Os enteados escrita por Evil Queen 42


Capítulo 3
Primeiro dia


Notas iniciais do capítulo

78 pessoas acompanhando *-* Que maravilha, espero que chegue mais gente :3
Bem, logo a comédia irá aparecer na fanfic, afinal, eu AMO uma comédia e vocês sabem disso, né ?! Kkkkkkk
Boa leitura.



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Segunda feira de manhã, Sasuke e Sakura acordaram cedo, pois tinham que trabalhar. A loira acordou a filha, claro que com todo o cuidado do mundo para não acordar a enteada que dormia no mesmo quarto.

Sasuke estava sentado à mesa, tomando seu café da manhã, quando viu Sakura e Sarada já prontas.

- Tão cedo ? - O Uchiha indagou antes de levar uma xícara de café à boca.

- Também falei isso pra mamãe - A pequena Sarada bocejou e puxou uma cadeira para se sentar ao lado do pai - Tá muito cedo.

- Tenho umas coisinhas para resolver - Sakura deu um beijinho na bochecha do marido e também puxou uma cadeira para se sentar - Preciso matricular a Saya e o Saito na escola.

- Eles vão estudar na mesma escola que eu ? - A pequena Uchiha perguntou animada e com a boca cheia de bolo.

- Vão sim - Sakura respondeu - Mas engula a comida antes de falar, Sarada.

- Sakura, e a transferência deles ? - Indagou o moreno - Ainda vou resolver isso.

- Esqueceu que a Hinata é psicóloga lá na escola ? - Sakura perguntou enquanto colocava um pouco de suco de laranja num copo - Ela pode me ajudar. Eu vou conversar com a diretora pra ver se eles podem frequentar as aulas normalmente até você conseguir a transferência deles, qualquer coisa a Hinata me ajuda a convencê-la.

- Ah sim... Espero que consiga - Disse Sasuke.

Após o café da manhã, Sasuke seguiu para o trabalho e Sakura seguiu com Sarada até a escola que a pequenina estuda.

Por sorte, Sakura conseguiu falar com a diretora e acertou as coisas, Saya e Saito já poderiam ir para o colégio no dia seguinte, poderiam frequentar as aulas normalmente até que Sasuke conseguisse a transferência de ambos.

Agora a Uchiha precisava fazer compras, visto que seus enteados não poderiam ir para a escola sem material.

[...]

O relógio marcava 8:56, o garoto ainda se sentia exausto, mas não conseguia dormir mais. Ele se espreguiçou antes de se levantar da cama, seguiu para o banheiro e fez sua higiene matinal.

Saya tomava café da manhã quando seu irmão apareceu com uma tremenda cara de sono. Ele puxou uma cadeira e se sentou de frente para a ruiva.

- Como foi a primeira noite na casa nova ? - Saya indagou num tom de deboche e revirou os olhos.

- Dormi bem - O moreno respondeu enquanto colocava uma fatia de queijo dentro do pão - Não tenho do que reclamar.

- Claro que não tem do que reclamar, você tem um quarto só pra você - Ela bufou e tomou um gole de suco - Já eu, preciso dividir o quarto com a Sarada.

- A Sarada tá tão fofa - Saito falou com um sorriso bobo nos lábios - Ela cresceu tanto, ficou tão linda...

- Então troca de quarto comigo - Disse Saya - Ela ficou tagarelando de noite, quase não me deixa dormir.

A Uchiha fez uma careta, lembrando das conversas infantis da irmã sobre fadas, princesas e várias outras coisas das quais Saya não se lembrava pelo fato de não ter prestado muita atenção. Mas se lembrava muito bem de que Sarada teve que dar boa noite para todos os seus amiguinhos imaginários antes de dormir.

- Saya, deixa de ser chata ! - Saito repreendeu a irmã - A Sarada é uma criança e tá empolgada conosco.

- Tanto faz - Ela deu de ombros - Só não me conformo de ter que morar com a Sakura.

- Não temos escolha, temos ? - O garoto perguntou de boca cheia.

- Talvez a vovó Mikoto.

- Saya, não seja ridícula - O moreno revirou os olhos - O papai jamais deixaria. O jeito é ficar com a Sakura.

- Argh ! - A garota fez uma cara de nojo - Não sei como você engole a Sakura e não se dava bem com o Suiguetsu, ele era tão legal.

- Nunca engoli aquele cara - Saito pegou um pedaço de bolo de cenoura e colocou num pratinho - Não sei como você, que implica até com a própria sombra, se dava bem com ele.

- Eu gostava dele com a mamãe, só não consigo me acostumar com o papai e a Sakura.

- Eu preferia o papai e a mamãe juntos - O garoto levou um pedaço do bolo até a boca, mastigou e engoliu - Sabe, se nossos pais não tivessem se separado, a mamãe não teria casado com o Suiguetsu, não teria saído do país e ainda estaria viva...

Saito abaixou a cabeça, estava visivelmente triste ao lembrar da mãe; a tragédia ainda estava muito recente. É óbvio que o garoto queria que os pais ficassem juntos, ou então que, pelo menos, pudesse ter contato com ambos. Saito dizia que sua mãe só decidiu sair do país por causa de Suiguetsu, consequentemente o garoto ficou longe do pai.

- Saito, você não se lembra, mas - A ruiva suspirou pesadamente - nossos pais brigavam muito... - Saya ficou com o semblante triste ao lembrar das vezes em que chorava abraçada com seu irmãozinho enquanto ouviam as discussões dos pais - Eu ainda acho que durou tempo demais, só que não tiro da cabeça que a Sakura foi a culpada da separação deles.

- Saya, você andou fumando o que ? - O moreno indagou irritado - O papai nos apresentou para a Sakura bem depois que já tinha se separado da mamãe.

- Não tinha passado nem um ano da separação e nosso pai já estava com outra mulher - Ela falou enquanto passava geléia numa torrada - Não duvido nada de que eles já tivessem um caso antes.

- Imaginação fértil a sua... - Saito bufou e colocou um pouco de leite numa xícara - Acho que você via novela demais, só pode.

- Irmãozinho, você é muito ingênuo - Saya se levantou da cadeira - Não importa o que digam, nada vai me tirar da cabeça que a Sakura foi a maior culpada da separação dos nossos pais.

Dito isso, Saya se retirou, deixando Saito sozinho.

O garoto não sabia o que pensar, não tinha muitas recordações da época em que seus pais estavam juntos, visto que tinha apenas quatro anos quando eles se separaram de vez. Saya costumava envenená-lo com relação à madrasta, mas, à medida que ele foi crescendo e amadurecendo, não passou mais a ver Sakura como o motivo da separação de Sasuke e Karin.

- Licença, posso tirar as coisas da mesa ? - Uma voz feminina tirou Saito de seus pensamentos e ele a encarou meio confuso e assustado - Desculpa, eu sou Guren, trabalho aqui.

- Ah sim... Eu me assustei, não sabia que você estava aqui. Pode tirar sim, eu não vou mais comer.

- Eu estava ansiosa pra conhecer vocês, a Sarada ficou uns três dias falando que os irmãos dela iam chegar - Disse Guren enquanto tirava as coisas da mesa, Saito permanecia sentado, apenas ouvindo o que aquela mulher dizia - Juro que imaginei vocês menores; sua irmã já é uma moça, até me assustei quando a vi.

- Só fisicamente, pois ela parece ser mais imatura que a Sarada - Saito comentou, rezando para que sua irmã não estivesse por perto e ouvisse aquilo.

- Ah, é mesmo ? - Guren riu - Sei lá, o pai de você é tão novo que nunca imaginei que ele tivesse dois filhos grandes.

Saito já tinha perdido as contas de quantas vezes já ouviu aquilo. Lembrava-se de que na maioria das vezes que conhecia algum colega de seu pai ou de sua mãe, sempre ouvia a mesma coisa. "Eu pensei que seus filhos fossem menores"... Saya, por exemplo, já passou por irmã de Karin diversas vezes.

- Nossos pais eram muito novos quando nós nascemos - Ele explicou.

- Hum... Imaginei isso mesmo.

[...]

Estava um tédio só naquele lugar, Saya se apossou da televisão da sala e Saito ainda não tinha intimidade o suficiente com a casa para entrar no quarto do casal. Embora aquela fosse a casa do seu pai, o garoto não se sentiria confortável em entrar no quarto, deitar na cama e mexer na televisão. Também não se sentia à vontade para entrar no escritório e mexer no computador.

Pois é, o jeito foi ir para a sala e assistir um filme de romance super chato com sua irmã.

- Saya, muda de canal - Ele pediu enquanto pegava uma almofada e se deitava no chão da sala - Esse filme é um porre !

- Vai assistir no quarto do papai - A ruiva deu de ombros - Eu gosto desse filme e não vou mudar.

- Ah, fico com vergonha de entrar no quarto deles... Sei lá, não quero invadir nada e nem parecer inconveniente.

- Saito, deixa de ser idiota - Saya, que estava sentada no sofá, bateu levemente com o controle remoto na cabeça do irmão - É a casa do nosso pai, não estamos invadindo nada.

- Mesmo assim... Ainda não peguei intimidade com a casa.

- Então cala a boca e me deixa assistir o filme em paz !

Saya já estava bufando de raiva por que seu irmão atrapalhou uma de suas partes favoritas do filme. Saito estava furioso por não ter o que fazer.

Foi quando a porta da frente foi aberta e Sakura entrou, carregando várias sacolas. Os irmãos se olharam confusos, uma vez que a madrasta deveria estar no trabalho.

- Não trabalha mais, Sakura ? - Saya indagou assim que Sakura chegou na sala e se sentou no sofá menor, colocando as sacolas no chão.

- Peguei uma folga hoje de manhã, vou pro hospital só à tarde - Ela respondeu - Trouxe umas coisas pra vocês.

- Pra nós ? - Saito não escondeu sua curiosidade - O que é ? - Indagou enquanto se sentava de frente para a mesinha de centro.

- Vocês vão pra escola amanhã - Sakura respondeu enquanto tirava cadernos, estojos, lápis, canetas e vários outros materiais escolares das sacolas - Saya está na primeira série do ensino médio e Saito está no sétimo ano do fundamental, acertei ?

- É, você acertou - Disse Saito enquanto pegava um caderno de dez matérias do Capitão América que obviamente era pra ele.

- Espera ! Você nos matriculou sem ter certeza da série em que estamos ? É isso mesmo ? - Saya questionou indignada, e o que aumentou ainda mais sua indignação foi ver que Sakura comprou um caderno da Barbie pra ela. Poxa vida, Saya já não tinha mais a idade da Sarada.

- Na verdade vocês não estão matriculados, já que seu pai ainda não conseguiu as transferências da escola anterior - Sakura respondeu - Mas eu falei com a diretora e vocês poderão frequentar as aulas até o Sasuke conseguir resolver tudo.

- E quanto tempo vai demorar ? O papai já conseguiu entrar em contato com a nossa antiga escola ? - Saito perguntou para a madrasta.

- Vai ser bem rápido, Saito - Disse a loira - Hoje ainda ele vai enviar um email pra antiga escola de vocês pra conseguir a transferência.

- Poderia ter nos levado para escolher os materiais - Saya olhava com desgosto para os materiais que sua madrasta escolheu.

- Saya, eu não sabia se vocês estavam acordados, preciso trabalhar à tarde e vocês tem aula amanhã - Sakura falou, tentando manter a paciência, era óbvio que a ruiva estava querendo implicar.

- Eu gostei dos meus - Saito recebeu um olhar de desaprovação da irmã após dizer isso.

Sakura foi para seu quarto tomar um banho e deixou os materiais escolares dos enteados sobre a mesinha de centro.

Após o banho, a loira vestiu um short jeans rosa e uma blusa branca. O relógio ainda marcava 9:42 e ela só iria para o hospital às 13:00. Voltou para a sala e viu os dois adolescentes assistindo, mas Saito estava com uma tremenda cara de tédio.

- O que houve, Saito ? Não gosta do filme ? - Sakura perguntou, chamando a atenção do garoto.

- Filme de romance é um saco ! - Ele respondeu emburrado e Sakura riu, afinal, Saito ficava idêntico ao pai quando estava com a cara fechada.

- Querido, fique à vontade - A loira falou com a voz doce - Essa casa é sua também, você pode assistir no meu quarto ou mexer no computador lá no escritório se quiser, não precisa ficar com vergonha.

Sakura se virou para ir até a cozinha e Saya fez uma careta para ela. Definitivamente, a ruiva não estava gostando nadinha de ter que morar com a madrasta.

- Bruxa ! - A garota murmurou e Saito a encarou com uma sobrancelha arqueada - Ela só quer te conquistar pra depois dar o bote ! E você tá caindo direitinho, seu zé mané.

- Não exagera, a Sakura só tá querendo ser legal. Ela não foi trabalhar hoje de manhã pra poder ir resolver as coisas para nós podermos estudar, comprou nossos materiais mesmo sem ter obrigação de fazer isso.

- Comprou com o dinheiro do nosso pai, no mínimo - A ruiva falou com raiva - E, como você mesmo disse, ela não tem obrigação de fazer isso, fez porque quis !

- Pois é, a Sakura nos fez um favor, o mínimo que você poderia fazer era agradecer.

- Vai ficar do lado dela, Saito ? - Saya perguntou indignada - Daqui a pouco tá chamando ela de mamãe.

- Você lembra do que a mamãe dizia, não lembra ?

A pergunta de Saito fez o coração de Saya bater mais forte. Karin nunca, jamais falou mal de Sakura para as crianças, muito pelo contrário, ainda assim, Saya não conseguia aceitá-la.

"Eu estou separada do Sasuke, mas ele continua sendo o pai de vocês e se ele está com a Sakura é porque a ama. Ela não vai assumir o meu lugar, eu vou continuar sendo a mãe de vocês, mas eu peço que a respeitem e que tentem se dar bem com ela."

Saya abaixou o olhar quando a voz de Karin ecoou em sua mente. Mas a menina jamais aceitaria outra mulher casada com seu pai, principalmente agora que sua mãe morreu e ela era obrigada a morar com o pai e a madrasta.

- Saito, a mamãe nunca iria dizer "Olha, a madrasta de vocês é uma víbora e foi por causa dela que eu e o pai de vocês nos separamos" para duas crianças ! - Disse Saya, insistindo que Sakura foi responsável pela separação de seus pais - Eu não aceito isso, e nunca vou aceitar.

- E o que você vai fazer ? - O moreno perguntou, já irritado com a teimosia da irmã.

- Eu vou transformar a vida dela num inferno.

[...]

Quase meio dia, hora de ir buscar a pequena Sarada. Sakura calçou um par de sapatilhas pretas, pegou as chaves do carro e foi até a sala, onde Saya e Saito continuavam assistindo o tal filme de romance. Ou seria outro filme de romance ?

- Estou indo buscar a Sarada, alguém quer ir comigo ? - Indagou a loira.

- Ah não, não quero perder o final do filme - Saya falou sem ao menos tirar os olhos da televisão.

- Eu vou - Saito se levantou - É bom que eu conheço logo a minha futura escola - O garoto se virou para a Sakura - Eu vou estudar na mesma escola que a Sarada, né ?!

- Vai sim - Sakura respondeu com um sorriso no rosto.

- Então beleza. Só espera eu me calçar.

Saito foi até seu quarto para se calçar, deixando Sakura e Saya a sós. A mulher queria tentar puxar assunto com a entenda, mas a garota parecia tão distante e tão concentrada no filme que Sakura ficou até sem jeito de iniciar alguma conversa.

Assim que Saito voltou, ele e Sakura saíram para ir buscar a pequena Sarada na escola, a garotinha ficaria muito feliz ao ver seu irmão lá.

Logo que os dois saíram, o filme que Saya assistia acabou. A ruiva desligou a televisão, se levantou e caminhou até a sacada. Ficou lá, totalmente entediada, foi quando viu uma farmácia e uma luz se acendeu em sua mente.

Ela saiu correndo até o quarto, calçou suas sandálias e foi procurar por Guren, que estava na cozinha terminando de fazer o almoço.

- Guren, eu preciso ir até a farmácia, não vou demorar, mas não tenho chave, então quando eu voltar você abre a porta pra mim, tudo bem ?! Tchau.

Antes que Guren pudesse abrir a boca para dizer alguma coisa, Saya saiu correndo e foi rumo à farmácia para comprar alguma coisa.

[...]

- Sakura, eu posso te pedir uma coisa ? - Saito perguntou enquanto sua madrasta dirigia rumo à escola de Sarada, cortando o silêncio que dominava naquele carro.

- Claro que sim - Sakura respondeu sorridente, ela estava mesmo pensando em como puxaria algum assunto com o garoto.

- Eu queria muito ver meus avós. Será que teria como você ou o meu pai me levar na casa deles ?

- Lógico que sim, Saito - Ela respondeu - Se você quiser ir pra lá após o almoço eu te levo quando estiver indo trabalhar.

- Tudo bem, obrigado.

Sakura estava feliz, finalmente estava conseguindo se dar bem com o filho de Sasuke. Na infância, o garoto pouco falava com a madrasta e costumava evitá-la, Sakura não podia deixar de se alegrar com o fato de que Saito estava mais sociável.

Um ela já estava conseguindo conquistar, mas ainda tinha um grande desafio chamado Saya Uchiha.


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Notas finais do capítulo

O que a peste ruiva irá comprar na farmácia ? Heheh
Beijinhos e até o próximo.
Agora vou responder os comentários de vocês ;)