Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami
Notas iniciais do capítulo
Olá, pessoal! Vanessa BR trazendo mais um capítulo de Crônicas!
Boa leitura a todos!
Alguns meses se passaram e Landon, já com seus dezenove anos, estava ansioso para o grande dia que estava por vir. Faltava apenas uma semana. Uma semana, e finalmente se uniria a Catelyn pelos sagrados laços do matrimônio!
Mesmo faltando esse tempo ainda, Landon já estava ansioso. O que reforçava ainda mais a sua ansiedade era o momento pelo qual estava passando agora. Sentiu uma pontada e se incomodou, deixando escapar um gemido de dor.
— Mil perdões, Alteza... – um homem de meia-idade retirava uma agulha do traje vermelho que o jovem vestia.
— Tudo bem, acontece. – Landon respondeu.
— O que acha do traje, Alteza? – o homem o guiou a um espelho, que refletia por completo o jovem príncipe.
— Está ficando ótimo, Sr. Ernest. – ele demonstrou satisfação com o que via. – Não é à toa que o consideram o melhor alfaiate que a família real já teve.
— É muito gentil em me elogiar assim, Alteza. Eu apenas busco desempenhar o meu trabalho da melhor forma possível.
— Eu apenas disse a verdade. E, mesmo sem ainda estar pronto, este traje me agradou muito.
— Fico muito feliz em ouvir isso de Vossa Alteza. Mas, antes de retirar o traje, tem certeza de que não é preciso nenhum outro ajuste?
— Tenho, sim. Está ótimo assim.
— Bem – Ernest olhou para Landon com um olhar bastante atento, a fim de checar se estava de fato tudo certo. – Agora só faltam os acabamentos, os bordados e os detalhes dourados.
— Vai dar tempo de terminar? Me parece que são coisas um pouco mais demoradas.
— Não se preocupe, Alteza. Nestes últimos dias, estou por conta exclusivamente dos seus trajes e dos de Sua Majestade, seu pai. Tudo ficará pronto na véspera da cerimônia, sem qualquer risco de atraso.
Landon agradeceu e saiu da sala privativa de seus aposentos, adentrou o quarto e se trocou, colocando de volta a roupa que usava. Ao terminar de se vestir, olhou para aquele traje vermelho ainda não terminado e sentiu que sua ansiedade voltava a crescer. Estava louco para que aquela semana passasse logo. Estava contando os dias para poder usar aquela indumentária já pronta e receber Catelyn em definitivo pelo casamento.
Saiu e entregou a Ernest o seu traje para ser terminado, já com as devidas correções. O alfaiate fez uma rápida reverência e se retirou dos aposentos. Porém, quando Ernest abriu a porta, alguém caiu de cara no chão.
— Robert, você estava me espionando?! – Landon perguntou em tom de bronca.
*
Margareth olhava para todo aquele material que seria usado para a decoração do palácio dali a uma semana. Estava inconformada... Completamente inconformada com tudo aquilo!
Ainda não se conformava por, durante quatro anos, nunca ter sido notada pelo príncipe Landon. Ele só tinha olhos para a noiva dele, a Lady Catelyn... Afinal, o que aquela Lady sem graça tinha de tão especial, que ele parecia esquecer tudo ao seu redor?
Dentro de uma semana eles se casariam, e ela sequer fora notada. Margareth era bela aos vinte e dois anos, atraindo olhares de vários homens que faziam parte da criadagem. Todos os jovens olhavam para ela...
... Exceto o príncipe zardreniano.
Ele não a notara como um homem deveria notar uma mulher. Ele não percebia que ela era mais interessante do que aquela noiva sem-sal que ele tinha! O que aquela tal de Catelyn fizera, para que Landon só tivesse olhos para ela, a ponto de, dali a uma semana, se casarem?
Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu alguém se aproximar e perguntar:
— Em que pensa tanto, linda senhorita?
— Não é de sua conta, Juan. – Margareth respondeu com aspereza.
— É o príncipe Landon, não é? – o Cavaleiro rebateu no mesmo tom. – Você só pensa nele e não dá chance para nenhum outro homem chegar perto de você!
— Isso não é verdade. Você está perto de mim neste momento.
— Devo comemorar isso? Não tem graça ficar perto de alguém que só tem olhos para outra pessoa, que já é sabido que é inalcançável.
— Acha que ele é inalcançável?
— Encare os fatos, Margareth. Ele vai se casar com a Lady Catelyn, nem vai te notar. Deveria notar quem está à sua volta.
— O que está insinuando?
— Tire as suas próprias conclusões e encare os fatos, Margareth... Você jamais vai conseguir ter o seu amor platônico correspondido. Deveria desistir e parar de se torturar por isso.
— Deveria parar de ficar bancando o conselheiro amoroso, Juan... – a jovem criada disse enquanto saía dali, deixando o Cavaleiro sozinho. – Definitivamente, você não sabe de nada!
*
Astrid, junto com as Ladies Elise e Adrienne, estavam entretidas nos preparativos do casamento de Landon e Catelyn. As três mulheres, ajudadas por algumas criadas, cuidavam de verificar tudo o que seria necessário dentro de uma semana. Checavam tudo, desde o que seria feito para a decoração até os comes e bebes da grande festa após a cerimônia.
Assim que Gregory chegou, a rainha zardreniana passou ao conselheiro tudo o que ainda faltava providenciar no prazo de uma semana. Pediu a ele algumas sugestões quanto ao que fazia, bem como algumas opiniões masculinas a respeito da decoração. Após isso, faria as mesmas perguntas ao marido e, principalmente, ao filho.
— Vejo que tudo está bem adiantado, Majestade. – Gregory, por fim, disse.
— Está, sim, Gregory. Isso vai ser bom para evitarmos a correria de última hora. Quero que o meu filho se case numa cerimônia perfeita, porque ele merece. Eu olho para trás e nem parece que já se passou tanto tempo... – suspirou. – Já faz mais de dezenove anos, quase vinte, que você me ajudou a colocá-lo no mundo... Ele cresceu e dentro de uma semana ele vai se casar e formar sua própria família. O tempo passa muito rápido...
— Pois é, o tempo realmente passa muito depressa. Sua Alteza, o príncipe Landon, cresceu muito não apenas em estatura, mas também em caráter.
— Isso só me deixa ainda mais orgulhosa do meu filho. – Astrid sorriu. – E eu quero que ele seja muito feliz com Catelyn.
— Certamente ele será. – o conselheiro sorriu.
Nesse momento, um falcão pousou na grande janela do palácio, a qual Gregory abriu e viu, na ave, um pergaminho. Retirou-o do pé do falcão e viu que tal pergaminho possuía um selo facilmente reconhecível.
— Majestade, se me permitir, preciso me retirar. Vou entregar este pergaminho para Sua Alteza.
— Permissão concedida, Gregory.
O conselheiro logo se retirou dali e, ao encontrar uma das criadas, indagou-lhe se ela havia visto o príncipe Landon. Diante da resposta afirmativa, informou-se de onde o jovem estava e o encontrou, sentado no banco ao lado do jardim de rosas.
— Gostaria de falar comigo, Gregory? – ele perguntou.
— Sim, Alteza. – o conselheiro respondeu ao mesmo tempo em que o reverenciava. – Esta carta acabou de chegar da Cidadela.
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CONTINUA...