Love, love, love escrita por Sabsyoda


Capítulo 2
Miss Movin On


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo *-*
Ps: Não sei se geral manja inglês aqui então, lá vai a tradução da música bem do começo que o povo ta cantando:
Parte que a Ayla canta: "Se você gosta de Piña Colada e de tomar banho de chuva, se você não curte yoga e tem apenas meio cérebro. Se você gosta de fazer amor a meia noite nas dunas de Cabo, então eu sou quem você procura, escreva para mim e fuja."

Parte em que geral canta: "Eu não pensei na minha garota, eu sei que isso soa malvado. Mas eu e minha antiga garota caímos na mesma velha rotina, então eu escrevi para o jornal um anúncio pessoal. Eu sei que não sou nenhum poeta, eu pensei que não estava tão mal"

Parte em que nosso gatinho canta: "Sim eu gosto de Piña Colada e de tomar banho de chuva, não ligo muito para comida saudável, eu gosto de Champagne. Vou encontrar você ao meio dia e cortar a fita vermelha. Em um bar chamado O'Malley, onde planejaremos nossa fuga."



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— If you like Pina Coladas and getting caught in the rain, if you're not into yoga, if you have half-a-brain, if you like making love at midnights, in the dunes of the cape. I'm the love that you've looked for, write to me, and escape. — meio que cantei e meio que dei risada enquanto cantava, uma de minhas músicas favoritas.

O pequeno local estava lotado de pessoas que eu conheci ao longo dos meus 2 anos morando nos Estados Unidos da América. Pessoas do meu trabalho, como meu chefe e sua esposa, os clientes, alguns amigos que eu conheci quando saia para conhecer algum lugar diferente e amigos da minha escola, sem contar as pessoas que eu conheci durante o tempo em que morei na França e que vieram me ver durante essa semana.

"I didn't think about my lady, I know that sounds kinda mean but me and my old lady, had fallen into the same old dull routine. So I wrote to the paper, took out a personal ad and though I'm nobody's poet, I thought it wasn't half bad."

A música continuava a tocar alto e algumas pessoas arriscavam a cantar algumas partes, até que chegou novamente no refrão e meu amigo pulou na minha frente, o punho fechado como se fosse um microfone estendido em minha direção, cantando alto para todos ouvirem e fazendo caras e bocas.

— YES I like Pina Colada's, and getting caught in the rain, I'm not much into health food, I am into champagne. I've got to meet you by tomorrow noon and cut through all this red tape, at a bar called O'Malley's where we'll plan our escape. — Joonmyun se divertia enquanto cantava e via minha cara ficando vermelha, isso só o fazia querer cantar mais e mais.

Rindo envergonhada por alguns olhares que minha madrinha dava em nossa direção, puxei Joonmyun dali e fomos aos tropeços para a varanda, que graças a Deus, não tinha ninguém.

— Poxa Alexia, logo agora que a música ia ficar boa você me puxa! — resmungou ele fazendo um biquinho.

— John, — o chamei pelo apelido que tinha dado para ele e o mesmo fez um biquinho fofo — você ia me fazer passar vergonha ali, eu sei que era essa a sua intenção. — dei risada e coloquei minhas mãos em seu rosto, apertando-o de leve — Essa é minha ultima noite aqui e quero torna-la inesquecível, mas com certeza eu não preciso passar vergonha para isso.

Conheci Joonmyun na França, onde fiquei morando por 6 meses logo após sair da casa de minha mãe, na época, eu estudava na ASP (American School of Paris), uma escola mista particular localizada em Saint-Cloud, um subúrbio de Paris e entrei na metade do ano, pois fui para lá em Julho. No começo — em Agosto, quando começaram as aulas — eu ficava sozinha e não conversava com ninguém, cheguei até mesmo a chorar depois do meu primeiro dia de aula, mas então um dia trombei com Joonmyun e depois disso viramos amigos.

— Mas hoje é o seu ultimo dia aqui! Depois a gente não vai mais se ver e você não vai passar mais vergonhas no meio das pessoas que gosta. — John me olhava com olhos brilhantes, e falava manhosamente.

— Tem razão, vou passar vergonha na frente de outras pessoas — tirei minhas mãos do rosto dele e dei um um soquinho em seu ombro.

— Não vai ser a mesma coisa.

Sentei no banquinho que tinha na varanda e Joonmyun sentou-se ao meu lado. Estava de noite e hoje mais do que em qualquer outro dia, as estrelas brilhavam lindamente no céu, iluminando bem mais do alguns postes de luz.

— Hoje o céu está bonito — comentou Joonmyun olhando encantado para cima.

— Claro que está, o céu está se despedindo de mim também — passei a mão por meu cabelo e soltei um suspiro. Eu vou sentir tanta falta daqui. — Eu não quero ir Joonmyun.

Eu sempre fui sensível e talvez seja por isso que naquele momento, o momento em que eu devia estar alegre e rindo, lágrimas saiam de meus olhos.

— Hey Lexia, calma — Joonmyun virou-se para mim e puxou-me para seu peito, afagando meu cabelo — Pense nisso como um nível difícil de um novo jogo de vídeo-game que você tem que passar, pense que isso tudo é apenas uma fase para um amadurecimento maior e que no final, você vai poder fazer o que quiser.

John sempre sabia como me botar para cima, e foi por causa disso — e de algumas outras coisas — que ele virou meu melhor amigo.

— Obrigada John, mas eu vou realmente sentir muita falta de vocês. De você. Como eu vou viver sem o meu melhor amigo me atormentando todo dia? — perguntei, as lágrimas ainda saindo, mas com um sorriso no rosto.

— Não seja por isso, vou te ligar todo dia, mandar mensagens, cartas, qualquer coisa para falar com a menina mais linda desse mundo. — ele disse rindo e me abraçando com mais força.

— Se você não fosse a melhor amiga dele eu com certeza ficaria com ciúmes agora — ouvi uma voz dizer atrás da gente.

Me desvencilhei de Joonmyun e vi Meredith parada na porta que dava acesso a varanda, olhando para nós dois com um sorriso.

— Por favor, Meredith. Até parece que eu iria querer alguma coisa com um cara tão pequeno assim — falei zombando de Joonmyun que fez uma cara como se estivesse indignado.

— Por favor você, Alexia, eu sei que fui, sou e sempre serei seu sonho de consumo — ele disse, levantando-se e passando a mão sensualmente pelo corpo.

— Okay, okay John, já chega. Vai logo para a sua namorada ciumenta antes que ela me mate aqui mesmo e eu não vá para essa viagem idiota — eu disse, levantando-me e empurrando Joonmyun em direção a Meredith deu risada. — Apesar, que isso não seria uma má ideia. Quero dizer, não ir a viagem, é claro.

Joonmyun deu uma gargalhada e entrelaçou sua mão direita com a de Meredith, a mesma parou de rir e abriu um sorriso de 200 walts para ele e então virou-se para mim.

— Vou sentir sua falta, Alexia. Não deixe de me ligar também, sim?

E com isso, puxou meu amigo para fora dali, deixando-me sozinha com as estrelas. Suspirei e sentei-me de novo no banquinho.

Eu sei o que todos devem estar pensando. Meredith é sim a namorada de Joonmyun. Isso mesmo, namorada.

Quando conheci Joonmyun e nos tornamos amigos, eu meio que acabei me apaixonando por ele — tenho vergonha até hoje de falar disso —, talvez porque nenhum garoto antes tinha me tratado como uma garota e ele o fez. Eu pretendia me confessar para ele bem no dia que Meredith chegou da viagem que tinha feito, — ela era uma modelo e tinha ido para a Itália posar para uma marca bem importante de lá. Ah, e ela também é um ano mais velha do que ele e mais alta também, entretanto, o relacionamento deles sempre foi apaixonante. — e foi quando eu a vi, que decidi pegar esse sentimento que tenho pelo Joonmyun e esconder dentro de uma caixinha pequena, trancar com sete chaves e depois jogar no mar, porque era o melhor que eu tinha a fazer. Eles já tinham 3 anos de namoro. Eu já tinha a amizade dele e isso era o suficiente.

O engraçado de tudo isso, é que a festa em que eu estou nesse momento é de despedida. Sim, todas essas pessoas estão se despedindo de mim. Acho que é melhor eu voltar um pouco no passado e contar tudo o que me aconteceu, então, devemos começar desde o dia que sai de Seul, da Coréia do Sul.

Meu pai me levou para a casa dele na França e lá eu conheci Alice, a nova mulher dele. Alice era uma pessoa alta, de cabelos compridos e com um estilo muito animado, já devia ter uns 42 anos mas parecia ter 30 de aparência e 20 de jeito. Quando a vi pela primeira vez, é obvio que a estranhei. Tipo, uma mulher que eu nunca vi antes e que talvez tenha acabado com o relacionamento de meus pais, estava lá com ele todo esse tempo e agora queria ser minha amiga. Mas com o passar dos dias, eu percebi que não era bem assim, meu pai me contou que o relacionamento dele com minha mãe já não estava indo muito bem e eles decidiram terminar e só depois ele conheceu Alice, mas nesse meio tempo de termino meu pai ainda morava na nossa casa e por isso minha mãe acha que tudo acabou por causa dela. Só que isso é uma coisa simplesmente impossível, Alice nunca causaria mal a ninguém, apesar de seu jeito animado e brincalhão, ela é muito delicada e sensível, e foi por isso que me identifiquei com ela logo após meu primeiro mês ali na França. Ela me ajudou muito. Foi por causa dela que eu comecei a ir em um psicologo, pois eu estava com começo de depressão. Foi por causa dela que eu concordei em ir para a escola, que minha auto-estima começou a subir, foi por causa dela que eu aceitei ser amiga de Joonmyun. Por causa dela eu sou o que sou hoje. Eu sempre quis chama-la de mãe durante esses 3 anos, mas ela disse que não queria tirar esse lugar de minha mãe, por isso eu devia chama-la de madrinha.

Ah minha mãe, essa ai nunca mais manteve contato comigo, até recentemente onde me convidou — exigiu, para ser mais precisa — para morar com ela no meu ultimo ano escolar, aparentemente, ela queria renovar os laços cortados entre nós. Porém, o que ela não sabe é que não tem como renovar esses laços, eu ainda continuo muito magoada com ela, então quando ela não manteve contato comigo eu nem liguei, pois agora eu tinha Alice, eu tinha meu pai e tinha o Joonmyun. Eu não preciso de pessoas que me maltrataram antes quando eu tenho pessoas que sempre quiseram o meu bem.

Depois de morar 6 meses na França, mudei-me para os EUA e comecei a estudar em uma escola pública e trabalhei durante os 2 anos em que morei lá em uma vídeo locadora. Depois do primeiro ano, Joonmyun mudou-se com sua família para cá também — estamos morando na Califórnia — e para a minha surpresa, ele veio morar há apenas algumas quadras de minha casa. É claro que seu relacionamento continuou firme e forte, já que ela tinha uma tia que morava aqui perto e assim, ela mudou-se para cá também e até mesmo recebeu bem mais propostas de trabalho do que recebia antes. E foi assim que eu vivi os melhores anos da minha vida.

Eu não era mais aquela garota que se vestia com roupas masculinas e largas, que vivia descalça e de pés sujos, com o cabelo armado e emaranhado. Com ajuda de Alice, eu mudei minha maneira de vestir, comecei a usar cremes para cabelo e fazer hidratação, comecei a cuidar de minhas unhas — deixando-as grandes e sempre mudava a cor do esmalte toda semana —, graças a Deus comecei a me depilar e também comecei a malhar e comer comidas saudáveis. No meio dessas mudanças, percebi que apesar de eu não ter crescido muito — tenho 1.55 de altura —, tenho um corpo que pode causar inveja em muitas garotas, minhas coxas são grossas e torneadas, meu busto muito grande e firme, tenho uma cintura fina por causa do busto e dos meus quadris largos, e também tenho bunda. Não sei como nunca reparei nisso antes, e não consigo pensar que eu sou feia. Na verdade, acho que nem naquela época triste eu era feia, isso foi apenas uma coisa que introduziram em minha mente e eu aceitei como verdade.

— Alexia, meu amor, venha, vamos cortar o bolo! — Alice apareceu ali, com um vestido verde-água totalmente deslumbrante e com um sorriso ainda mais bonito do que a roupa.

— Isso está parecendo mais aniversário do que despedida — resmunguei enquanto me levantava e ia em direção aos braços abertos de Alice.

— Não acredito que seu pai está te deixando ir , — ela sussurrou assim que me envolveu em seus braços — eu mesma não queria isso, mas ele insistiu que você devia morar um tempo com sua mãe. Ah, eu devo estar sendo um pouco egoísta, mas você é meu bebê Alexia. Desde o momento em que te vi entrando assustada na casa, parecendo uma menininha de rua, — dei risada com sua comparação e apertei meu abraço — eu soube que você seria minha filha. — ela soltou seus braços de mim e me afastou um pouco para poder olhar em meu rosto — Você sabe disso né? Não importa que você não é minha de sangue, você continua sendo minha filha e eu te amo e tenho muito orgulho do que você se tornou. Não se esqueça de mim quando você for renovar os laços familiares com sua mãe.

— Pode deixar, mãe — um sorriso enorme brotou em meu rosto.

Eu com certeza sentiria falta deles.

Estou me libertando, vou começar do zero, balance como uma 'Lousa Mágica'

Meu lábios estão dizendo adeus, meus olhos estão finalmente secos

A festa foi até de madrugada, então eu fui para Seul com uma pequena ressaca. Me despedir de todos foi a coisa mais agoniante que eu já fiz, Alice não parava de chorar e perguntar se eu não tinha esquecido de nada, meu pai também chorava e dizia que estava arrependido de ter concordado com minha mãe e que era para eu ficar ali com eles, Meredith tinha se despedido de mim na festa pois tinha compromisso de manhã, então apenas Joonmyun estava ali, mais branco do que o normal. Depois de acalmar meus pais, fui até Joonmyun abraça-lo. O garoto nunca tinha me apertado tanto na vida, ficava dizendo sem parar para eu não arranjar um namorado lá e me esquecer dos amigos, seus olhos tinham lágrimas que ele tentava afastar com a mão enquanto ainda estava me abraçando. Dei risada e falei que nunca trocaria ninguém por ele, então fui dar um beijo em sua bochecha, mas Joonmyun virou-se de repente e demos um selinho. Foi como se tudo tivesse parado e só tivesse nós dois ali, ficamos assim por alguns segundos até eu desgrudar meus lábios dos dele rapidamente e soltar uma risada nervosa. Ele apenas abriu um sorrisinho e respondeu que amigos também davam selinhos.

Claro, eles até podiam dar um selinho. Mas não amigos com namorada

E foi isso que eu pensei durante toda a viagem para Seul, cheguei a sonhar com esse nosso deslize.

Não sou mais do jeito que costumava ser , tirei o disco do modo 'repetir'

Você me matou mas sobrevivi, agora estou voltando a vida

— Ayla?

Tremi quando ouvi meu primeiro nome sendo dito com aquele sotaque coreano. Desde que me mudei, pedi para que os outros me chamassem de Alexia, pois não tinha boas recordações com o nome Ayla. Nesse momento eu estava no aeroporto esperando minha mãe vir me buscar, de vestido — porque Alice insistiu que eu fosse de vestido — salto alto e uma bolsinha de mão.

Virei-me para o lado e encontrei Ye-jun parado em pé, olhando-me com uma expressão de surpresa.

— Ye-jun? — perguntei, apesar de saber que era ele. O cara não mudou nada.

— Nossa, você mudou bastante. Está mais bonita, os anos lhe fizeram bem. — ele disse abrindo um sorriso discreto — Sua mãe não pode aparecer pois tinha uma reunião importante e então pediu-me para eu vir busca-la.

Revirei os olhos com o que Ye-jun disse, é obvio que minha mãe não apareceria. Graças a Deus meu coreano continuava bom, então não tive problemas em continuar conversando com Ye-jun.

— Não tem problema Ye-jun, fico feliz que pelo menos você está aqui.

— Oh, obrigado. Bem, vamos? Eu posso levar suas malas — ele disse apontando para as minhas 4 malas, tudo obra de Alice.

— Claro, claro, mas eu posso ir no banheiro rapidinho?

Ye-jun concordou e eu sai do aeroporto, procurando um banheiro naquele lugar tão grande. Quando finalmente avistei uma plaquinha, trombei com alguém.

— Oh, desculpe-me, não te vi.

É sério isso? Mal cheguei em Seul e já estou no chão, meu Deus, isso não deve significar coisa boa. Apesar de ter caido, continuei segurando minha bolsinha.

— Ah, sem problemas. Eu também sai correndo igual uma louca, então...— falei enquanto me levantava. Olhei para a pessoa que me derrubou no chão e vi um garoto bem alto e de cabelos pretos me encarando um pouco surpreso. Seus olhos pareciam duas fendas e ele tinha um pouco de puffy eyes, mas isso o deixava de alguma forma fofo, sua boca era fina e seu rosto delicado. — Prazer, me chamo Alexia.

Estendi minha mão livre para ele mas o mesmo abaixou a parte de cima de seu corpo em um gesto respeitoso e comum na Coréia do Sul que eu tinha me esquecido. Rapidamente, me abaixei um pouco também, dando uma risada de minha falta de modos com o cara.

— Sou ZiTao, prazer em conhece-la. — ele disse, abrindo um sorriso fofo — E me desculpe por derruba-la.

— Não tem problemas — sorri um pouco e ele fez uma cara meio que espantado. Vish, esqueci que eu tenho um sorriso colgate, como diz Joonmyun. Oh, Joonmyun, beijo...Acho melhor sair logo daqui antes que eu pareça mais estranha do que já estou — Bem, eu tenho que ir. Até mais, Zitao.

Comecei a andar para o lugar onde estava a plaquinha indicando o banheiro quando sinto alguém segurando meu pulso.

— Hey, Alexia, espere...Posso te chamar de...? — Zitao segurava meu pulso me fazendo parar e olhar para ele.

— Hmm, me chame de Lexia se quiser. O que foi?

— Pode me passar o seu número de celular? — ele perguntou na cara dura e eu quase cai do meu salto na hora. — Por favor? Eu realmente não quero perder contato com você, e eu acho que você não vai ficar aqui por muito tempo, então...

Engano seu querido, vou passar um ano aqui. Pensei com um sorriso se formando em meus lábios, concordei com a cabeça e estendi minha mão.

— O que? — ele olhou para minha mão parecendo meio perdido.

— Seu celular.

— Oh. — ele pegou o celular do bolso de trás da calça em uma velocidade tão rápida que eu não pensei que fosse possível de acontecer, desbloqueou o celular e colocou em minha mão.

Acho que fiquei um pouco corada ao fazer isso, mas no momento eu não liguei muito pois eu estava passando o meu celular para um cara totalmente gato. Isso já aconteceu antes, mas mesmo assim ainda era estranho. Fui em contatos e adicionei um novo com meu número e no lugar do nome coloquei um "Me liga". Depois liguei para o meu número e senti meu celular tocar na minha bolsinha e então desliguei a chamada, satisfeita comigo mesma.

— Prontinho.

— O-obrigado. — ele disse e então saiu de lá com a cara um pouco rosa. Eu sabia que eu causava essa reação nos rapazes, mas isso ainda era uma coisa engraçada de se ver.

Depois de ir ao banheiro, voltei para onde o Ye-jun estava me esperando e fomos em direção ao carro. Em momento algum ele reclamou que eu demorei no banheiro ou conversou comigo, apenas colocou o rádio para tocar e ficou em silêncio.

Quando chegamos na minha antiga casa, Ye-jun disse para eu entrar primeiro que ele logo entraria levando minhas malas, então me deu a chave da casa. Como eu quero chegar logo no meu quarto e dormir lá como se não houvesse o amanhã, enfiei a chave na fechadura e virei, entrando rapidamente dentro de casa e fechando a porta logo em seguida.

Quando virei-me para frente fiquei paralisada ao ouvir um "Bem Vinda de volta, Ayla!" e um monte de pessoas na casa. Sério, um monte de pessoas, e o pior de tudo é que eu não conhecia metade dali — bem diferente da minha festa nos EUA — ou não me lembrava deles.

Mas o mais estranho foi a expressão das pessoas e os "Wow" e "Nossa! Como ela mudou" que eu vi e ouvi ali.

— Ayla?! Meu Deus, como você está linda! — reconheci a voz de minha mãe naquele mar de pessoas e então ela saiu de trás de alguns garotos e veio até mim, os olhos brilhando. — Eu disse para algumas pessoas que você iria voltar e resolvemos fazer uma festinha.

Algumas pessoas?

— Ah. — foi a coisa mais brilhante que eu disse.

— Até convidei alguns de seus amigos de infância.— ela disse, ainda muito animada com tudo o que estava ocorrendo.

Amigos de infância? Que amigos, senhor?

Minha vontade era de gritar que meus amigos estavam do outro lado do mundo, mas em vez disso respirei fundo e olhei para as pessoas que ela apontava.

E ali, parados me olhando como se eu fosse um alien, estavam os garotos que um dia eu pensei que fossem meus verdadeiros amigos.

Jamais serei aquela garota novamente, não oh oh

Jamais serei aquela garota novamente, não oh oh

Minha inocência está se esgotando mas meu coração está crescendo forte

Então me chame, me chame, me chame de Srta. Seguindo em Frente


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Notas finais do capítulo

Não disse que o Joonmyun e o Zitao seriam importantes na historia? Ai ai ai.
O Joonmyun é tipo aquele cara super incrível que você apresenta para os pais e eles querem que você case com o rapaz na hora 'O'
Eu fiquei chateada de saber que ele namora a Meredith — e há 3 anos já, sem or —, mas e aquele selinho ali? 'O' chocada.
E o Zitao? JSIOADKOSAKDOSFKJDSFIJ amo/sou a cara de pau dele, sério



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