Black Angel escrita por summer


Capítulo 21
Encontros


Notas iniciais do capítulo

Era brincadeira, eu já ia postar mesmo!
Espero que gostem ♡



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Dick e eu nos encontramos no shopping, exatamente onde Suzi havia combinado. Alguns minutos depois, ela se sentou na nossa mesa, pediu um suco de uva e começou a tagarelar com seu jeito afobado e ansioso.

– Ele não costuma se atrasar... - Ela falou pela terceira vez, pelo menos.

– Fica fria, Sue. Estou feliz por finalmente conhecer seu namorado oficial. - Tentei soar tranquila

De repente, Suzi abriu um sorriso, olhando para algo que vinha atrás de mim, na entrada do pequeno restaurante. Ele passou por mim e se sentou bem à minha frente. Nenhum de nós disse nada e Suzi pareceu confusa.

Era apenas a terceira vez que eu via Dave, mas tudo parecia tão natural quanto devia ser. Caímos no riso e Suzi ficou olhando.

– O que há? Vocês já se conhecem?

– Dave é meu irmão!

– O quê? - Ela arregalou os olhos

– Eu contei a você, Sue. Reencontrei minha irmã mais nova.

– Mas eu não sabia que ela minha prima! - Todos rimos

Levou um tempo até que Suzi se acostumasse com a ideia, mas, quando aconteceu, ela ficou eufórica, mal podia acreditar que nossas famílias estavam intensamente ligadas e começou a fazer planos.

Comecei a olhar para o relógio. Nossas tortas já haviam acabado há algum tempo e começava a se aproximar o horário em que eu teria que inventar uma desculpa e fugir. Olhei para Dick. Ele estava despreocupado, conversando com Dave como se fossem melhores amigos há anos. Eu o deixaria em boas mãos. Peguei meu celular e o observei por um tempo.

– É a empresa. Preciso atender um chamado online.

– Mas hoje é domingo! - Suzi protestou

– Vida de help desk é assim...

Dei um sorriso antes de sair, nenhum deles pareceu realmente magoado, Dick entendeu numa boa, então tudo estava bem.

O encontro aconteceria numa parte escondida de Gotham. Quando cheguei ao endereço que Asa Noturna pediu, senti calafrios: uma capela gótica e abandonada, com a estrutura frágil e gárgulas no topo. Quando estacionei a moto, já podia ver uma figura em meio as gárgulas e soube que Asa Noturna já havia chegado.

Passei devagar pela parte interna da calpela, que se resumia a madeira quebrada e teias de aranha. A escada parecia incerta, como se pudesse desmanchar, mas subi. Asa Noturna estava observando a Gotham noturna entre as gárgulas.

– Black Angel. - Ele falou, antes mesmo de olhar para mim.

Asa Noturna era extremamente atento e peraceia estar um passo a frente de quase tudo, um herói perfeito.

– Asa Noturna. - Me aproximei

– E Viúva Negra!

A voz de Natasha me fez revirar os olhos. Havia uma coisa que eu precisava admitir: ela era decidida e sabia como atrair a atenção de alguém. Ela estava encostada na porta que caía aos pedaços, com um sorriso de canto e seu uniforme com decote ajustável, ajustado para mostrar seu belo corpo.

– Imaginei que encontraria Nick Fury aqui. - Asa Noturna reclamou

Ela caminhou até que seus corpos chegassem perto de se encostar.

– Vai ter que se contentar comigo, garotão.

Revirei os olhos mais uma vez.

– Isso é inútil. - Ele resmungou

– Não, não é. Nick vai ouvir tudo o que eu ouvir aqui.

– Certo. - Ele suspirou - Eles declararam guerra em Gotham. A SHIELD precisa proteger os verdadeiros alvos dos ataques que virão. E tenho certeza que vocês sabem quem são.

– Sim, nós sabemos.

– Então onde estavam ontem?

– Não se preocupe, garotão. Providências já foram tomadas.

– Ótimo. - Asa Noturna virou de costas, voltando para as gárgulas.

Natasha fingiu que eu não estava ali e saiu da capela tão rápido quanto entrou. Fiquei parada, esperando um motivo para me mexer. Observei um pacote de papel pardo entre duas gárgulas, exatamente onde Asa Noturna observava.

– Eles declararam uma guerra para que não haja desconfiança dos ataques. A guerra é um pretexto para atacar os verdadeiros alvos. - Explicou

– "Eles" são...

– Todo tipo de bandido mercenário nessa cidade.

– E os verdadeiros alvos, por acaso, estão dentro deste pacote?

Ele colocou a mão sobre o pacote, como se pudesse escondê-lo e voltou sua atenção para mim. Estendi o braço, ele hesitou, mas me entregou. Com o pacote nas mãos, olhei para os lados, procurando algum lugar para me apoiar e acabei me sentando no chão, com as pernas cruzadas.

Abri o pacote e comecei a tirar papéis e fotos grampeadas. Passei por vários nomes e rostos, até encontrar os conhecidos: Anne Berkeley e todas suas informações, endereço, conta de banco, ficha policial, familiares e possíveis alvos relacionados a ela, como seu marido e sua filha, havia apenas uma foto de uns dez anos atrás, com Anne jovem e sua filha de uns onze ou doze anos. Dave Reed Amell e todas as suas informações que boa parte eu nem conhecia, alem de possíveis alvos, como sua mãe adotiva, Cíntia, e sua namorada, Suzana Lane, havia uma foto de Dave com a mãe e um foto de Dave e Suzi juntos num show de rock; Bruce Wayne tinha muitos zeros em suas contas, muitas propriedades em seu nome e apenas um nome relacionado a si, seu filho, Damian Wayne, havia uma foto de Damian, ele tinha os traços do Wayne, porém parecia bravo o tempo inteiro; Richard Grayson, policial de Gotham e dono de uma pequena fatia da Wayne, porém com grande influência. E havia apenas um nome marcado em sua lista: Alicia Lane Amell.

Senti um embrulho no estômago ao lembrar o quanto Dick estava em risco por ser teimoso e justo, senti medo e orgulho. Analisei a foto tirada de nós dois, em um dos nossos primeiros encontros, na saída de um restaurante fino. Estávamos de mãos dadas e Dick me puxava para fora do restaurante, com sorrisos nos nossos rostos.

Saímos do restaurante de mãos dadas. E eu estava morrendo de fome.

– Sinto muito! - Ele pediu - Eu não sabia que você não gostava de sushi.

– Não é que eu não goste, eu...

– Você não gosta!

Paramos na entrada, esperando que trouxessem o carro.

– Mas o jantar foi incrível.

– Você nunca ia me contar que não gosta se eu não descobrisse, não é?

– É.

– Por quê?

– Você estava fazendo um esforço tão legal para que tudo desse certo. Não quis destruir isso. - Abri um sorriso

Ele deu um sorriso encabulado e quase pude vê-lo corar.

– Acho que vai ser mais legal se formos comer uma pizza. - Ele envolveu minha cintura com seus braços.

Asa Noturna estava sentado à minha frente, me observando. Desejei, por um segundo, vê-lo longe daquela máscara para ter alguma ideia do que ele estava pensando.

– Algum problema com a ficha do Grayson? - Ele perguntou

– Não. O único alvo aqui é uma namorada? Eles estão juntos há pouco tempo...

– Mas a proteção dela é importante. Eles estão apaixonados, ele faria qualquer coisa se ela estivesse em risco. Assim como Dave Reed Amell e Suzana Lane, ou Harry Osborn e Lana Casteli.

O quanto Asa Noturna conhecia os alvos daquele pacote? Como ele poderia saber se Dick estava apaixonado ou não?

– Entendido.

Asa Noturna esclareceu mais alguns detalhes sobre alguns nomes, e depois partimos, um para cada lado, mas ambos mergulhando na escuridão de Gotham.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo: ... A Guerra!



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