Moments escrita por Marih Yoshida


Capítulo 1
I


Notas iniciais do capítulo

Hey loves do meu coração! Tudo bom?
Eu sei, era para eu estar postando em The Boyfriend, me desculpem.
Encontrei essa fic quando estava mexendo nos meus projetos, procurando algo que poderia ser aproveitado. Eu já fiz isso várias vezes, de continuar um projeto abandonado há muito(TB é um exemplo). Espero que dê tão certo quanto os outros.
Particularmente, eu gostei da ideia que tive, e espero que gostem também ^^
Tenho esse capítulo e mais um e meio prontos. Aí é com vocês para ver quando vou postar o próximo :3
Leiam ♥



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"Oh, I'm wishing you're here
But I'm wishing you're gone
I can't have you and I'm only gonna do you wrong"

Nico fazia o possível para não dançar ao som da música que tocava em seus fones, mas era impossível; Ele se balançava discretamente enquanto cantava baixo a música. Era mais um daqueles dias frios de outono, ele puxou o cachecol cinza claro para perto da boca, colocando logo as mãos nos bolsos da jaqueta. Sentiu cheiro de café e olhou para o lado, para um grande estabelecimento as iniciais S&C numa enorme placa . Parecia aconchegante aos olhos do homem, que desviou de seu caminho e entrou ali, sendo recebido por uma onda de calor gostosa e o maravilhoso cheiro de café. Abaixou seu cachecol e começou a andar até o segundo andar, onde havia menos gente.

Ele se sentou em uma mesa que ficava encostada na parede de vidro, de onde ele podia observar a rua. Pessoas passavam apressadas para lá e para cá, desejando chegar logo ao seu destino para que pudessem sair do frio. Nico viu uma garotinha de cabelos negros dançando uma música qualquer enquanto a mãe conversava com outra pessoa. Ele sorriu, se lembrava de já ter sido um garotinho inocente daquele jeito. E se lembrava de uma pessoa com quem a garotinha que dançava se parecia muito.

A garçonete chegou e perguntou ao homem o que ele iria querer. Desviando os olhos da pequena menina e olhou para a mulher que tinha um sorriso no rosto.

– Apenas um café, por favor. - Pediu. Ela anotou e, pedindo licença, saiu apressada para atender uma outra mesa.

Nico voltou a olhar para fora, mas a garotinha já havia ido embora. Suspirou e voltou sua atenção para o estabelecimento onde estava. A mulher retornou logo com seu café e Nico não teve pressa em bebe-lo. Ele não queria voltar para casa, estava um inferno lá. Péssima hora para voltar, ele sempre repetia para si mesmo. Olhou novamente para a cidade. Apesar de já fazer uma semana desde que voltara, Nico não se acostumara com o fato de que a cidade estava quase completamente mudada. Aquela cidade, Nico crescera nela, mas não sentia como se houvesse voltado ao lar. Não, ele não se sentia assim.

Cinco anos antes, ganhara uma bolsa de estudos avançados num colégio na Inglaterra por causa de suas notas acima do normal. De início, o homem estava relutante em aceitar, mas repensou tudo o que ganharia e perderia com a viagem. É claro, ele construíra uma vida ali, formara planos e tudo o mais, mas Nico nunca fora uma pessoa apegada à coisas, nem à pessoas. Não foi tão difícil para ele deixar sua família, considerando que as coisas já iam mal naquela época, nem seus amigos, que ficaram no passado rapidamente, mas foi particularmente difícil deixá-la. Ela era sua melhor amiga e ele a amava mais do que tudo no mundo, se conheciam desde que se lembravam e nunca haviam se separado.

Ela foi mais um impulso para que ele fosse. Ele não fazia bem à ela, e sabia disso. Afinal, na época Nico não conseguia lidar com os próprios problemas, e a aproximação dos dois era algo que não fazia bem a ele, nem a ela. Eram próximos demais, nunca tinham sido separados e achavam que dependiam um do outro para viver. Então resolveu aceitar, mas não falou com ela sobre sua decisão, ela nem sabia da carta, na verdade. Sabia que se ela o pedisse para ficar, ele ficaria sem pensar duas vezes.

Agora ele era uma pessoa totalmente diferente. Não só seu conhecimento geral, mas ele também aprendera a controlar os constantes ataques de raiva, deixara o cigarro e as bebidas de lado e se sentia muito melhor do que antes. Por isso, não queria ter voltado. Sua intenção nunca fora voltar, ele já tinha um emprego e um apartamento alugado que dividia com sua irmã, mas fora forçado pelo pai a voltar.

Seu celular vibrou, era sua irmã gêmea. Ela também morava em Londres, e também estava voltando, só precisara arrumar algumas coisas. A irmã fora a condição do pai para deixá-lo ir, e a condição do homem ao pai para voltar. Bianca era, provavelmente, a única pessoa no mundo com que Nico se preocupava mais do que si mesmo, esses cinco anos serviram para que o laço entre eles aumentasse, e ela sempre fora o maior ponto de apoio de Nico, e vice-versa.

Abriu a mensagem. Ela avisara que já estava no aeroporto. Abrindo um sorriso grande, Nico chamou a garçonete, pagou pelo café e se levantou. Começou a caminhar, se espreguiçando levemente. Estava colocando a mão na porta de vidro do estabelecimento para sair, quando alguém do lado de fora fez o mesmo. Ambos levantaram os olhos e um choque percorreu o corpo de Nico.

Ele reconheceria aqueles olhos em qualquer lugar.

Subiu a mão, apoiando a palma no vidro, e ela fez o mesmo, como se estivessem hipnotizados, e talvez estivessem. Logo, ele percebeu que estava atrapalhando-a de abrir a porta, e tirou sua mão, dando espaço a ela, que não demorou para abrir a porta e olhar cautelosamente para ele, antes de falar, relutante:

– Nico?

– Thalia. - Ele balançou a cabeça positivamente.

– Você voltou. - Concluiu. Ele deu de ombros. - Quando?

– Uma semana atrás. - Respondeu.

– Onde você estava? - Ela perguntou. - Nenhum de nós teve notícias suas ou de Bianca.

– Estávamos cursando um colégio de estudos avançados na Inglaterra. - Ele respondeu casualmente. - Eu ganhei uma bolsa e meu pai pagou a parte de Bianca.

– Por que não avisou? - Ela perguntou novamente. - Eu fiquei preocupada, ou algo assim.

– Foi tudo meio de repente, não deu tempo. - Ele respondeu. Na verdade, ele não queria nunca ter tido aquela conversa com ela, mas não estava sendo tão ruim. Ela estava mais madura, assim como ele. - E, de qualquer forma, não faria diferença, faria?

– Talvez eu não perdesse tanto tempo preocupada. - Ela deu de ombros. - Foi difícil sair daqui?

– No começo, foi. - Ele olhou para o celular, havia recebido outra mensagem de Bianca, e provavelmente ela estava xingando-o. - Mas, depois foi tudo melhorando e, na verdade, foi difícil ter que voltar.

– Entendo. - Ela sorriu fraco. - Esses cinco anos foram muito bons para mim, também.

– Fico feliz por isso. - Ele retribuiu o sorriso. - Eu estou com um pouco de pressa, então...

– Ah, claro. - Ela sorriu, começando a andar para dentro do lugar. - Até mais.

– Até. - Ele respondeu, antes de sair.

Thalia se virou uma última vez para o homem que andava apressado pela rua, sentindo-se um pouco triste.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?Para quem não sabe, sou movida a reviews/criatividade/tempo. Os dois primeiros geralmente não são problema para mim, espero que isso não seja diferente aqui, quanto ao tempo, eu realmente só consigo-o nos finais de semana e olhe lá. Então eu não prometo ser aquela autora que posta toda semana ou algo assim, embora eu realmente tente.Por isso, amores, ajudem uma autora aqui o/ além disso, se quase ninguém comentar, eu vou desistir e excluir a fic u-u~Kisses!