How I Met Your Father escrita por ericatron


Capítulo 11
Capítulo 11 - Ensaio sobre uma treta cabulosa


Notas iniciais do capítulo

só posso dizer uma coisa sobre esse capitulo:
FUD*U GALERA



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/646462/chapter/11

Harry, se tem uma coisa que meus amigos aprenderam ao longo do tempo foi a não me deixar sozinho. Acontece que o universo sempre conspira para que eu, esse inocente cãozinho, seja colocado em perigos ACIDENTAIS. Repito, os perigos são TOTALMENTE ACIDENTAIS.

Bem, como você vai ter que ouvir exaustivamente um dia, seu pai jogava no time de quadribol. Remo havia se tornado monitor no quinto ano e vivia ocupado e Pedro e nada era a mesma coisa. Na verdade, ele só piorava a encrenca. Na história de hoje eu não estava sozinho, mas estava praticamente sozinho, porque quem ficou “cuidando do Sirius” foi exatamente o seu tio Pedro.

Fazia um tempo que ele estava de olho em uma garota do quarto ano chamada Lucy Jordan, que esse ano estava tentando entrar para o time da grifinória na posição de batedora.

— É melhor você agir rápido – eu falei, enquanto andávamos em direção ao jardim. – Daqui a pouco ela entra para o time e fica com um braço mais musculoso do que o outro por causa... sabe... do taco.

— Bom... – ele falou. – Até que eu gosto...

Dei um cutucão nele.

— Ela tá vindo aí, aja naturalmente.

Harry, nunca diga para o seu tio Pedro agir naturalmente. Aparentemente, ele não faz ideia de como ele anda, ou fala, ou gesticula, e quando alguém diz isso ele simplesmente tenta imitar a si mesmo de uma forma muito errada.

Ele tirou o chapéu de bruxo da cabeça e começou a rodar como se fosse uma bolsinha.

—  Rabicho... – falei, mas ele não prestou atenção porque estava muito concentrado em agir naturalmente.

Ele então começou a falar, gesticulando como uma atriz ruim.

Então, a seleção parra o time de quadrriboll— disse, imitando um sotaque francês sem nenhum motivo aparente. – Não farrei esta seeman’a porr estarr com a agen’da academique deverras lotade.

— Rabicho ela ta vindo pra c... – não deu tempo de avisar meu amigo.

— Olá, meninos – disse Lucy, passando por nós um pouco apressada. – Vocês vão ver o treino de quadribol hoje?

— Sim – disse Rabicho rapidamente e, depois de perceber que não estava se esforçando para “agir naturalmente”, pigarreou. – Estarrei lá. Mas o Sirrios não irrá, só eu.

­- Ah – disse ela, meio desapontada. Então eu agi rapidamente usando a tática que eu sempre uso quando a garota que meu amigo quer parece preferir a mim (acredite, isso acontece bastante) e enfiei o dedo no nariz depois comi.

Imediatamente ela sorriu para Rabicho e disse:

— A gente se vê. Me deseje boa sorte! – e saiu apressada.

— Eu vi você enfiando o dedo no nariz – disse ele, enfiando a mão no bolso e andando cabisbaixo em direção ao campo de quadribol.

— Você vai me deixar sozinho! – exclamei, indiferente.

— Ela nem me queria, queria você – continuou, infeliz.

— Você vai me deixar sozinho!

— Você precisou comer meleca pra ela olhar pra mim.

— Você vai me deixar sozinho!!

— SIRIUS, FOCO!

— Olha – falei, com sabedoria. – Se ela realmente me quisesse, ia me querer mesmo depois de eu comer meleca.

— Você acha? – perguntou, erguendo seus olhos de ratinho esperançoso.

— Claro – continuei – por que você acha que ainda não arranjei uma namorada? Nenhuma delas passou no teste do catarro. Elas só querem porque eu sou tão bonito que pareço que não cago. Quando elas veem que também sou um ser humano e não um deus, a magia acaba.

— Cara, isso é muito triste – ele falou, botando a mão no meu ombro.

— Eu até gosto – disse eu, tirando tranquilamente o cabelo dos olhos. – Pelo menos não sinto remorso na hora de dispensar alguém.

— E quanto ao seu verdadeiro eu?

— Guardo pros amigos.

— É, mas em cinco anos de Hogwarts ninguém nunca gostou de você pelo que você realmente é – disse ele. – Tudo o que elas querem é uma fantasia com uma idealização romantizada de alguém que elas nunca amariam se conhecessem de verdade.

Eu parei de andar e olhei pra ele.

— Cara, essa doeu.

— Desculpe – disse ele.

— É isso que você diz depois de eu comer meleca por você?

— Eu já pedi desculpa, cara!

— Mas então – falei, mudando de assunto. – Já que você quer ficar a sós com a garota eu vou nessa.

Não esperei resposta e fui andando em outra direção, revoltado. Mas é claro que as pessoas gostariam de mim pelo meu eu verdadeiro. Não tenho culpa se eu simplesmente uso meu corpinho sarado como artifício para esconder uma personalidade maravilhosa e genial.

Mas eu precisava de provas, então virei um cachorro e saí pelo castelo.

Tudo o que eu tinha que fazer era evitar os professores e Filch. Talvez eu possa até assustar aquela gata lazarenta dele.

Corri pelo pátio com a língua para fora, feliz. Por que eu nunca fiz isso antes? As pessoas paravam para brincar comigo, principalmente as garotas. Cacete. Eu podia lamber a cara delas. Eu podia enfiar o nariz no bumbum delas. Mas é claro que eu não fiz isso porque eu não curto zoofilia.

Um pessoal jogou um galho para mim e eu fui correndo pegar. Quando eu fui ver tinha uma galera olhando e fazendo fila para brincar comigo também.

Era chegado o momento. Eu tinha que fazer o teste do catarro com eles.

Como eu não podia enfiar o dedo no estilo humano, enfiei a língua no nariz. Um menino do primeiro ano gritou e apontou, animado!

— Olha! Olha só o que ele sabe fazer! – e todo mundo aplaudiu e me fez carícias.

Lati e saltitei, animado, correndo para pegar mais um galhinho. As pessoas começaram a jogar mais e mais galhos e uns 30 minutos depois eu já tava louco atrás de uns 12 galhos diferentes.

Cansei, falei, em forma de latido, embora estivesse feliz por ser tão amado.

E então, Filch apareceu no portão. Rapidamente me escondi atrás de umas crianças, que se juntaram feito pinguins para me ocultar. – Quietinho – disse um deles, e eu passei a patinha na cara em sinal de aquiescência.

— O que vocês estão fazendo aí? – perguntou ele, com aquela voz toda arrogante dele.

— Aproveitando essa bela tarde ensolarada – disse um deles.

— Não está fazendo sol – retrucou Filch, desconfiado. Eu não podia me transformar em humano de novo porque senão eu ia preso. Eu iria ser o bruxo mais jovem e mais belo a ir parar em Azkabam! Aquele lugar não me merece...

As pessoas começaram a se aproximar, aumentando o número de pessoas que me escondiam. Então, o Hagrid apareceu, com um enorme saco marrom na mão. Com o tamanho dele, tenho quase certeza que ele conseguia me ver por cima das cabeças daqueles primeiranistas.

­- Qual é o problema, Argo? – perguntou, educadamente.

— Essas crianças estão agindo de uma forma muito estranha – resmungou o zelador, pegando a gata no colo.

— Mas não estão fazendo nada de errado, han? – Então ele entregou o saco que carregava a Filch. Estava úmido e parecia conter algo bem nojento. Filch precisou das duas mãos parar conseguir segurar. – Escute, você pode entregar para a professora Sprout essas minhocas cantadeiras? Ela estava precisando para fazer adubo.

Filch abriu o saco por alguns segundos e um sonzinho bem agudo saiu dela. Ele o fechou novamente e saiu resmungando. Madame Nor-r-ra ficou para trás, contornando as crianças, tentando me encontrar. Mas então Filch a chamou e ela se foi.

Não foi dessa vez que eu enrabei a bichana.

Hagrid passou por mim e fez um carinho na minha cabeça.

— Quem quer que tenha trazido esse garotão aqui, é melhor tomar mais cuidado – disse, olhando para as crianças, e se foi.

Hagrid é legal. Ama os animais.

Brinquei um pouquinho mais com meus fãs e resolvi descansar. Ecostei-me perto de um banco e uma menina veio me acariciar.

Droga, era a minha ex.

Então, outra menina sentou-se com ela e começaram a conversar.

Droga, era minha outra ex.

Uma terceira garota se juntou ao grupo.

Não era minha ex, mas era a garota que eu estavam ficando.

NÃO. ESSAS TRÊS NÃO PODEM FICAR JUNTAS.

— Oi meninas – disse ela, sentando-se e acariciando meu pelo.

— Oi, Cleo! Como vai? – disse uma delas, Judith.

— Fiquei sabendo de você e Sirius – falou a outra, Diana. Ela foi direto ao assunto, essa safada! Bem que o Sr. Fulia havia me dito para eu não me relacionar com alguém de Virgem com ascendente em Aries.

— Ah – disse Cleo, colocando o cabelo atrás da orelha. – Não é nada sério.

— Nada sério ainda, não é? – continuou Diana. Mas que fofoqueira desgramada.

— Não sei – disse Cleo. – Não acho que ele seja muito de namorar.

Garota esperta!

— A não ser que você mude ele – retrucou Diana. Essa menina é venenosa viu?

— Ah, aquilo ali não muda não – Judith falou. Que duas caras, ontem mesmo conversava comigo como se fosse minha melhor amiga! Típica geminiana.

— Que isso, menina, todo mundo muda – Diana falou.

— Será? – Cleo perguntou, indecisa. Só podia ser de Libra...

— Olha, eu aposto que sim! – continuou a outra, botando lenha na fogueira. – Uma hora ele vai ter que sossegar.

— Coitada da garota – Judith resmungou. – Imagina conviver com aquele ogro machista.

— Ogro, Juh? – perguntou Cleo. – Por quê?

— Ah, ele é aquele macho típico, sabe? Come meleca e tudo.

— Eca – Cleo falou, fazendo careta. É, essa também não passaria no teste do catarro.

Eu estava cansado daquele papo. Dei uma breve urinada no pé de Judith (mas é claro que guardei um pouquinho para o caso de encontrar o Ranhoso) e saí andando. Eu só precisava saber as horas.

Olhei ao redor procurando alguém com relógio e vi a namorada atual do seu pai, a Lia. Cheguei perto dela tentando olhar as horas em seu pulso, mas ela desviou distraidamente o braço e começou a coçar minha orelha.

Ela estava conversando com um colega da Sonserina que eu sempre fiz questão de esquecer o nome.

— Você está certa – disse ele. – Só o que nós não podemos é deixar esses trouxas saírem ganhando.

— Pois é – ela falou, concordando. – Nós somos claramente melhores, pra quê esconder isso?

O quê???

O QUÊ??W

O QEUEUEUEQUEQUE???

Danem-se as horas, eu saí correndo dali. Eu conto? Ou não conto? Eu conto? Ou não conto? SE EU NÃO CONTAR ELE VAI DESCOBRIR DA PIOR FORMA MAS COMO É QUE EU CONTO UMA COISA DESSAS? AAAAAAAAAAAAA

A namorada do Pontas é uma odiadora de trouxas!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!