Ramsay, bem como seus Lordes e Conselheiro encara estarrecido o rei zardreniano, que continua com os olhos castanhos e frios fixos no rei alkavampiano. Cassius joga o pergaminho rasgado no chão, e leva a mão a bainha de sua espada, Sagrado Coração, deixando claro que sua intenção é desafiar seu inimigo para um duelo.

− Venha me enfrentar, Ramsay! – a voz de Cassius é fria e ao mesmo tempo repleta de ódio – E eu farei com que você se arrependa de ter torturado o meu filho!

− Se ama tanto seu fedelho devia ter assinado a rendição, Cassius. – fala Ramsay, também levando à mão a bainha de sua espada – No momento em que rasgou a rendição, assinou a sentença de morte do pirralho.

− Landon não vai morrer! Antes eu acabo com a sua raça, Ramsay!

Dizendo estas palavras, Cassius termina de desembainhar a sua espada e, se coloca em uma posição ofensiva, pronto para o pontapé inicial de seu plano de ganhar tempo para que seu filho seja resgatado em total segurança.

Ramsay também desembainha sua espada, que se chama Grito das Trevas e que também está na linhagem real alkavampiana há mil anos e, sem pensar duas vezes, se lança ao ataque contra Cassius, em um espetáculo em que as espadas dançam uma perigosa melodia, em que um descuido pode vir a ser fatal.

As espadas dos dois se cruzam e os dois reis fazem uma grande força, um tentando desestabilizar o outro, mas sem sucesso, os dois mostrando que suas habilidades não devem ser subestimadas.

Cassius toma alguma distância e, joga uma esfera luminosa na direção de Ramsay, que desvia de forma magistral.

− Se espera me vencer e salvar o seu fedelho terá que fazer melhor que isso, Cassius. – zomba Ramsay.

− Pare de falar e venha me enfrentar, Ramsay!

***

No palácio real zardreniano, Astrid continua deitada, olhando para a janela e fazendo preces silenciosas a todos os deuses de Emperius para que Cassius consiga resgatar Landon em total segurança.

Seu coração está totalmente apertado, enquanto sente o seu corpo perdendo as forças mais e mais, a ponto de não conseguir se manter de pé. Sabe por que está assim, quando ainda era garotinha, descobriram que ela tem uma doença, que faz com que seu corpo enfraqueça todas as vezes que é abalada emocionalmente, exatamente como está acontecendo desde que soube do desaparecimento de seu pobre Landon.

− Como está se sentindo, Sua Graça? – Gregory volta a perguntar, sua voz mostrando claramente toda a preocupação que ele sente por sua rainha.

− Não me sinto bem, Gregory. – Astrid suspira – Me sinto esgotada, e, pra completar, eu não consigo deixar de pensar no Cassius e principalmente no Landon, em meu menininho.

− Vai dar tudo certo, Sua Majestade.

− Que todos os deuses te ouçam, Gregory...! E que em breve todo este terrível pesadelo terá um fim.

Astrid está prestes a responder, mas, a porta de seus aposentos se abre, e, os dois pequenos Lordes pedem permissão para adentrarem os aposentos reais. A rainha zardreniana faz sinal para que eles entrem, e, os dois pequenos Lordes fazem uma breve reverência, e, a rainha não deixa de notar que o Pequeno Lorde da Terra está com as mãos para trás, como se estivesse escondendo alguma coisa.

− Sua Graça, não fica triste não. – a voz de Marden se faz ouvir – Sua Majestade, meu pai e o pai do Robert vão trazer o Landon de volta.

− Toma, para que Sua Graça não fique triste. – fala Robert, entregando a Astrid uma linda rosa branca, que ele estava escondendo nas costas.

Astrid pega a rosa que o menino lhe entrega com um sorriso em seu rosto.

− Obrigada, Robert. – agradece a rainha – Sua rosa fez com que eu me sentisse muito melhor.

***

Nos muros do palácio real alkavampiano, o Comandante Alexander e o Subcomandante Rickon lideram um tropa de cento e cinquenta Cavaleiros da Guarda Real zardreniana em um único assalto contra Alkavampir, dispostos a seguirem o plano e abrirem passagem para que os Grandes Lordes cheguem às masmorras sem serem notados.

As trombetas alkavampianas imediatamente começam a ser tocadas, e, o assalto começa, cavaleiros zardrenianos contra cavaleiros alkavampianos, em uma luta desesperada. Espadas se cruzam, sangue é derramado, e, para ambos os lados, tudo o que importa é vencer.

Alexander e Rickon vão liderando o ataque, matando Cavaleiros alkavampianos com uma agilidade invejável e, chamando toda a atenção para eles, que, em nenhum momento dão qualquer sinal de cansaço, ao contrário, com suas espadas em mãos continuam lutando com todas as suas forças.

Comandante e Subcomandante atacam mais e mais Cavaleiros inimigos, matando-os com poucos golpes ao mesmo tempo em que recebem bem poucos ferimentos e, apenas de forma superficial, sabem que em breve irão conseguir o que querem e, precisam se manter inteiros até este momento chegar.

Continuam comandando a luta, dando incentivo a todos os Cavaleiros zardrenianos com gritos empolgados de “por Zardren!”, e, vão ganhando vantagem na luta, cada vez mais atraindo Cavaleiros alkavampianos até eles, como fora combinado no plano traçado na reunião do Conselho.

E, no meio de toda a carnificina que está acontecendo ali, uma outra trombeta é tocada, anunciando a chegada de quatro pessoas, Lorde Hoster, Lorde Davos, Lorde Loras e o Príncipe Daithi, no meio dos três Lordes.

Comandante e Subcomandante se entre olham e sorriem um para o outro, pois os dragões morderam a isca!

***

Nos muros dos fundos do palácio real alkavampiano, os Lordes Ferdinand e William usam cipós criados pelo Grande Lorde da Terra, para escalarem os muros do palácio e, conseguirem adentrar o recinto, a fim de salvarem Landon.

Por cima dos muros, os dois percebem que o jardim está vazio, e que conseguirão chegar às masmorras sem serem percebidos, pois toda a atenção de todo o escalão alkavampiano está na entrada do palácio, onde a Guarda Real zardreniana chama a atenção de todos eles.

Adentram o jardim e caminham em passos silenciosos, encontram uma porta, e, entram por ela no interior do palácio alkavampiano, sabendo que não tem muito tempo a perder, precisam encontram Landon e tirar o pequeno príncipe deste lugar o mais rápido possível, pois não sabem quanto tempo Alexander e Rickon irão aguentar um combate contra Daithi e seus Lordes.

Encontram as escadarias que sabem que levam as masmorras e, começam a descê-las em passos silenciosos, William usando seu poder sobre a terra para ocultar completamente os passos dos dois.

Terminam de descer as escadarias e chegam ao corredor onde estão as celas. Uma delas, sendo vigiada por apenas dois Cavaleiros da Guarda Real Alkavampiana. Os dois amigos se entreolham e sorriem um para o outro, ao mesmo tempo em que desembainham suas espadas e se lançam contra os dois Cavaleiros Alkavampianos, pegando-os completamente desprevenidos.

Ao mesmo tempo, os dois Grandes Lordes lançam suas espadas contra os Cavaleiros Alkavampianos, decepando suas cabeças em um único golpe e ao mesmo tempo, em movimentos praticamente sincronizados.

Guardam suas espadas e Ferdinand se abaixa até um dos corpos sem vida, pegando um molho de chaves.

− William, chegou a hora de salvarmos o Landon!