POV CAROL

Jantamos e eu coloquei as crianças para dormir. Eu e o Junior deitamos no sofá para esperar Dani chegar.

Junior : Esse é o meu momento preferido do dia sabia ?

Carol : Por que ?

Junior : Porque eu tenho você só pra mim – Ele se virou por cima de mim e me beijou, foi um beijo intenso, e cheio de paixão. Mas nesse momento a porta se abriu.

Dani : Desculpa, cheguei e já estou subindo pro meu quarto, boa noite amo vocês, fui – Disse ela vendo a cena, tapando os olhos e subindo correndo pro quarto.

Eu e o Junior nos sentamos com pressa, super constrangidos e eu gritei :

Carol : Dani, vem aqui meu amor !

Dani : Não mãe, podem continuar essa coisa linda de vocês aí em baixo – Ela disse fechando a porta do quarto.

Junior : Nossa que legal, fomos pegos no flagra. – Ele disse rindo

Carol : E você ainda ri ? Bobo ! Vamos lá falar com ela. – Eu disse me levantando.

Junior : Mas antes eu preciso continuar uma coisa – Ele me puxou e me beijou loucamente.

Carol : Tá bom Junior, vamos falar com a nossa filha primeiro – Eu empurrei ele, apertei a sua bochecha e o puxei para a escada indo em direção ao quarto da Dani.

POV JUNIOR

Junior : Filha ? – Eu disse batendo na porta

Dani : Pode entrar.

Ao entrar no quarto, a Dani estava com os fones de ouvido, deitada de barriga pra baixo com um travesseiro em baixo da barriga.

Carol : Tá com dor meu amor ?

Dani : Mãe essa dor é horrorosa, credo !

Junior : Quer que o papai te leve no médico meu amor ? – Eu disse sentando ao lado dela e passando a mão em seu cabelo.

Dani : Não pai , valeu. Eu sei que você sabe o motivo da minha dor né ?

Junior : Eu sei sim meu anjo, mas olha, eu posso não entender nada de como ser mulher, essas dores, essas mudanças de humor e etc , mas eu sou expert em cuidar das mulheres que eu amo, ou seja, você, sua mãe, Manu e Gabi.

Dani : Eu sei paizinho , você é o melhor. – Ela se levantou e deitou no meu colo.

Junior : Desculpa meu amor, por ter invadido seu quarto hoje de manhã, é que as vezes eu esqueço que você não é mais um bebê. – Eu disse fazendo carinho nela.

Dani : Te desculpo só dessa vez pai.

Carol : Que lindos os dois , mas agora vamos dormir que amanhã dona Dani tem colégio logo cedo.

Dani : Eita mãe, tá com ciúmes é ?

Carol : Claro que não , boa noite princesa, qualquer coisa me grita – Carol deu um beijo na Dani.

Junior : Boa noite meu amor, dorme bem. – Dei um beijo nela.

Dani : Boa noite.

Saímos e fomos para o nosso quarto, tomamos banho e fomos nos deitar, estávamos abraçados quando a Carol disse :

Carol : Você foi um lindo conversando com a Dani, meu amor. Tô orgulhosa.

Junior : Só estou cumprindo meu papel de pai – eu passei a mão no rosto dela.

Carol : Eu te amo, sabia ?

Junior : Sabia sim. Mas eu te amo mil vezes mais – puxei ela e a beijei

Narradora : O casal teve uma noite incrível , no outro dia pela manhã, Carol deu banho em suas crianças e as arrumou para escola. Junior desceu com elas para tomar café da manhã, enquanto isso Carol ia no quarto da Dani .

POV CAROL

Carol : Dani meu amor, posso entrar ?

Dani : Entra mãe.

Carol : Na cama ainda princesa ?

Dani : Mãe hoje eu não vou sair daqui, tá bom ? Tô com muita cólica.

Carol : Ah meu amor, mas porque você não vai pra tia Gabi ? Eu odeio que você fique sozinha em casa !

Dani : Ah não mamãe, eu prefiro ficar aqui, no meu quarto, ouvindo músicas, e com esse travesseiro bem aqui colado na minha barriga.

Carol : Tudo bem meu anjo, mas nada de mexe na cozinha ok ? Eu ligo no café boutique, e peço pro Beto trazer seu almoço aqui.

Dani : Fechado mãe, bom trabalho,

Carol : Obrigada meu amor, qualquer coisa me liga ok ? – Dei um beijo nela e desci.

Desci , e me deparei com o Junior e as crianças correndo na sala em meio a muitas gargalhadas. Parei na escada e fiquei só observando.

Junior : Eu sou o papai monstro, e vou pegar vocês – ele disse correndo.

Manu : aaaaaah ! – ela disse se escondendo atrás do sofá

Gui : Papai, a Manu tá escondida, duvido você achar ela – Ele disse rindo

Junior : Então, aonde é que está a princesa Manuela ? O papai monstro vai encher ela de cócegas – Disse ele indo devagar para atrás do sofá – Achei – Disse ele pegando a Manu no colo, enchendo de beijos e cócegas.

Meus olhos brilhavam vendo aquela cena, era lindo ver como o Junior era um pai excepcional, todo carinhoso com as crianças, era uma delícia ver a relação deles.

Gui : De novo papai !

Junior : Agora vamos tomar café, antes que sua mãe desça e veja que estamos brincando, ao invés de comer.

Carol : Tá com medo da mamãe, papai monstro ? – Eu disse rindo da cara dele.

Junior : Você tá aí a muito tempo ? – Disse ele constrangido

Carol : Não muito, mas deu pra ver boa parte da brincadeira de vocês aí.

Manu : Mamãe – Ela veio correndo e eu a peguei no colo – Eu o Gui e o papai estávamos brincando, e o papai me fez um monte de cócegas.

Carol : Sério meu amor ? Que legal né ? – Eu a abracei e dei um beijão nela. – Agora vamos tomar café, que os dois tem que ir pra escola, e mamãe e papai ir trabalhar.

Dani : Dá pra gritarem mais baixo por favor mãe ? – Ela gritou brava do quarto dela.

Junior : Vish vocês e essas tmp ai

Carol : É tpm Junior, e deixa ela em paz – eu ri.

Tomamos café muito felizes, o Junior levou as crianças para a escola, e eu fui pro trabalho, atendi o primeiro turno, e no meu almoço eu resolvi dar uma passada no orfanato raio de luz, pois realmente o rostinho da Mili ficou gravado em minha memória, eu sentia que ela se parecia muito com alguém, mas não sabia quem. Chegando lá, toquei a campainha e logo me atenderam.

Chico : Olá ? Em que posso ajuda-la senhorita ?

Carol : Oi, meu nome é Carolina, sou psicóloga do hospital aqui do bairro, conheci uma das moradoras daí , e ela me pediu para visita-la qualquer dia.

Chico : Claro querida, entre – Ele abriu o portão

Carol : Grata , qual o seu nome ?

Chico : Francisco , mas todos me conhecem por Chico.

Carol : É um prazer Chico, pode me chamar de Carol.

Chico : E qual foi a criança que você veio visitar ?

Carol : A Milena ! Na verdade todas, eu adoro crianças.

Chico : Que bom, elas vão adorar, quase nunca recebem visitas. – Nós entramos na sala do orfanato – Crianças, visita para vocês. Essa aqui é a Carol.

TODOS : Oi Carol ! – sorriram

Foi quando a Mili veio correndo em minha direção .

Mili : Oi tia Carol, que bom que você se lembrou de mim e veio me ver.

Carol : Oi meu amor, claro que me lembrei. Tem como se esquecer de uma menina tão linda assim ?

Mili : Gente, essa é a tia Carol, ela é muuuuuito legal , aquele dia que eu fiquei dodói , ela conversou comigo. Tia Carol, essa é a Pata, Cris, Bia , Vivi, Tati, Ana, Rafa, Mosca e Binho.

Carol : É um prazer conhecer vocês, amores ! – Eu sorri encantada com todas as crianças.

Tati : Nossa como você é bonita !

Ana : É mesmo, parece até uma princesa !

Carol : Awn, vocês que são lindas, pequenas !

Ernestina : Oi Carol você veio mesmo – Ela sorriu e me deu um beijo.

Carol : Vim sim Ernestina, eu adoro crianças.

Ernestina : Elas são muito sozinhas, é legal as vezes vim alguém para conversar.

Narradora : Todas as crianças adoraram a Carol, elas brincaram, conversaram e se divertiram muito juntas. Na diretoria o Doutor José Ricardo perguntou à Ernestina, quem estava aí . Ernestina disse que uma psicóloga muito simpática. Dr José Ricardo quis conhece-la , pois realmente precisava de uma psicóloga para as crianças do orfanato.

Ernestina : Carol, o diretor do Orfanato está vindo te conhecer.

Carol : Claro Ernestina, será um prazer.

Eu percebi que as crianças ficaram tensas e caladas, quando de repente ele apareceu na sala.

Dr José Ricardo : Carolina Correia ? – Ele disse espantado e nervoso.

Carol : VOCÊ ? – Disse o encarando.

Continua ?