Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 141
Luz, trevas e sangue - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Vanessa Sakata trazendo a vocês mais um capítulo de Crônicas. Antes de começar a leitura, certifiquem-se de que estão bem sentados e preparados, porque este capítulo tá bem tenso!

Apertem os cintos e se preparem para fortes emoções! Boa leitura a todos! o/



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Todo o descampado no qual estavam as duas comitivas ficou tomado por uma névoa negra, dificultando de fato a visão de todos os zardrenianos. E, estranhamente, parecia que o ar que circulava parecia muito mais pesado.

Uma gota de suor escorreu pelo rosto de Cassius, que procurava se concentrar em um modo de enfrentar os inimigos recém-chegados, sem que Astrid estivesse desprotegida. Essa mesma tensão se repetiu nos rostos de Ferdinand, William e Christian. Todos os homens da comitiva zardreniana desembainharam suas espadas, se preparando para o combate iminente.

A um sinal de Hoster, os Cavaleiros de Alkavampir partiram para o ataque, mas os Cavaleiros de Zardren se posicionaram de tal modo que cercavam os integrantes do alto escalão, a fim de protegê-los.

— Não pensem que será fácil acabar conosco, Milordes! – Alexander, que havia dado a ordem para que seus homens fizessem aquilo, disse. – Estão pisando em solo zardreniano e pagarão por profanar este lugar com a presença imunda de vocês!

— Não diga bravatas, Comandante Alexander! – Hoster disse sem deixar de sorrir com confiança. – Estão agindo como tolos, achando que proteger o seu rei resolverá alguma coisa! E... Será que vocês conseguirão sobreviver a esta neblina?

— Está subestimando a quem não teme qualquer batalha, Milorde! Se estamos protegendo o rei e a rainha de Zardren, bem como os demais, é porque é o nosso dever não permitir que eles precisem sujar suas mãos com um sangue tão impuro como o dos alkavampianos!

Nisso, Alexander brandiu sua espada para cima, sinalizando que os cavaleiros atacassem os inimigos, envolvendo-se, assim, em uma luta encarniçada, onde zardrenianos e alkavampianos faziam com que o clamor das espadas fosse feito de forma ensurdecedora.

Cassius não saía de sua posição, pois não podia deixar sua esposa desprotegida. Procurava pensar em um modo de lutar sem que ela se ferisse. Porém, começava a notar, durante alguns minutos, que os cavaleiros zardrenianos começavam a perder terreno e pareciam se enfraquecer enquanto os inimigos pareciam se fortalecer.

Isso não era bom... Ainda mais que começavam a surgir as primeiras baixas.

 

*

 

Landon, na antessala de seus aposentos, andava de um lado a outro completamente aflito. Aquela angústia, por mais que tentasse arrancá-la de seu coração, parecia se agarrar ainda mais fortemente a ele. Tomava conta de todo o seu ser...

Pelos deuses...! O pesadelo que tivera não saía de sua cabeça por nada deste mundo...!

“Landon, nunca se esqueça de que eu te amo mais do que a minha própria vida, e que você vai estar sempre em meu coração.”

A frase que ouvira de sua mãe não saía de sua cabeça, e isso o incomodava em demasia. Por que aquelas palavras tanto martelavam em sua memória? E por que tinha aquela sensação de que seriam as últimas palavras dela, como se não fosse vê-la nunca mais?

A cada minuto que se passava, ficava mais difícil de ocultar a sua angústia. Aquilo estava se tornando cada vez mais forte, de tal modo que ele ficava ainda mais inquieto. Por mais que quisesse acreditar que tudo não passava de uma paranoia produzida por sua própria mente após ter aquele pesadelo, a sensação que tinha era de que tudo poderia ser real e até mesmo palpável.

Tentava colocar em sua própria cabeça que não iria acontecer nada de mais. Todos haviam saído apenas para um festival perto. Era apenas um festival e logo estariam de volta, sãos e salvos.

Era nisso que insistia em acreditar, porém a sua mente não parava de ser bombardeada por sensações ruins que pareciam não cessar de jeito nenhum. Por quê...? Por que aquele aperto tão grande em seu coração? Por que tinha a sensação de que a qualquer momento poderia perder alguém ou algo?

Olhou para dentro de seu quarto, onde Catelyn repousava tranquilamente. Adentrou o cômodo e se sentou na cama ao lado dela, de maneira a não fazer qualquer barulho que a acordasse. Precisava se tranquilizar também e acreditar que tudo o que sentia era completamente infundado.

Tentava se convencer, de qualquer maneira, de que tudo ficaria bem. Além do mais, faltava muito pouco para que o seu filho com Catelyn nascesse. Ela estava com o ventre bastante volumoso devido à gestação já avançada. Mesmo já afastada das obrigações como princesa, gostava sempre de fazer algo para passar o tempo, como uma leitura ou andar pelo palácio tranquilamente. E um pouco mais de repouso era primordial para seu próprio bem-estar.

Landon tratou de pensar nos poucos dias que faltavam para que a criança viesse ao mundo, a fim de tirar de sua mente a angústia que o incomodava grandemente. Ao ver o rosto de Cat, se sentia mais tranquilo, a ponto de esquecer por alguns momentos aquela aflição e sorrir timidamente.

Retirou com delicadeza uma mecha de cabelo do rosto de sua amada. Não podia ficar angustiado na frente dela. Não queria causar-lhe preocupações desnecessárias.

 

*

 

Aquele combate a cada minuto se mostrava mais e mais perigoso. Os cavaleiros zardrenianos estavam ficando cada vez mais fracos, permitindo que os alkavampianos provocassem mais e mais baixas. Sangue zardreniano estava sendo derramado em grandes quantidades naquela batalha, ao mesmo tempo em que dezenas de corpos caíam inertes ao chão, a cada contra-ataque inimigo. Os homens de Alkavampir se ocultavam em meio àquela neblina, aproveitando-a como vantagem e matando sem qualquer piedade os seus adversários de Zardren.

Aquilo estava se tornando muito mais perigoso do que parecia. De alguma forma, aquela névoa escura parecia sugar as energias dos cavaleiros leais ao rei de Zardren. A neblina escura se tornou ainda mais densa, ao mesmo tempo em que sibilos foram ouvidos, seguidos por gritos sufocados e baques de corpos caindo no chão. Cassius disparou uma esfera de luz para cima e, ao mesmo tempo, acertou um golpe rápido de espada contra uma adaga que tinha Astrid como endereço certo.

Porém, o que poderia ser um alívio se tornou um espetáculo de horror aos olhos do casal real. Três corpos jaziam no chão por sobre poças de sangue. Estarrecidos, todos viram, graças àquela esfera de luz, três mulheres ao chão: Adrienne, Elise e Jacqueline. As três estavam com adagas cravadas em seus corações e jaziam sem vida. Astrid não tivera o mesmo destino por muito pouco... E ao ver tal cena, a rainha zardreniana se lembrava das palavras que proferira ao seu filho antes de sair do palácio.

Entre lágrimas, vinha a sensação de que a morte estava à sua espreita e de todos naquele lugar!


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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