Nossa Amável Justiça Vingativa escrita por Fada Dos Tomates


Capítulo 11
As Asas da Luz e das Trevas


Notas iniciais do capítulo

Depois de um século e meio...
Voltei!!!!!!!!!!
Desculpinha gente T.T Não tinha internet, fiquei um tempão chorando SANGUE porque eu queria, queria mesmo, postar.
Mas agora estou aqui!!!! ^-^ E vim pra arrasar, com MAIS um capitulo da Hikari. Meu Deus! Ela se tornou a personagem principal nesta história também.
Enfim, tô tão fujoshi que acabei shippando o Kori e o Yuuto! kkkkk Mas gostei. Hum, continuando, leiam e espero que gostem ♥



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Hikari

A luz foi embora, meu irmão também. Mas permanecerá pra sempre no meu coração.

Enxugo as lágrimas com um sorriso, me sinto ótima, me sinto luz. É isso o que sou agora. Yuuto pode ter morrido, mas ainda viverá em meu coração de luz. E posso viver feliz ao lado de minha nova família.

–Por que fez isso? – pergunta a voz rouca de Hakochi ao meu lado – Então, não podia esquecer seu irmão e ir logo derrotar Kami?

–Por que você queria desaparecer? – questiono saindo da euforia.

–E se você se cansasse da vida eterna? E se um monte de coisas ruins pudesse acontecer e você não pudesse fazer nada mesmo assim continuasse vivendo? Isso é enlouquecedor! – diz.

–Mas é muita covardia entregar sua vida assim! – digo.

Ele suspira e se levanta.

–Pra ter a Chave dos Mundos é preciso entregar uma vida – conta ele me surpreendendo – Não quero que você morra, pode ser a minha vida.

–O quê? Não! – nego – Isso não é justo! Deve haver algum outro jeito ou...

–É a única forma – discorda Hakochi – Minha existência é inútil. A sua é importante.

–Mas... – quero protestar, porém ele me silencia.

–Vou levá-la até lá, não vai ser fácil, sinto que terão obstáculos. E depois decidimos sobre minha vida, e não esqueça: é minha vida não?

Já entendi que ele está convicto, e não mudará de ideia. O que posso fazer? O que há por trás de tudo isso? Sinto que além de Kami há mais coisa em jogo. Mas o que?

–Bem, pelo menos ainda tenho minhas asas – Hakochi as ergue solenemente – Venha.

Ele me segura, vejo seus músculos, um pouco envergonhada, como ele é... desejável. Coro pensando que já tive esse rosto angelical demais pra um Oni quando era Nightmare, mas naquela época Hakochi era um demônio. Ele mudou, muito.

–Chiyo está vindo – avisa surpreendendo-me – Me desculpe, no meio do caminho vou ter que lutar.

–Por que não conversar com ele? – sugiro inocentemente.

Ele ri.

–Sabe que ele é um Oni, não vai parar até me fazer ficar de joelhos – diz Hakochi.

–Por que ele faz isso? – indago – Já não foi o suficiente te enganar e arrancar seu bem mais precioso, sua liberdade e seu coração?

–Ele é o verdadeiro demônio aqui.

Começamos a voar, seus olhos parecem dois diamantes negros reluzindo com o amargor de um passado tão triste. Ainda não consigo entender como ele se tornou um Oni.

Abaixo de nós há só dor e sofrimento, maldade e desespero. Me pergunto se não irei pra lá de novo.

“Você é a Luz” lembro de Yuuto, ele tinha razão, eu sempre fui luz. Assim como Hakochi, Ally, Chiyo e até mesmo Kami. Os farei ver.

Inesperadamente o esperado acontece.

Chiyo nos dá um susto fincando asas em Hakochi, o voo ficou desnorteado e frenético. Chiyo nos empurra pro chão e me joga pra longe da briga. Rolo no chão me arranhando nas pedras cortantes.

–Ainda temos assuntos pra tratar – fala Chiyo com um sorriso malicioso pra Hakochi.

–Deixe a Hikari fora disso – avisa Hakochi.

Chiyo me olha com uma sobrancelha arqueada e um sorriso traiçoeiro. O que ele quer?

–Hum... Agora entendi – comenta – Há, você é um tolo mesmo! Nunca me desafie.

Antes mesmo de qualquer coisa acontecer, eu já sabia. Chiyo afasta um golpe de Hakochi e voa até mim sem dar tempo pra eu sequer me mover e me segura fortemente. Mesmo que eu lute com a maior das forças que restaram nesta jornada infernal, não posso me libertar.

–Vou levá-la ao obscuro – diz ele com a respiração gélida em meu pescoço.

–Largue-a – ordena Hakochi – Se fizer isso vou te torturar pelo resto da eternidade!

–Chiyo – falo – Por que faz isso? Por que ainda é tão cruel? Poderíamos ser... Como uma família...

–Demônios não tem família – comenta – Aquele deus trapaceiro continuará jogando até derrubar todas as peças, é assim que as pessoas são. Derrubando tudo o que acham injusto a sua causa. As pessoas nunca serão aquilo que você deseja, porque são sujeitos de seus próprios destinos. Volúveis e instáveis, por esse motivo, prefiro me afastar delas.

–Mas fugir seria uma covardia, uma mortificação inútil. As pessoas só têm medo, por isso se manifestam através de agressões – digo.

Percebo sua melancolia. O que significa?

Chiyo ri.

–Vamos ver se é assim mesmo que você é.

O mundo quente e instável do inferno começa a se distorcer num paradoxo paralelo de loucura. Tornando-se cores estranhas e sensações indecifráveis.

Começo a correr girando num vento forte, o chão listrado se torna uma escada brilhante assim como a porta no alto. A saída? Pareço uma drogada. O que está havendo? Não consigo pensar direito enquanto subo pelas escadas, olhos amarelos me observam pela porta e começo a cair no chão falso que pisei, num buraco que roda incessantemente em preto e branco;

Por algum milagre, caio no chão e não dói nem um pouco.

Minha respiração ofegante faz névoas densas na escuridão. Era para estar frio?

Os olhos amarelos aparecem novamente. Espera, mas são os meus olhos.

Correntes me prendem assustando-me, odeio estar presa, odeio estar no escuro, embora tenha caminhado a vida toda numa prisão escura.

Espelhos a minha volta mostram cenas horripilantes de quando eu era o monstro que jamais quero voltar a ser. Nightmare.

–O que está havendo? – questiono confusa.

O som de outras correntes do outro lado dos espelhos me atrai, lá estou eu, lá está uma garotinha de olhos amarelos como os de um gato arregalados como de uma pessoa louca. O que é isso?

Então, sem que eu esperasse, ela aparece em minha frente em segundos e me fere com um punhal feito de ossos.

Grito, estupefata. O quê?

As correntes giram apertando em volta de meus pulsos e ataco a menina eu com elas.

A garotinha cai e fico assustada. O que eu fiz? Bati numa criança. Em mim alias.

–Desculpe – falo viajando na maionese, ela não é real.

–Você é igual a ela – diz a menina.

–O quê?

De repente, ela voa e tenta me machucar novamente. Rolo para o lado e escapo. Por que ela está fazendo isso?

–Você é igual – repete.

–Como assim?

Escapo de outro golpe maluco que ela desfere. Mas acabo levando uns cortes. A menina pula como um gato, parece fácil demais pra ela.

–Kami , você é igual a ela – responde.

Não acredito. Ela está me comparando com Kami!

No próximo golpe pulo como ela, tento derrubá-la, consigo e roubo seu punhal de ossos.

Na hora em que eu ia feri-la, a garota se dissolve em trevas, o chão se torna líquido e começo a sentir uma dor horrível em todo o meu corpo.

–O que está acontecendo?! – me pergunto com lágrimas nos olhos.

Caio na água tossindo sangue, é incrível, meu reflexo parece o de um anjo assustado.

Algo começa a sair de dentro de mim pelas costas. Berro da dor terrível que sinto, o sangue respingando na água sem parar. Não consigo pensar em nada, só que dói muito.

Sem suportar a dor, meu corpo trêmulo cai no lago e começa a afundar. Nem estou me importando se vou me afogar, é só uma ilusão, não?

A luz...

Posso ver a luz...

–Hikari – uma voz rouca pronuncia melancolicamente.

O rosto angelical demais pra um Oni aparece, Hakochi. O que ele faz aqui?

Uma luz azul reluz em meu rosto, quase não vejo nada. Somente uma alma evaporando no ar e se tornando uma estrela que sempre lembrarei. Hakochi está sumindo...

–Você pode voar agora, Luz.

Com minhas mãos consigo sentir as asas brancas com algumas penas negras no meio, minhas asas.


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Notas finais do capítulo

Hum, Hikari tem asas! Fofa. Amo ela. Agora Hakochi morreu T.T Fim do Hakochi. Por que será que ele quis ir? Há, nunca saberão....kkkk mentira, algum dia talvez... Quem sabe.



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