Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 26
26 - Parem de fazer isso com minha irmã!


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, eu estou tendo certa dificuldade para escrever porque eu estou doente e com muitas dores, não sei o que é, só sei que dói muito. Minhas costas, meu pescoço, minha mão, ombro, dóis quando eu sento, ando e falo.

E está meio difícil de escrever. :/
Mas eu gostaria de agradecer muito mesmo a Lumos por ter feito uma recomendação! Eu amei e fiquei muito emocionada, são quatro recomendações! QUATRO! Eu surtei! c:

Bem, vamos ao capítulo.



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Olhei suspirando nostálgica para o Expresso Hogwarts.

Bem, Andy e meus pais surtaram ao me verem em casa um dia antes, aparentemente eles iam fazer uma festa de boas-vindas surpresa, mas eu estraguei seus planos.

Enfim...

Me virei para os adultos a minhas costas e olhei chorosa para Dora.

– Calma, Mione! Nas férias você vai poder mimá-la! – Andy riu com Ted, fiz beicinho e Dora estendeu os bracinhos roliços para mim. A segurei e lhe dei um beijo no topo dos cabelos, que mudaram de rosa para azul e para rosa novamente, Andy e Ted se mudaram para uma casa que o tio de Sirius lhes deu, apenas eu e Sirius sabíamos disso já que ele me contara, nem mesmo os dois sabiam.

Entreguei Dora para Ted e abracei toda a minha família, e isso incluía Ted.

– Se ela andar, falar, mandar beijo, pegar o primeiro resfriado, não importa. Me escreva! – Falei com os olhos arregalados e segurando as mãos de Andy, ela riu junto com Ted e me abraçou uma última vez, Sirius, James e Remus já haviam entrado depois de se despedirem de todos me deixando ali sozinha.

– Mione, se o Sebastian mexer com você, pode azará-lo. – Papai falou sombrio e mamãe lhe deu um tapa no braço enquanto eu ria.

– Pode deixar, papai, eu irei. – Mamãe suspirou e eu ri baixinho lhe abraçando, ela me olhou com a boca torta desde a saia, ao cabelo arrumado. – Algo errado, mamãe? – Perguntei polidamente. Eu não era assim, mas ficava desse jeito perto dela para que ela note a mudança, ficava como um robô, e ela odiava.

– Nada, minha filha, nada. – Sorri de leve e deslizei para dentro do trem suspirando e rolando os olhos, comecei a procurar os meus outros amigos antes de ir para os marotos, estava com saudades. De longe vi Severo ao lado de Régulo e Lily, corri pouco me importando com os saltos e pulei neles gritando. Os mesmos saltaram de susto e se viraram para mim, abracei os três de uma vez e eles riram me abraçando de volta.

– Que saudades de vocês! – Berrei e eles riram novamente me soltando, os larguei e beijei a bochecha de cada um. Maldito habito francês, eles arquearam as sobrancelhas me olhando cima a baixo. – Sem comentários. – Ri e eles me seguiram, entramos numa cabine e eles se sentaram me encarando repreendedores.

– Porque não respondeu nossas cartas? – Régulo perguntou e eu notei que ele ficara mais alto.

– Eu nem sabia que haviam me mandado cartas! Tive que ir para a França para virar uma “dama” – fiz aspas com os dedos rolando os olhos e eles riram novamente – e minha tia deve ter escondido as cartas, toda vez que eu tentava escrever algo para vocês, aquela velha com cara de nova me pegava no ato! – Bufei e eles riram pelo nariz.

– Isso explica. – Murmurou Severo meio aliviado, sorri para ele e o mesmo devolveu o sorriso tímido. – Hm... Lils, será que poderíamos falar com Mione em particular? – Ele trocou olhares com Régulo acenando com a cabeça e Lily sorriu para nós.

– Claro, vou procurar as meninas. – Ela saiu me dando uma piscadela e fechando a porta, o trem começou a andar e a cabine entrou em silêncio profundo.

– Então... – Comecei e eles respiraram fundo.

– Fizemos nossas escolhas. – Régulo começou e eu engoli seco ficando nervosa, eles se entreolharam novamente e Régulo continuou. – Nós...

– Não vamos nos envolver com magia negra. – Suspirei audivelmente aliviada com a fala de Severo e eles riram baixinho, coloquei uma mão sobre o peito respirando fundo.

– Não façam isso comigo! – Grasnei sentindo meu coração bater contra minhas costelas de modo violento.

Mas... – Severo completou, eu choraminguei e ele sorriu de lado. – Vamos estuda-la. Não nos envolveremos, mas a achamos interessante o bastante para ser estudada. – Respirei fundo tentando engolir os xingamentos e os encarei.

– Está bem. – Desisti cansada e eles sorriram abertos. – Mas saibam que agora que fizeram as suas escolhas, não vou deixá-los mudar de ideia! – Bradei convicta e eles sorriram de lado.

– Acredite, nós não vamos. – Tremeu Régulo ficando pálido e eu sorri triste.

– Como você está com esse lance do... Você sabe... Lestrange. – Sibilou com raiva o sobrenome dele, Severo. Senti o peso no estômago e entortei a boca mordendo a pontinha do meu lábio inferior.

– Estou... Bem. É, estou bem. – Dei de ombros e eles sorriram penalizados, rolei os olhos e chiei. – Não me olhem desse jeito! Já basta toda corvinal e lufa-lufa me encarando com pena. – Eles riram pelo nariz e eu me levantei sorrindo, beijei as bochechas dos dois e me despedi procurando as meninas. Olhei por uma janela e vi o time de quadribol ali, abri e porta sorrindo. – Sentiram minha falta?

– Hermione! – Marcus grasnou, ele me olhou admirado de cima a baixo e eu sorri mais larga, entrei sendo recebida por abraços de todos, Wood estava quase um monstro de tão alto que estava, ele poderia até ir morar no lago junto com a lula gigante! Ri com meu pensamento e ele me envolveu em seus braços musculosos.

– Como você está, garota Potter? – Ri baixinho com a pergunta de Wood, nunca muda.

– Bem e com uma louca vontade de derrubar sonserinos das vassouras. – Sorri maldosa e eles engoliram seco me fazendo rir.

– Isso é ótimo! Daqui a duas semanas já serão os testes. – Wood falou animado, sorri acenei com a cabeça me despedindo de todos, que ainda me encaravam estupefatos pela mudança. Finalmente achei as meninas junto com os marotos, mas algo estranho.

Marlene estava sentada no colo de James e Lily no de Sirius, Dorcas no de Pedro e Remus ria de se acabar, arqueei uma sobrancelha abrindo a porta.

– O que eu perdi? – Perguntei confusa, Lily estava praticamente roxa de vergonha e Dorcas estava vermelha de raiva. Apenas Marlene estava de boas no colo de James abraçando seus ombros.

– Elas fizeram uma aposta de quem aguentava ficar mais tempo no colo dos meninos, mas Lily se negou a se sentar no colo de James, Dorcas também, então elas brigaram por Sirius, mas agora Lily se arrepende. – Remus resumiu e eu gargalhei e me sentei em seu colo ouvindo-o engasgar junto com James, todos riram junto comigo e eu encarei Marlene a imitando.

– De boas? – Ela riu junto com James.

– Ótima. – Respondeu com uma piscadela e eu ri jogando a cabeça para trás, mas engasguei ao ver Pedro.

– Pedro! – Guinchei e ele deu um salto no banco fazendo Dorcas pular e xingá-lo com raiva.

– Vá se foder, Pettigrew! – Eu ri junto com os outros enquanto ela bufava.

– O que foi, Mione? – Perguntou olhando assustado para os lados como se esperasse ver Voldemort com a varinha apontada para nós.

– Você está muito gostoso! – Ele se calou me olhando descrente.

– Eu estou o que? – Gaguejou e Marlene riu.

– Você está gostoso. – Sibilou pausadamente o fazendo corar como nunca, ele ainda não se acostumara com isso ainda. Mas, wow, ele estava magro, com os ombros largos e com músculos!

– Desisto! – Guinchou Lily levantando num salto fazendo-nos rir, Dorcas a imitou fazendo cara de nojo. – Você ganhou Marlene! – Ela riu vitoriosa e se levantou dançando de modo estranho.

– Suas frescas! – Riu e eu lhe segui me acomodando em Remus o fazendo rodear minha cintura, coloquei os pés no banco ao lado de Pedro vendo que o mesmo ainda nos encarava constrangido. – Então, Mione... – Começou Marlene com a voz assustadoramente calma se sentando entre Lily e James, respirei fundo e tapei os ouvidos. – Porque não respondeu nossas malditas cartas?! – Berrou e todos chiaram para ela já que o espaço confinado fez sua voz retumbar.

– Estou bem, Lene. E você? – Falei sarcástica e ela me olhou de modo assustador, rolei os olhos e sorri para ela. – James, será que podia explicar? Me cansei de ficar repetindo.

– Bem, minha querida irmã foi forçada a ir para França por minha mãe para aprender a se tornar uma dama, mas nossa tia, sendo a louca que é, não lhe mostrou as cartas que chegavam e não a deixava nos enviar nada. Fim. – Falou olhando por cima da cabeça de Marlene, para Lílian, que mantinha uma conversa com Dorcas.

– Ah, tudo bem, então. – Lene deu de ombros esquecendo completamente o assunto e eu ri negando com a cabeça, Lils acabou a ir com Dorcas procurar Sevs, deixando assim apenas eu, os outros marotos e Marlene. Mas havia algo estranho, estreitei os olhos para meus amigos e apontei para Marlene e Sirius.

– Porque vocês não estão brigando? – Eles se entreolharam e riram.

– Bem, Neve. Decidimos que iriamos parar de brigar e tentarmos uma relação saudável de amizade. – Eu abri a boca em choque.

– É hoje que Merlin volta da tumba. – Brinquei e todos riram enquanto eu ainda estava mortificada. – E porque decidiram isso?

– Porque notamos que isso é algo estúpido, e que já basta Lily e James, além de que agora temos Dorcas e Pedro brigando também. – Marlene começou e eu ri pelo nariz. – Você é a única que tem o relacionamento saudável com todos os outros marotos.

– Talvez porque ela seja uma marota? – Sirius sibilou sarcástico e Marlene o encarou com os olhos faiscando.

– Olha aqui, cachorro pulguento...

– Epa, epa! Relação saudável! – Exclamei e eles respiraram fundo se acalmando, ri baixinho com Remus mas o riso não durou já que a porta da cabine foi aberta com violência mostrando um Rabastan de aparência desesperada. Fechei a cara, mas ele nem teve tempo de falar nada já que Sirius, James, Marlene e até Pedro se levantaram na hora e fizeram uma barreira com caras hostis.

– Será que eu precisarei de azarar também, Lestrange? – Sibilou Marlene tão assustadora que ele recuou um passo engolindo seco.

– Mione...

– Potter. – Corrigimos eu, James e Sirius na hora. Ele engoliu seco novamente respirando fundo e me mirando tentando ignorar as outras presenças.

Potter, – ele franziu a cara ao me chamar desse jeito, como se doesse – será que eu poderia falar com você?

– Não. – Sibilei fria e de modo curto, ele franziu as sobrancelhas em uma expressão magoada, mas eu apenas arqueei as minhas o olhando com tédio. – E sugiro que não torne a me procurar se não quiser ser azarado, aprendi alguns feitiços novos e estou louca para testá-los. – Sorri maliciosa e Rabastan respirou fundo novamente antes de sair, todos voltaram a se sentar depois de fecharem a porta, mas eu notei que Remus estava quieto. Olhei para ele e o mesmo parecia pensativo demais. – Remus, o que foi? – Sussurrei vendo que todos entraram em uma conversa sobre quadribol.

– Hm? Nada, Mi. Só estava pensando nas aulas adicionais. – Mentiu e eu o olhei torto e debochada, ele riu de modo nasalado e me fitou atentamente antes de murmurar lentamente. – Estava pensando como eu fiz para conseguir amigos como vocês. – A palavra “amigos” me incomodou um pouco, não sei exatamente o motivo já que – acredito eu, – eu já não supria mais nenhum tipo de sentimento romântico por Remus.

– Acredite, eu me pergunto isso todo dia. – Sorri e lhe dei um beijo na bochecha vendo Sirius nos encarar discretamente, sorri para ele e o mesmo me lançou uma piscadela voltando os olhos para James, que falava animadamente que havia aprendido novas manobras.

– Lene, porque não faz o teste de artilheira? Os gêmeos Prewett se formaram, as vagas estão completamente abertas. – James falou e ela mordiscou o lábio inferior.

– Não sei...

– Vamos lá! Não quer sofrer tendo de treinar com vários garotos musculosos e gostosos? – Brinquei e ela gargalhou de modo gostoso jogando a cabeça para trás. – Vai me deixar sozinha com esse pesadelo?

– Não posso deixar minha amiga passar por isso sozinha, que tipo de amiga seria eu se nem ao menos tentasse? – Entrou na brincadeira e nós gargalhamos logo sendo seguidos por ela.

Marlene não se permaneceu muito logo indo a procura de Alice, mas eu não fui junto por achar que a mesma deve estar com Frank, seu namorado.

Novamente, nossa porta foi aberta. Eu já estava me irritando e com um xingamento na ponta da língua, mas segurei ao vê-lo.

Adam me olhou sorridente e eu saltei do colo de Remus logo pulando nele em um abraço sentindo os olhares curiosos e indagadores dos meninos nas minhas costas.

– Adam! – Exclamei agarrada ao seu tronco, ele riu e me abraçou de volta logo me soltando ao notar os olhares meio assustadores dos Marotos.

– Ham... Olá, meu nome é Adam, irei me transferir para Hogwarts esse ano. – Se apresentou envergonhado já que odiava ser o centro das atenções, e isso só dava mais vontade ainda nos marotos de deixa-lo mais desconfortável. Sirius e James trocaram olhares significativos antes de, em silêncio, voltarem a encarar Adam, e assim continuou por alguns minutos longamente constrangedores. – Então... – Limpou a garganta já roxo de tanta que era a vergonha, os meninos não aguentaram se manter sérios, soltando assim, deliciosas gargalhadas.

– Foi mal, cara. Não conseguimos evitar. – Sirius riu com os olhos cheios d’água, rolei os olhos enquanto Adam soltava o ar que havia prendido. – Eu sou Sirius Black, bem-vindo a Hogwarts, novato.

***

Entrei na carruagem olhando de relance para o testrálio, não tive como conter as lembranças das guerras e me encolhi de modo imperceptível no banco, Sirius seguiu meu olhar franzindo o cenho, mas logo entortando a boca, ele não conseguia ver. Mas ano passado quando todos perguntaram como a carruagem andava sozinha, Remus lhes respondera que testrálios que a puxavam.

Desviei o olhar e comecei a me entreter na conversa de Régulo e dos Marotos sobre quem seria o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, já que todo ano alguém diferente assumia o cargo.

A viagem de carruagem não durou tanto tempo, mas mais uma vez, me permiti ficar feliz com o fato de que Régulo mantinha uma relação saudável e muito unida com o irmão, e isso não só mudou Régulo, mas como mudou Sirius também.

Entramos no salão principal sorrindo para os outros, estranhei não ver nem Andy nem Ted ali, mas ignorei ao lembrar que eles estavam felizes na sua própria casa com uma filha linda. Me sentei no nosso mesmo lugar, era no meio da mesa junto com Marlene, Dorcas, Lílian e Alice. Sorri para essa última de modo malicioso ao ver seus lábios inchados e vermelhos, ela corou e desviou o olhar vendo o namorado se sentar no lugar vago ao seu lado.

Muitas meninas estavam eufóricas ao verem o novo professor, mas eu, eu apenas queria que aquele professor não fosse tão idiota e convencido quanto parecia. Provavelmente pertenceu a Sonserina, pensei ao notar sua pose de “sou fodão e eu que mando nessa porra toda.” Aposto que só tinha aquela pose pois via que as meninas babavam em seu físico, nojento.

Deixei os pensamentos de lado quando o diretor se levantou com um leve sorriso e os braços abertos, como se quisesse abraçar todo o salão. Todos se calaram e o fitaram curiosos, geralmente Minerva que aparece antes do discurso.

– Sei que muitos de vocês estão se perguntando o que esse velho aqui está fazendo antes da nossa querida professora aparecer. – Brincou nos fazendo rir baixinho. – Mas apenas gostaria de avisar, que pela primeira vez em Hogwarts, iremos ter um aluno transferido de Beauxbatons! – Os burburinhos começaram e eu rolei os olhos apoiando a bochecha na mão, a maioria dos cochichos vinha das garotas já que diziam que, em sua grande maioria, os estudantes de Beauxbatons são meio-veelas. Não cheguei a perguntar se ele era, se for, será provavelmente por parte de pai. Não que sua mãe seja feia, mas o Louis, mesmo eu sabendo que era mais velho, parecia ser bem novo. – E para não atrapalhar novamente, irei logo dar os anúncios. – Sua voz retumbou pelo salão e todos se calaram novamente. – Bem, como sempre, a Floresta Negra é um local terminantemente proibido e... – Parei de escutar ao notar que os anúncios seriam os mesmos, coisa estranha já que quando eu era Granger até no discurso daquela sapa velha eu prestei atenção.

Os alunos do primeiro ano começaram a entrar junto com a professora Minerva e mais atrás estava Adam, com seu rosto vermelho e tique nervoso de puxar a orelha discretamente e passar os dedos pelos cabelos da nuca. A professora Minerva deixou o banquinho de três pés na frente e colocou o chapéu seletor em cima do mesmo, as crianças do primeiro ano estavam nervosas e pálidas fazendo muitos rirem, Sirius de uma piscadela para mim e falou alto o suficiente para apenas algumas crianças ouvirem.

– O que será que eles terão que enfrentar esse ano? – Eu prendi o riso e vi as crianças arregalarem os olhos.

– Não sei, quando fizemos, tivemos que lutar com um trasgo... Mas parece que todo ano, os desafios ficam mais difíceis! – Alguns deles cambalearam e James colocou a mão na boca enquanto Lily e Remus nos encaravam repreendedores.

– Pois é, lembra dos que não passaram e tiveram que ir para casa? Ah, que vergonha! Eu soube que alguns que voltaram, os pais ficaram tão desgostosos que os expulsaram de casa. – Muitos já estavam hiperventilando e eu estava rindo tanto que chegava a ser vergonhoso, mas tudo bem, porque eu não estava sozinha, Sirius me seguia. O rasgo no chapéu se abriu logo começando a cantar e Lily sussurrou para as crianças.

– Não se preocupem, eles estão apenas brincando, vocês serão escolhidos pelo chapéu. – Eu e Sirius lhe demos língua e todos suspiraram aliviados, começaram a chamar as crianças e eu apenas aplaudia quando iam para a grifinória, eu e os Marotos começamos a conversar sobre as matérias escolhidas, escolhemos Adivinhação, Runas antigas e Tratos de Criaturas Mágicas. Sirius ia escolher Estudo sobre Trouxas apenas para irritar sua família, mas ninguém lhe acompanhara já que não achavam interessante o suficiente para que seja estudado.

Eu fiquei tentada a escolher Aritmância, mas não queria ver tudo aquilo novamente e estava mais animada já que a professora não seria Trelawney.

– Blanche, Adam. – Minerva falou e todos se calaram, as meninas suspiraram ao vê-los passar a mão pelos cabelos da nuca de modo nervoso, ele respirou fundo e se sentou no banquinho, não demorou muito para o chapéu gritar.

– Corvinal! – Bati palmas e sorri para ele, o mesmo suspirou aliviado e foi se sentar na de sua casa, acenei para Adam e o mesmo devolveu sorrindo. Depois de mais alguns anúncios esquecidos, o jantar se iniciou, Régulo e Severo vieram jantar conosco e eu notei que os Marotos não lhe xingaram como normalmente fariam, isso deixou Lily tão animada que nem xingou James quando ele lhe chamara de ruivinha.

Da mesa da Sonserina, eu vi Narcisa me encarando com um ódio descomunal, arqueei uma sobrancelha e olhei indagador para Sirius, ele seguiu meu olhar e riu pelo nariz.

– Ela está com inveja porque você é a madrinha e tia de Dora. – Sorri de lado e acenei debochada para ela lhe mandando uma piscadela, ela fechou ainda mais a cara e apertou o garfo. Passei a lhe ignorar e o resto do jantar foi divertido e animado, muitos estavam felizes por que esse ano iriamos para Hogsmeade, todos tinham conseguido as autorizações, Régulo ficou um pouco emburrado, mas nós prometemos que o levaríamos quando estivesse no terceiro ano.

Foi ficando tarde e nós fomos saindo, me despedi de Régulo e Severo – vendo-o corar ao ficar tão perto de Dorcas -, e fui até a mesa da Corvinal para me despedir de Adam recebendo olhares raivosos de Rabastan e das meninas de todas as mesas.

Corri pulando nas costas de Remus e ele segurou minhas pernas me carregado, abracei seus ombros rindo quando ele começou a me ameaçar derrubar.

– Aluado! – Ele riu andando curvado e eu lhe dei um tapa no braço fazendo-o voltar ao normal, todos riamos com nossa palhaçada quando vimos Kath saindo de um armário de vassoura com Amos, arqueei uma sobrancelha de modo irritado e ela sorriu desdenhosa. Amos nos encarou assustado, ele não estava namorando Lils, mas eles estavam num rolo, James tentou avançar no lufano, mas Sirius lhe segurou junto com Pedro.

– Como ousa fazer isso com Lílian? – Berrou realmente irritado, Amos engoliu seco enquanto eu ainda escarava com nojo Katherine.

– Nunca pensei que fosse dizer isso, mas fico feliz que não seja mais minha amiga. Tenho pena de quem um dia lhe amar, Katherine. – Sibilei e ela ficou pálida e com o rosto levemente abatido, Remus a encarou decepcionado, e isso deve realmente tê-la magoado já que virou o rosto. – Vamos logo, eles ainda vão receber o deles. – Chiei e enfiei o rosto na nuca de Remus, os dois Marotos arrastaram Jay e nós fomos ao salão comunal em silêncio.

– O que acham de treinarmos a animagia? – Pedro tentou nos animar e Sirius sorriu.

– Pois é, tenho certeza que vocês, seus merdinhas, não irão se comparar a mim! – E a semente do desafio foi plantada.

– Ah é, cachorro?! – Eu e James exclamamos fazendo-os rirem, eles começaram a correr deixando-me com Remus.

– Quer que eu corra? – Perguntou e eu ri negando com a cabeça, mas ao lembrar que ele não poderia ver sussurrei.

– Não. – Ele se arrepiou e eu sorri de lado soprando sua nuca o fazendo encolher os ombro, ri jogando a cabeça para trás e ele resmungou algo inaudível, o abracei pelo pescoço novamente e ele apertou mais a mão em minhas pernas dessa vez me fazendo arrepiar, ele girou o pescoço com um sorriso maroto.

– Você acabou de se arrepiar? – Limpei a garganta corando e gaguejei.

– Mas é claro que não! Porque isso aconteceria? – Bufei e ele riu murmurando a senha para a mulher gorda, ela sorriu para nós dois.

– Que belo casal! – Coramos e ela riu dando passagem, rolamos os olhos e Remus me soltou reclamando que não conseguia mais subir escadas comigo em suas costas.

– Fraco! – Zombei mentindo e ele abriu a boca indignado, fiquei rindo, mas não durou muito já que ele pegou minhas pernas e me jogou sobre seu ombro me fazendo engasgar.

– Quem é o fraco agora? – Riu e começou a pular me fazendo rir e xingar, ele começou a rodar e eu ri.

– Bela bunda, Aluado. – Ele parou rindo e começou a subir as escadas para o dormitório masculino.

– Você também, Neve. – Eu ri negando com a cabeça e comecei a bater em sua bunda como se fosse um tambor, o mesmo ria querendo desviar dos meus tapas. – Ei! Você está abusando de mim! – Eu ri e ele abriu a porta do seu quarto, as conversas pararam e ele riu entrando.

– Pode me dizer porque está carregando minha irmã desse jeito? – Ouvi a voz curiosa de James e um barulho de soco em carne.

– Ai veado! – Sirius exclamou e eu tentei ver o que estava acontecendo olhando pelo lado do corpo de Remus.

– É um cervo, seu cachorro pulguento! E pare de olhar para a bunda da Neve. – Resmungou e eu ri enquanto Remus me colocava lentamente no chão.

– Não é culpa minha se ela estava ali virada para mim. – Chiou e eu rolei os olhos empurrando Rems com o ombro antes de me jogar em sua cama.

– Vamos logo começar? – Pedro perguntou animado e eu ri me sentando, Remus se deitou em sua cama ao meu lado nos observando. Respiramos fundo ficando em silêncio e eu fechei meus olhos tentando a todo custo imaginar-me como uma raposa, senti um rabo e orelhas crescerem dando uma sensação desagradável e tentei mais, mas nada acontecia. Abri os olhos e vi todos do mesmo modo como da última vez que tentamos, bufamos e eu peguei meu rabo felpudo e cheio o estudando.

Sirius ria como nunca de Pedro e James, até que eu guinchei chamando a atenção de todos.

– Sirius ganhou orelhas! – Apontei para ele e o mesmo levou a mão a cabeça e puxou a orelha tremendo levemente pelo choque, eu ri e ele me deu língua.

– E seu cabelo ficou mais claro. – O peguei o examinando e dei de ombros, me levantei e o rabo começou a se mexer impaciente, fechei a cara para ele e tentei pará-lo rodando para alcança-lo.

– Que fofura! – Remus exclamou e eu finalmente peguei a calda o mandando língua e corando, minhas orelhas abaixaram e ele pulou do lugar junto com Pedro e Sirius, ele me alcançaram e começaram a mexer com meu rabo e orelhas me dando arrepios e uma sensação gostosa, fechei os olhos quase ronronando e eles riram.

– Epa, epa! Bora parar de... de... fazer isso aí com minha irmã! – Falou James irritado e com as mãos em punho na cintura, eu ri e me sentei mexendo em minhas orelhas brancas, o pelo era muito longo deixando-o com uma aparência maior. – Aluado será que poderia... Você sabe. – Rolou os olhos James e eu ri novamente, Rems puxou a varinha e desfez a transfiguração nos fazendo suspirar aliviados.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, estou indo responder os comentários, mesmo dolorida, eu me recuso a deixar vocês sem resposta por mais uma hora.
Muito obrigada mesmo pelos comentários, eu fico extremamente feliz!