Algumas Coisas Nunca Funcionam escrita por LadyPumpkin


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oie gent xD
Sei que tô desaparecida, mas agr tô aqui õ/
Essa one seria SasuHina, mas quando eu achei essa fanart perfeita decidi que seria NejiHina, mesmo não curtindo muito o casal huahauahau
Faz um tempãããõ que não escrevo nada, então eu espero que gostem disso ^-^
Também foi baseada na música "Some Things Never Seem To Fucking Work" da Solange, que é uma artista que eu amoooo sz recomendo que ouçam com ela, vcs vão gostar, garanto xD
É isso, espero que curtam ^-^

Boa Leitura!


Música: https://www.youtube.com/watch?v=AEfLenUZ81o

Fanart: http://monday-cat.deviantart.com/art/Come-home-safe-393016962



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Hinata acordou assustada e suada. Ela se sentou na cama e o que havia visto continuava refletido em seus olhos. Vinha tendo aquele mesmo sonho já fazia um tempo, mas não tempo o bastante para se acostumar com ele. Levando os dedos até os lábios secos, constatou que estava realmente acordada e quando se virou para janela, pode ver a luz solar.

Mais um dia, afinal.

Sem ânimo para se levantar, Hinata fechou os olhos só um pouquinho: ficou imaginando que, se voltasse a dormir, provavelmente seu sonho voltaria. Talvez começasse no mesmo instante onde havia terminado. Mas ela sabia a verdade: mesmo que quisesse muito, era impossível voltar a dormir e sonhar com a continuação; já havia tentado.

Desanimada, finalmente saiu da cama. Um passo de cada vez, Hinata entrou no banheiro, tirou a roupa e ligou a ducha. A água morna foi capaz de espantar o suor, mas não as imagens claras nos seus pensamentos.

Ah, como se sentia mal! Lá estava ele no seu sonho, as duas mãos grandes espalmadas em suas bochechas coradas de puro calor, levantando seu rosto até que seus rostos estivessem tão próximos que ela sentia a respiração dele. Esfregando o nariz no seu, ele finalmente a beijava; era como se tomasse de volta algo que sempre fora dele. O gosto havia sumido de sua memória, mas as sensações estavam lá. Neji tinha os lábios macios e firmes e beijava-a de olhos abertos, encarando-a como se ela fosse a grande culpada.

Hinata saiu do banho e ficou lembrando-se desse beijo. Neji já havia a beijado mais do que em um sonho. Sim, ele já havia a segurado com as mesmas mãos que usava para derrotar inimigos. E já havia entrelaçado aquelas pernas nas dela, mesmas pernas que iam para longe toda vez que ela chegava perto.

Encaminhou-se para a sala de jantar; Hanabi estava lá e Hinata não conseguia se lembrar de vê-la crescendo tanto. Quando sua irmã havia se tornado uma pré-adolescente com expressão adulta? Talvez tenha acontecido durante as viagens que havia feito com o pai delas. Hiashi havia criado a filha preferida longe da problemática e frágil.

Hinata tinha apenas lembranças do que havia acontecido enquanto eles estavam longe: foi quando Neji apareceu de repente num corredor, e ele vestia preto, e tudo estava tão escuro que hoje em dia ela mal podia dizer por quais portas eles seguiram juntos. Ela mal sabia dizer se, afinal, fora ele mesmo quem a beijara de repente. Se fora ele mesmo quem sussurrou coisas boas em seus ouvidos.

Ela disse bom dia; seu pai prestou tanta atenção quanto prestava sempre: nenhuma. Hanabi sorriu para ela, como quem pede desculpas. Era algo normal pela manhã, Hinata pensou. Sentou-se e se serviu de chá, tentou comer algo, mas sua garganta estava trancada.

Um dia, Neji entrelaçou seus dedos nos dela. Ele segurou muito forte durante uma manhã de verão e ninguém os viu.Hinata apoiou a cabeça em seu ombro e sorriu pensando em coisas boas. Doces, chás, amizades, seu quarto arrumado, uma missão bem sucedida onde ninguém havia se machucado. Neji estava em todos os lugares. Ele era presente como seu rubor. Ele a vestia como uma roupa. Fazia parte dela.

Ele chegou. Neji chegou à sala de jantar e vestia suas roupas anbu. A máscara estava pendurada em algum lugar que Hinata não podia ver. Ele não a olhou, disse um bom dia dirigido a todos. Hinata abaixou os olhos para seu prato vazio e nada disse. Ela podia sentir que suas mãos começavam a suar e seu nariz estava quentinho como algo tirado do forno. Ele cheirava a ervas frescas e canela. Ela sabia que o cabelo dele cheirava à madeira.

Numa tarde chuvosa, Neji soltava seus cabelos. Instintivamente, Hinata prendia os seus quando isso acontecia. Isso o fazia rir como uma criança feliz. Ela gostava do barulho da risada dele, como sinos tocando, mas tinha muita vergonha para admitir. Neji não parecia ligar; ele rodeava a sua cintura e colava suas virilhas, eles dançavam como um casal antigo. Como um casal antigo que já havia dançando muitas vezes, que fazia disso um cumprimento. Às vezes Hinata encostava sua cabeça no ombro dele, dançava nas pontas do pé e ficava feliz em cheirar o cabelo de Neji. Cheirava à madeira.

Neji tomou chá e saiu da cozinha. Quando Hinata ouviu os passos deles se afastarem ao ponto de ficar impossível de escutar, ela deixou a xícara meio vazia – ou meio cheia – e saiu discretamente. Como se estivesse atrás de qualquer outra coisa que não fosse ele. Seu pai à seguiu com o olhar? Ela não soube, mas não se importou de qualquer maneira. Seus dedinhos do pé batiam no chão frio e seu yukata preto se arrastava, como um agouro de morte. A voz de Neji falando na noite anterior ainda estava em sua mente; ele ia para uma missão longa. Uma missão longa, Hinata sabia, geralmente era perigosa. É claro que ele não falaria algo assim na frente do tio, mas ela não era boba.

Talvez Neji achasse que ela era. Um dia disse que a amava. Disse isso num sussurro quase impossível de ser ouvido. Parecia desejar que ela nunca ouvisse; mas Hinata o fez. Ela sorriu com o queixo apoiado em seu peitoral. E suas pupilas estavam tão dilatadas que ela parecia sobre o efeito de algo ruim, mas era só amor. E Hinata compartilhou seu amor com ele, e ele a fez sua como ninguém poderia fazer. Ninguém podia vê-los quando estavam sozinhos, ninguém podia alcançar o que sentiam. E nada podia separar seus antebraços juntos, seus ombros e suas coxas.

Até que veio o outono e as folhas caíram; e seu pai voltou, e sua irmã estava lá. E de repente a casa tão cheia de duas pessoas pareceu vazia com quatro. E Neji não a olhou; e Neji não a beijou, tampouco dançaram juntos. Hinata não prendeu mais o cabelo. Ela procurou uma explicação: perguntou por que ele a ignorava, questionou se tudo o que ele disse era mentira. Talvez Neji não se lembrasse mais dos momentos deles? Hinata chorou tanto que imaginou que viraria areia movediça e sugaria todos a seu redor. Ele não a respondeu. Ele não a olhou. Não a procurou. E Hinata tentou entender que aquilo não era amor verdadeiro; como não foi com Naruto, também não era com Neji.

Antes que ele passasse pela porta, Hinata segurou sua blusa e puxou de leve. Olhou para o chão e sua expressão parecia invisível e morta. A cascata de seus cabelos caia pelos ombros estreitos; Neji não moveu um centímetro. Ele não tentou afastá-la, mas encerrou a respiração.

— Volte para casa bem.

Sussurrou como mel. E o soltou. E se virou. E foi embora.

Talvez eles estivessem melhor separados. Talvez aquilo fosse tudo o que Neji queria, e ela tinha que respeitar isso.

Algumas coisas nunca funcionam.


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Notas finais do capítulo



Pra quem não entendeu muito bem, eu imaginei que o Hiashi voltou, percebeu oq tava rolando entre eles e deu uma 'dura' no Neji, pra ele ficar longe da prima ou coisas ruins iam acontecer com ela o.o
Triste, né? =(
Espero que tenham gostado, pelo menos um pouquinho!!
Um grande bj, até a próxima :*

~desculpem qualquer erro, n curto revisar rs~