunca mais vou falar coisas tão más para você. Mas prometa que não vai me trocar por eles, você é minha melhor amiga, meu tudo. Eu posso ficar sem a Meredith, mas não posso ficar sem você"

"Hey Alexia, aqui é o Namjoon, amigo do Joonmyeon. Bem, ele bebeu muito ontem a noite porque teve uma briga feia com a Meredith, e meio que acabou te ligando algumas vezes. Ele está dormindo agora e provavelmente vai acordar de ressaca e ficar com vergonha de tudo o que disse, isso se lembrar. Enfim, o que eu tenho a dizer, na verdade implorar, é para você não ignorar o garoto ou se esquecer dele. Ele gosta muito de você e ele meio que perdeu a cabeça quando viu aquelas fotos que você postou (som de risadas). Joonmyeon é um garoto legal, só pisa na bola as vezes, você sabe disso muito mais que eu. Bem, é isso. Espero te conhecer um dia, ele não para de falar de você..."

— Ai Meu Deus, ele está tão na sua! — Bom gritou no final da última mensagem — Alexia, garota, você tem que namorar esse rapaz!

Olhei para ela sem saber o que fazer. O que falar. Só consigo sentir borboletas em meu estomago e um sorriso começa a se abrir em meus lábios. Deus, eu não devia estar me sentindo bem, não é? Quero dizer, Joonmyeon brigou com Meredith, e eles estão juntos há três anos, isso deve ter acabado com ele. Mas por que eu me sinto nas nuvens? Ah, eu sou uma péssima amiga.

— Liga pra ele! — Hyun disse, pulando no sofá ao meu lado — Liga agora!

Antes que eu faça algo, Bom já está discando o número dele e pondo no viva a voz para todos ouvirem.

— Aish, só chama! — Bom desliga a chamada após um tempo e então bufa, ligando mais uma vez — Se ele não atender, você vai deixar uma mensagem na caixa postal, quero nem saber.

Novamente, o celular só chama. Quando começa a entrar na caixa postal, Hyun me dá uns tapinhas no braço para dizer algo. Mas o que eu vou falar?

Você foi muito rápida como um relâmpago

Estávamos tão diferentes

Entre nós, a diferença de tempo

Tornou-se o espaço que não nos permite estar juntos

— Oi...Eu meio que escutei suas mensagens e...Quando quiser falar comigo, fica de olho no fuso horário, porque eu estava na escola e...Bem, é isso....Ah, eu não vou te ignorar ou coisa parecida, você ainda é meu melhor amigo — sinto meu rosto esquentar e Bom não se importa de rir alto — É isso, até mais.

— "Quando quiser falar comigo, fica de olho no fuso horário"? — Min Woo começou a rir — Meu Deus, Alexia, você é pior que eu falando com alguém que gosto.

— E-Eu não gosto dele! Não desse jeito — droga, gaguejei.

— Aaaawn, olha, ela está vermelhinha! — Dara diz e todos começam a rir.

Escondo meu rosto com as mãos, mas não evito sorrir. Droga, eu não devia me sentir assim.

— Pare de manha, dona vermelhinha! Vamos comer algo! — Dara puxa minhas mãos de meu rosto e me levanta do sofá, me arrastando para a cozinha. Os outros me seguem, ainda me zoando.

— Não deixe de contar tudo sobre essa amizade colorida aí! — Bom diz assim que desço do carro.

— Nós não temos uma amizade colorida! — grito e ainda ouço a risada dela e dos outros ao entrar em casa. Argh, ela não tem vergonha de falar essas coisas, não?

— Onde você estava? — mal entro na casa e encontro minha mãe me esperando encostada na parede, a cara fechada — Por que não me disse que iria sair?

— Porque eu não sai — digo e continuo a fazer meu caminho para o quarto.

— Não saiu? Então o que estava fazendo com aquelas pessoas?

— Eu só fui na casa de uma amiga e fiquei lá por um tempo, não é o fim do mundo — dou de ombros ao abrir a porta do meu quarto e jogar a bolsa no chão, de qualquer jeito.

— Essa sua amiga, seria uma daquelas duas garotas que vivem coladas em você? — ela questiona e então suspira — Por que não anda mais com o filho dos Oh? Ou com o filho dos Kim? Eles são ótimas influências para você.

— Ótimas influências? Acho que não estamos falando das mesmas pessoas. Sem contar que eu não os suporto e não quero nada com eles.

Abro o guarda roupa e começo a me despir, procurando um moletom grande o bastante para vestir somente ele.

— Você nem ao menos tenta, não é? — a voz de minha mãe está irritada, é possível de se perceber — Só eu estou tomando a iniciativa aqui! Não sei se sabe mas você não tem só seu pai e aquela mulher ridícula...

— Não a chame assim — termino de me vestir e fecho a porta do guarda roupa com força, encarando minha mãe — Aquela mulher é muito mais mãe que você algum dia já foi para mim, então não a chame de ridícula. Você não tem esse direito.

— Não tem vergonha de falar nesse tom com sua mãe, não? — ela se aproxima de mim — Sabe o quanto foi difícil te colocar nesse colégio? Acha que é fácil ter que cuidar de uma filha adolescente ingrata?! Você nem ao menos tentou ter uma conversa digna comigo desde que chegou em Seul!

— Ingrata? — dou uma risada forçada — Me diga, então, porque eu devo ser grata a você. Pra começo de conversa eu nem queria estar aqui...

— Eu sou a sua mãe! — ela gritou. Seus olhos estão maiores que o normal e sua expressão está séria — Eu te dei a luz, te dei um nome, te criei até seus oito anos! E é assim que você me trata? Isso não é jeito de tratar uma mãe. Nenhuma das minhas amigas tem uma filha tão desrespeitosa assim.

— Ótimo, então sequestra a filha delas e pega para criar! — acabei me exaltando também. Respiro fundo e controlo minha vontade de bater em algo — Você pode ser minha mãe biológica mas quem é minha mãe de verdade é a Alice! Se eu sou assim hoje, é porque ela cuidou de mim...

— Agora entendo porque você ficou desse jeito — sua voz é debochada. Paro e observo, sem saber o que falar. Ela realmente disse essas palavras nesse tom? Ela está me menosprezando? Como se tivesse se dado conta do que disse, pisca e então dá um passo para trás — Eu...Eu não quis dizer isso, Ayla. Não sei o que me deu, eu...

— Sai — aperto os punhos e olho para baixo. Uma sensação estranha se apodera de meu peito.

— Ayla, eu...

— Sai daqui, agora — digo, dessa vez mais firme. Ouço os passos dela saindo e a porta sendo fechada.

Devagar, ando até meu quarto e me jogo na cama, sentindo as lágrimas saindo seu meu controle. Por que as coisas tem que ser assim? Argh! Por que eu estou aqui? Não quero nada com essa mulher. Essa mulher estranha que só sabe me deixar para baixo. Eu não quero isso para mim.

Ouço minha respiração falha enquanto respiro fundo e abraço meu travesseiro. Eu só quero voltar para casa, para minha verdadeira casa com minha verdadeira família.

No momento atual...

Eu estava atrasado como um trovão

Estou arrependido agora

Boom boom boom boom

Deixei escapar um som tarde de mais, chamando por você

Como eu acabei parando nessa situação?A conversa lá fora dura por algum tempo e então escuto o som de passos mais perto. Mais perto, mais perto, mais perto e....

— O que raios vocês estão fazendo encolhidos aqui? — Bom abre a porta de supetão e eu sinto meu coração disparar.

— Professora, a g-gente não...—  Sehun se desvencilha de mim e se vira para a frente, gaguejando um pouco.

— Vamos, saiam daqui antes que a coordenadora volte aqui! — Bom puxa Sehun para fora enquanto Hyun e Jin saem por vontade própria — Deus, as vezes me pergunto o que vocês adolescentes tem na cabeça para fazerem essas coisas estranhas...

— A senhora não está brava conosco? — Kyungsoo de alguma forma sai primeiro que eu, o rosto vermelho e os olhos bem arregalados — Não devíamos estar aqui.

— Sim, vocês não deviam, então agradeçam por a professora Park ter encobrido seja lá o que é isso aqui — Dong Wook diz, aparecendo de repente e estendendo a mão para ajudar Yoora se levantar.

Bom olha a cena e faz uma careta, mas logo as desfaz quando vê Taehyung indo para perto dela.

— Por favor, Lee, foi você que distraiu a coordenadora, você merece mais créditos que eu — Bom revira os olhos e bufa quando Dong Wook abre um enorme sorriso para Yoora.

— Não se desmereça assim, Park — ele disse e então deixou a expressão séria, olhando para cada um de nós — Caso a professora Park não intervisse por vocês, nessa hora eu já teria dedurado todos.

— Que professor legal você é...— Taehyung resmungou e Bom deu risada.

— Na realidade, eu só fiz isso porque Bom me garantiu que vocês teriam uma ótima desculpa para dar — Dong Wook cruzou os braços — Então, podem começar a contar a história.

Olhei para cara de Hyun que estava vermelha enquanto Yoora está totalmente pálida, nenhuma das duas sabe o que dizer e os meninos estão em um profundo silêncio. Dong Wook suspira e então passa a mão pelo cabelo.

— Depois da escola, no D-Drink. Espero que a desculpa de vocês seja realmente boa — ele se dirige para Bom — incluindo a sua, senhorita Park.

Bom engole em seco e então Dong Wook sai da quadra, deixando todos paralisados.

— Acho bom vocês terem uma ótima desculpa agora para estarem feitos sardinhas nesse armário, caso contrário eu mesma deduro vocês! — Bom parecia prestes a soltar fogo pela boca, a expressão brava a deixava com um ar ao mesmo tempo fofo e demoníaco.

(Oh oh oh oh oh) eu sei agora

(Oh oh oh oh oh) agora estou aflito sobre você

Thunder, thunder, thunder, eu desejo agarrar você

Thunder, thunder, thunder

— Eu segui Alexia depois desse aí ter ido lá na sala falar com ela — Sehun diz, indicando Taehyung com a cabeça.

— Eu segui o Taehyung — Kyungsoo diz, abaixando o olhar.

— Eu precisava falar com a Alexia — Taehyung dá de ombros — Fiquei preocupado quando vi Yoora sair correndo e chorando, achei que a amiga dela precisava saber.

— Por que você saiu correndo e chorando? — Bom encarou Yoora nos olhos. Por um momento a garota apenas a encarou de volta, mas então, suas sobrancelhas se uniram e ela começou a fungar — Ai meu Deus, você não vai chorar agora, né?

Nem foi preciso dizer mais nada. Yoora começou a se debulhar em lágrimas e todos — incluindo a mim — ficaram parados apenas olhando, sem saber o que fazer.

— Eu odeio aquele idiota! — sua voz saiu mais fina que o normal — Como ele tem a cara de pau de trazê-la para cá? E ainda ficar com a mesma no banheiro dos alunos, achando que ninguém irá ver!

Uh oh. Droga. Eu entendi direito ou o Jong Suk...?

— Como é que é? — Bom parecia uma daquelas feras pronta para atacar a presa. Indomável — Eu vou ter uma conversinha com aquele vagabundo e aquela fura olho!

— Do que ela está falando? — ouvi Jin questionar baixinho para Hyun que murmurou um "esquece" como resposta.

—Aish! Isso não é o caso agora — Bom segurou Yoora pelos ombros, o que fez a garota olhar para a mais velha — Pare de chorar por um idiota, você vale muito mais que isso — largou a garota e se aproximou de Sehun e Kyungsoo, apontando o dedo indicador acusadoramente para os dois — E vocês parem de seguir a Alexia! Onde já se viu uma coisa dessas.

— Mas professora...— Sehun tentou argumentar mas Bom o cortou com um "shiu".

— Sem mas! E você, Taehyung, sei que seu gesto foi bondoso, mas isso só causou um alvoroço aqui e você quase fez um monte de gente ser suspensa. Então, por favor, da próxima vez que sentir vontade de contar algo à alguém, faça isso depois do horário de aula— ela então virou-se para mim — Alexia, sei que você se preocupa com Yoora, mas se isso chegar a ocorrer novamente, a deixe sozinha. Ela já tem quase dezoito anos, sabe se virar em situações difíceis, não precisa de babá — fiquei corada. Receber um sermão da Bom me deixou muito sem graça. Minha amiga professora andou até Hyun e Jin — Quanto a vocês dois...— suspirou — Fico feliz que você tenha achado alguém, Hyun, mas aqui não é hora nem lugar apropriado para escapulidas românticas. Pense bem antes de tentar algo desse tipo novamente, porque se ocorrer mais uma vez, não espere que eu a encubra. Sou sua amiga mas também sou professora e mais velha que você, tenho que dar exemplo mesmo que não goste e não queira.

— A culpa foi minha, professora — Jin disse, o rosto com uma expressão de culpa avassaladora — Eu influenciei a Hyun a vir aqui.

— Bem, então deixe de fazer isso e a peça em namoro como um garoto normal faria, assim pelo menos vocês terão encontros de verdade — Bom diz e Hyun fica muito vermelha, evitando olhar para a mais velha — Agora que entenderam tudo, podem ir.

Não esperei Bom dizer duas vezes, sai andando na frente de todos. Precisava ir para minha sala, a professora de biologia provavelmente comeria meu fígado — e talvez o de Sehun — por demorar tanto para voltar pra aula.

Estou seguindo você, seguindo você

Perseguindo você, perseguindo você

Procurando por você, procurando por você

Você está ficando cada vez mais longe

— Alexia, espere!

Parei no corredor de minha sala, apenas alguns metros longe da porta. Virei-me e encarei Kyungsoo que me observava com uma expressão que me deixaria com dó se eu sentisse dó dele.

— O que você quer? — fui rude mesmo. Não estou com cabeça para falar com alguém agora.

— Você — uh, ele foi direto. O olhei abismada com sua sinceridade — Eu quero que você volte a ser minha amiga.

— Não é como se fossemos amigos antigamente.

— Não diga bobagens, você sabe que éramos, sim! — ele anda dois passos em minha direção e eu dou dois passos para trás — Não adianta mais fugir. Você foi e sempre será minha melhor amiga.

— Nossa, eu não me lembro de ser sua melhor amiga na hora em que você dizia coisas horríveis para mim! — retruco, ficando "P" da vida — Onde estava esse melhor amigo quando eu me sentia um lixo?! Por favor, Kyungsoo, você nunca me considerou nada além de um estorvo.

— Isso é mentira — no momento seguinte eu estava prensada contra a parede. Ah droga, e se a professora ouvir o barulho que fez? — Olhe pra mim, Alexia. Você é uma das melhoras coisas que já aconteceu comigo.

— Que belo jeito de demonstrar isso, hein? — minha vontade era de bater nele. Bater naquele rosto rechonchudo, fazer aqueles olhos enormes se fecharem ao contado de minha mão em seu rosto, tirar aquela expressão de inocência que ele sempre teve.

Mas antes que eu fizesse algo, ele me soltou e mordeu o lábio inferior. O que...?

Passando por cima do tempo, eu estou olhando para você

Embora possa ser diferente agora, o princípio é o mesmo

Acredito que ainda podemos voltar

Agora, um, dois, nós contamos os segundos, como medimos a distância

— Me desculpa — sua voz saiu tão baixa que fiquei com medo de não ouvir — Me desculpe por tudo que fiz a você. Eu era tão idiota naquela época, não sabia o que estava fazendo — Kyungsoo pisca rapidamente os olhos — Mas por favor, não desista de mim por causa de meus erros no passado. Eu nunca me esqueci de você, Ayla. Nem por um segundo.

Não sei o que me fez puxar aquele garoto cheio de lágrimas para meu peito, talvez fosse seus lábios cheios e rosados agora molhados pelas lágrimas ou o sentimento que seus olhos transmitiram. Seja lá o que foi, só sei que me deixou fraca. Fiquei fraca por Do Kyungsoo.

— Eu não posso te perdoar tão rápido assim, Kyungsoo — sussurro em seu ouvido — Mas talvez com o tempo possamos ser amigos, se você parar de me chamar de Ayla, é claro — complemento tentando fazer um piadinha. Ouço sua risada baixinha e sei que o mesmo parou de chorar.

Kyungsoo me largou rapidamente e então secou as lágrimas, um tímido sorriso em seus lábios.

— Eu vou fazê-la voltar a ser minha amiga, Alexia. Espere só e verá. Serei o melhor amigo que você poderá ter — ele diz, e então se vira, fazendo o caminho até a sua sala. Ou o banheiro mais próximo para lavar seu rosto, não sei.

Respiro fundo. Essa cena foi mesmo real? Eu fiquei com dó de um garoto que só me tratou mal antigamente?

"Eu vou fazê-la voltar a ser minha amiga, Alexia. Espere só e verá. Serei o melhor amigo que você poderá ter"

— Espero que esteja dizendo a verdade, Kyungsoo —  digo para mim mesma  e suspiro.

(Oh oh oh oh oh) eu sei agora

(Oh oh oh oh oh) agora estou aflito sobre você

Thunder, thunder, thunder, eu desejo agarrar você

Thunder, thunder, thunder

— Bem, não sei quanto a Kyungsoo, mas eu quero mais que isso —  dou um pulo, botando as mãos em meu peito ao constatar Sehun parado na parede oposta. Desde quando ele esteve ai?

— O que você está falando? — mais uma vez não me importo em ser rude. Como ele nada responde, apenas bufo irritada —  Pare de falar nada com nada, Sehun. Tenho uma aula para voltar.

Ando até a porta e encosto minha mão na maçaneta, pronta para girá-la quando sinto uma mão em cima da minha. Olho para o lado e lá está o garoto arco-íris sorrindo de uma forma incrivelmente bela para mim, tão bela que nem consigo dizer nada.

— Eu quero mais do que ser apenas seu amigo, Alexia. Eu quero seu coração —  ele diz isso como se estivesse falando sobre o tempo, casualmente —  E eu vou conseguir.

Thunder, thunder, thunder, eu desejo agarrar você

Thunder, thunder, thunder

Não sei qual foi a expressão que fiz quando entrei na sala de aula, mas a professora perguntou se eu estava bem, enquanto Sehun sentou-se em sua cadeira, como se nada tivesse acontecido.

Depois de dizer pela quinta vez a professora que eu estou bem, sento-me na cadeira, meio alheia a tudo. Tento prestar atenção na aula sobre os mamíferos, mas não consigo. Não consigo porque sinto meu coração bater acelerado em meu peito, ainda em efeito do que Sehun disse.

"Eu quero mais do que ser apenas seu amigo, Alexia. Eu quero seu coração. E eu vou conseguir"

Thunder, thunder, thunder, eu desejo agarrar você

Thunder, thunder, thunder


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Notas finais do capítulo

Team Sehun, pode gritar agora JDSKAFSDUHDSUH esse menino tá demais, meu Deus.
E o Joonmyeon? socorroooo. Kyungsoo, como sempre um amor.
A música pode não ter feito sentido no começo, mas ela é destinada ao Kyungsoo e Sehun nessa "perseguição" a Alexia :v
Obrigada pelos favoritos, comentários e paciência.
Bjsbjs ♥
Ps: Geeeeeeeente, eu posto essa fic no SS com o mesmo nome, só jogar lá Love, Love, Love ou Sabsyoda que vocês vão achar. Não só essa, mas as minhas outras fics, porque eu não posto tudo aqui (porque eu me esqueço dessa conta jdusdhfudfh). Lá no SS essa fic está no cap 30 indo para o 31, então se quiserem ler tudo...Mas quem só tem conta aqui, não se preocupe, eu vou att aqui também haha.



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