A Noiva do Drácula escrita por Chrissy Keller Books


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

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Luana já tinha chegado em casa quando sua madrinha a havia questionado o por que de estar tão cabisbaixa. Infelizmente, teve que contar o ocorrido. Mas se enganara se achava que Dolores poderia ficar do seu lado. Estivera trinta minutos em pé levando sérios sermões de sua madrinha e ouvindo o quanto David poderia ser um “bom menino”.

Não acreditava no que estava acontecendo. Passara um dos maiores infernos de sua vida para depois levar sermão. E, mais uma vez, tudo por causa de David!

Depois de entrar em seu quarto e ter trocado de roupa, Luana deita na cama para assistir a novela que passava na pequena TV. Dolores entra em seu quarto e se senta na cama ao seu lado.

— Não vai ao jantar? – Dolores pergunta, acariciando levemente o cabelo da afilhada.

— Vou. Mais tarde eu me arrumo.

As duas permanecem um tempo em silencio vendo a novela, quando Dolores volta a falar.

— Não o odeie, Luana.

Luana se surpreende com o comentário e se senta, olhando para sua madrinha.

— Mas eu não o odeio, madrinha. Eu só... – Luana da um longo suspiro. Qual seria a palavra certa a usar? – Só estou chateada com ele. Só isso.

— posso te dizer uma coisa? Ou melhor, duas?

— Sim. – Luana responde cautelosamente. Afinal, o que ela queria?

— Acho David mais bonito.

Luana ri achando graça. Mas que tipo de comentário era aquele?

— Ah, é?

— Sim. Muito mais.

Luana revira os olhos. Desde que conhecera David, Dolores não se esforçava nem um pouco em esconder seu afeto por ele.

— Vale lembrar que David é mais novo. Mas, e a segunda coisa?

— Bem, espero  que um dia vocês se dêem bem.

Luana a olha sem entender.

— Bem, como?

Dolores sorri.

— Você sabe muito bem.

Luana suspira, desviando o olhar. Sabia muito bem o que sua madrinha queria dizer.  E, para dizer a verdade, já estava farta de Dolores querer empurrá-la para David. Aquilo era irritante. Será que ela também não via que seu coração pertencia a outro? Às vezes, ela era ainda mais teimosa que David.

— Madrinha, pare. Sabe muito bem que pertenço a outro homem.

— Nossa. Você fala como se já estivesse prometida a esse homem há tempos. Vocês são noivos, Luana. E ele não é isso tudo. 

— Ele não é isso tudo porque a senhora só tem olhos pro David.

— E com razão. – ela diz convicta. – David é um bom rapaz. Desde que o conheci, ele só fazia coisas boas, sempre pensando mais nos outros que em si próprio.

Luana se lembrava bem. Realmente, ele era um ser do bem. Sempre estava disposto a ajudar as pessoas, deixando seus interesses em ultimo plano. Com aquele sorriso sedutor e inocente de outrora podia conquistar qualquer pessoa que o conhecesse. Mas, infelizmente, o tempo passou, e ele também mudou. 

— Sim. – ela fala pensativa. – Mas ele mudou, madrinha. E muito. Não é o mesmo David de antes. Chega a dar medo.

Dolores ri.

— Bobagem! Isso tudo é coisa da sua cabeça, Luana. David continua o mesmo. Eu o vi.

Luana a encara.

— A senhora o viu uma vez, madrinha. Eu o vejo todo dia. E ele está mudado, sim. E de arrepiar. 

Dolores faz uma careta.

— Nossa. Você fala como se ele fosse uma espécie de bicho- papão.

— Senão, pior. E um filho da mãe também. – Luana diz amargamente, lembrando-se do ocorrido da noite anterior, e na praia também.

— E qual o problema de ele se relacionar?

Luana a olha com espanto.

— Madrinha, eu já te disse. Ele usou a mim e minha amiga! Nós duas brigamos por causa dele!

— Luana. Sabe que não foi essa a intenção dele.

Luana desvia o olhar, desistindo de contra-argumentar com sua madrinha. Ela sempre iria defender David. Também não queria mais levar mais sermões.

— OK, então. Se a senhora diz.

— Eu conheço aquele menino, Luana. Sei que ele não é assim. Ele te ama. – Dolores diz, fazendo os olhos de Luana arregalar. – Da pra ver isso nos olhos dele. Pra falar a verdade, eu não sei se ele mudou tanto assim, como você diz. Mas saiba que perder um amigo como ele pode ser muito ruim.

Luana engole em seco. Perder David? A idéia parecia tão... assustadora.

— Não quero perde-lo. – fala num sussurro.

Por que tinha a impressão de algo a esmagando?

Dolores sorri, acariciando uma mecha do cabelo de Luana.

— Sei que não quer. Mais procure brigar menos com o menino. Seja mais amiga dele.

— E como faço isso? – Não era exatamente uma simples pergunta. Era mais um apelo.

— Fique ao lado dele. Queira entende-lo. Saiba o que o assombra. É assim que se fortalece uma amizade, Luana.

Luana engole em seco.

— Mas ele não quer apenas minha amizade, madrinha.

— pode ser. Mas já que você não quer o mesmo que ele, se imponha. Mas não perca a amizade desse rapaz.

Aquilo tudo estava beirando ao ridículo. Dolores só dizia o que ela estava fazendo. Sempre se impunha a David. Mas o mesmo não aceitava um “não” como resposta.

— É o que eu faço. Mas ele não me deixa em paz.

— Como?

— Eu já disse muitas vezes pra ele se afastar de mim e me deixar em paz. Mas ele é teimoso, madrinha. Simplesmente não adianta!

— E você acha que tentando afastá-lo da sua vida vai mudar em algo? Eu diria que não. – suas palavras pareciam ser bem sinceras.

Luana suspira profundamente e encara a TV.
Então, o que deveria fazer? Era doloroso só de pensar em tirá-lo de sua vida. Mas não poderia dar o que ele precisava.
E, então. O que faria?

 

* * *

 

— Meu carro. – David reclama, sendo carregado porta adentro por Alan e Ivan. – Esqueci a droga do meu carro lá.

— Não teria como você vir sozinho nesse estado. – Alan diz. – está muito mal para isso.

David da um longo suspiro depois de seus tios o ajudarem a sentar no grande sofá. Estava muito fraco.

Shartene e Miranda adentram o salão com seus rostos mostrando grande preocupação.

— Oh, lord David! – toda afobada, Miranda corre em sua direção, sendo acompanhada por Shartene.

— O que houve, lord David? – Shartene pergunta.

— Não fiquem muito em cima dele, Shartene e Miranda! – Ivan ralha com elas. – Ele está mal.

— Shartene, Miranda. – Alan chama as duas. – peguem duas sacolas que estão armazenadas no freezer.

— Duas sacolas, milorde? – Shartene pergunta um tanto surpresa.

— para ele? – Miranda pergunta com a mesma expressão.

— Sim! – Alan responde impaciente. – Vão logo!         

Duas sacolas? Duas sacolas de que?, David pensa. O que Alan estava tramando?

— Alan, você está louco? – Ivan olha para o irmão sem acreditar. – David não pode!

— Ah, por favor! – Alan se senta ao seu lado, o abanando com um leque. – Não consegue ver o que o sol fez a ele?

Ivan olha assustado para seus braços muito machucados.

— David já não é um humano, Ivan. – Alan continua a falar. – Ele é um vampiro. E deve estar com muita fome. 

David fecha os olhos. Estava tão fraco que não conseguia se manter acordado. Então estava mesmo virando um vampiro. Parecia mentira.

— David.

Ivan o chama, tocando em seu ombro. David lentamente abre seus olhos, encarando o tio mais velho.

— Ivan...

— David, está com fome?

Fome? Só de pensar seu estomago doía. Estava tão faminto quanto um leão.

— Demais. – responde ainda sem força.

Ivan também se senta a seu lado.

— Que mal lhe pergunte, David. Mas você comeu algo lá?

David faz uma careta ao lembrar como seu estomago embrulhava com comidas que, antes, gostava tanto.

— Eu tentei. Mas não consegui comer.

— E por que não conseguiu? – Alan pergunta inda o abanando. Estava achando aquilo um exagero.

David engole em seco.

— O gosto delas... já não era mais o mesmo.

Ivan e Alan se olham por um breve instante, voltando a encará-lo depois.

No que eles estavam pensando?

— Você não sente mais o gosto das coisas que gostava antes? – Ivan pergunta.

— Sinto, sim. Mas não o mesmo de antes. É um gosto totalmente nojento e intragável. – David lambe os lábios. Sua garganta estava seca. – Eu não sei o que esta acontecendo comigo... – ele fala, desabando a cabeça no encosto superior do sofá.

— Talvez você saiba, jovem sobrinho.

David abre os olhos e encara Alan, que estava com um leve sorriso nos lábios.

— Mas não quer reconhecer. – ele continua.

David levanta a cabeça, sustentando seu olhar. Será que sabia?

Shartene e Miranda adentram o salão e David percebe que ambas estão com um saco quase transparente contendo um viscoso liquido vermelho escuro. Estavam bem cheias.

David se ajeita rapidamente no sofá, surpreendendo a todos. Sabia exatamente o que era aquilo.

— Vocês estão malucos?

— David. Você mesmo disse que as comidas que gostava estão com péssimo gosto. – Alan diz cautelosamente, avaliando a expressão assustada do sobrinho. – E ainda tem o sol, e outras coisas mais que aconteceram. Está mais que na hora de você se alimentar corretamente agora.

— Bebendo sangue? – David pergunta incrédulo. Teria mesmo que beber aquilo?

— Você é um vampiro agora, David. – Ivan diz. – Não se preocupe. Vai ficar tudo bem.

Ficar tudo bem? Como se uma enorme mudança em sua vida fosse ser uma coisa boa.

Ivan faz um sinal para Shartene e Miranda se aproximarem com as pequenas sacolas. Elas também aparentavam espanto pelo ocorrido. Talvez pensassem que ele poderia continuar como um ser humano. Infelizmente, ele também pensava.

Elas o depositam na grande mesa de centro. David os encara fixamente, mesmo percebendo que todos os olhares na sala se direcionavam a ele.

— Beba, David. – Alan diz com a voz firme. David olha para ele.  – Vai ser melhor para você.

— Alan tem razão. – Ivan concorda. – Beba.

David da um longo suspiro. O que mais poderia fazer? Aquilo parecia ser muito nojento e, como um ser humano, jamais faria aquilo. Mas a verdade é que não era mais um ser humano agora. E teria que recuperar suas forças.

Lentamente, ele pega uma das sacolas como se fosse um animal prestes a atacar. Afinal, mesmo que tudo fosse ficar diferente dali pra frente, beber sangue ainda não passava por sua cabeça.

Ele abre uma pequena válvula de algo que parecia ser um mini canudo e o leva ate o nariz para sentir o cheiro. Ele cheira. Seus olhos se arregalam lentamente com aquela amostra olfativa. Aquilo não parecia ser ruim. Nem um pouco.

Ele começa a beber lentamente, sentindo o liquido viscoso passar por sua garganta. E senti-lo se arrastar por sua língua era a coisa mais maravilhosa que já pode sentir em sua vida. Tanto o gosto, quanto o cheiro eram divinos. David aprofunda os goles, bebendo com total desespero. Podia notar as expressões de surpresa nas faces de seus tios e das criadas. Mas a verdade é que não ligava. A única coisa que o satisfazia no presente momento era a pequena sacola em suas mãos.

— Gostou, David? – Alan estava em pé o encarando com um sorriso nos lábios esculpidos.

David lambe os lábios. Não acreditava no que estava fazendo. Mas aquilo era tão bom!

— Mais. – diz com desespero. – Quero mais!                    

Alan sorri.
— Tem mais um na sua frente. Só pegar.

David pega furtivamente a outra sacola, como se fossem roubá-la dele, e abre a válvula do pequeno canudo, devorando o maravilhoso liquido por inteiro.

— Shartene, Miranda! Peguem mais. – Alan ordena. – parece que David está com fome.

Aquilo não estava bom. Estava delicioso!
Como algo que parecia ser tão nojento poderia lhe dar tanto prazer? Estava tudo ao contrario. As coisas que sempre gostou agora lhe davam asco. Era outro mundo, outra sensação. Talvez uma das mais incríveis de sua vida. E ele queria mais.

 

* * *

 

David já estava em seu quarto, pronto para ir para a cama. 

Depois de ter bebido quinze sacolas de sangue se sentia bem revitalizado. Porem, o sono continuava. Teria que descansar um pouco se quisesse voltar ao normal.
Ele tira a blusa e olha para seus braços já completamente curados.
Eles haviam se curado no instante que bebera o sangue da segunda sacola. Não sabia que sangue podia ser curativo e tão saboroso. Desde que dera o primeiro gole sabia que queria se alimentar daquilo para sempre. Sua vida estava mudando de uma maneira tão radical que o assustava. Contudo, a única coisa que não mudava era seu relacionamento com Luana.
Depois de colocar toda sua roupa no closet, deita-se na cama e cai em um sono profundo.

 

* * *

 

— Lord David.

Alguém o chama. Quem devia ser?

— Lord David.  

Conhecia bem aquela voz. Era Miranda.
David resmunga aborrecido e acorda, levantando-se da cama. Dera ordens às criadas para não acordá-lo tão cedo. Estava caindo de cansado. Queria dormir.

— Já vai.

Ele veste seu robe preto que pega no cabideiro, e abre a porta.

— Miranda, sabe que disse a você pra não me acordar agora...

David para de falar na hora e fica boquiaberto com a figura a sua frente. A voz certamente era de Miranda, mas a pessoa parada ali não se parecia nem um pouco com ela. Era ainda mais linda.
Em frente a sua porta estava Luana com seus olhos cor de avelã o fitando curiosamente.

— L-Luana... – ele gagueja, não acreditando no que esta vendo. – O que você esta fazendo aqui? Como você veio parar aqui? Eu nunca te disse onde morava.

Ela da um sorriso tímido.

— é uma longa historia. – ela olha sutilmente para dentro de seu quarto. – Não vai me deixar entrar?

David rapidamente se afasta dando espaço para Luana passar. Estava um tanto aturdido. Luana estava em seu quarto!

— Claro...

Ela olha para ele. Estava tão linda naquele vestido. Era justo e realçava totalmente suas curvas, incluindo os seios fartos. Era vermelho cor de sangue. Ah... Sangue e Luana podia ser uma boa combinação.
O cheiro dela era inebriante. Cheiro de baunilha. Aquilo estava o deixando louco.
E, como se não fosse suficiente, ela senta em sua cama cruzando as pernas.
David assobia entre os dentes querendo ter um pouco de controle. A vontade que sentia era de deitá-la na cama e fazer atrocidades com ela. Mas tinha que se controlar. 

— Luana... – sua voz quase não saia. – O que está fazendo aqui?

Ela sorri.

— Você não sabe?

Que os céus o ajudassem. Ele iria avançar nela.
Aquele sorriso provocante moldando seus lábios pequenos e perfeitos, o olhar inocente e sedutor, a voz suave e rouca de desejo... Aquilo iria levá-lo a loucura.
Ele senta bem devagar ao lado dela para não assustá-la.

— O que deu em você, hein, Luana? – pergunta com a voz igualmente rouca de desejo.

Não conseguia parar de olhar para aquelas curvas lindas e sinuosas. Realmente, ela era uma deusa.

 

 

 

Ela coloca o indicador em sua boca, o calando. Por que estava  tão fogosa?

— Vim ver você. Ver como estava.

Ela tira o dedo de sua boca. O que era uma pena, pois queria chupá-lo todinho.  
Luana olha em volta de seu quarto e para o olhar na grande moldura pendurada na parede.

— Nossa. – ela sorri corada. – Não sabia que tinha um quadro meu.

Ele lhe sorri de volta. Como ela ficava mais linda ainda quando estava corada. Ele pega levemente o queixo dela, fazendo-a olhar para ele.

— Ah, sim, Luana.

Ele a olha cheio de desejo, e o mais empolgante era que também estava sendo olhado da mesma forma por ela.

— Eu tenho. E agora tenho você aqui comigo.

Ela acaricia levemente seu rosto já coberto por uma barba rasa. Ah, Luana...

— Me desculpe, David. Não queria tê-lo tratado daquela forma.

— Shhh... – dessa vez é ele quem a silencia, tocando o dedo naquele delicioso lábio carnudo. – Não fale nada, meu amor.

Em um súbito movimento Luana o agarra pelo colarinho, olhando-o de um modo bastante sedutor.

— Você quer me possuir, David? – sua voz mais parecia um sussurro.

David se assusta com a pergunta. Afinal, não esperava por aquilo. Mas mesmo assim, não deixa de sorrir. A pergunta chegava a ser idiota de tão obvia que era a resposta. Era claro que queria possuí-la. Totalmente, sem reservas. Arrebentá-la inteira, reivindicá-la como sua. Só sua, e de mais ninguém.

— Você esta perguntando o obvio, não acha? – David fala com a voz rouca de desejo. Estava adorando vê-la segurando o colarinho de seu roupão e olhando-o daquela maneira.

Luana, em um salto, o beija desesperadamente deitando-se na cama e levando-o junto por cima. David também a beija desesperadamente. Como amava aquela mulher! E agora ela se entregava intensamente a ele como jamais imaginou. Passando as mãos em suas lindas curvas, David sabia que era mais que certo o que sentia por ela. Sabia que, não importava o quanto o destino quisesse separá-los, era a ele que ela pertencia.

Luana!

 

 

* * *

 

Depois de passar um bom tempo descansando, Luana já estava aprontando a roupa em cima da cama e os sapatos com que iria para o jantar. O vestido bege que escolhera era bem bonito e lhe caia bem. Liso e discreto em cima e com poucos babados em baixo lhe dava um toque bem romântico e clássico. Os sapatos eram rose, que combinava bastante com a bolsa carteira.
Estava perfeito. Só faltava tomar banho e logo, logo estaria pronta para uma parte boa de seu péssimo dia.
Depois de se banhar Luana começa a se aprontar e se adornar na frente do espelho de seu guarda-roupa. Estava bem bonita. Podia apostar que Drácula adoraria.
Vendo se nada estava bagunçado em seu quarto, – o que sua madrinha odiaria – Luana fecha a porta atrás de si e adentra a sala sendo admirada por Dolores que assovia ao vê-la.
Luana sorri e da uma voltinha abrindo os braços.

— Nossa... Está linda.

— Tem certeza que não quer ir comigo, madrinha?

— Não, não. Vai você sozinha. Eu prefiro ficar aqui vendo minhas novelas.

— Madrinha, a senhora tem que parar com isso. Só ver novelas não vai melhorar em nada sua vida. A senhora tem que sair mais. – Luana senta ao seu lado. – Qualquer dia desses vou levar a senhora pra fazer um picnic.  

— OK. Mas saia do braço do sofá. – Dolores reclama.

Luana sorri achando graça, e se levanta.

— Daqui a pouco eu vou. – diz olhando para o relógio de ponteiro pendurado na parede. Iam dar sete horas da noite.

— Eu topo ir a esse picnic. – Dolores fala. – Contanto que David vá.

O sorriso de Luana morre e ela engole em seco. Sua madrinha não desistia fácil. Mas uma coisa tinha de admitir. David, no fundo, não era uma ma pessoa. Tentaria ter um pouco de paciência com ele.

— OK, madrinha. Vou tentar me aproximar mais de David. Vou tentar reconstruir nossa amizade. Afinal, eu não quero perde-lo. – Luana olha sem jeito para as mãos entrelaçadas. - Ele é meu melhor amigo.

Dolores sorri e a olha como se estivesse pensando em algo.

— Vem assistir a novela comigo, enquanto seu noivo não vem te buscar.

Luana olha afoita para o relógio.

— Madrinha, eu tenho que ir.

— Deixe de bobagem, menina. Acha mesmo que seu cavalheiro noivo te convidaria pra um jantar e deixar você ir sozinha?

Luana sente sua madrinha enfatizando “cavalheiro noivo” como uma espécie de ironia. Era perceptível que não simpatizava muito com Drácula.

— Tudo bem. – Luana suspira fundo e senta ao lado de Dolores. – Tomara que ele não demore.

— Não se preocupe. Logo, logo estará aqui.

Luana olha para o casal se beijando na novela. Não podia duvidar, pois Dolores acertava em quase tudo o que falava. Mas só aqueles poucos minutos de espera já estavam lhe torturando. 

 

 

* * *

 

 

Ela gemia no seu ouvido com uma gatinha manhosa. Céus, ele iria perder a cabeça.

— Ah, Luana...

— David!... – ela arqueja empinando seus lindos seios ainda cobertos pelo tecido vermelho sangue.

Não agüentava mais. Tinha que possuí-la, e naquele mesmo momento! Sentir sua pele macia, vê-la suada de tanto fazerem amor, ouvi-la gritar, gemer e suspirar seu nome. Queria tê-la de formas inimagináveis. 
Ele a beija furiosamente, arrancando-lhe um suspiro desejoso. Ele se levanta para tirar de vez aquele roupão. Iria possuí-la agora mesmo. Porem, quando se abaixa para beijá-la, ela não está mais ali em sua cama.

O que?

David olha desesperadamente para o redor do quarto procurando-a, mas ela não estava em nenhum canto. Tudo que podia ver agora em seu quarto era um fundo escuro, não conseguia enxergar mais nada. O que estava acontecendo? Por que ela havia sumido? Já prestes a beirar o desespero, David a encontra em meio àquela escuridão. Estava parada ao lado do quadro que tinha seu retrato. Mas ela não estava sozinha. Alguém a rodeava com braços fortes, de maneira intima. A cabeça do sujeito se inclinava sobre ela, mas no dava para ver seu rosto.
David trinca os dentes. Faltava pouco para avançar no infeliz. Quem ele pensava que era para ficar daquele jeito com ela?
David arregala os olhos com espanto.
Seria seu noivo? Mas, o que ele estava fazendo em seu quarto?
Luana sorri para ele enquanto é abraçada pelo sujeito desconhecido. Estava dando agora o mesmo sorriso provocante que outrora estava dando enquanto era beijada por ele em sua cama.

— Sinto muito, David. Mas é ele quem eu quero.

Aquilo mais uma vez se repetia. E, mais uma vez, estava perdendo sua amada para outro.

— Luana!

Como se num piscar de olhos, nem Luana, nem o sujeito estavam mais la. Tudo voltava a ficar mais escuro, e algo desabava sobre sua cabeça. 

 - David. – uma voz o chama.

Luana...

— David. – a voz volta a chamá-lo. Seria ela?

Luana!...

— David. – onde ela estaria?

Luana!         

David acorda de súbito. Estava todo suado, o rosto afogueado pelo desespero. Seu coração batia descontroladamente dentro de seu peito. A vontade que sentia era de chorar. Mas, mais que isso, era de saber quem era aquele sujeito e matá-lo.

— David, abre a porta.

David engole em seco e olha atônito para a porta. Era Alan.

— Alan? – fala com a voz um pouco rouca e atormentada.

— podia apostar que você já estava acordado. – Alan fala depois de um minuto e volta a fazer uma pausa. – Você vai vir para o jantar, não vai?

David senta-se na cama e se assusta ao ver que ela estava imunda. Céus, o que tinha acontecido com ele? Ele também estava sujo e suado. Nossa, seu sonho tinha sido tão real...

— David? – a voz de Alan ressoa novamente atrás da porta.

— Ah. – David caminha a passos desorientados ate o cabideiro, pegando seu robe. Ele abre a porta.

— O que você quer?

Alan o olha espantado e sorri.

— Nossa, David. O que houve com você? Está todo suado.

David engole em seco e ajeita o robe. Não queria ter que dizer para o tio que tinha atingido o clímax sonhando com a mulher que amava. Ou melhor, aquilo não era sonho, mas um pesadelo. 

— Nada demais. Só descansei demais, só isso.

Alan lhe da um olhar especulativo, mas volta a sorrir.

— Já vou buscá-la. E quero muito que você se junte a nos, David.  

David fecha a porta atrás de si.

— Não sei se vou poder. – ele da de ombros. – Afinal, não sei como devo me portar.

Alan sorri.

— David, ela é uma humana, como você. E só se portar normalmente.

Agora era a vez de David rir.

— E você acha que sou normal agora? Sem contar que não existe mais nenhum humano aqui.

Alan o olha com desconfiança. O que estava pensando?

— Não se sente mesmo um humano?

David cruza os braços.

— Bem, depois de tudo que aconteceu, acho que não.

Alan faz uma pausa antes de voltar a falar.

— Peço, por favor, que faça companhia a nós no jantar. Somos uma família, David.

David o olha por um breve momento. Família... Essa era uma palavra um tanto estranha para ele.

— Então, o que vocês vão ter no jantar? Vão comer sangue na frente da mulher?

— Claro que não. Sabe que nós nos capacitamos a comer a mesma coisa que os humanos comem, mas apenas por um curto tempo, claro.

— Então, vocês irão jantar como humanos? – David pergunta duvidando muito se aquilo daria certo.

— Sim. Não queremos assustá-la.

David se encosta na parede, claramente se divertindo com a mudança do tio.
Desde que se conhecia por gente, Alan era diferente. Claro que ainda mantinha seu jeito reservado, mas seu tio sempre fazia questão de só pensar em si. Era um vaidoso tremendo. E tão egoísta ao ponto de não estar lá quando mais precisava.
David tenta afastar aqueles pensamentos ruins. Não era hora de jogar a culpa em Alan por seu destino já nascer amaldiçoado.
David fecha os olhos por um breve momento e suspira.

 - Talvez vocês possam agüentar isso, Alan. Mas eu não.

— Sei que está mais difícil para você. Mas tente apenas conhecê-la. Você não vai se arrepender.

Era meio estranho pensar aquilo, mas tinha uma ligeira impressão que iria, sim, se arrepender, e muito.

— Está mesmo apaixonado por essa mulher, Alan? Nunca te vi apaixonado por ninguém.

Alan dá seu melhor sorriso de conquistador barato. Ele não perdia o jeito.

— Digamos que sim. Afinal, é quase impossível não se fascinar por ela. Bem, já vou. Quando conhecê-la, vai saber do que estou falando. Até breve.

—Até...

David vê seu tio partir com um entusiasmo que nunca vira antes. Era estranho, sim. Mas, no fundo, estava contente por ele.

 

 

* * *

 

—Luana tinha acabado de ver a segunda novela a passar na televisão quando Drácula apareceu. Mesmo com todo aquele charme que ele exalava Dolores não sentia empatia por ele. Ela gostava demais de David para isso.
Depois de colocar o cinto de segurança, já no luxuoso carro dele, Luana admira seu noivo. Estava lindo com aquela blusa social deixando parte de seus braços fortes à mostra. Era diferente, pois sempre o vira vestindo sobretudo. Conduto, não tinha nada a que reclamar.   
Drácula liga o carro e parte rumo à mansão.

— Confortável, Bela Lua?

Luana sorri para ele.

— Sim, claro. Seu carro é muito confortável. – ela diz se ajeitando no banco.

— Quer ar condicionado?

— Não, obrigada. Está um pouco frio.

— Está com frio? – ele pergunta preocupado.

Ela sorri.

— Quis dizer que não está tão calor assim.

Drácula sorri. Ele era tão charmoso e cavalheiro. Aquele homem não sabia ser imperfeito. Apesar de ainda achar essa historia de vampiro bem intimidante, sabia que podia confiar nele. Aliás, tinha sérias duvidas sobre aquilo tudo.

— Drácula.                

— Sim, Bela Lua. – ele responde ainda olhando para a estrada.

— Queria te fazer umas perguntas.

— Então faça.

— Você bebe sangue?       

Ele sorri achando graça.

— Por que a pergunta, Bela Lua? Tem medo de mim?

— Curiosidade.

Ele faz uma curva.

— Sim. Bebo.

Luana arregala os olhos assustada e ele nota, rindo dela.

— Não precisa ter medo, Bela Lua. Não vou beber seu sangue.

— Como não, se você é um vampiro?

— Bebemos sangue de humanos. Mas não os matamos.

— Nem os transformam em vampiros?

Drácula a olha por um instante.

— Depende.

— De que?

— Se a pessoa a ser mordida aceita.

— Então, a pessoa teria que aceitar?

— Sim, claro. Bela Lua, nem todos os vampiros são bons. Existem muitos vampiros perversos por aí dispostos a matar qualquer ser humano com o intuito de conseguir mais sangue possível. Eles não se contentam com pouco. Sempre querem mais.

— Ah...

Não sabia que tinha essa divisão entre o bem e o mal nesse mundo tão oculto e misterioso. Era tão bom, mas ao mesmo tempo, proibido.

— Mais alguma pergunta, Bela Lua? – ele sorri. Parecia estar se divertindo.

— Sim. Vocês viram morcego?

Ele solta uma gargalhada. Afinal, o que era tão engraçado?

— Não, Bela Lua. Não viramos morcego. Por que viraríamos?

Luana fica boquiaberta. Aquilo era uma revelação e tanto.

— Os livros...

— Os livros e filmes mentem. Nós não temos por que nos transformar nesse animal.

— Vocês se assustam com uma cruz?

— Não, Bela Lua. Não temos nada contra qualquer cruz.

— Mas é símbolo de Cristo.

— Errado. O verdadeiro símbolo de Cristo não é uma cruz, e sim, uma estaca de madeira.

Luana sorri ara ele.

— Não sabia que vampiros sabiam coisas a respeito de Cristo.

Ele olha para ela, claramente se divertindo.

— Não somos leigos, Bela Lua. Mas não se preocupe. Não morrerei se, por ventura, apontarem uma cruz para mim.

— Nem com alho?

Drácula ri alto.

— Alho? – ele pergunta descrente. – Com tantas coisas perigosas para morrer, por que morreríamos logo com alho? – ele ri balançando a cabeça.

Luana ri também. Estava se sentindo um pouco idiota com Drácula rindo da sua cara. 

— Livros.

— Bela Lua, não acredite muito nesses livros. – ele faz outra curva. – Eles são muito fantasiosos e míticos. Não somos tão fracos assim.

— E a parte do sol? – ela pergunta depois de um minuto. - É mentira também?         

Ele a olha por um breve instante, voltando a prestar atenção na estrada. Parecia assustado.

Pelo visto, não, não é? – Luana sorri provocando-o.

Ele engole em seco. Pelo visto aquilo realmente o assustava.

— Bem. Nisso os livros não mentem, Bela Lua.

— Você pode morrer, então? – Luana pergunta um pouco assustada. Ter que pensar nele morto era horrível.

Drácula estende o braço e acaricia o cabelo dela. Podia sentir o quanto ela estava tensa.

— Não se preocupe, Bela Lua. Tenho a maior precaução possível. Só sai hoje à tarde para buscar meu sobrinho. Ele precisava muito de mim. E mesmo se eu morrer... Bem, digamos que a vida me dará outra chance.

Luana o olha inquisitiva.

— Então, isso também não é mito?

— Não, Bela Lua.

— Ah, sim... – Luana suspira aliviada.                                  

 

* * *

 

 

David tinha acabado de tomar banho e se arrumar. Não queria ter que ver ninguém àquela noite, mas não custava nada ter que descer apenas um pouco. Afinal, estava feliz por Alan estar se dando bem com alguém. Ele da um longo suspiro. Nunca pensou que um dia se importaria com a pequena família que tinha. Aquela preocupação toda deles ara com ele ainda o assustava. Era muito estranho. Alias quem se importaria com um simples mestiço imundo?
Nem mesmo Luana se importava com ele. E só de pensar o deixava louco de raiva.  
Mas tentaria se controlar. E tentar colocar na cabeça dela que ela era só dele e de mais ninguém. Mas trataria de pensar nisso depois, com mais cuidado. Pois agora sua vida estava diferente, não era mais humano como antes. Teria que saber como faria para trabalhar no dia seguinte.
Alguém bate a sua porta.

— Quem é?

— David, sou eu. Ivan.

David se levanta e olha para o espelho. Estava bem com sua calça jeans e sua blusa xadrez por cima de uma regata branca. Seus tênis All Star o deixavam com um ar mais descolado. Afinal, não tinha o porquê de se arrumar impecavelmente, pois aquela noite não seria sua, mas de Alan. E também não estava com muita vontade. Alias, não estava com vontade de nada, mas iria fazer um esforço. 
Ele abre a porta e logo fecha atrás de si, encarando um Ivan mais arrumado e elegante.

— Ivan.

— Alan já chegou com a noiva dele. – ele o olha de cima a baixo. – Vai se juntar a nós?

— Sim. Pode ir na frente. Eu já estou indo. 

— Tudo bem. Mas, David... Tente se comportar na frente da visita.

David o olha desconfiado.

— O que quer dizer com isso?

— Não beba sangue perto dela.

David o encara incrédulo.

— Você está falando sério?

— David, talvez você não tenha se transformado totalmente em um vampiro. Tente comer algo, pelo menos por um pouco de tempo.

David ri.

— Posso ser apenas um mestiço, Ivan. Mas sei exatamente o que aconteceu comigo, e sei que não consigo mais engolir comidas humanas.

— Alan e eu vamos comer, pelo menos, por um pouco de tempo.

— Vocês são vocês. Eu sou eu. – David diz simplesmente. – Bem, se for assim, nem vou descer.

— David, por favor. Somos uma família.

Havia um toque de súplica na voz dele. David contorce a boca contrariado.

— OK. Mas não vou ficar lá. Vou só me apresentar pra essa mulher, e ponto.

Ivan sorri agradecido.

— Na verdade, ela é uma garota.

— Garota? – David ri. – Então, Alan está paquerando menininhas? Que piada.       

— Você tem de vê-la. É linda.

Mais que Luana, não, David pensa. Merda, mas por que não conseguia se concentrar em outra coisa? Ela estava acabando com ele.

— O que houve? – Ivan pergunta ao notar sua aparente mudança de humor.

David tenta afastar os pensamentos ruins. Não era hora para isso.

— Nada. Pode indo na frente. Daqui a pouco eu desço.

Depois de um breve momento o especulando, Ivan assente.

— Tudo bem. Te vejo lá embaixo. – ele sai como um lord elegante que era.

David encosta a cabeça na porta. Realmente, não estava com nenhum saco para aquilo. Contudo, iria conhecer essa mulher, e pegar seu carro. E, quem sabe, daria uma breve visitinha a Luana.

 

 

* * *

 

Luana olha em volta da bela sala. Era tão linda quanto da primeira vez que tinha ido lá. Porem, agora, estava com uma energia melhor. Não aquele espaço obscuro e vazio de antes.                                        

— Bela Lua. Sente-se. – Drácula aponta um lugar para ela no sofá.

Luana sorri agradecida.

— Obrigada. – ela se senta ao lado dele.

— Daqui a pouco eles estão vindo.

— Eles? – ela pergunta confusa.

— Meu irmão e meu sobrinho.

— Ora,ora. – Ivan fala descendo a grande escadaria. – Está linda, Bela Lua.

Luana sorri quando ele vai ao seu encontro. Ele beija a mão dela.

— Esta muito linda mesmo. – ele olha para Drácula que agora esta em pé. – Muito sortudo você, irmão.   

Luana sorri um pouco envergonhada com o elogio. Drácula, por sua vez, parecia se gabar.

— Eu sei disso, meu irmão. – ele fala, sentando-se no amplo sofá de couro.

Luana o acompanha, segurando sua mão. Ivan se senta em uma poltrona, a mesma em que o vira antes. Parecia ser a sua favorita.

— Então, Bela Lua. – Ivan se ajeita. – Como se sente?

Luana suspira nervosa, e dá um leve sorriso.

— Me sinto bem. Queria muito voltar a vê-lo, senhor Ivan.

— Dispense o “senhor”, afinal, somos cunhados. Fico muito feliz de vê-la se dando bem com Al... – ele olha para Drácula e pigarreia – Com Drácula

Luana olha para os dois, confusa. Por que Ivan tinha enfatizado o “Drácula” com certo sarcasmo para seu noivo, que tinha um olhar tão cúmplice quanto o dele?

— Vocês...  Ahn... Vão comer o que?

Drácula sorri.

— Não se preocupe, Bela Lua. Seremos tão humanos como você nesse jantar.

Ela olha para eles com confusão no olhar.

— Vocês comem comida de humanos?

— Não. – Ivan responde. – Mas só faremos isso por você, Bela Lua. Para não assustá-la.

Luana sorri aliviada. Só em ter que pensar nas pessoas daquela casa comendo órgãos frescos de humanos na sua frente era nojento.

— Obrigada. – ela olha para Drácula, que ainda não tinha largado sua mão. - Mas, e seu sobrinho? Ele não vem?

Quando Drácula abre a boca para falar, Ivan se levanta da poltrona e olha para o alto da escada.

— Veio como prometido! – Ivan sorri para o sujeito que está descendo a escada.

Drácula e Luana se levantam.                

— Eu não prometi nada. – o sujeito diz com uma voz grave e melodiosa.

Sua voz era um tanto... familiar. Não apenas a voz, como seu modo de se vestir, – estava usando uma calça jeans, tênis All Star, blusa quadriculada aberta, e algo que parecia ser uma regata branca por dentro da blusa – até mesmo seu cabelo, ora jogado para traz, ora com algumas mechas caídas sobre a face. O modo de andar também era um tanto... 
À medida que o jovem rapaz se aproxima, dá para ver melhor seu semblante. E, uma vez que Luana consegue perceber quem é, o sangue lhe foge do rosto. O rapaz também a encarava da mesma forma. 

— David?    

— Luana!


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Notas finais do capítulo

Hahahahahaha!
Acharam que não viria tão cedo?

Que comece a treta.



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