Nossa Amável Justiça Vingativa escrita por Fada Dos Tomates


Capítulo 1
Só Por Hoje


Notas iniciais do capítulo

Oie gente! Saudades?
O cap vai ser um pouco curto e não vai ter luta inicialmente, mas eu olhei tanto dorama que me inspirei em shipps e acabei shippando todos mundo kkkk Tem que ser eu! Decidam seus shipps e se surpreendam com os meus hehe



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Hikari

Tento comer um pouco depois de tanto tempo em jejum. É estranho que eles não me fizeram tantas perguntas, estão na mesma missão que eu: derrotar Kami. Há pouco tempo, ele tinha entrado em nossas cabeças e nos tentado com desejos de falsidade. Mas não pensou numa coisa: qual o nosso maior desejo? Matá-lo.

Algo aconteceu depois de desejarmos, uma garota apareceu adormecida num beco desta cidade em colapso. O nome dela é Aika e ela nos contou tudo o que aconteceu com Kami. Pelo jeito, eram dois Kami e agora temos que enfrentar a irmã caçula do falecido.

-Como nós vamos chegar até ela? – pergunto ignorando a discussão de Tsumi e Gekkou.

-Aoi deve saber, ela é uma arcanja – fala Chiyo a puxando pela “coleira”.

-Eu não vou dizer – decide Aoi irredutível. Imagino que eu não gostaria de estar no lugar dela, presa por uma coleira.

-Diga logo sua rata! Ou vou costurar os seus olhos! – ameaça Tsumi se desviando da discussão.

-Pare de agir como se fosse uma rainha! – ordena Gekkou, ele tem uma certa inimizada com ela por ser muito mandona (e por mantê-lo preso como Chiyo faz com Aoi).

-Eu sou uma Rainha! Por tanto me obedeça! – retruca Tsumi.

-Calem a boca! – Kori se levanta – Vocês acham que isso é uma brincadeira?! Precisamos estar sérios em relação a vencer Kami! É uma questão de vida ou morte! Parem de agir como se estivessem na escola!

Kori é praticamente o único que quer realmente e se esforça para matar Kami, ele já viveu maus bocados e pelo que sei sente um ódio intenso desde que a garota que ele amava se foi. No dia em que eu o encontrei ele estava totalmente irado e teve uma grande discussão com uma garota chamada Kiyoko (mas ele chama de Fukawa). Eu o admiro, Kori tem coragem e diz o que quer, ele não derramou uma lágrima sequer mesmo depois de tudo.

E eu fico quieta aqui no meu canto, observando e pensando. Não gosto de trabalhar em grupo, mas eles por algum motivo me fazem sentir bem. Gosto de estar perto deles.

Outra pessoa que não costuma falar muito é Aika, por algum motivo ela está sempre olhando para o nada, chorando sem motivo, sem reação.

Será que ela pensa que é a única que sofre? Yuuto, aquele que amo, está em coma; Mizu acabou morrendo assim com Thy e por alguma razão que não entendo, Mari se suicidou. Esse é o fim, não tenho escolha. O único motivo pelo qual ainda vivo é o fato que ainda tem uma esperança, Yuuto ainda está vivo.

-Eu sei como chegar até o palácio de Kami – anuncia Gekkou.

-Você não é confiável – diz Tsumi.

-De qualquer forma, é nossa única escolha – falo – Aoi não quer nos ajudar.

-Eu a faria falar rapidinho – diz Chiyo em tom de ameaça pra ela.

-Tá, então Gekkou diga logo: como chegaremos até Kami? –indaga Tsumi praticamente mandando.

-Por que eu diria pra você? Estou algemado! – reclama ele. É engraçado ver os dois discutindo e se provocando toda hora, tenho começado a shippar esses dois.

É estranho, mas não estou preocupada em vencer isso. E daí se eu morrer? E daí se eu vencer? E daí? O que acontecerá depois? Prefiro apenas rir dessas coisas banais e lutar antes de não ter mais nada além de mim mesma.

-Ei, Hikari – chama Aika, por algum motivo ela só fala comigo – Você já quis morrer?

-Muitas vezes – respondo – Mas sempre aparecia alguma coisa que me fazia mudar de ideia, sempre tinha uma razão para viver.

-E quando não tiver? – questiona.

-Então procurarei por uma – sorrio, acho que desde aquela aventura em Janku estou mudada.

Não sou mais Nightmare, prometi à Yuuto que não ia voltar a ser. Estou cansada de odiar as coisas, então somente sorrirei.

-Na verdade eu não sei onde é o palácio de Kami – confessa Gekkou.

-O quê? Ora, seu mentiroso... – xinga Tsumi.

-Mas – ele a silencia – Há um objeto que chamam de Chave dos Mundos, que pode levar a qualquer lugar, inclusiva até Kami.

-E onde está? – questiona Kori.

-No mundo inferior – conta Gekkou.

-Ah, tudo bem – suspira Chiyo – É minha antiga casa.

-Eu não vou pra lá! – protesta Aoi tentando fugir – Nunca! Jamais!

-Você vai sim – ele a segura firmemente – Ou quer morrer? Kankazi está aqui.

-Me solta, seu Oni imundo! – ela cospe na cara dele.

-Ora, sua...

-Calem-se! Ela não precisa ir – fala Kori.

-O quê? Mas... – todos ficam confusos.

-Tsumi, você pode tomar conta de Gekkou e Aoi? – pede ele – Não podemos deixá-los estragar tudo.

-Ah, eu queria lutar! – choraminga ela.

É esquisito como ela obedece somente a Kori.

-Hikari, Chiyo, vocês vêm comigo – ordena ele – Aika não está em condições.

-Eu quero ir! – diz ela surpreendendo a todos.

-Aika, você...

-Eu quero ir – repete – Eu quero ir.

-Por quê? – indago.

-Sinto que eu deveria ir e vocês precisem de minha ajuda – ela está diferente, está escondendo algo.

-Tudo bem, mas seja útil – diz Kori um pouco relutante.

Todos resolveram ir dormir, já fazem duas semanas que estamos procurando derrotar Kami, concordo com Kori: estamos parecendo colegiais. Despreocupados e preguiçosos, mas isso parece tão legal.

Sento-me em cima do telhado e admiro a lua, o vento assopra em meu rosto suavemente, a vista é linda. Ainda não entendo porque estou tão de bem com a vida com toda essa destruição, simplesmente estou.

-Me desculpe, achei que não tinha ninguém aqui – Kori está aqui em cima.

-Não tem problema, pode ficar – permito – A não ser que queira estar sozinho, então posso sair.

-Não precisa, fique – ele se senta ao meu lado.

-Você quer mesmo matar Kami, não é? – questiono – Têm estado bastante sério quanto a isso, mas que os outros.

-Eu perdi coisas importante por causa dele... dela – se corrige – Você não parece estar com muita raiva, sabe? É bem diferente do que nos contou.

-Eu fiz uma promessa, não quero me tornar Nightmare novamente, prefiro evitar a raiva – conto.

-Como consegue sorrir com toda essa destruição a sua volta? – ele pergunta – Como consegue estar feliz com tanto sofrimento?

-Sei lá, eu só... Não tenho motivos para me abalar. Penso que mesmo se eu odiar tudo e desejar mal, nada mudará. Ninguém me ouvirá, entende? – sorrio – Mas não estou triste, de algum jeito, gosto de vocês.

-Não sei como consegue – um meio sorriso passa por seu rosto – Está bem em ir para o Inferno? Não sente nada?

-Um pouco – respondo – Mas sei que todos nós vamos ficar bem. Só não entendo porque Aika quer ir.

-Pois é. O que será que ela planeja? – Kori se pergunta.

-Não sei, mas vamos ter um longo dia amanhã – bocejo – Melhor ir dormir.

-Podemos dormir aqui – diz ele.

-Aqui? – fico confusa.

-Sob a luz da lua e das estrelas. Não acha bom? – ele se deita no telhado.

-É meio estranho – comento me deitando também – Mas é bom, como num acampamento, não é?

-Hikari... – chama ele – Posso te abraçar?

-Eh... Quê? – fico corada – No que está pensando?

Mesmo que eu não tenha permitido, Kori me abraça sem dizer nenhuma palavra.

Fico muito envergonhada com isso. Mas talvez ele só tenha o feito porque está...carente? Deve ser algo assim, afinal sua namorada morreu. Sinto um pouco de pena dele e não o afasto de fim, talvez seja aconchegante estar em seu abraço de carência. O que devo pensar disso? Será que ele sabe que eu tenho um namorado? Acho que tudo bem, também me sinto um pouco carente.

Vou deixá-lo gostar de mim só por hoje.

Amanhã iremos para o Inferno.


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Notas finais do capítulo

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Eu não consigo não shippar esses dois! :3
Não sei se vocês notaram, mas a personalidade deles mudou muito. PORÉM, no Inferno o passado e as mágoas vem a tona, vamos ver se a Hikari não vai ficar doidona haha Eu sou má!
Me perdoem por ter matado a Mari, a Mizu e a Thy. Yuuto ainda está vivo, mas eu posso matá-lo também heuheu Ainda estou pensando sobre isso.
Até!



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