Jurol : Um amor indomável - 2ª Temporada escrita por pridemanuela


Capítulo 5
O primeiro amor de Dani


Notas iniciais do capítulo

Gennnnnte , desculpa mesmo a demora. Beijão, espero que gostem ! Todos os créditos do cap para a Drika, sem ela não teria saído hoje hahaha s2



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POV JUNIOR

Carol : O dono do orfanato , Junior ...

Junior : O que tem ? Ele deu em cima de você é isso ? – Eu disse me alterando.

Carol : Claro que não meu amor.

Junior : E então ?

Carol : O dono é seu pai , Junior.

Quando ouvi a Carol dizer aquilo, meu coração acelerou, eu sentei na cama e coloquei as mãos no rosto. Não dava pra acreditar. Comecei a ter uma mistura de sentimentos, que envolviam raiva, ansiedade e etc.

Junior : Meu pai ? Você tem certeza Carol ?

Carol : Tenho certeza absoluta meu amor, eu também fiquei tão espantada quanto você.

Junior : Mas ele tentou fazer algo com você ?

Carol : Não meu amor, calma. Eu vou te explicar o que houve.

Junior : Tá amor, desculpa te interromper toda hora.

Carol : Ele me tratou super bem. Disse que nesses anos que passou preso ele aprendeu a lição, e agora quer se redimir , fazendo o bem para quem precisa. Então abriu o orfanato, e acolheu várias crianças encantadoras, e está proporcionando a elas uma vida cheia de conforto, boa educação e etc. Disse que não foi atrás de você e Gabi até agora pois está com vergonha, mas que um dia ainda irá atrás do perdão de vocês. No começo fiquei receosa, mas depois ele até que me convenceu. Disse para eu aparecer mais vezes lá, pois raramente as crianças recebem visitas. E eu como psicóloga conseguiria dar um pouquinho de carinho, enfim amor, talvez seja cedo para eu te dizer isso, mas acho que seu pai finalmente se endireitou ! Perguntou até dos netos , se estão precisando de algo, perguntou como vão as coisas em casa e na boutique também. – Ela disse segurando em minhas mãos.

Junior : Nossa Carol, eu nem sei o que dizer, eu não esperava que um dia voltaríamos a ver meu pai. Ainda mais fazendo caridade. Eu tenho tanta mágoa, e raiva dele guardadas aqui dentro de mim, que fica difícil pra mim acreditar. Ele tentou fazer mal pra você que é a mulher da minha vida, fez mal pra minha irmã, Deus me livre se nós nos aproximarmos dele novamente, e ele voltar a nos fazer mal, você me entende ?

Carol : É claro que eu entendo meu amor, eu achei que devia te contar, só pra você saber que seu pai tá vivo, tá bem na medida do possível sabe ? Mas também fiquei tão tensa quanto você. Eu acho que devemos esperar esse monte de sentimentos que nos invadiu, se acalmar, e depois pensar com a cabeça mais fria. É muita informação de uma vez. Só não deixa a raiva tomar conta de você meu amor, todo mundo pode mudar um dia, por mais que pareça impossível né ...

Junior : Obrigado meu amor, de alguma maneira eu fiquei até aliviado por saber que ele possa ter tomado jeito. Só peço que tome cuidado em suas visitas ao orfanato tá ? Não quero ter surpresas desagradáveis. Só vai ser difícil contar pra Gabi, porque ela sofreu mais que todos né.

Carol : É meu amor, principalmente porque ela perdeu a filha, e vai estar em contato com crianças órfãs né ?

Junior : Só espero que meu pai também não tenha nada a ver com o desaparecimento da minha sobrinha.

Carol : Ai amor, eu acho que não, a 4 anos atrás seu pai ainda estava preso, a Carmem também. Bom, mas descansa meu amor, vamos esperar pra ver né ? – Ela me abraçou fazendo carinho no meu cabelo.

Junior : Espero que esteja certa minha princesa – Eu encostei nela sentindo o carinho.

A noite foi tumultuada de pensamentos, eu não conseguia pregar os olhos pensando em todas as informações que havia recebido, eu precisava ver, para crer que tudo aquilo realmente estava acontecendo, então ao amanhecer, eu iria no tal orfanato, para ter certeza de tudo que a Carol havia me falado.

Narradora : Logo pela manhã Junior se levantou , arrumou as crianças, e deu café a elas. Deixou Carol dormindo, pois era a folga dela, e ela merecia descansar. Levou os três filhos para o colégio, e foi em direção ao orfanato.

POV JUNIOR

Cheguei ao orfanato um pouco anestesiado. Estava com medo da minha reação ao reencontrar meu pai, mas eu precisava ter a certeza de que ele mudou, pelo menos para ficar despreocupado de saber que ele está fora da cadeia.

Toquei a campainha, e uma garotinha linda veio atender, senti uma coisa muito boa ao vê-la , ela me lembrava minha mãe, o olhar era idêntico.

Mili : Oi , tudo bem ? - Disse ela sorrindo

Junior : Oi lindinha. Como você se chama ?

Mili : Milena

Junior : Prazer Milena, meu nome é Junior. Quantos aninhos você tem ?

Mili : 5 anos , tio Junior.

Junior : Que linda ! Bom, eu gostaria de falar com o diretor do orfanato, ele está ?

Mili : O tio José Ricardo está lá na sala dele, você pode entrar !

Junior : Obrigada minha linda.

Ao entrar notei como o lugar era bonito, aconchegante e muito bem cuidado, comecei a me convencer que realmente aquele lugar era pra fazer bem a todas aquelas crianças abandonadas . A Mili foi chamar meu pai, meu coração estava palpitando de ansiedade, e em alguns minutos ele apareceu.

Dr José Ricardo : Junior ? – Ele apareceu um pouco tenso e envergonhado.

Junior : Oi pai – Eu respondi sério.

Dr José Ricardo : Meu filho, me perdoa – ele me abraçou com força

Junior : Por que está fazendo isso pai ? – Eu disse não reagindo ao abraço.

Dr José Ricardo : Meu filho, olha, eu sei que já fiz muita coisa errada, que já magoei muito você, e que será difícil de conquistar o seu perdão e sua confiança. Mas eu quero que saiba que eu aprendi muito com a vida, e percebi que nenhum dinheiro no mundo pode nos livrar da solidão. Esse foi um castigo que recebi da vida, em troca do mal que causei a todos. E agora eu quero me redimir, talvez seja um pouco tarde, mas eu abri os olhos, e não quero repetir meus erros.

Junior : Nunca é tarde para mudar pai. Mas não entendo porque você não nos procurou. Manteve sigilo absoluto sobre esse orfanato, nós nem sabíamos que você estava solto, pai !

Dr José Ricardo : Eu sei meu filho, não fui atrás de vocês por vergonha, e porque sei que vocês guardam dentro de si muitas lembranças ruins minhas. Então, resolvi lavar a alma primeiro, fazendo o bem para quem precisa, e uma hora eu tomaria coragem. Eu me arrependo tanto, se eu pudesse voltar no tempo, teria feito tudo diferente. Teria visto o nascimento dos meus netos, teria ido ao seu casamento, não teria afastado a Gabriela do Miguel. Não peço para que me aceite como se nada tivesse acontecido, pois sei que isso não será possível, mas peço que pelo menos me perdoe, a culpa que carrego dentro de mim é muito grande.

Junior : Eu perdoo sim pai. Espero que tudo isso seja realmente verdade, e que essas crianças nunca sofram. Mas exijo que peça desculpas a Gabriela. Ela sofreu muito por sua causa, e agora sofre a perda da filha , ela mais do que ninguém merece ver que você mudou, para ser um peso a menos na vida dela.

Dr José Ricardo : Eu peço desculpas até pra quem eu não atingi meu filho.

Junior : Bom pai, eu já vou indo. Voltarei mais vezes aqui, se me permitir. Quero acompanhar o crescimento dessas crianças. Passe bem, espero que não esteja nos enganando.

Dr José Ricardo : Juro que não estou. Obrigado pelo perdão Junior. Vocês são meus filhos, e as pessoas a quem mais fiz mal, o fardo que carrego é muito grande, e o seu perdão é de extrema importância para mim.

Junior : Até logo.

Saí do orfanato muito confuso, era muita mudança pra pouco tempo, ainda não tinha certeza se deveria confiar nas palavras dele. Ele me pareceu muito convincente , mas eu ainda queria resistir em acreditar em tudo. Entrei no carro e fui para o café, me concentrar no trabalho , ou pelo menos tentar.

(COLÉGIO DA DANI – POV DANI)

Eu estava com meu fone de ouvido no pátio do colégio, quando vi a diretora passar com um garoto L I N D O ! Eu imediatamente fui ao banheiro ajeitar o cabelo, e passar um batom, vai que ele fosse um novo aluno, ou melhor, já pensou ele ser da minha classe ? Fiquei toda animada com a chegada daquele menino. Tocou o sinal, eu fui para classe e para minha surpresa >> SIM<< ele era um novo aluno da minha turma. Eu não conseguia me concentrar na aula, ficava o tempo todo olhando para ele, senti umas coisas diferentes, ficava meio nervosa e ao mesmo tempo encantada, não sabia o que estava acontecendo comigo. No final da aula, eu estava guardando as coisas na minha bolsa, quando ele tropeçou na beira da cadeira, esbarrou em mim e derrubou todos os meus materiais no chão , eu fiquei parada igual a uma estatua .

Lucas : Poxa, me desculpe de verdade, acabei tropeçando aqui – Ele sorriu, me deixando de pernas bambas.

Dani : Não se preocupe, acontece – eu sorri pra ele.

Lucas : Deixa que eu te ajudo – Ele abaixou e pegou as minhas coisas.

Dani : Ah, muito obrigada. – Eu peguei as coisas da mão dele , sorrindo.

Lucas : Até que foi bom eu ter esbarrado em você, pelo menos posso começar a me socializar. – Ele deu uma risada tímida.

Dani : É verdade. Bom, muito prazer, me chamo Daniela, e você ?

Lucas : Prazer Dani , meu nome é Lucas – ele deu um beijo no meu rosto, me fazendo pirar – Você deve estar achando estranho né, eu entrar na classe no meio do semestre.

Dani : Pois é, você mora por aqui ?

Lucas : É eu me mudei recentemente, meu pai veio pra cá a trabalho, ai eu e minha família viemos. Não conheço nada por aqui, pra ser sincero !

Dani : Poxa, se quiser eu posso te mostrar as redondezas qualquer dia desses, para você se familiarizar com o bairro, e ter pra onde ir pra se divertir – Eu sorri – Seus pais fazem o que ?

Lucas : Sério Dani ? Muito obrigado, vou adorar conhecer tudo por aqui. Meus pais são promotores. Eles tem uma empresa de eventos. E os seus ?

Dani : Meu pai é dono da rede Café Boutique, e minha mãe psicóloga.

Lucas : Poxa que legal. Bom Dani, foi muito bom te conhecer. Pelo menos não ficarei sozinho na classe, a gente se vê , e marca qualquer coisa – Ele me deu um beijo no rosto e sorriu

Dani : Tudo bem, nos vemos então Lucas – Eu sorri e acenei com a mão.

Meu Deus do céu !!! Esse menino é o menino mais lindo que já vi em toda minha vida, além de lindo muito educado e atencioso. Ele disse que adoraria a minha companhia para conhecer a cidade, preciso urgente ir ao salão, fazer as unhas, o cabelo , tudo. – Eu pensei com um sorriso bobo no rosto, e os olhos brilhando – Fui para o pátio esperar minha mãe me buscar.

POV CAROL

Era minha folga, eu ajeitei tudo em casa, e fui buscar a Dani na escola para almoçarmos juntas. Chegando lá, buzinei, e ela rapidamente veio para o carro, toda maquiada e sorridente.

Carol : Oi filha – Dei um beijo nela

Dani : E aí mãezinha – Ela retribuiu o beijo.

Carol : Como foi a aula hoje ?

Dani : Ah mãe, foi meio legal , tirando matemática que é sempre um tédio imenso né – ela sorriu.

Carol : Como estão suas notas filha ?

Dani : Como sempre mami, tudo ok !

Carol : Filha posso te fazer uma pergunta ?

Dani : É claro que pode né mãe .

Carol : Posso saber porque a senhorita está toda maquiada desse jeito na escola ? Parece até que vai a um desfile de moda.

Dani : Ah ... é ... bom ... na verdade... é que eu quis mudar um pouco hoje. Só isso mãezinha.

Carol : Uhum, sei . Tudo bem então. Quer almoçar na boutique ?

Dani : Mãe na verdade eu queria ir almoçar no shopping, pra poder passar numa loja.

Carol : Tudo bem , vamos lá então.

POV DANI

Eu estava toda distraída, não conseguia parar de pensar no Lucas, e no quão lindo ele era. Queria ir a umas lojas , comprar uns acessórios, e perfumes novos, para poder arrasar na escola. O que será que estava acontecendo comigo ? Eu e minha mãe pegamos a comida e nos sentamos a mesa. Fiquei viajando na maionese, e nem estava escutando o que minha mãe dizia ...

Carol : Daniela você está escutando ? Dani ? Dani, acorda ! – Ela disse estalando os dedos.

Dani : Ah .. desculpa mãe, tava com a cabeça longe.

Carol : Você está muito misteriosa ein mocinha, o que está acontecendo ein ?

Dani : Nada mãe, sério, só tô um pouco agitada – Eu sorri disfarçando.

Carol : Tá certo, mas que tanto você quer comprar ?

Dani : Mãe quero comprar uns acessórios sabe ? Anéis, pulseiras, brincos, e um perfume.

Carol : Daniela, você tem um milhão de perfumes, filha.

Dani : Ah mãe, mas eu queria um outro.

Carol : Dani, você está apaixonada ?

Continua ?


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