The Witch escrita por Erika


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi gente agora só posso dizer que esse capítulo vai ser emocionante, mas eles ainda não vão se encontrar, só no próximo, vou parar de enrolar.



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Capítulo 5

“Você nunca sabe a força que tem. Até que a sua única alternativa é ser forte"

Johnny Depp

5/8/0008, Shinjuku, 0h.

Selene sentiu o estomago embrulhar, o sangue gelar e inconscientemente fechou as mãos em punhos.

—Se quiser esperar... —Começou Artemísia, mas Selene a cortou. Artemísia não sabia o porque da amiga ficar daquele jeito, mas sabia que tinha algo a ver com aquela casa.

—Vamos entrar. —E com isso ela marchou em direção a casa, não estava disposta a deixar que o medo a dominasse e se escondesse deixando que outros a protegessem, isso nunca mais.

—Selene mantenha a calma. —Aconselhou Elisabeth, mas Selene não deu muita atenção a isso, pois estava girando a maçaneta da porta e com um puxão a abriu adentrando aquele lugar que um dia foi sua casa.

Sim fora sua casa até o dia em que saiu por razões bestas e encontrou Elisabeth...

—Quem é você? —A mulher de longos cabelos castanhos olhava para a criança a sua frente que por sua vez buscava uma brecha para dar o fora dali.

—Uma amiga por assim dizer, mas isso não importa agora. Creio que deva estar curiosa sobre seu passado, tenho as respostas para suas perguntas, contudo não darei de graça. —A menina de cabelos negros arregalou os olhos e mordeu o lábio inferior, aquilo estava tomando um rumo inesperado. A mulher levantou os cantos da boca em vitória.

—Como posso ter certeza que está falando a verdade? —Devolveu a menina em cautela, mesmo com seus oito anos ela não era tão inocente quanto á maioria das outras crianças. Resultado de um passado não muito agradável.

—Não tem, ou confia em mim e escuta o que tenho a dizer, ou talvez queira voltar ao orfanato Hyakuya sem nenhuma resposta, a decisão é sua. —Ela aguardou a resposta enquanto com um movimento da mão ela pegou a xícara de chá e tomou um gole apreciando com calma o sabor deste, o lugar que havia escolhido para encontra-la fora meticulosamente preparado, afinal não era apenas uma conversa que ela estava tendo, o rumo do que seria dito ali influenciaria a vida de muitos.

—O que quer de mim? —Inqueriu a menina desviando da pergunta feita anteriormente.

—Por enquanto nada —A menina uniu as sobrancelhas, aquilo não ia prestar.—Com o tempo você perceberá o que quero dizer, hoje só vim lhe dar um aviso algo acontecerá hoje e cabe a você decidir que lado ficar do seus ou deles.

O vento soprou bagunçando o cabelo da menina jogando-o contra seu rosto, cobrindo sua visão. Quando ela voltou a abrir os olhos não havia mais ninguém naquele parque, a xicara de chá estava vazia assim como o assento a sua frente, com um suspiro ela fechou os olhos novamente pensando sobre aquele encontro e o significado daquelas palavras, sem opção levantou-se de onde estava afinal não adiantaria ficar pensando sobre isso, olhando novamente ao redor se deparou com a Lua brilhante no céu.

—Já é tão tarde? —Ela havia saído por volta das quatro em uma de suas escapadas habituais, mas não tinha visto o tempo passar tão rapidamente. O monologo daquela jovem foi impedido por um barulho estrondoso, ensurdecedor, e logo depois um cheiro sufocante de fumaça e queimado, um carro que passava por ali derrapou e bateu com tudo em um poste, gritos de pessoas vinham de todos os lados eram um caos e em meio à tamanha bagunça ela correu, correu para sua única família, para o orfanato Hyakuya que apesar de odiar era o lugar onde estava seu irmão, Mika, Akane e os outros...Quando chegou lá ela viu o corpo da diretora no chão com uma poça de sangue ao redor e nada mais, então alguém tocou seu ombro e...

Ela não se lembrava de mais nada quando acordou viu a mulher que a disse estar em Hesperus.

Selene era divertida fazia piadas para amenizar situações difíceis, mas naquele momento ela reviveu a antiga Selene aquela que era mais rígida aquela que havia chegado ao orfanato Hyakuya. Ela se arrependia de certa forma afinal com seu medo de se aproximar dos outros acabou não aproveitando o tempo com sua família no orfanato Hyakuya.

Selene despertou de suas memórias e voltou a realidade percebendo que não havia se passado dois minutos desde que ela entrara na casa.

—Fiquem atentas. Vamos subir para o segundo andar. —Falou Elisabeth indo em direção ao segundo andar seguida por Selene e Artemísia que tinha um olhar obscuro, tal coisa não foi vista por suas companheiras.

Chegando lá em cima elas sentiram um cheiro de putrefação, um cheiro que carregava a morte. A luz da Lua parecia não atingir aquele ambiente, mergulhado na escuridão.

—Fiquem atentas. —Elisabeth tinha uma nota estranha no tom de voz, essa situação não estava certa, ela não conseguia sentir a presença de magia negra, mas aquele lugar. —Lux (Ascender).

Elisabeth que também tinha uma pulseira semelhante á de Selene e de uma pedra rubi uma bola de luz branca saiu iluminando aquele lugar. Terra cobria aquele lugar e uma mancha de sangue cobria o chão em um ponto a esquerda. Não havia corpo.

—Ora, ora quem diria não pensei ver magos tão cedo... Então o que fazem aqui? —A voz era arranhada, rouca, tinha um tom sarcástico. A figura possuinte dessa voz era... Era uma figura horrenda, uma mulher de unhas grotescas, pele leprosa, a boca emitia um hálito que cheirava a carnificina, os olhos vis, ela estava coberta por um manto negro sujo,... Vou para por aqui se não ambos eu e você vamos vomitar o que comemos na janta.

—Ainda não me responderam o que querem? Hein malditos nobres? —Elisabeth engoliu em seco e deu um passo a frente. Selene deslizou a mão para a cintura segurando uma adaga de aspecto curvado, diversas inscrições decoravam-na.

—Queremos informações. Você tem dado feitiços proibidos aos humanos, queremos saber quem a requisitou.

—Hum e porque eu faria isso? Vocês nobres nunca sequer pensaram em nós. —Amargura e veneno destilavam daquele ser.

—Quem sabe poupemos sua vida. —Desafiou Selene e isso pareceu fazer a bruxa se irritar, porém ao contrário de ataca-las os cantos de sua boca se alargaram.

—I-n-s-o-l-e-n-t-e. —Selene sentiu algo cortar sua perna esquerda desequilibrando, a voz era como um sibilo. Atrás dela um homem com uma aparência tão decadente quanto a mulher, a boca estava costurada por fios negros.

—Morra. —Ele avançou para cima de Selene que pegou a adaga desferindo um golpe contra ele e o acertando no braço. Um líquido preto e viscoso minou de onde o machucado havia sido feito e ele recuou.

—Selene você está bem? —Perguntou Artemísia.

—Selene! Está machucada? Ele te arranhou em algum lugar? —Havia certo tom de desespero na voz de Elisabeth.

—Estou bem. Não foi nada. —Respondeu Selene, mas isso apenas fez Elisabeth trincar os dentes. Aquilo não era bom. Nada bom.

—Parece preocupada bruxa. —Provocou a mulher.

—Calada Sucumbida! Selene e Artemísia o ataquem, deixem a bruxa comig... —Antes que elas pudessem terminar o homem partiu para cima delas com uma força descomunal.

—Merda. Odeio serventes. —Um momento, vamos pausar. Eu sei você quer me matar por fazer isso em um momento emocionante como esse, porém se eu não lhe explicar você não vai entender nada e isso pode estragar a magia do momento.

Bem Sucumbidos são magos que se renderam a magia negra, eles realizam rituais sacrificando animais, usando feitiços proibidos como a morte, a fome, etc... Serventes são em geral seres humanos com quem eles fazem um pacto, no entanto esses seres humanos não estão vivos eles só podem ter um servente se este já estiver morto, portanto eles não os trazem de volta a vida já que os mesmos não tem alma, são como bonecos. Bem agora voltemos a cena.

Ele desferiu tentou acertar um golpe em Elisabeth, mas ela conseguiu desviar no último minuto, mas pareceu que isso só o favoreceu, pois ele aproveitou essa oportunidade para desferir um murro em Artemísia que a jogou longe, fazendo-a bater na parede.

—Seu... —Selene vendo isso agarrou a adaga com força e girando nos calcanhares investiu contra ele conseguindo fazer outro corte dessa vez em seu estomago, todavia isso pareceu não afeta-lo, ele parecia não sentir dor. Ele a pegou pelo pescoço a levantando e depois a arremessando com força contra a parede. Ela sentiu o ar escapar de seus pulmões e uma dor aguda nas costas.

Fulgur (Relâmpago)—Uma corrente elétrica passou pelo braço de Elisabeth e acertou com tudo o servente fazendo o cair no chão, o cheiro piorou era quase intoxicante. —Desista você já perdeu seu servente.

—Mas eu só queria ganhar tempo. —A bruxa tinha algo em mãos era uma boneca de madeira.

—Aaaaaahhhhhhh! —Um grito de dor partiu de Selene que começou a se contorcer no chão, em sua cabeça ela pensava. Não! Aqui não! Não por causa dessa mulher!

—Selene!

—Eu posso parar, mas você vai ter que me dar a sua...Hum como posso dizer? Ah sim alma. —Elisabeth arregalou os olhos. Como tudo chegou a isso?

N-ã-o! —Selene respirava com dificuldade.

Eu não posso deixa-la fazer isso! Por quê? Porque eu não posso usar magia elementar? Por que eu sou obrigada a depender de talismãs e objetos encantados? Selene tentava manter o foco, mas seu corpo parecia que ia ceder a qualquer momento.

Talvez seja porque sua magia é diferente. Agora me responda você vai desistir tão facilmente? —Uma voz murmurava no recanto da mente de Selene.

Ela sentiu o sangue ferver. Ser morta naquele lugar por causa daquela filha da mãe? Nunca. Sem saber como ela se ergueu fazendo um esforço descomunal e apenas uma única palavra...

Δίκη (díki/julgamento)

Feixes de luz surgiram e como braços eles envolveram aquela mulher.

—O que é isso? Solte-me sua nobre nojenta! —Em meio a berros a luz a envolveu e o que restou dela foram cinzas sopradas pelo vento, e ali naquele momento com Artemísia com os olhos arregalados e Elisabeth paralisada a Luz da Lua as alcançou.

Selene tombou para o lado mergulhando na inconsciência. Por alguns segundos ninguém falou nada. Até que Elisabeth caminhou para perto dela.

—O que foi isso? —Perguntou Artemísia, mas agora que Selene estava desmaida as duas podiam falar abertamente.

—Não finge que não sabe! Eu achei bem estranho não termos sentido à presença deles, e único jeito de isso acontecer é se alguém acobertasse a presença deles com sua magia, foi você não foi?—Artemísia mordeu os lábio inferior, ela sentia a garganta seca— Não vou perguntar nada, afinal para Selene você é a única amiga que ela têm, mas vou dizer algo não ouse trair a confiança dela.

—Eu não queria...

—Vamos sair logo daqui. —Elisabeth pegou o mesmo objeto que elas tinham usado para voar e com o braço ao redor da cintura de Selene elas saíram daquele lugar. Primeiro preciso leva-la a um mago curandeiro, mas depois preciso voltar aqui, algo me diz que aquela bruxa não escolheu aquele lugar por acaso.

Quando elas chegaram no ponto de partida, aparentemente todos os magos já estavam lá e alguns se surpreenderam coma chegada das três bruxas, elas estavam descabeladas, com alguns arranhões, mas nada serio, isso com a exceção de Selene que tinha a aparência horrível.

—O que aconteceu com vocês? —Lembra-se do líder então ele tinha cabelos claros olhos verdes e era um grande amigo de Elisabeth.

—Adam me ajuda com ela. Depois eu explico—A razão para eles se tele transportarem para aquele local é que o mesmo símbolo de Hesperus que Selene usou para sair de Shibuya dias atrás estava lá também e dentro de um templo, em ruínas, invisível para todos exceto magos.

Ele pegou Selene nos braços e antes que pudessem entrar.

—Senhor, há quatro horas daqui. Aviões, provavelmente vampiros. —Falou um mago de cabelos marrons ele era um mago do ar que tinha o espírito falcão, razão pela qual ele sabia dessa informação.

—Vampiros? O que será que está acontecendo. —Perguntou Elisabeth, Artemísia apenas olhava tudo sem dizer nada.


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Notas finais do capítulo

E esse foi o capítulo de hoje. Espero que tenham gostado e por mais que eu diga a mim mesma que eu tenho que postar capítulos de uma em uma semana para dar tempo de vocês lerem eu simplesmente não consigo as idéias não param de vir.



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