Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 21
21 - Eu avisei.


Notas iniciais do capítulo

AI MEU SALAZAR DE CUECAS PRATEADAS! ESTOU EUFÓRICA! TODO MUNDO SAIU E EU CONTRABANDEEI MEU NETBOOK SÓ PARA POSTAR! AHAHHAHAHHAHAHA

MINHA GENTE, DESDE JÁ! OBRIGADA AOS COMENTÁRIOS, VOU TENTAR RESPONDÊ-LOS AGORA, E VOU POSTAR MAIS UM CAPÍTULO JÁ QUE NÃO SEI SE VOU PODER FAZER ISSO NOVAMENTE! OLOLOLOLO!

Vamos ao capítulo.



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Hoje era o dia de volta as aulas, para minha felicidade e infelicidade.

Bem, as férias foram legais. Rabastan ficou se desculpando por cartas e tentando falar comigo, mas era veemente ignorado, Sirius disse que ele ficou mal depois daquele episódio da gravidez já que ele viu quando eu estava saindo as marcas nos meus pulsos. Ele ficou desesperado e ficou tentando falar comigo, mas decidi deixa-lo sofrer até a volta às aulas.

A barriga de Andrômeda começou a aparecer assim que ela descobriu, mamãe e papai ficavam mimando ela e a mesma achava engraçado. Ela decidiu contar a Ted na volta as aulas pessoalmente, ela estava nervosa achando que ele iria negar assumir o bebê e lhe dar um pé na bunda. Mas eu sabia que ele não faria isso, e se ele não assumisse, iriamos ter uma conversa não tão amigável assim.

Conversei muito com Sirius, Remus, Lily e Marlene nas férias por cartas, assim como também falei algumas vezes com Pedro, Alice e Dorcas. Kath estava estranha, de um tempo para cá ela virou a típica “vadia loira que se acha”, as meninas estavam irritadas com ela por causa de um certo episódio com Frank e Alice.

Riddle não voltou a falar comigo, mas havia vezes que ele ficava tão irritado com alguma coisa que eu via alguns flashs.

Ignorando isso, eu corria pela estação King’s Cross nos tornozelos de James já que estávamos atrasados, acordamos tarde demais e tivemos que vestir as primeiras roupas que vimos. James estava com uma camisa das esquisitonas ao contrário e uma calça, enquanto eu estava com um short de cintura alta caqui e uma blusa branca simples. Sorte que mamãe nos obrigou a arrumar nossas coisas a um tempo, passamos pela pilastra ignorando os trouxas e seus gritos de indignação por trombarmos neles e suspiramos aliviados ao pularmos dentro do trem depois de deixarmos nossas malas no lugar.

Prendi meu cabelo com calor já que era outono e essa estação do ano era bipolar. Podia estar quente ou frio, andamos pelas cabines procurando os meninos e os encontramos depois de um tempo. Entramos e James se jogou em cima de Marlene enquanto eu caía em Remus e Sirius, todos da cabine riram enquanto nós ofegávamos.

– Perderam a hora? – Remus perguntou desgrudando os cabelos de meu pescoço, acenamos com a cabeça gemendo e eles riram.

– Cadê a Andrômeda? – Perguntou Sirius e eu franzi o cenho lembrando que ela tinha ido para casa de uma amiga ontem para ir de lá para cá.

– Provavelmente já está em algum vagão com seus amigos. – Dei de ombros e me sentei no meio dos dois querendo espaço. – Meu Deus! Alguém me abana, por favor! – Resmunguei e Sirius riu pegando o livro de Aluado e me abanando. – Seu lindo.

– Eu sei, gata. – Brincou e eu ri. – Neve, como foram suas férias depois de ter quebrado o nariz de Bellatrix e fugido com Andy?

– Ah, foram ótimas. Apenas o sermão da nossa mãe que foi tenso, imagina! Levamos bronca por ajudar Andy! – Bufei e eles riram baixinho, o trem começou a andar e eu me levantei indo procurar Lily, Alice, Dorcas e os outros.

Lily e Severo estavam com Régulo mas algo estava estranho, Lils estava em um canto encolhida e olhando pela janela enquanto os dois conversavam animadamente a ignorando.

– ...Sim, e eu soube que a sessão reservada tem esses livros. – Ouvi Severo falar super animado e abri a porta irritada e cruzando os braços vendo-os engolirem seco.

– Mas que porra de conversa é essa? – Grasnei e eles se encolheram. – Lily, pode esperar lá fora, por favor? – Perguntei e ele acenou com a cabeça tentando conter o riso ao imaginar a bronca, ela me abraçou brevemente e saiu indo para outra cabine, fechei a porta e me sentei em frente dos dois com os braços e pernas cruzados. – Então, estou esperando a explicação.

– Não acho que eu seja obrigado a fazer isso. – Régulo falou ácido e empinou o nariz, o olhei hostil e ele se encolheu brevemente suspirando. – Desculpa...

– Sorte sua que não te dou uns bons tapas.

– Você não tem que se intrometer, Potter. – Sibilou Severo e eu arqueei uma sobrancelha trazendo meu olhar para ele, os dois inflaram os peitos e empinaram os narizes.

– Exato, não pode ficar nos controlando, você não é nada nossa. – Retrucou Régulo e eu franzi o cenho magoada, mas eles não notaram.

– Eu sou amiga de vocês, artes das trevas não é algo com que se deve brincar. – Falei e eles arquearam as sobrancelhas surpresos.

– Como sabe que é isso? – Murmurou Severo com os olhos negros brilhando de ódio, eu até me espantei, eu não fiz nada, fiz?

– A sessão reservada não tem nada além disso, lá dentro. – Respondi e olhei para os sapatos, o que Régulo falou realmente me atingiu. – Não podem ficar buscando esse tipo de magia, trará a vocês problemas. – Falei preocupada e eles riram frios.

– Não nos importamos, isso é algo que alguém como você não entenderia. Tem tudo que quer, você viu como o trouxa nojento do meu pai é, pessoas que vem deles não merecem a magia que temos. – Sibilou Snape e eu abri a boca apavorada.

– E a Lily veio de quem, Snape? – Retruquei mais fria ainda e os dois vacilaram. – Vai chama-la de sangue-ruim e fazê-la chorar quando se aprofundar nessa merda? – Falei entredentes me levantando e ele abaixou a cabeça. – Pela primeira vez eu entendi o porquê dos marotos fazerem o que fazem, Seboso. – Rosnei e ele se encolheu, me virei para Régulo que havia ficado pálido e esperado o dele. – E você? Eu esperava mais, Black. Esperava que não se tornasse como sua família, que não se tornasse algo que eu odeio e tenho nojo. Vocês ainda tem chances de escolherem um lado, mas se escolherem o lado de quem segue o que acabaram de falar, estarão prontos para matar pessoas inocentes? Seu irmão... Lily... A mim? Estarão? – Eles engoliram seco se entreolhando e eu suspirei. – Quando tiverem a resposta, me digam. Assim eu posso ou protege-los como meus ou proteger os meus de vocês. – E saí os deixando com os próprios pensamentos e paralisados, respirei fundo ao fechar as portas e entrei na cabine em que Lils havia entrado, choraminguei ao ver Kath brigando com Alice.

– Como pôde, Katherine?! – Berrou Alice e eu fechei as portas para evitar os outros de ouvirem, Alice estava em pé vermelha de raiva olhando para Kath. Que estava sentada serrando as unhas com um olhar desdenhoso.

– Não é culpa minha se você é sem sal demais para atrair Frank e ele me notar. – Deu de ombros e eu abri a boca indignada. Todas começaram a gritar ao mesmo tempo e não me notaram ali, Lily e Marlene gritavam junto com Alice para Kath e a mesma retrucava da mesma maneira.

CALEM A PORRA DA BOCA! – Explodi irritada e todas se calaram finalmente me notando ali, Kath me olhou desdenhosa e eu respirei fundo. – Primeiro, Katherine. Você se tornou uma bela de uma idiota, sabe que Alice é afim de Frank desde que entramos em hogwarts. – Ela rolou os olhos. – Segundo, como pôde fazer isso com ela? Terceiro, vá tomar no cu! Você não é a mesma! Cadê aquela loira que ia na minha casa só para não me deixar sozinha porque meus pais e James saíram? Cadê aquela garota inteligente que não precisava usar saias que mostram a bunda para ser notada? Cadê ela? – Ela parou de lixar as unhas e ficou com o olhar vago antes de dar de ombros e se levantar num pulo despreocupado.

– Ela morreu no momento em que pisaram em seu coração. – E passou trombando em meu ombro para sair, rugi irritada.

– Você só tem fodendo 13 anos! Não dá para ter a merda do coração pisado! – Dei um chute do banco e comecei a pular e a xingar de dor em um pé.

– Se acalma, Hermione! – Marlene disse e me empurrou para que eu me sentasse.

– Me acalmar?! Porra! Parece que todo mundo voltou diferente nessa droga de férias! – Ela riu baixinho e eu respirei fundo tentando me acalmar. – Então... Como vocês estão? – Perguntei e elas começaram a tagarelar para me contarem suas férias, depois de um tempo eu fui para o lado da sonserina procurar Andrômeda, estava pouco me fodendo pelos cochichos ao me verem passar por lá. Quando achei sua cabine entrei sorrindo, suas amigas eram legais. – Oi Andy. – Falei e me sentei ao seu lado brevemente cumprimentando as outras. – Você está bem? – Murmurei e ela sorriu acenando lentamente com a cabeça. – Precisa de algo? Roupas novas, companhia... Chocolate. – Ela riu.

– Não, Mione. Eu estou bem, as meninas estão paparicando muito a mim. – Eu ri dando uma piscadela para suas amigas, elas riram baixinho e eu me levantei e dei um beijo na testa da Andrômeda e acariciei sua barriga.

– Eu já vou então, qualquer coisa é só me chamar. Até mais tarde bebê, tchau meninas.

– Tchau, Hermione. – Elas acenaram e eu sorri saindo e fechando a porta atrás de mim, não era novidade que ela estava grávida já que os Black são conhecidos de muitos e Narcisa provavelmente contou para Merlin e o mundo. Estralei os dedos fixando meu olhar no anel Lestrange e pensando se iria procura-lo, dei de ombros saindo decidida, se ele quiser meu perdão, ele que corra atrás. Ouvi uma correria e olhei sobre o ombro tomando um susto ao ver Zabini e Nott correndo em minha direção, eles pularam em cima de mim e eu por reflexo peguei a mão de Nott o prendendo contra a parede e chutando o joelho de Zabini o fazendo se ajoelhar.

– Merlin! Não façam isso, seus idiotas! – Exclamei soltando o braço de Nott e me afastando.

– Você é o que, uma super dotada que é boa em tudo? – Eu ri baixinho com o resmungo de Zabini, eles então em um movimento rápido seguraram meus braços e me levantaram. Me debati mas eles começaram a andar pelo vagão enquanto eu chutava suas pernas.

– Me soltem seus idiotas! – Rosnei e eles riram entrando em uma cabine vazia, eles me sentaram no banco e Nott ficou na minha frente.

– Vai buscar ele, eu seguro ela aqui. – Falou e eu bufei cruzando os braços emburrada.

Zabini saiu assentindo e depois de um tempo voltou trazendo consigo Rabastan, ele mirou em mim e arregalou os olhos entrando depressa e se sentando a minha frente.

– Agora se resolvam e você, Lestrange, pare de encher nosso saco dizendo que nunca mais vai ser perdoado. – Blás disse e eu bufei novamente enquanto eles saíam, ficamos em silêncio e Rabastan olhou rapidamente para meu anel suspirando aliviado.

– Mione, me desculpa por te machucar lá na casa dos Black. – Dei de ombros irritada ainda sem olhá-lo. – Por favor, eu não fiz por querer!

– Não estou irritada com o machucado, Rabastan. – Rosnei e ele franziu o cenho praticamente com uma interrogação na testa. – Foi pelas suas palavras, “Ela mereceu”.

Ele abriu a boca em entendimento e passou a mão pelo rosto.

– O.K, me desculpa tá bom! Foi no calor do momento, todos estavam irritados e eu também fiquei! – Tentou se explicar e eu suspirei fazendo o máximo para sorrir.

– Está bem, eu lhe desculpo. Só... Não fale mais coisas desse tipo perto de mim, está bem? – Pedi e ele acenou rapidamente com a cabeça, ri baixinho e me levantei lhe dando um selinho e o sentindo relaxar. Ele encostou nossas testas e respirou fundo.

– Eu pensei que você ia terminar comigo. – Eu ri lhe dei um beijinho no nariz.

– Eu não te chamei de bastardo idiota, chamei? – Ele negou com a cabeça rindo e eu me sentei em seu colo o abraçando pelo pescoço, ele beijou meu ombro exposto e fez cócegas já que sua barba estava nascendo, sorri e me afastei para olhar em seu rosto, Rabastan era lindo. Tinha olhos e cabelos negros ondulados, seu queixo era quadrado e tinha um nariz anguloso. O sonho de consumo de qualquer garota, eu gostava dele, isso era claro. Mas era só isso, não tinha aquelas borboletas no estômago ou mãos suando. Ele tirou a mão de minha coxa e alisou minha bochecha alternando em olhar meus olhos e minha boca, sorri de leve e encostei nossos lábios levemente.

Ele entrelaçou os dedos em meus cabelos e aprofundou o beijo, sorri em sua boca e mordi seu lábio o puxando entre os dentes o fazendo ofegar.

– Lestrange e Potter! – Gritou alguém e Rabastan caiu do banco enquanto eu me levantava de supetão, olhei para a pessoa e suspirei aliviada ao ver ali apenas Marcus.

– Que droga, Marcus! Você me deu um susto horrível. – Resmunguei colocando a mão sobre o coração o sentindo bater contra minhas costelas.

– Desculpe, é só que Wood está nos chamando. Ele quer falar algo sobre o time. – Marcus falou sem graça e eu fiz muxoxo acenando com a cabeça, ele sorriu e saiu enquanto Rabastan se levantava irritado. Eu ri e me virei para ele o beijando brevemente.

– Até hogwarts. – Me despedi entre beijos e ele sorriu me dando um selinho demorado.

– Até, minha pequena. – Saí da cabine e vi Marcus encostado do lado de fora me esperando, sorri para ele e o mesmo devolveu me levando de volta ao vagão da grifinória. Entramos em uma cabine cheia e eu vi James no meio dos meninos, Marcus fechou a porta atrás de si e murmurou.

– Ela estava com Lestrange. – Muitos fizeram caras maliciosas enquanto eu ria e rolava os olhos.

– Vamos lá, Wood. Você me tirou de um ótimo momento com meu namorado, melhor ter um bom motivo. – Ele riu e eu me enfiei entre Steve e James os ouvindo resmungar.

***

Mal pisquei e chegou o aniversário de James e o meu, já estávamos no final março e eu estava numa bipolaridade horrível.

Kath estava babaca, Régulo e Severo evitavam falar comigo, Rabastan as vezes era idiota e as vezes me impressionava, não perdemos um jogo até agora, nem mesmo contra a sonserina. Modéstia a parte, era por causa de James e de mim. Wood sabia e ainda fazia questão de nos fazer treinar ainda mais, isso não me preocuparia se não fosse pelo fato de que estávamos muito sobrecarregados com a tentativa de virarmos animagos, ajudando Remus e sempre ficando com ele na enfermaria, estudando para os testes, treinando quadribol, estudando, namorando e eu ainda tinha umas tarefas a mais como ter que dar atenção a Rabastan, vigiar Riddle, Lúcio e outros futuros comensais, procurar na mente de Riddle se ele já tinha feito mais alguma horcrux, e ainda ter que cuidar do relacionamento de Alice e Frank.

Que eram simplesmente tímidos demais para um falar com o outro, mas eu ainda ia fazê-los se conhecerem!

Frustrante? Muito. Principalmente agora que os teste estão chegando... Não chegando chegando. Ainda faltavam uns três meses, mas eu tinha que estudar nas horas vagas ou não teria tempo para fazer isso no final.

Eu sentia que as pessoas estavam planejando algo, havia aquela excitação no ar e eu bem que podia acabar com a felicidade de todos, mas qual seria a graça, não é?

Levantei da cadeira saindo da sala do prof. Binns, aquele fantasma tedioso, os marotos viam do meu lado conversando e rindo alto enquanto eu praticamente caía de sono. Eu havia passado a noite fazendo uma das poções para a animagia, acho que no quarto ou quinto ano nós conseguiríamos nos tornar animagos.

– Mione, você está bem? – Perguntou Remus rodeando meu ombro com um braço.

– Hm? – Perguntei débil e bocejei colocando o punho na frente da boca. – Estou... – Murmurei piscando lentamente e me arrastando para acompanhar os passos dos meninos. As aulas finalmente haviam acabado e eu já havia recebido tantos presentes que meu quarto deve estar cheio, a sua grande maioria eram livros, mas também haviam roupas e algumas joias enviadas por meus sogros. Tenho que me lembrar de enviar uma carta agradecendo.

Remus me olhou preocupado mas eu sorri o fazendo suspirar e tirar o braço do meu ombro para pegar o livro que James havia tirado de sua mochila, ele se virou e eu senti uma mão me puxar da escuridão de uma pilastra colocando uma mão sobre minha boca e outra enfiando uma varinha em meu pescoço.

Paralisei e senti o perfume enjoado de Goyle, um brutamontes que andava com Lúcio.

– Quietinha, Potter. – Sussurrou ameaçador e eu tentei controlar minha respiração, eu havia esquecido minha varinha na bolsa e ela estava com Sirius. E tenho certeza que não iria conseguir lutar contra Goyle, ele era ainda maior que o filho.

Ela me arrastou pelo pescoço por um dos atalhos que eu sabia que daria em uma sala escondida, estava no mapa. Era mais ou menos um calabouço, só que ninguém sabia onde ficava e para que servia, ficava perto do salão comunal da sonserina e debaixo do nível do lago negro. Ele me jogou na sala e eu caí de joelhos arranhando os mesmo e as palmas das mãos no piso de pedra, olhei para cima e vi Lúcio, Narcisa, Avery, Rookwood, os irmãos Carrow e vários outros futuros comensais ao meu redor, alguns eu desconhecia por causa da máscara e outros eu conseguia reconhecer.

– Revistem-na. – Ordenou Lúcio frio e dois brutamontes vieram e me levantaram de modo brusco procurando minha varinha e quando não acharam murmuraram um “limpa”.

– Que porra é essa? É um caralho de uma seita satânica, é isso? – Rosnei irritada, e alguns riram com minha audácia, Goyle chegou perto e me deu um tapa na cara me fazendo cair no chão novamente com a força. Senti o gosto metálico atingir minha boca e cuspi o sangue nos pés de Goyle o fazendo me bater novamente

Calada. – Sibilou e Goyle riu enquanto eu espumava de raiva com a boca e nariz sangrando.

– Vá se foder, Malfoy. Você também, Goyle. – Rosnei e eles paralisaram ao ver que eu os havia reconhecido. – Oh, sim. Eu reconheço muitos, Rockwood, Narcisa Black, Crabbe, Avery e muitos outros da sua gangue nojenta de comensais. – Sorri de lado maldosa e psicótica enquanto eles recuaram uns passos pequenos ao notarem meu olhar assassino, eu realmente queria mata-los. Matá-lo é pouco, eu queria tortura-los.

– O que faremos? – Sussurrou alguém e eu paralisei ao ver do outro extremo da sala duas figuras, elas estavam escondidas nas sombras e ao notarem minha atenção nelas se esconderam mais não me dando chance de reconhece-las.

– O que viemos aqui para fazer. – Rosnou Lúcio furioso e então levantou a varinha para mim. – Crucio!

Caí do chão machucando mais meu joelhos rangendo os dentes e o olhando muito puta, ele se desesperou ao não me ver gritando e aumentou a intensidade com os olhos brilhando. Goyle levantou a varinha junto com ele e repetiu a maldição berrei uma vez e fechei a boca não querendo lhes dar esse gostinho.

Me levantei trêmula enquanto muitos ofegavam assustado e parti para cima dele arrancando sua máscara e o puxando pelo pescoço até ter o rosto bem perto do meu.

– Se for me atacar sem uma varinha, tenha colhões para me deixar ver seu rosto. – Rosnei ofegando depois de ele ter sessado a maldição junto com Goyle pela surpresa. Puxei seu cabelo o jogando no chão, montando em cima dele e batendo repetidas vezes eu seu rosto de modo furioso, sua noiva gritava enquanto muitos a seguiam, mas ninguém tinha coragem de me tirar de cima dele. Eu apenas via vermelho, eu queria mata-lo.

Matar, um soco.

Matar, mais um.

Matar, e outro, e outro, e outro. Lúcio já tinha o rosto vermelho de sangue que cuspia, o nariz quebrado, olhos inchados, alguns dentes arrancados, ele estava horrível e engasgando com o próprio sangue.

A porta foi aberta, mas eu ignorei continuando a bater nele. Alguém me tirou de cima de Lúcio e eu rugi raivosa enquanto Narcisa ia chorosa em sua direção.

– Hermione... – Ofegou Remus e eu rosnei querendo acabar com o serviço.

– Vamos, Mione. – Ouvi Sirius falar calmo e James ajudou Remus a me arrastar de lá, mas eu me soltei de última hora e corri novamente para ele e lhe dei um chute no estômago.

– Eu avisei que se ousasse me amaldiçoar novamente, eu iria acabar com a sua raça. – Rosnei e antes de sair de um soco no nariz de Goyle sentindo meu pulso doer, acho que torci, mas eu estava pouco me fodendo. Saí trombando em James e andando de modo duro, subi para o sétimo andar tendo consciência dos meninos atrás de mim e abri a sala precisa os ouvindo ofegarem. Entrei e não me assustei ao ver que era como a AD, a única diferença era que havia algumas poltronas e uma mesa com uma caixa de primeiros socorros.

– Hermione, o que aconteceu? – Perguntou Remus assustado, Sirius estava mais calmo, ele me levou a poltrona enquanto James pegava o primeiros socorros em silêncio. – Notamos seu sumiço e vimos no mapa, você estava sozinha com vários sonserinos... Eram tantos que nem conseguimos ver o nome de todos, então você simplesmente andou até Malfoy e seu nome ficou em cima do dele...

Sirius pegou minhas mãos olhando para as juntas, elas tinham sangue meu e de Lúcio, estavam cortadas e roxas.

– Goyle me sequestrou. – Murmurei fraca depois de que a adrenalina passou. – Ele me levou lá e... E Malfoy e Goyle me amaldiçoaram... – Respirei fundo sentindo as dores no corpo pela maldição. Eles ofegaram, Sirius era o único que ainda estava calmo e cuidando de meus machucados, assim que ele cuidou das minhas mãos foi para os joelhos e então deu uma checada no meu rosto. Ele ardia e doía, ele entortou o lábio franzindo o nariz e um copo apareceu na mesinha ao lado, ele sorriu de lado ainda sem falar nada e me deu.

– Cuspa o sangue. – Franzi o rosto mas fiz o que ele pediu, e assim que ele colocou o copo na mesinha novamente o copo desapareceu no lugar aparecendo algumas poções, ele sorriu largo. – Esse lugar é foda! – E me deu as poções suspirei aliviada ao não sentir mais dores e ele sorriu calmo. – Está melhor?

– Muito melhor. – Sorri e então alguns bonecos que usávamos para treinar apareceram e logo Remus e James começaram a lançar feitiços de modo furioso.

– Se você estava sentindo dores, imagine Malfoy. – Murmurou mas eu não consegui me sentir culpada, ele sorriu de lado. – Belos socos por sinal... Mas... Você quase o matou, Mione. – Murmurou e eu dei de ombros.

– Eu não iria mata-lo, só iria dar uma bela surra. – Rosnei entredentes e ele riu negando com a cabeça.

– Que belo jeito de passar o aniversário. – Eu ri negando com a cabeça e ele se sentou no sofá olhando ao redor. – Que lugar é esse?

– É a sala precisa, mais conhecida como a sala vem e vai. – Dei de ombros e ele me olhou indagador, sorri marota e Sirius riu. – Tudo que você precisa, ela aparece, só tem que passar três vezes pelo corredor pensando em um lugar que queira muito. Dizem que fica em outra dimensão e que apenas usamos um portal.

– Que foda. – Murmurou e sorriu fechando os olhos e então abriu olhando decepcionado para a mesa de centro. – Cadê a comida?

– Comida é uma das leis da magia, não podemos convoca-la. Podemos aumenta-la ou diminui-la mas não simplesmente a fazer aparecer do nada. – Ri e ele estalou a língua indignado. – Se chama lei de Gamp.

– É, eu lembrei dessa maldita lei. – Resmungou e eu ri baixinho novamente, imaginei um copo e ele apareceu na mesinha, o peguei procurei minha varinhas nas vestes. – Está procurando por isso? – Perguntou Sirius tirando minha varinha das vestes e eu suspirei aliviada a pegando, ele sorriu carinhoso e eu levei a varinha ao copo.

– Aquamenti. – Murmurei e o copo se encheu de água, levei a boca bebendo afobada só então notando a falta de Pedro, depois que bebi todo o copo perguntei. – Cadê Pedro?

– Oh, ele não quis vir. Ficou com medo. – Deu de ombros e eu ri baixinho, ele era assim mesmo. E estava mais magro também! Está mais saudável que eu, todo dia as seis da manhã ele acorda para correr todo o jardim de Hogwarts umas duas vezes, e olha que é um jardim bem grande. – Estão mais calmos? – Pergunto Sirius e eu voltei a realidade encarando meu irmão e Remus ofegantes.

– Sim. – Responderam em uníssono e se jogaram nas poltronas e pufes.

– Que lugar é esse? – Perguntou Remus franzindo o cenho.

– Sala precisa. – Dei de ombros e ele me olhou torto. – Vai ficar me olhando assim até quando? – Perguntei irritada, porra! O cara me amaldiçoou! Eu havia avisado no primeiro dia de aulas! Remus desviou o olhar e se ajeitou no pufe limpando a garganta constrangido. – Ótimo. – Resmunguei e me levantei indo em direção a porta. – James, vamos? Eles estão fazendo uma festa surpresa no salão comunal. – Murmurei ainda de costas e o ouvi se mexer, saí quando ouvi seus passos e os dos outros, andei de braços cruzados e olhando para as sapatilhas irritada e magoada. Chegamos na porta do salão comunal e a mulher gorda olhou para nós e começou a conversar nos enrolando, ela lançou um olhar para a mulher do quadro ao lado e a mesma desapareceu por outros quadros.

– Sabe, estão a Violet ficou caçoando da minha voz! Aquela náiade enrugada! – Resmungou e os meninos riram.

– Cabeça de leão. – Eu disse e ela enrolou mais, rolei os olhos e repeti. – Cabeça de leão. – Ela parou de falar e sorriu para nós abrindo a porta, assim que pisamos dentro fomos recebidos por um grito em uníssono.

– Surpresa! – Gritaram todos e nós rimos fazendo fingidas caras de surpresa, a festa foi legal, teve bebida e James e Sirius simplesmente apagaram no sofá depois de beber whisky de fogo pela primeira vez, Remus ficou na cerveja amanteigada junto comigo enquanto Pedro tomava suco de abóbora.

Eu estava encostada ao lado da porta depois de fugir de Marlene bêbada e suas loucuras, realmente não deveriam ter trago bebida alcoólica para a festa, a pulseira que Andy havia me dado tremeu e eu olhei para a mesma vendo Andy aparecer numa telinha pequena.

– Oi Andy! – Gritei para ela me ouvir no meio da baderna e a vi com uma cara muito feliz.

– Adivinha! Conta Ted! – Ela puxou Ted para aparecer na imagem também e o mesmo sorriu nervoso, ela realmente tinha medo de mim.

Eles respiraram fundo e falaram de modo bobo e apaixonado.

– Vamos ter uma menina! – Exclamaram e eu guinchei feliz, mesmo eu já sabendo era bom ter a confirmação.

– E tem mais! – Exclamou Andy alegre, ela levantou e mostrou uma aliança. – Estou noiva! – Abri a boca surpresa e vociferei.

– Ted Tonks! Não me lembro de ter pedido minha permissão nem a de papai! – Andy riu e eu saí do salão comunal para poder escutá-la melhor.

– Ele pediu ao papai, bobinha. – Rolei os olhos, ela chamava agora os dois de pai ou mãe algumas vezes. Ela deixava escapar, sabe?

– Mas não pediu a minha. – Resmunguei e ele apareceu no campo de visão.

– Senhorita Potter, posso ter a mão da sua irmã em casamento? – Perguntou e eu fiz cara de negação.

– Não. – Ele arregalou os olhos e engasgou junto com Andy enquanto eu ria. – Estou brincando! Claro que tem! Mas vou avisando, se magoar a Andy... – E deixei a frase morrer no ar, ele riu nervoso e saiu do campo de visão.

– Ah, Mione. Eu não acredito que é uma menina! – Riu emocionada e eu sorri imaginando-a acariciando a barriga de cinco meses. – E você vai ser a madrinha! – Meus olhos se encheram d’água e eu coloquei uma mão na boca trêmula.

– Sério?! – Ela acenou com a cabeça e eu deixei uma lágrima de felicidade cair. – Eu vou ser a melhor madrinha do mundo! – Exclamei e ela riu acenando com a cabeça. – E quem vai ser o padrinho?

– Um amigo de Teddy. – Acenei com a cabeça emocionada e ela riu. – Agora tenho que ir fazer xixi, tchau Mione.

– Tchau Andy, Até Ted! – Exclamei e ouvi ele respondendo, ela fechou a conexão e eu estava sorrindo para o nada.

– Hermione! – Ouvi no final do corredor e eu estava pronta para entrar no salão comunal pensando ser um monitor, mas era apenas Rabastan. Ele correu até mim e me abraçou fortemente, não entendi porque, ele já havia me dado feliz aniversário e um presente além de ter me paparicado o dia todo quando pode e tudo mais. – Merlin, você está bem? Eu soube que aqueles nojentos a torturaram. – Ofegou vendo se eu tinha algum machucado, mas apenas tinha algumas cicatrizes nas juntas dos dedos. – Eu vi o que fez com Malfoy, acabou com ele. – Falou orgulhoso e eu ri.

– Eu havia avisado que se me amaldiçoasse novamente ele iria apanhar feio. – Ele riu aliviado e me abraçou novamente.

– Merlin, eu fiquei tão preocupado. – Sorri de lado e ele me beijou ferozmente, coisa que eu retribuí com fervor. Ele acabou o beijo com selinhos e eu sorri passando minhas mãos por sua nuca e pescoço.

– Ei, eu estou bem. Não precisa se preocupar... – Sorri, deveria se preocupar com os outros. Riddle com toda certeza não pediu aquilo ou eles teriam feito com mais vontade, havia certa hesitação nos mais espertos, como Rockwood, os irmãos Carrow e mais alguns sorteados que notaram o favoritismo de Riddle comigo...

Tom Riddle

Você. O quê? – Rosnei com a voz tremendo de raiva, como ela ousa?

– E-eu pedi que a ensinassem uma lição, meu lorde. – Bellatrix se empalideceu e eu me levantei lentamente com a raiva queimando dentro de mim, ela se encolheu em sua reverencia.

– Com que direito, Lestrange? – Perguntei com um falso tom calmo, minha mão tremia para matá-la.

– N-nenhum, s-senhor... É só que eu pensei que ela era uma ameaça para nós... – Mentiu e eu andei até ela como uma cobra, ela começou a tremer e eu a olhei de cima.

– Erga a cabeça. – Sibilei e ela a levantou medrosa. – Tem medo de mim, Bella?

– N-não meu senhor! – Guinchou e eu sorri de lado a fazendo corar, acariciei seu rosto a fazendo ofegar mas então ela engasgou quando eu agarrei seu queixo com brutalidade e a deixei transparecer minha raiva.

– Mentira. Você mentiu duas vezes para mim, Lestrange. – Rosnei e apertei mais seu queixo a fazendo gemer de dor. – A primeira quando disse que pensou que ela era uma ameaça, sei que fez isso pois ela é mais poderosa e mais esperta que você, ela lhe ganhou, não é? – Sibilei e ela ameaçou chorar ficando corada, eu odeio quando pessoas choram, me lembra os trouxas pequenos no orfanato. – E a segunda quando disse que não me teme, mas eu não a julgo. A única pessoa que tem o direito de não me temer, é a Hermione. – Seus olhos adquiriram uma fúria ciumenta que ela logo fez questão de esconder. – Irei deixar passar dessa vez porque sei que Hermione provavelmente se safou, mas se cometer mais um deslize, eu mesmo irei cuidar para que sua morte seja horrível, eu vou leva-la a beira da loucura, então eu irei matá-la. – Rosnei e ela soluçou acenando com a cabeça como pôde. Soltei seu queixo com raiva e ela se curvou novamente. – Fora. – E então ela saiu elegantemente de cabeça abaixada, respirei fundo e lembrei que hoje deve ser seu aniversário.

Me sentei na cadeira atrás da mesa novamente e tentei entrar em sua cabeça novamente, mas ela estava me bloqueando muito bem, então não insisti incapaz de quebrar a barreira. É, ela estava bem ou então não teria conseguido manter intacto seu muro mental.

Eu vi quando ela estava furiosa, apenas vi seus punhos indo de encontro a um rosto deformado e ensanguentado enquanto no fundo haviam gritos, não havia entendido até Bellatrix aparecer.

Bateram na porta e eu fiquei ereto encarando frio a mesma.

– Entre. – Sibilei e a mesma foi aberta de modo calmo por Abraxas, ele estava pálido e pelo que conheço, irritado. – Sim?

– Meu senhor, peço que me dê permissão para matar a Potter. – Falou trêmulo e eu arqueei uma sobrancelha.

– E porquê?

– Ela quase matou Lúcio, lhe bateu tanto que quebrou seu nariz e alguns ossos do rosto. – Murmurou raivoso.

– Ele continua o mesmo?

– Sim, a medi-bruxa da escola o curou e restaurou os ossos e dentes. – Sorri de lado e ele me olhou incrédulo.

– Então não vejo motivo de porquê matá-la, se quiser matar alguém, mate Bellatrix. Ela que fez a cabeça de seu filho ordenando que torturassem Potter, mas acho que as vezes esquecem que mesmo sem uma varinha ela consegue vencer. – Comentei e ele se apoiou no encosto da cadeira tremendo. – Era só isso?

– Sim. – Murmurou e eu voltei a cuidar dos planejamentos para mais ataques, queríamos atacar um grupo de Aurores, eles estavam se intrometendo muito nos meus negócios.

– Quando sair, feche a porta. Ah, e chame o informante, temos que planejar o ataque. – Murmurei frio sem olhá-lo e de canto de olho, vi-o acenar com a cabeça brevemente de modo duro antes de sair.

Sorri de lado sozinho, sempre me surpreendendo.


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Notas finais do capítulo

Yay!

Espero que tenham gostado!