No fundo, ele sabia que aquilo ia acontecer, afinal, havia sido assim também na vida passada. Mas mesmo se ele houvesse a visto pela primeira vez no dia anterior e não numa outra existência, ele não poderia prever o efeito arrebatador que pôr os olhos nela pela primeira vez teria nele.

Havia sido como ver o mar pela primeira vez. Quando ela entrou, a sala e as outras pessoas, até mesmo seu Master, desapareceram. Sua própria existência havia perdido dimensão, completamente tomado pela imensidão que era ela naquele instante. Tal experiência grandiosa que ele nem havia tentado lutar contra aquele sentimento, se deixando levar pela maré dela de bom grado, se afogando no azul daqueles olhos tão azuis.

E quando ela proferiu seu novo nome, ele pôde sentir a onda o arrebatar, arrebentando qualquer fortificação que ele havia tentado construir inutilmente em volta do próprio coração. Naquele momento, ele soube que seria inútil sequer tentar resistir a ela. E então, ele se viu sem qualquer outra alternativa além de mergulhar naquele sentimento, pois ele sabia, que o amor que sentia por ela, assim como o oceano, era profundo, sem fim e não podia ser ignorado.