Ventou forte lá fora.

Balançou a copa das árvores.

E agora chove, torrencialmente

Ao pé da montanha.

Não sei mais se quero viver,

a felicidade em mim foi varrida

pelo vendaval da dor.

E o que jaz aqui é apenas um corpo,

sem vida, sem alma, sem coração,

sem amor.

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Chega lá no denso céu

A lua a acompanhar as estrelas.

Ah!, e aquele tempo vindouro

                                     [que não volta.

Aquela rosa jaz agora,

                                    [morta.

Neste coração gelado reina as trevas

de prazeres mórbidos e de paixões doentias.

Teu toque, antes quente, como um raio de sol

É agora gelado, como o inverno inóspito de fim de abril.

E este inverno salgado

intensifica o vazio do meu ser.

Ah!, e aquele tempo vindouro

                                   [que não volta mais.

O doce licor de teus lábios procurei,

porém não o encontrei.

Aquela rosa jaz agora,

                               [morta.

As doces carícias, que em sonhos te fazia

eram, antes, o pazer de minha vida.

E agora que o falso regozijo foge-me da boca,

aceite esta moribunda ao teu lado.

(E ela, óh, ela!, nossa adorável amiga)

E desperte! Leve-me para junto de tí,

Para que mais uma única vez

Nosso astro companheiro possa

nos ver uma vez última.