A única coisa ouvida eram os passos de um velho homem, cansado carregando numa das mãos um livro, com as paginas deixadas ao tempo, as melodias de um piano começaram a soar, um agouro... Ele largou o livro, andou até o jardim e se deitou, as melodias continuavam a soar.

E...

E então seus olhos se fecharam.

***

Quantas vezes uma mesma história pode se repetir?

Temos que ter em mente que o verdadeiro amor tudo pode.

Mas, quem pode provar isso?

Era o que Salazar se perguntava nas masmorras da Sonserina, era noite, uma linda noite estrelada, ele estava sozinho e pela primeira vez sentiu medo de verdade.

Quando amamos sentimos medo. Por nós mesmos e pela outra pessoa!

Toda a aldeia estava reunida em volta da grande fogueira, alguns dançavam, outros cantavam... Só se via alegria. Mas, nem sempre a vida é um mar de Rosas, Esther sabia disso, nunca acreditou verdadeiramente que isso aconteceria com ela, até a noite que viu seu noivo com outra, uma amiga... Então ela acreditou na tão famosa frase ‘A vida não é um mar de Rosas’, e sentiu, a tão desastrosa decepção.

Sempre vamos estar sujeitos a ela, e mesmo fugindo e tentando se esconder alguma hora ela nos encontra.

Ele olhava para todo o lado nervoso, onde ela estaria? E aquele professor irritante que não saia do seu pé, por Merlin ele só queria encontra-la, era pedir de mais? Ele olhou para a lua como se pedir-se ajuda e um pensamento lhe atingiu, ele sorriu e saiu do meio daqueles loucos, o lago. Era tarde da noite, a lua brilhava no céu, e ela se banhava no rio.

Quando amamos, sorrimos, somos felizes.

Do alto das escadas descia uma linda mulher, com um longo vestido vermelho sangue, ela olhava apreensiva para as pessoas a sua volta. Grandes bruxos, que com certeza ficariam na historia. Até que ela o viu, ele estava lindo. Uma paz a preencheu, rapidamente ela desceu os degraus restantes... Para ficar com ele.

Sentimos Paz! Uma luz no coração.

Uma guerra começou, ela era a luz e ele as trevas, no meio do campo de batalha eles se olharam, sorriram, andaram um na direção do outro, ele pegou na cintura dela. E mesmo ela pensando que seu lugar era ao lado dos amigos, na ‘luz’, o seu verdadeiro lugar era com ele, aonde quer que fosse.

E não importa a que amamos, ou se pensamos amar alguém... No fim, sabe como sabemos amar? Não sabemos, nossa alma ela nos alerta que encontrou seu céu.

***

Seus olhos se abriram ao sentir a presença de mais alguém junto a si, ele olhou para seu lado e viu aqueles tão lindos olhos castanhos, as melodias continuavam a soar, na mão da pessoa se encontrava o mesmo livro de antes e um lápis.

—Está pronto? Para mais uma viagem?

—Você não cansa?- Perguntou sorrindo. - Não tem medo de não nós encontramos?

Ela sorriu.

—Você é meu céu, eu sou sua, faço parte de você.

—E você é minha lua.

Ambos se levantaram.

Estavam prontos.

—Promete ser a ultima?

—Prometo.

—--

O choro de uma criança era ouvido pelo quarto... Um novo começo.