Tal Mãe, Tal Filha escrita por Candidamente


Capítulo 9
Definitivamente verão


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Me atrasei de novo (-_-), tinha um trabalho grande pra fazer e tal, só deu pra editar o capítulo sexta e sábado e eu ainda estava sem internet.
Mas enfim, isso não importa. O capítulo ficou grandão, então, enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/649265/chapter/9

Ao acordar na manhã seguinte, Rose sentou-se na cama e passou os olhos pelo quarto, ao que estes pararam nas duas garotas, cada qual sentada em uma das poltronas roxas ao lado de sua escrivaninha. Dominique e Roxanne a fitavam, como se já estivessem ali há algum tempo.

— B-b-bom dia... — bocejou a que havia acabado de acordar.

Bonne journée! — cumprimentou animada Dominique, a mais velha, descruzando as pernas e levantando-se. — Nós já íamos te acordar. Francamente, você dorme demais, Rosie.

Ela era alta, bonita de verdade, assim como sua mãe — embora tivesse herdado em maioria os traços de Bill. Dominique costumava prender magicamente os cabelos louro-avermelhados em um rabo-de-cavalo no alto da cabeça, deixando seus olhos castanhos brilhantes ainda mais à mostra.

Quando era pega conversando consigo mesma, estava falando francês. Quando respondia sem perceber ou resmungava, era em francês. E, às vezes, sua fala transparecia o sotaque que praticamente desaparecera ao longo dos anos.

Ela andava sempre bem vestida, podia estar de pijamas, estaria impecável, pois tudo o que vestia era meticulosamente escolhido para ficar perfeito a seus próprios olhos. Eis mais uma qualidade da garota, ela sabia que era o máximo e nem por isso era esnobe. Rose a conhecia muito melhor do que conhecia Lucy, por exemplo, mas ainda assim sabia que, embora as duas fossem melhores amigas, tinham uma quantidade significativa de diferenças — por vezes, as pessoas falavam coisas ruins sobre Lucy, o que era injusto, mesmo que ela não fosse a companhia mais agradável e nem fizesse questão de ser.

— Bem, a que devo a honra de recebê-las em meus aposentos, senhoritas? — falou Rose, fazendo graça e acarretando sorrisos risonhos das primas.

— Viemos buscar você — disse Roxanne, dando de ombros, ainda sentada.

A prima mais velha assentiu em concordância com a cabeça.

— Hã, tudo bem. Mas... aonde exatamente vocês pretendem me levar a esta hora da manhã?

Dominique revirou os olhos.

— Para A Toca, Rosie — Roxanne falava como se fosse óbvio. — Ou você vai preferir ficar em casa?

— Roxanne, você está louca? Desde quando eu recuso passeios à Toca? — esganiçou-se Rose.

— Então se levante de uma vez — exclamou Dominique, apressada. — Vovó está nos esperando para o petit déjeuner e eu estou faminta.

Rose levantou-se e jurou ter visto Roxanne girar os olhos. Ela sabia que Roxanne, por mais que gostasse de Dominique, não suportava ouvi-la intercalando a fala entre francês e inglês tout le temps.

Assim que a cama ficou desocupada, Dominique ergueu a varinha e fez com que esta se arrumasse sozinha. Rose arregalou os olhos diante da pressa alheia, apanhou uma bermuda jeans e uma blusa de mangas curtas, então foi direto para o banheiro.

Rápido como uma Firebolt novinha em folha, Rose estava de volta. Dominique desabou sentada na cama, como se estivesse tonta ou prestes a desmaiar.

— Dominique, você está bem? — perguntou a garota, preocupada. — Eu preparo o café da manhã para você... Por que vocês foram sair de casa sem comer nad...

Dominique fez sinal para que Rose parasse de falar, então pôs-se de pé. Fitou-a da cabeça aos pés.

Mon Dieu, Rosie, que roupas são essas? Você chegou a me deixar assustada — Ela apontou para as roupas de Rose e, incrédula, observou as gargalhadas das duas primas.

— Ora, Dominique, francamente, nós estamos indo para A Toca, não para uma festa. Deixe-a — riu-se Roxanne, e Rose lhe agradeceu. — Ah, e, Rosie, pegue mais roupas, nós falamos com os seus pais quando chegamos e não há problemas em que você passe a noite n'A Toca. Já o Hugo...

Tanto quanto sentia falta de casa, Rose estava morrendo de vontade de voltar para os avós, para os primos e para o cheiro de férias d’A Toca. Tinha certeza de que não ficaria por lá apenas até o dia seguinte, embora tivesse decidido falar com os pais sobre isso depois. No entanto, o seu irmão, que obviamente gostaria de ir junto, estava de castigo durante tempo indeterminado, pois havia recebido uma advertência por praticar magia fora da escola e na presença de um trouxa, na última semana.

Segundo Hugo, havia apenas conjurado uma flor — coisa que certamente devia ter aprendido com James — para presentear a garota trouxa que morava na casa da frente. Ele assegurou aos pais que ela não o vira, além de ter se enrolado todo para explicar o porquê de ter feito isso. Obviamente, ele gostava dela. Infelizmente — ou não — não conseguiu entregar seu presente.

Enquanto Dominique recuperava-se aos poucos do choque que tivera, Rose amarrou os cadarços de seus tênis e apanhou sua vassoura — uma Cleansweep 20 de aproximadamente dois anos atrás — que estivera guardada dentro de um armário havia algum tempo.

As três desceram a escada e despediram-se de Hermione e Ron, que ainda tomavam café da manhã. Era domingo, então as horas não importavam muito.

Roxanne e Dominique apanharam suas vassouras — que haviam deixado dentro de um armário de vassouras debaixo da escada, onde os cabos mal cabiam — e lançaram-nas feitiços de desilusão, além de em si próprias e em Rose e sua Cleansweep, o que deixou a mais nova bem impressionada, pois ouvira dizer que aquele feitiço era difícil de fazer com tanta perfeição.

Enfim invisíveis, Dominique, Roxanne e Rose saíram para os fundos do sobrado, prepararam-se, deram impulso em suas vassouras e levantaram voo para chegar o mais rápido possível e a tempo de tomar café n'A Toca.

Rose sabia que Dominique, apesar de aparentar ser fútil, o tipo de garota que só liga para esmaltes-que-mudam-de-cor-blá-blá-blá, roupas, cabelo e outras coisas como a aparência física, não era bem assim. E qualquer um que ficasse junto a ela por pelo menos trinta minutos perceberia sua verdadeira personalidade. Não que ela não ligasse de fato para todas as coisas citadas acima, só que a garota era tudo aquilo somado a uma pessoa realmente incrível e nada fútil, que tinha personalidade forte e, ainda por cima, sabia voar excepcionalmente bem em uma vassoura.

Isto, Dominique deixou ainda mais claro no voo para A Toca. Embora Rose nem Roxanne pudessem vê-la, assim como ela não poderia ver as primas, estas podiam ouvi-la dando gritos de comemoração enquanto ela voava muito rápido e provavelmente dava rodopios e cambalhotas no ar. Parecia estar se divertindo bastante.

Rose e Roxanne não perderam a oportunidade. Não havia nada o que vomitar, portanto rodopiaram, mergulharam, juntando-se a Dominique no ar até A Toca

A Sra. Weasley recebeu Rose com aquele abraço apertado do qual a garota tanto sentira falta, afagando seus cabelos e dizendo que estava com saudades. Logo, ela deixou que a neta sentasse à minúscula mesa de madeira da cozinha — que tinha um apetitoso bolo de cenoura pousado bem no meio e uma tigela de mingau de aveia pronta para ser devorada — para tomar café. Apenas Roxanne e Dominique estavam presentes além de Rose e a avó, porém a garota ainda estava achando a situação estranha. Geralmente, seus primos — e principalmente Dominique — não costumavam ir busca-la em casa para ir à Toca.

A Sra. Weasley saiu à porta dos fundos e gritou:

— Venham! Rose já chegou!

E, minutos depois, Lucy apareceu na porta da cozinha com Molly, sua irmã, logo atrás. A primeira parecia tanto com o pai, que chegava a ser perturbador. Raramente deixava sua carranca para rir que fosse um pouquinho. Em Hogwarts, ela sempre estava com o cabelo escuro preso com uma trança embutida apertadíssima, por isso, Rose quase não a reconhecia quando estava de cabelos soltos ou em qualquer lugar que não envolvesse o dever de estudar.

Molly, ao contrário da irmã, era tímida, mas tinha um sorriso capaz de amolecer até mesmo Lucy. Às vezes, nos corredores da escola, ela parecia solitária, Rose só a vira acompanhada de Lily ou de Joanne Creevey, embora muito raramente. A Hogsmeade, a garota ia sempre com Lucy e Dominique. Pelo menos em casa ou n'A Toca, Molly se soltava, levantava a cabeça para olhar nos olhos das pessoas, conversava, ria e participava das típicas brincadeirinhas dos primos — coisas que não costumava fazer fora de um ambiente familiar.

Assim como as duas filhas de Percy, todos os outros primos apareceram, amontoando-se para entrar na cozinha a fim de, finalmente, tomar o café da manhã.

Fred e James aparataram atrás da avó, que enrubesceu lançando-os um olhar de desaprovação após virar e ver que eles que a haviam assustado. Em seguida, Albus sentou-se à frente de Rose e cumprimentou-a, embora estivesse ofegante e olhasse de cara amarrada para o irmão e Fred. Lily e Louis vieram logo atrás, estavam na rua assim como os outros primos.

Lily deu um abraço no estilo vovó Weasley em Rose, e beijou-lhe a bochecha, sorrindo.

— O Hugo não veio? — perguntou ela.

— Está de castigo — respondeu Rose.

Lily fez uma careta de preocupação, mas voltou sua atenção para Fred.

— Se vocês demorassem mais, nós morreríamos de fome. — informou ele, censurando o olhar que James lançou a Roxanne com uma cotovelada na costela esquerda que, pelo visto, apenas Rose e Lily perceberam.

— Eu disse que não deveríamos tê-las esperado. Meu estômago mal consegue receber o café depois de todo o tempo que fiquei em jejum. — reclamou James, ignorando o primo; já estava na quinta fatia de bolo de cenoura, e, bem, as fatias que ele cortara não eram bem o que se pode chamar de finas. — Se Roxanne e Dominique fossem um pouquinho mais velozes...

— Ora, seu imbecil, eu vou enfiar mais seis fatias de bolo na sua garganta de uma vez só, se você não calar a boca — cortou-o Roxanne, assustadoramente calma e controlada. Todos se viraram para ela.

Dominique interveio, parecendo entediada, com a mão de unhas perfeitamente feitas e pintadas segurando o rosto e com o cotovelo apoiado na mesa.

— Se você for mesmo fazer isso, mon cherry, eu vou adorar ajudar, mesmo que para isso precise estragar minhas unhas. — Ela sorriu cínica para James.

— Ah, não. Obrigada, Dominique. Eu posso muito bem fazê-lo sozinha. — disse Roxanne.

James sacudiu a cabeça em discordância e ela girou os olhos, voltando ao seu mingau.

— Isso seria engraçado, na verdade. — comentou Lily. — Além de extremamente útil — Ela recebeu a concordância de todos ali, menos Lucy, que estava séria e, como sempre, sem tempo para brincadeirinhas; e James que a estreitou os olhos subitamente. — Não venha com essa, Jemmy. Você não cala a boca — protestou a mais nova.

Little Lily, não se meta. — replicou o outro.

Argh. Então as deixe em paz, seu idiota! — Lily bateu os punhos na mesa, inclinando-se para frente para ficar cara a cara com o irmão. Infelizmente, ela tinha um copo de suco de laranja em uma das mãos e este, com a batida, virou um pouco da bebida em sua mão, deixando-a ainda mais irritada. Nesta hora, Rose deu graças a Deus pelo fato de a Sra. Weasley não estar presente para ver a cena. — E não me chame disso! Eu não sou um lírio, ora, faça-me o favor. — Então largou o copo na mesa e retirou-se bufando.

Louis fez menção de levantar e ir atrás dela, porém, Dominique segurou o seu braço.

— Aonde você pensa que vai? — Ela apenas o fitava, repreendendo-o.

Louis soltou-se da irmã e correu para a escada, pois fora para lá que Lily se dirigira. Os seis Weasley e James e Albus ficaram em silêncio absoluto depois do ocorrido; ouviam-se apenas as colheres batendo nos pratos ao raspar o mingau dos mesmos. Por um momento, Rose achou estar ouvindo suas respirações, mas descartou a ideia imediatamente.

Ela fitou James e percebeu sua expressão de desgosto. Podia imaginar o que passava pela cabeça dele naquele momento: Lily subira provavelmente para o seu quarto, no primeiro andar; Louis fora atrás dela; os dois não haviam descido ainda; quase todos já tinham terminado o café; Louis e Lily estavam sozinhos no quarto.

Não havia nada demais, pois eles eram superamigos. Porém, James sempre deixou claro que desconfiava de todo e qualquer garoto que chegasse perto demais de sua irmã. Com certeza, ele não gostava da ideia de que sua "protegida" — o que Lily odiava ser — estivesse no quarto com um garoto, por mais inocente que a amizade pudesse ser.

E como Rose sabia de tanta coisa? Bem, eram anos de convivência com os primos, anos de observação muitas vezes silenciosa. E James não ficaria fora disso, além do mais, ele era quem mais deixava suas preocupações e aflições explícitas, se alguém se ocupasse em prestar um pouquinho de atenção, tudo se tornava óbvio. Era infantil e prepotente às vezes, mas Rose o adorava, pois ele sempre conseguia ser legal com as pessoas quando era preciso. Lily não aceitava suas brincadeiras. Ela era irritadiça ao extremo e não suportava que a chamassem de “Little Lily”. Na verdade, ela odiava lírios — talvez porque a fizessem lembrar-se da avó que nunca pudera conhecer.

Apesar de tudo, Rose sentia pena de Roxanne, principalmente pelo que ela sentia por James bem lá no fundo. As duas garotas eram confidentes e, certa noite Roxanne revelou sentir algo talvez forte pelo primo. Mesmo em tantos anos de amizade, ela ainda era fraca quando a situação envolvia James e sentimentos anormais.

— É, James, você é um completo imbecil. — murmurou a garota, quando os últimos que sobraram à mesa, Rose, Albus e James, já iam se retirando. O último levantou os olhos para ela.

— Se é o que você acha — murmurou ele; o dar de ombros era o apelo de sua falsa indiferença.

Roxanne, sem mais nenhuma palavra, levantou-se, puxou a varinha, girou e desapareceu no ar. Albus suspirou.

— Eles têm feito isso o tempo todo. — contou a Rose, entediado. Ela sabia que ele estava louco para que começassem as aulas de aparatação, porém, iria demorar muito ainda, pois estas eram apenas depois do Natal.

— E com certeza é muito útil, Al. — informou James. — Ainda mais se você quer descobrir o que Lily e Lou estão fazendo sozinhos no quarto depois de todo esse tempo.

Então ele fez o mesmo que Roxanne e desapareceu no ar. Ouviu-se uma batida no andar de cima, a voz de Lily berrou:

JAMES SIRIUS, que DIABOS você está fazendo aqui?

Albus e Rose se entreolharam, calados. O Sr. e a Sra. Weasley apareceram à porta dos fundos. Rose correu para abraçar o avô, que a cumprimentou calorosamente, embora os dois idosos estivessem mais preocupados com o que estava acontecendo lá em cima. Ouviram-se vozes novamente, porém, desta vez, mais baixas, com palavras inaudíveis. A avó pediu para que o marido permanecesse na cozinha, então subiu a escada e sua voz fez-se ouvir.

— Abram a porta! — ordenou ela, autoritária.

Logo, os quatro — avó e netos — estavam de volta, embora todos tenham ido para a sala. Molly dispensou Rose, Albus, Lucy e Molly II, que estavam na sala também. As duas irmãs voltaram à cozinha e os outros dois passaram por elas, dirigindo-se ao lado de fora da casa.

Albus e Rose sentaram-se frente a frente, no chão, a meio caminho da porta dos fundos e o jardim d'A Toca. Dali dava para ver alguns gnomos ora se escondendo, ora correndo de um lado para o outro em meio às pequenas árvores. Um pouco mais ao longe, perto da garagem, Dominique e Fred conversavam de pé; suas expressões eram sérias e eles provavelmente não haviam percebido o que acabara de acontecer no interior da casa.

— E então, como está Mary? — Rose voltou-se a Albus.

— Bem. Nós escrevemos um ao outro quatro vezes por semana, mais ou menos. — Ele sorriu.

— Estou feliz por você, Al — A outra retribuiu alegre. — Ela parece gostar de você de verdade. Nada parecida com a Wes... hã... Deixe para lá.

Albus assentiu, o sorriso desapareceu de seu rosto e, por um momento Rose se sentiu mal por ele mais uma vez.

— Bem, de qualquer forma, ninguém teve culpa, Rosie. — falou, a voz estava fraca. — Eu apenas gostava dela, e ninguém exceto você, sabia. James não sabe até hoje, creio eu. Ele apenas estava exercendo sua função de babaca quando a convidou. E isso é horrível.

— Muitas vezes ele não sabe o que está fazendo, você sabe disso — falou Rose.

Albus assentiu e ela lembrou-se com pesar de Roxanne. O que ela estava passando não era bom, definitivamente não, a julgar pela pose de canalha de James. E ainda que Rose desconfiasse que debaixo de toda aquela fantasia houvesse olhos que brilhavam à menção de Roxanne, ela duvidava que alguém não acabasse se machucando com tudo aquilo. Eles eram orgulhosos e teimosos demais, o que sempre dificultava as coisas.

Rose estava bem curiosa para saber o que se passava na sala de estar entre os avós e James, Lily e Louis, mas depois perguntaria a eles, pois a Sra. Weasley não gostaria se ela, por acaso, aparecesse sorrateiramente por lá, para ouvir a um pouquinho da conversa sem ser percebida. Além disso, estava ali, sentada na grama úmida e confortável apenas para passar um tempo a mais com o melhor amigo. Ainda assim, não era certo fazer com que Molly e Arthur fossem obrigados a passar por aquele estresse desnecessário na idade em que já estavam, quando deveriam estar descansando e não dando broncas em netos encrenqueiros.

— Hã... Como estão os seus pais? — perguntou ela, meio sem jeito.

— Ah, estão ótimos, com certeza. — exclamou Albus e os dois riram. — Papai ainda está dividido sobre aquela história da Taça de Quadribol. Ele não sabe se fica triste porque a Grifinória perdeu a Taça das Casas na final ou se fica feliz porque eu apanhei o Pomo de Ouro e fiz a Corvinal ganhar.

— Eu tenho certeza de que ele está muito orgulhoso de você... — disse Rose. — Afinal, quem não estaria? Você foi excelente!

— Obrigado, Rosie. — Ele sorriu. — Ele se esforça para não fazer parecer que ficou um pouquinho decepcionado quando fui para a Corvinal. Papai acha que eu não percebo isso.

— A Casa não importa tanto assim, Al — replicou Rose.

Albus pareceu desconfortável, mas levantou os olhos para ela e disse:

— Sabe do que eu já ia me esquecendo? Scorpius perguntou por você e — Rose sentiu o rosto esquentar. — quis saber se nós três vamos sair novamente. — Ele a analisou. — Uau. Você ficou vermelha.

— Você está vendo coisas, Potter — Rose tinha ciência de seu rosto enrubescido, mesmo assim decidiu se fingir de idiota. Ele tinha de lembrá-la de Scorpius logo quando ela havia conseguido parar de rememorar o dia anterior...

— Rosie, você com certeza está vermelha. — afirmou Albus; ele estreitou os olhos de repente. — Você está gostando do Scorpius? — Ergueu uma sobrancelha, intrigado.

— Albus, faça-me o favor. — replicou Rose, séria. — Não há sentido nessa pergunta. Por que eu sentiria alguma coisa além do normal por Scorpius?

Ela não queria pensar. Não queria lembrar. Não queria sentir o aroma dos livros novinhos novamente. Não queria ouvir a voz dele em sua mente. Não queria. Estivera resistindo muito bem, até Albus vir e ajudar a derrubar as suas defesas.

— Bem, Rose, eu não sei. — ponderou o garoto. — Quem sabe se você pensar um pouco... A resposta está aí, não está? — Ele apontou para o lado esquerdo do peito de Rose.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Caso vocês não tenham entendido alguma coisa, é só perguntar que eu explico. Espero que tenham gostado *-*
Antes de me despedir, eu queria agradecer à Cami Alves, não só a ela, mas a todos os que comentam ou acompanham, ou apenas estão aqui, seja do jeito que for, vocês estão espalhando cada vez mais alegria por aqui. Muito obrigada meeeesmo ♥

Beijos e até o próximo capítulo (que eu não faço ideia de quando vou conseguir postar)!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tal Mãe, Tal Filha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.