John and Dave's sex tape escrita por march dammes


Capítulo 5
A primeira vez é inesquecível


Notas iniciais do capítulo

Continuação nsfw do último capítulo publicado de ASOA.



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(...)

–Então, você...você quer fazer?

–É.

–Quer fazer aquilo?

–É.

–Aqui e agora?

–É!

Dave teve que soprar com força para se livrar da surpresa. Passou a mão livre nervosamente pelos cabelos. Caramba! Nunca nem se atrevera a acreditar de verdade que John algum dia iria...quer dizer, não tão rápido. Tudo bem que se conheciam há anos, mas estavam saindo há apenas três meses.

–Eu—eu não vou contestar –disse o loiro- Mas você acha mesmo que...? Quer dizer, é um passo grande. Significa uma intimidade bem maior.

John revirou os olhos.

–Dave, você tá fazendo drama. Vamos só...olha. Relaxa. Tá bom? Não vou fazer nada que você não queira... –ele se aproximou.

–Mas eu quero –confessou- Muito.

Se aproximou ao mesmo tempo. Estavam há centímetros um do outro, agora.

–Então foca em mim –a voz de John não passava agora de um sussurro- E esquece todo o resto.

Não levou muito tempo até estarem morrendo de calor. Os sons do beijo eram abafados pela música do videogame, mas ainda era possível captar um ou outro gemido da parte de Dave.

Dave Strider era, por mais incrível que isso soe, muito vocal.

John percebeu isso da melhor maneira. Pegar em seu cabelo era a chave, e toques no pescoço também o enlouqueciam – Dave balbuciava palavras sem sentido e xingava com uma voz macia, o que era engraçado, dada sua posição. Ele estava se mostrando quase completamente vulnerável, embora fosse perceptível que tentasse a todo custo agarrar-se de volta na posição de macho alfa daquela situação. Perdera para o garoto magrelo dos dentes tortos, sinto muito.

O moreno foi quem primeiro se levantou. Estava impaciente, eufórico. Puxou Dave até o quarto e tão logo entrou, preferiu nem esperar muito para não mudar de ideia; fechou a porta e pressionou Dave contra a mesma, ridiculamente trancando-a sem olhar enquanto os braços do namorado envolviam seu pescoço e o puxavam para escorregar com ele até o chão.

Uma vez no piso frio repleto de coisas perigosas – não o melhor lugar para se fazer sexo, se for pedir minha sincera opinião -, John se colocou ajoelhado entre as pernas de Dave, que preferiu posicioná-las ao redor de sua cintura, mantendo uma certa dominância quanto à aproximação que ele podia tomar.

Que no caso era ilimitada.

Se beijaram até John sentir os lábios dormentes, e decidir que Dave usava roupas demais. Deslizou as mãos por debaixo de sua camisa, a levantando, mas o loiro gemeu alto e segurou seus pulsos, ofegando um pedido tímido para que não a tirasse. Confuso, John acatou. Na verdade, também não estava tão à vontade assim.

Pensando bem, era até um pouco excitante. A ideia de ir descobrindo mais do corpo do parceiro a cada vez que fizessem aquilo, e não tudo de uma vez. John gostou do pensamento.

E, no entanto, seu próprio corpo estava pegando fogo. Ele se contorceu quando Dave lhe arranhou as costas por baixo das roupas, e arrancar a camisa azul foi uma reação imediata; a camiseta de fantasma verde ficou.

Os botões do jeans de Dave foram os próximos a receber atenção. Na verdade, nem tanta, já que foram rapidamente desfeitos. E a surpresa era positiva, John sentiu-se salivar com a visão do membro de Dave ainda coberto pela boxer vermelha, mas quase pulando para fora.

Pediu permissão, com os olhos, para tocar-lhe. Concedida. Ele escorregou a mão para dentro da calça do outro e acariciou sua ereção com a palma.

Dave chamou seu nome baixinho. As mãos em sua cintura tremiam. Aquela que o moreno usava também.

Juntou seus lábios para evitar sons. Fez vários movimentos que arrancaram grunhidos leves do loiro, a boca contra a sua, e enfim reuniu coragem o bastante para abaixar a roupa íntima que era a única camada de tecido entre ele e aquela parte de pele de Dave que ele ainda não havia tocado.

–E-ei, espera aí, espera –pediu Dave, segurando o pulso de John e olhando fundo em seus olhos- Por que eu sou o único tirando a roupa aqui? Isso é muito injusto.

John o encarou, surpreso. E então riu.

–Tudo bem, desculpe. –tirou primeiro o cinto, o colocando de lado. Dave corava de leve, murmurando um “O que é tão engraçado?”. Estava irritado. Estava frustrado. John achou fofo.

Desabotoou a própria calça com lentidão. Então finalmente abaixou as próprias boxers azuis, ficando na mesma situação que Dave.

Percebeu que o mesmo o observava. “Ei”, John chamou.

–Está nervoso? –perguntou ele, aproximando-se até unirem as testas. Sentiu o namorado suspirar.

–Um pouco.

–Sabe, eu também. –confessou.

–Ah, é? –o Strider parecia surpreso.

–É –John ajeitou-se de modo a ficar mais encostado no outro- Então vamos começar...devagar...e juntos. Tá bom?

Dave assentiu com a cabeça. O moreno tomou seus lábios, ao mesmo tempo que seu falo. Usou a mão direita para começar com movimentos leves, que tiraram ofegares sôfregos do outro por entre seus beijos macios. Tirando coragem do baço, então, o loiro finalmente tocou-o também, e sincronizaram, um no outro, enquanto as bocas se alternavam entre arfar nomes e se distrair entre si.

Ao ponto em que a temperatura do quarto parecia ter subido uns dez graus e nada mais existia, apenas aqueles dois, naquele momento, Dave sentiu-se no próprio Céu. De frente pra Deus, agradecendo terminantemente pela bênção que lhe fora John, o proporcionando aquele momento e aquelas sensações que só mesmo intimidade com a pessoa que se ama poderia causar.

E era tudo tão bom, por Deus. Sua cabeça estava enevoada como se houvesse usado alguma droga pesada, ele estava tão dopado e ao mesmo tempo tão sóbrio. Se sentia prestes a morrer de tanto prazer, mas ao mesmo tempo se sentia tão vivo. Queria ficar ali para sempre, da mesma maneira que desejava que acabasse logo – não tinha certeza se aguentaria manter seus gemidos mais altos por muito tempo, principalmente tendo um John faminto ao seu pescoço; os dentes alongados do outro afinal serviam para alguma coisa. Ah, merda, aquilo iria deixar marcas...

–John –chamou, respirando forte contra os cabelos bagunçados do namorado- J-John. John.

Não era preciso expressões como “Estou quase lá” para comunicar ao moreno que Dave estava na ponta do precipício. E John também não precisava do uso de palavras para afirmar ao sardento que ele podia gozar o quanto quisesse.

E foi, de fato, o que ele fez. Algumas estocadas depois, os movimentos tímidos de seus quadris ajudando no processo, Dave chegou ao limite, chamando repetidamente o nome de John, entre ganidos, agarrando-se a ele com a mão livre e a cabeça pesada apoiada em seu ombro, os óculos completamente tortos no rosto.

John veio um pouco depois, e não era tão vocal quanto Strider. Limitou-se a beijá-lo com voracidade, mordendo seu lábio inferior enquanto o loiro dobrava a velocidade, permitindo-o aproveitar o orgasmo até a última gota de energia se esvair de ambos os corpos exaustos, suados e ainda vestidos, e o sardento pôde sentir a adrenalina descer e o rosto esfriar.

Ficaram ali por um tempo. Esperaram que o quarto ficasse escuro. Nenhum dos dois sabia exatamente o que fazer depois daquilo, mas no silêncio do entardecer, concordaram com um olhar de que aquele havia sido mais um grande passo.


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Notas finais do capítulo

*toma um banho de querosene, taca um fósforo em si mesma e sai rolando*



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