The Witch escrita por Erika


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii aqui vai mais um capítulo.
Ah e eu vou passar o link com a imagem do simbolo de Hesperus pra vocês, mas ele pode estar sujeito a mudanças. Okay?
https://www.google.com.br/search?q=estrela+abstrata&espv=2&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIkYzw8_OryAIVxH2QCh2kzA3A#tbm=isch&q=lua+abstrata&imgrc=0XdLs8rSNxJmBM%3A



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Capítulo 1

Todos nós temos nossas máquinas do tempo. Algumas nos levam pra trás, são chamadas de memórias. Outras nos levam para frente, são chamadas sonhos.”

Jeremy Irons

A lua iluminava Hesperus e principalmente o palácio com suas torres que desafiavam o céu, feitas de material encantado, um derivado do éter, substância que tornava Hesperus invisível para todos. Havia casas, mansões para ser precisa ao redor e na periferia moravam os leigos em magia ou cidadãos comuns. Na mansão dos Varano, Selene tamborilava os dedos na escrivaninha de seu quarto, mesmo tendo acabado de acordar ainda sentia seu corpo todo doer mediante ao treinamento intensivo de sua tia Elisabeth (prefere Lisa) que fez questão de pessoalmente lhe dar um castigo merecido, ou seja, uma tortura de uma semana tendo ela como professora particular é isso ai, um massacre com bônus de um fim de semana treinando também. E olha que esse foi o primeiro dia, com um suspiro ela se levantou indo ao banheiro tomar um banho.

Ao entrar lá tirou a roupa manualmente e foi em direção à banheira enorme que tinha lá, enquanto se examinava no espelho de corpo inteiro que tinha lá. Seu cabelo preto liso ia até abaixo da cintura, a pele que na prisão dos humanos estava pálida agora recuperava sua cor natural. A franja havia crescido alguns centímetros cobrindo sua testa, por fim os olhos azuis brilhantes. E então o que a incomodava a bendita altura, caramba até Arty era mais alta que ela.

“Opus” (Trabalho) - Água jorrou da torneira enchendo a banheira. Selene entrou mergulhando até a cabeça. Sentiu seu corpo relaxar com a água quente e então fechou os olhos analisando minuciosamente, como tudo aconteceu e então as memórias de seu passado a invadiram...

Ela estava em sua cama no orfanato, o caderno no colo e o lápis em mão que deslizava pela folha em movimentos suaves formando uma imagem de seu irmão e o jovem Mikaela lado a lado.

Com um suspiro ela finalizou seu trabalho, parando para analisar sua obra. Do lado esquerdo um menino de cabelos negros como a noite, olhos esmeraldas, um sorriso brincalhão adornava seu rosto, vestia uma calça jeans simples, e por fim uma blusa de frio vermelha. Ao seu lado um menino de cabelos loiros, olhos safira, e um sorriso que para Selene parecia com o Sol nascente, vestia roupas semelhantes as do outro com o diferencial que sua blusa era branca como a neve.

Selene estava tão concentrada em seu trabalho que nem percebeu a aproximação de Mikaela.

—Oi Selene-chan o que está fazendo? –A menina levou um susto tão grande que o caderno caiu de sua mão indo parar na cama a vista para que o outro visse.

Por alguns segundos Selene ficou paralisada, vendo-o olhar fixamente para seu desenho. E então sentiu seu rosto ficar quente.

—Não sabia que desenhava tão bem. –O vermelho tomou conta da face de Selene, mas ela foi salva pela aparição de seu irmão ou assim pensou, pois ele pegou o caderno e ficou a olhar até que um sorriso travesso cruzou seu rosto.

—Você sempre desenha bem, mas isso... Temos que mostrar aos outros. –Ele não fazia questão disso era só o que todos os irmãos tem aquela vontade interminável de infernizar as irmãs principalmente nessa idade onde tudo era uma brincadeira.

—Nem pense nisso, me devolve. –A jovem esqueceu a vergonha e agora entrava na brincadeira sem nem se dar conta disso.

Quando ela tentou pegar o caderno Yuu passou para Mikaela que ergueu o caderno longe do alcance de Selene que era baixinha, fato que a irritava profundamente.

—Você é muito baixinha não alcança. –A esse ponto Yu rolava no chão em meio a gargalhadas enquanto Mika também ria. Selene fechou as mãos em punho e pegou a almofada que tinha na cama e tacou com toda força em Yuu acertando-o na cara, ao passo que girou nos calcanhares, mas acabou dando de cara com Mika fazendo os dois caírem no chão.

Mika e Selene se encararam por uns segundos até que ela saiu de cima dele e ambos caíram na gargalhada assim como Yuu que não parava de rir, logo as outras crianças chegaram e uma guerra de travesseiros se iniciou, com Selene no comando do batalhão feminino.

Aquele dia ficaria gravado em sua memória como um dos mais divertidos de sua vida...

Com um sorriso ela se levantou vendo seus dedos enrugados, sua noção de tempo era horrível como vocês já devem ter percebido, se brincar ela ficou ali mais tempo do que devia e Lisa já deveria estar vindo, pronta para esmurrar a porta.

Linteo” (Toalha) - Uma toalha branca que estava na pia levitou e se enroscou no corpo de Selene. Isso a fez refletir sobre a aula de Spelling (grafia). Nessa aula se treinava o latim, as palavras nessa língua tinham um peso a mais, pois era através dela que se conjuravam feitiços, o que nos leva ao éter. Creio que já o mencionei antes, mas não expliquei o que é. Bem isso vai ser complicado, você tem que entender que não é fácil explicar, pô estamos falando da energia vital o quinto elemento, mas vamos lá vou tentar fazer o meu melhor. Bem o éter é eterno razão pela qual alguns cientistas pensam que os vampiros são imortais, já que segundo informações eles o têm em abundancia, motivos para isso... Espertinho achou mesmo que eu ia dar a resposta de bandeja? Nem pensar isso envolve uma série de acontecimentos que só serão ditos alguns capítulos à frente. Continuando o éter também está nos bruxos e eles são os únicos a poderem manipulá-lo dando diversas formas a ele, isso é um dos motivos pelo envelhecimento lento dos magos que não são imortais, contudo tem uma longevidade maior que a dos humanos. Estes por sua vez são os únicos a não terem éter, apenas uma parcela de 0,001%, motivos... Também não vou contar é sur-pre-sa.

Selene saiu do banheiro enrolada na toalha e caminhou até o guarda-roupa exageradamente decorado na opinião dela, fala sério precisava colocar ouro naquela trepeça? Artemísia tinha aberto a boca em um perfeito O ao ver o quarto de hospedes em que ela ia ficar. Tudo bem era muita roupa, o que a irritava era o fato de sua avó insistir em tentar faze-la usar aqueles vestido de babados, rosa, gliter e não sei, mas o que. Com um suspiro aliviado ela vestiu uma saia preta básica que tinha um cinto frouxo com o símbolo de Hesperus, uma blusa branca de manga longa (estilo aquelas antigas) com um corpete preto por cima, e por fim uma meia branca e botas de salto preto. Para finalizar ela foi até o espelho do banheiro novamente se examinando e amarrou o cabelo em um rabo de cavalo, saindo do quarto logo em seguida.

Ela fechou a porta e sentiu seu corpo inteiro tremer ao ouvir uma voz, sim aquela voz, fina, aguda, o tipo de voz que segundo Selene tinha grande capacidade que quebrar vidros, só podia ser ela. Selene com se moveu fazendo o mínimo de barulho possível, chegando de frente às escadas que levavam ao andar de baixo espiou, vendo Arty com um sorriso no rosto, mas pela forma que seus olhos se moviam dava para perceber que ela estava rezando para que alguém a tirasse dali, pois é era esse tipo de efeito que Tifany causava, prima de Selene aquela garota era uma patricinha de primeira categoria que fazia questão de infernizar a vida da prima.

—Sabe eu não sei por que minha tia insiste em defender aquela desmiolada, francamente ela sempre arruma confusão, você sabia ela ainda nem tem um contrato, sem falar que não consegue dominar nenhum dos elementos. Tem razão de ela ser sempre sozinha, uma inútil como ela. –Isso fez Selene trincar os dentes, e apertar os punhos, sua vontade era de pegar aquela loira oxigenada e esfregar a cara dela no asfalto. Todavia não foi necessário, pois Artemísia que também queria fazer isso pegou o bule de chá já frio e derramou na cabeça daquela cretina.

—Nunca, me ouviu? Nunca mais ouse falar mal da Selene na minha frente. —Ela usava um tom sombrio, pesado, e seus olhos pareciam com lâminas afiadas.

—Como ousa, vai pagar por isso! –Nesse momento Selene saiu de onde estava escondida e apareceu.

—Você não vai fazer nada. Porque se não quem vai pagar por alguma coisa vai ser você!

—Você? E o que pretende? Não pode fazer nada. Não passa de uma sem nome que foi adotada por Elisabeth. —Mil facadas não teriam doido como aquelas palavras, Selene odiava Tifany por isso ela pegava as fraquezas de quem estivesse em seu caminho e fazia questão de esfregar na cara.

—Mas eu posso! Vou ser bem clara Tifany. Saia-da-minha-casa-agora. —O tom usado por Arty nem se compara ao usado por Lisa que apareceu no recinto, com um olhar que se pudesse matar Tifany já estaria morta.

A mesma pegou a bolsa que tinha deixado no sofá e saiu fazendo barulho com o bendito salto 15. E fechando a porta com toda a força.

—Como essa menina consegue ser tão... —Disse Lisa irritada enquanto se jogava no sofá.

—Irritante, mimada, asquerosa, patricinha? Quer que eu continue? —Perguntou Selene contando os defeitos da prima nos dedos.

—Melhor não, ficaríamos aqui a noite inteira. —Emendou Arty

—Pois é. Bem... Eu queria agradecer vocês duas por... Hm. Vocês sabem, por isso de agora a pouco. —Disse Selene um tanto vermelha e recebeu sorrisos divertidos de ambas.

—De- nada. —Disseram as duas meio cantarolando.

—Muito bem tenho novidades. Selene você por algum milagre está livre de seu treinamento por enquanto. Nós estaremos nos preparando para ir a Shinjuku... —Disse Elisabeth.


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Notas finais do capítulo

E esse foi o capítulo de hoje espero que tenham gostado. O próximo vai ser sobre a Artemísia, já que até agora eu não falei dela e algumas conversas que ela teve com a Selene também não foram contadas e talvez eu também fale sobre o Mikaela e o Yuichiro. Até o próximo capitulo.



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