A Noiva do Drácula escrita por Chrissy Keller Books


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Será que dessa vez Luana consegue evitar David?
Veremos...



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Já estava quase na hora de ir embora. Luana estava muito cansada depois de muito trabalho feito, e o que mais queria agora era desabar em sua cama e dormir até outro dia.

Jéssica vem até sua mesa.

–-- Me conta tudo, menina.

Jéssica se senta de lado em cima da mesa, olhando para Luana com um sorriso na cara.

–-- Hum? Contar o quê?

–-- Sobre o David. O que foi que ele falou para você? --- os olhinhos de Jéssica reluzem de curiosidade.

Luana engole em seco e desvia o olhar para a mesa com a cadeira vazia de David.

Durante quase todo o dia ela o sentiu olhando para ela, daquele jeito sensual que a deixava com calafrios. Sentia muito ter mentido para ele por falar que iria no médico – sendo que só iria na farmácia comprar os remédios que o médico já tinha receitado. Mas o que mais ela poderia fazer? Ele a desconcertava. Não era, de modo algum, imune a ele. David a deixava sem ar e com medo ao mesmo tempo... tinha que ficar longe dele.

Luana volta a realidade e volta a olhar para sua amiga curiosa.

–-- N-Nada. Não houve nada...

–-- Ah, pelo amor de Deus, Luana. Eu vi. Você parecia meio desconcertada perto dele. Parecia que ele estava dizendo algo que te perturbou...

–-- Exato. --- Luana olha para alguns de seus papéis espalhados em cima da mesa e os arruma como uma maneira de se distrair e não olhar para a amiga. --- Ele realmente me desconcerta.

–-- E o que você vai fazer em relação a isso?

Luana a olha.

–-- Como assim?

–-- O que você vai fazer? Vai deixar por isso mesmo? --- Jéssica insiste.

–-- Não entendo o que você quer dizer...

–-- Ah, Luana, para! Você mesma vive me jogando para cima do Fred. Vive falando que eu devo tomar alguma atitude em relação a ele... agora quando é com você, você simplesmente fica quieta, não faz nada.

Luana fica vermelha e desvia o olhar.

–-- E o que você quer que eu faça?

–-- Fala para ele.

–-- Falar o quê? --- Luana a encara. --- Que eu tenho medo dele?

Jéssica fica surpresa.

–-- Medo?

–-- Sim. Medo. Ele me dá muito medo.

–-- Mas, por quê?

O que poderia dizer? Que ele se arrumava estranho? Que ele era um pouco sinistro, principalmente com ela? Aquele modo dele olhar, que parecia que queria devorá-la inteirinha... Não! Tinha que se manter afastada dele.

–-- Porque sim.

–-- Ah? --- Jéssica pergunta, sem entender.

–-- Ele... --- Luana gagueja, sem saber o que dizer. Afinal, o que poderia falar para sua amiga? Se lhe contasse a verdade, Jéssica iria rir dela. --- Ele é... um pouco diferente...

–-- Bom, isso é óbvio. --- Jéssica responde, impassível.

Luana desvia o olhar de Jéssica e vê David vindo em sua direção.

Ah, meu Deus!

O que ele queria agora? Atormentá-la ainda mais com aquele olhar de “eu quero roubar a sua alma”?

Luana levanta da cadeira e rapidamente arruma suas coisas, deixando Jéssica um tanto confusa com sua pressa. Mas, de fato, aquilo não adianta nada, porque David vai até sua mesa e a encara.

–-- Luana.

Vai embora, por favor!

Luana hesita olhar para ele, mas o encara impassível.

–-- S-Sim?...

–-- Já vai? --- David a encara com aquele olhar, mas depois olha para Jéssica ainda sentada de lado na mesa, olhando confusa para os dois. --- Ah. OI, Jéssica.

Jéssica sorri e sai de cima da mesa.

–-- Oi. Vou deixar vocês um pouco sozinhos.

Não!

Luana arregala os olhos para Jéssica, que sai andando rindo.

Filha da mãe!

Ela volta a olhar para David. Estava apoiado na sua mesa, com seus bíceps flexionados, encarando-a daquele modo novamente... Meu. Deus. Do. Céu! O que iria fazer com aquele homem?

Luana se esforça o bastante para não rir, correr, ou desmaiar.

–-- O que? Não entendi. --- engole em seco.

David sorri.

Ai, meu Pai do céu... Por quê ele tem que ser tão lindo?

–-- Perguntei se você já vai embora.

–-- S-Sim. Vou. E sozinha. --- ela responde com pressa.

–-- Luana... --- ele pega seu queixo. --- pare de ser tão hostil a mim.

Ela iria desmaiar naquele momento. Ela iria desmaiar naquele momento. Ela iria desmaiar naquele momento. Era melhor correr naquele minuto!

–-- O quê... eu...

–-- Parece que você está fugindo de mim. Aliás, como sempre. --- ele a olha nos olhos. Havia raiva ali. --- Por quê você sempre foge de mim, Luana?

–-- E-Eu... não estou não... --- ela engole em seco. --- Deve ser impressão sua...

David a olha por um momento e a solta.

–-- Tudo bem, então. --- ele se empertiga todo, encarando-a. --- Vamos para casa, então? --- ele sorri.

Luana estava prestes a desmaiar. Era esse o jogo. Se ela tentasse se esquivar dele, ele a intimidaria mais ainda. Mas ela tinha que ficar longe dele!

–-- Não dá... --- ela dá a volta pela mesa e corre até a porta. --- Tenho que ir em um lugar primeiro.

David vem em sua direção, com determinação no olhar.

–-- No médico?

Luana faz que sim, com um pouco de medo.

–-- Vou com você.

E agora? Luana não tinha mais saída. Ele iria com ela! O que iria fazer agora?

–-- E aí, David! --- Jéssica vem atrás dele.

David e Luana se viram para olhar para ela.

–-- Jéssica... O que foi?

–-- Fred está te chamando para ajudá-lo em um probleminha urgente...

David olha para Luana, hesitando.

–-- Não tem como você ajudá-lo? Ou vocês podem fazer amanhã. Já deu a hora de irmos embora.

–-- Ah, mas o chefe pediu para hoje mesmo, porque ele vai entregar amanhã... E só dois homens mesmo para fazer.

David e Luana a olham confusos.

–-- É uma máquina. Consertar uma máquina de impressão. Nós, mulheres, não conseguimos. Ainda mais a Nina, que está com o dedo machucado... --- Jéssica fala com um pouco de cinismo.

Ah, então era isso! Jéssica estava tentando acobertá-la! Luana dá um sorriso relutante. Naquele momento queria abraçar Jéssica, mas tinha que aproveitar a chance que sua amiga estava lhe dando.

–-- Bom, então... eu já vou, gente. Tchau, Jéssica. Tchau, David. --- e a última coisa que vê é David olhando para o nada com uma raiva mortal. Não era a toa que tinha medo dele.

Depois de já ter comprado os remédios da avó, Luana fica no ponto de ônibus, esperando. Ela olha o relógio de pulso: já eram 21:30. Tinha que ir logo para casa, antes que sua madrinha começasse a reclamar, como sempre.

Luana se senta no banco e encosta a cabeça no vidro. Por quê as coisas tinham que ser assim, por quê ele não podia ser um pouco mais normalzinho? Se ao menos, ele ainda fosse como antes, quando era mais novo, seria tão bom...

Seu ônibus chega, despertando-a de seus pensamentos.

Luana, depois de já ter pago a passagem e de ter sentado – por cortesia de um senhor de idade que já estava indo embora, afinal o ônibus estava muito cheio – encosta o rosto na janela e continua pensando em David.

Não era nem um pouco fácil para ela fugir dele. Para falar a verdade, sentia uma vontade imensa de se jogar em cima dele. Ele era tão lindo...

Mas era exatamente aquilo que não conseguia assimilar. O que, na verdade, sentia por ele? O que?

Ela não sabia. Mas, de qualquer forma, tinha que ficar longe dele.

E Jéssica passando a perna em David... Luana ri alto com o ônibus cheio. Uma mulher a olha como se ela fosse louca. Ela tapa a boca para não rir mais ainda, mas falhando. No dia seguinte agradeceria muito à Jéssica. Aquilo, sim, foi prova de uma verdadeira amizade...

Luana para de rir e novamente encosta a testa no vidro. Tinha que resolver esse problema com David. Ela suspira, depois boceja, com sono. Mas iria pensar nisso mais tarde. Agora, iria tirar uma sonequinha.


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Notas finais do capítulo

A aventura está prestes a começar...

Vcs tbm podem acompanhar no blog oficial: http://chrissykellerbooks.blogspot.com.br/



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