Em minha alcova de sombras

Espero pela escuridão,

Que há de dar um fim

Neste monstro em que me tornei.

Vida cativa eu levei,

Me protegendo da luz

Que quando penetra nesse sangue maldito,

Faz do mais repugnante sentimento, o mais belo.

Faz dos olhos enchergarem ilusões,

E faz da mente inocente criações de lúgubres fantasias.

A temporada de felicidade passou

Virei face noruega novamente,

Ferido pela dor e,

Pela falta do vício, agora já contido.

Abri a porta e fitei o luar a me encarar,

A espera da morte eterna á me levar.

Demoraria ela para tomar-lha em meus braços,

Ou teria eu, de continuar á uivar à sua espera?