Trinta e Uma Pétalas escrita por Pandora Imperatrix


Capítulo 16
Dia 16 - Sinusite, Rinite, Kunzite




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Disclaimer: Sailor Moon é da titia Naoko.

Fic escrita para o Outubro VK! Dia 16. Tema: Doença

Beta: Yuko Kiryu

Sinusite, Rinite, Kunzite

Oh, mas é claro que tinha que ser ele o médico de plantão. Universo, porque tão cruel? Damburite porque tão medíocre em lançar maldições?

É claro que agora não só eu tinha que aturar a humilhação de ter ele invadindo a minha vida, cantando de galo em meu trabalho, querendo dar pitaco em minhas decisões sempre com aquela cara de desdém e aquele ar de sabe tudo, eu também teria que aturar a humilhação de ficar a mercê dele durante aquele momento de fragilidade.

– Eu quero outro bédico – eu disse e espirrei sem colocar a mão na frente e mentalmente torcendo para que meus germes o fizessem sofrer tanto quanto eu estava sofrendo por culpa dele.

Kavur-sensei – ridículo, eu prefiro comer o meu laço antes e chamar essa pessoa assim – pareceu nem se perturbar e ainda me ofereceu um lenço, ugh, como eu odeio esse cara!

– O hospital está sobrecarregado por causa da epidemia de gripe, se você quiser pode esperar lá fora, mas eu não recomendo. Vai demorar para o meu turno acabar e não é bom que você fique num ambiente contaminado por muito tempo, ainda mais com a imunidade baixa.

Eu me levantei cheia de revolta. Do que adianta morar numa metrópole como Tóquio se os hospitais nem ao menos oferecem opções para os pacientes? Absurdo!

– Eu bou embora então.

– Minako-san...

– Dão me chame pelo nome como se bossemos íntimos!

– Nós nos vemos sete dias por semana – para meu profundo desgosto e desespero – mas se você prefere... Aino-san, então? Ou Venus-sama?

Eu joguei o lenço na cara dele, mas é claro que eu não tinha forças para tanto e o papel era super levinho e ele não precisou nem desviar, apenas observou o papel fazer uma curva patética e cair no chão.

– DÃO ME CHABE ASSIM SEU IMBECIL! Qualquer um bode escutar!

– A única coisa que alguém poderia escutar, é você gritando no meu consultório – ele se abaixou e usou outro lenço para pegar o que eu joguei no chão e os descartou no cesto de lixo – e se eu fosse você, tomava cuidado. A última pessoa que atacou um médico aqui teve sérios problemas e já me disseram que você teve problemas com a polícia no passado.

Eu senti meu rosto traidor corar e dessa vez não tinha nada a ver com a febre.

– É realmente buito fácil pra bocê falar! Bocê nunca teve que lutar aos treze anos de idade!

Ele suspirou.

– Eu sinto muito que você tenha tido que fazer tudo sozinha... – como se eu precisasse da pena dele! – Mas por favor, Min- Aino-san, eu quero te ajudar, me diz qual é o problema?

Meu problema! Ele era o meu problema. Será que o imbecil não percebia? Eu nunca peguei um resfriado na minha vida e foi só ele chegar para eu pegar todas as viroses possíveis. E, aliás, se ele era um médico tão bom quanto o diploma dele dizia ser, não era óbvio meu problema? Ou será que ele não tinha nenhum talento real para a medicina e apenas tinha escolhido uma profissão onde ele poderia usar uma capa branca sem ninguém poder dizer nada? Era a cara dele. Sujeitinho arrogante!

– Beu problema? Bocê é o meu problema! Sinuzite, rinite, dão são nada quando eu sofro de um bal chamado Kunzite!

E sai do consultório batendo a porta esperando causar um bom efeito. As pessoas na sala de espera me olharam assustadas, mas eu não poderia me importar menos. Bom que elas soubessem mesmo a porcaria de médico que eles estavam prestes a ver.

Eu ainda o ouvi chamar meu nome algumas vezes, mas corri o máximo que meus pulmões carregados conseguiram. Lá fora tive uma crise de tosse e as pessoas me olharam com nojo por não estar usando uma máscara. Gente abusada! Mas sabem eles quantas vezes já salvei suas vidinhas inúteis e eles estão fazendo cara de nojo por um pouquinho de catarro. Absurdo!

Bem, o jeito é voltar pra casa e implorar pra minha mãe me deixar usar medicina oriental mesmo que eu tenha que comer um monte de coisa estranha e tomar os chás mais amargos.

Urg, como é difícil a minha vida!


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