Memory of the Future - Parte 2 escrita por chrissie lowe


Capítulo 12
The Consent


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como vão vocês? Primeiro, eu gostaria de me desculpar pela pequena demora para postar esse capítulo. Segundo, quero avisar que minhas aulas voltarão amanhã, por isso não sei se terei tanta disponibilidade para postar os capítulos com muita frequência. Mas acredito que conseguirei, visto que já estou quase perto de escrever o final dela. Enfim, espero que gostem!



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Claire, Eddie, Spencer, Robert, Geoffrey, Ashleigh e Emma, acompanhados pelo Doutor e por Clara, arquitetavam um meio de entrar nas instalações de Alec sem serem percebidos.

— Poderíamos desmantelar as instalações para atrasá-los. – Sugeriu o Doutor. – Assim, Alec se dará conta de que não vão mais permitir que ele continue com essas atrocidades.

— Então iríamos até lá só para quebrar algumas máquinas? Não é muito risco para pouca ação? – Questionou Geoffrey.

— Sim, mas é o mais viável a se fazer nesse curto período de tempo.

Geoffrey bufou, cada vez mais irritado com as atitudes do Doutor.

— As crianças podem ser úteis. – Sugeriu Ashleigh.

— Eles não vão lutar. – Respondeu Claire.

— O quê? Mas achei que…

— Não os treinei para lutarem contra uma corja de ciborgues treinados e armados até o pescoço. – Retrucou ela. – Os treinei para que pudessem se virar caso se deparassem com algum problema na superfície. Não vou envolvê-los nisso.

— Mas teríamos maior vantagem se elas nos acompanharem. – Insistiu Geoffrey. – Como iremos até lá somente em nove?!

— Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse a qualquer uma dessas crianças. – Disse Claire. – Não posso obrigá-las a fazer isso.

— E se só as mais velhas forem? – Sugeriu Clara. – Rhonda e Vince sabem lutar muito bem, não sabem?

— São os melhores. – Respondeu Claire. – Mas… Mas eu não quero envolvê-los nisso.

— Eles sabem que Alec é seu filho? – Perguntou o Doutor.

— Só os dois sabem. Achei melhor parar de contar ao me dar conta de quantas vidas ele estava destruindo. – Disse ela. – Mas querem saber? Se querem tanto que as crianças participem, deixarei que levemos Vince, Mara, Rookie e… E Zeke e Taylor conosco. Mas somente eles. 

— Bom, treze é melhor que nove. – Disse Geoffrey. – Está bem, partiremos em dez minutos.

Claire saiu para chamar os jovens e voltou logo depois com Vince, Mara e Rookie já preparados para um possível combate.

— Tem certeza que não quer que eu vá? – Perguntou Rhonda visivelmente desapontada. 

— Sei o quanto se preparou para isso, mas preciso que fique aqui. – Respondeu Claire acariciando os cabelos da garota. – Você é a única em quem confio para cuidar daqui enquanto estou fora e só você consegue manter Artie quieto no lugar. Além disso, Spencer me mataria se mandasse você pra campo de batalha. – Acrescentou ela rindo.

Rhonda riu de volta e abraçou Claire. 

O grupo, então, partiu para a superfície. Eles iriam de moto até os limites da neblina que cobria o restante da cidade e entrariam com a ajuda do Doutor. 

— Por que não usar a TARDIS? – Perguntou Claire.

— É arriscado. Poderíamos pousar bem na cara de um guarda. – Respondeu Clara.

Assim que chegaram, o grupo escondeu as motos atrás de algumas pilhas de destroços e o Doutor abriu os portões com a chave de fenda sônica e, como esperado, a Cidade encontrava-se vazia e fracamente iluminada pelos postes de luz. Eles correram em direção ao edifício central e usavam as capas pretas para se esconderem entre as sombras. 

— Como passaremos pelos guardas? – Perguntou Clara ao chegarem no edifício. 

— Os guardas entram em modo de repouso durante a madrugada. – Respondeu Eddie. – Só os guardas dos campos ficam ativos a essa hora. 

— Por que Alec deixaria o edifício desprotegido? – Perguntou o Doutor desconfiado.

— Acho que ele não acredita que alguém seja capaz de invadir a Cidade. – Supôs Robert. – Os habitantes daqui não teriam motivo para isso e os prisioneiros dos campos de trabalho estão enfraquecidos demais para tentar alguma coisa. E eu acho que ele também não pense que nós sejamos um risco para ele. 

— Então vamos entrar de uma vez! – Exclamou Claire impaciente.

O grupo entrou no edifício escuro e se deparou com o enorme saguão vazio e repleto de escadas e elevadores que seguiam para os mais diversos locais dentro daquele prédio monumental.

Mara, Rookie, Zeke e Taylor olhavam deslumbrados o lugar ao seu redor. Nunca haviam entrado na Cidade Proibida, portanto, estavam com os nervos a flor da pele. 

— Está bem, teremos que nos dividir. – Disse Geoffrey. – Acho que três grupos de três pessoas e mais um com quatro é o suficiente. Cada um vai para uma ala do prédio e tenta encontrar os laboratórios. Nos avisem pelos comunicadores caso precisem de reforço. 

Todos concordaram com a cabeça. 

— Clara, poderia acompanhar Ashleigh e Mara? – Pediu o Doutor indicando Claire com o olhar.

Clara logo compreendeu o recado e se juntou a Emma e Robert.

Cada grupo seguiu para um lado. O Doutor preferiu acompanhar Claire, pois queria ter um momento a sós com ela.

Os dois andavam em silêncio pela ala sul do prédio. O único som do lugar era o som dos sapatos do Doutor e de Claire batendo no piso.

— Claire, eu… Não a culpo pelo que aconteceu. – Disse o Doutor quebrando o silêncio.

Claire ergueu a cabeça abruptamente e olhou desconfiada para o Doutor.

— Está falando sério? 

— Sim. – Afirmou ele sério, de fato. – Conheço muitas pessoas que não tiveram a melhor mãe do mundo, mas que ainda assim não matam pessoas por aí.

— Passei os últimos anos me… Martirizando por isso. – Disse ela. – Sempre pensei no que o Doutor pensaria se ele… Visse o que aconteceu. Pensava que ele ficaria extremamente desapontado comigo. Sabe, eu sempre contava sobre você para o Alec quando ele era pequeno. Eu me lembro de como ele ficava fascinado toda vez que ouvia sobre você e como ele gostaria de encontrá-lo algum dia. Mas agora… Eu sinto tanta falta do meu menino! Eu sinto como se o tivesse perdido, porque eu não consigo… Eu não consigo aceitar que o meu menino tenha se tornado esse… Monstro. – Dizia ela com o rosto inundado de lágrimas.

O Doutor pousou a mão no ombro de Claire, empático com a dor da mulher.

— O-obrigada. – Disse ela fungando o nariz e secando as lágrimas com a luva de couro que vestia. – Eu… Eu estou feliz que tenha voltado, apesar disso. Tive medo de que… Não quisesse nos ajudar depois de descobrir a verdade. Agradeço por ter ficado e me desculpe por… Ser tão teimosa. – Completou ela rindo.

— Eu jamais deixaria de ajudar uma amiga. – Respondeu ele. 

— Eu agradeço por confiar em mim. – Continuou ela. – Eu agora sinto que sou capaz de… De deter Alec e isso não teria acontecido se não estivesse aqui. 

— Tem algo que eu gostaria de perguntar. – Disse ele. – Você disse que fez o que pôde para barrar os projetos do governo e tudo mais. Mas quando foi que percebeu que as coisas estavam indo longe demais? – Perguntou o Doutor. – Esse tipo de coisa geralmente passam muito despercebidas, quer dizer, não se percebe os riscos até que seja tarde demais.

Claire fitou o Doutor por alguns segundos. Em seguida, soltou um longo suspiro, até que, sem dizer nada, começou a tirar a jaqueta e a blusa que vestia.

— Espera, o que está fazen…

Mas antes que o Doutor pudesse terminar a frase, ele percebeu o que ela estava querendo dizer.

— Minha nossa. – Exclamou ele.

Claire terminou de tirar sua luva e os olhos do Doutor imediatamente pairaram sobre o braço esquerdo da mulher, ou pelo menos o que restara dele. Uma prótese de metal, fina como nervos, porém resistente, substituía o que um dia fora o seu braço.

Claire não conseguia olhar para a expressão de choque do Doutor, então ela apenas pegou a blusa do chão e a vestiu.

— Incrível como você consegue ir direto ao ponto. Bom,  pelo menos agora sabe como foi que consegui colocar você e Clara em cima daquela moto. – Disse ela quebrando o silêncio perturbador entre os dois.

— Mas… Mas o que aconteceu? – Perguntou ele ainda sem acreditar no que via.

— Sofri um acidente de moto faz uns doze anos. – Respondeu ela. – Foi bem feio, mas não o suficiente para terem que amputar. Os médicos amputaram mesmo assim. Ninguém me perguntou. Ninguém me avisou. Quando acordei já estava com essa… Coisa em mim. – Dizia ela cada vez mais enojada. – Foi a partir daí que me dei conta da gravidade da situação. Não havia consentimento, Doutor. Eles simplesmente decidiam quem e o quê modificariam na hora que quisessem. Claro que essa prótese já me ajudou em muitos momentos, mas… Mas não é assim que as coisas deveriam ser. Era eu quem deveria ter decidido se amputaria meu braço ou não, não é, Doutor? Eu pelo menos deveria saber que colocariam essa prótese em mim!

— Sim. – Respondeu ele em voz baixa. – Foi aí que começou a lutar contra os avanços do governo.

— Eu tentei, mas… Não me davam credibilidade quando olhavam pro meu braço. – Lamentou ela. – Achavam que eu estava sendo ingrata. 

Então ela recolheu a jaqueta e a vestiu. O Doutor apenas a olhava, atônito. Os dois prosseguiram a caminhada pelos corredores frios, novamente em silêncio e alertas. Eles não sabiam o que encontrariam e também não estavam nem um pouco a fim de descobrir.

— Claire! Doutor! Precisamos de ajuda! – Exclamou Ashleigh no comunicador.

— O que houve?

— Fomos descobertos! Acho que Alec desconfiava que faríamos alguma coisa e ativou alguns guardas! Estamos em linha de fogo com alguns deles!

— É o grupo em que Clara está! – Exclamou o Doutor. – Onde vocês estão?

— Na ala norte! É onde fica os laboratórios para atualização! 

O Doutor e Claire correram para ajudar Ashleigh e os outros, no entanto, o Senhor do Tempo não conseguia parar de pensar em Clara.

Assim que chegaram, os dois se depararam com uma troca de tiros entre os colegas de Claire e os guardas de Alec. Os dois lados eram muito hábeis e parecia que nenhum cederia tão facilmente. 

Claire rapidamente tirou a arma do coldre para ajudar os colegas. O Doutor, protegendo-se dos tiros de ambos os lados, procurava desesperadamente por Clara.

Clara se encontrava atrás do grupo, sendo coberta por Emma e Robert. As armas do grupo eram muito sofisticadas, por isso a moça não fazia ideia de como usá-las, não restando alternativa a não ser evitar que fosse atingida por algum guarda.

— Clara, onde você está?! – Perguntou o Doutor procurando a moça aflito.

— Doutor, aqui! – Exclamou ela agitando os braços para cima.

Mas, antes que o Doutor pudesse fazer alguma coisa, ele apenas viu um dos guardas golpeando a cabeça de Clara por trás, deixando-a inconsciente.

— CLARA! – Gritou o Doutor.

Emma e Robert atiravam no guarda, mas este parecia ser imune aos lasers. Ele, sem alterar a expressão vazia em seu rosto, pegou Clara nos braços e seguiu para dentro de um dos corredores escuros. Robert tentou atirar nele mais uma vez, mas foi impedido por Emma.

— Pare! Podemos acertar Clara!

— Para onde a estão levando? – Perguntou o Doutor ainda em pânico só de pensar que algo ruim poderia acontecer a Clara.

— Eu não sei! Não conheço essa parte das instalações. – Exclamou Claire em resposta. 

— Vão! Nós damos conta do recado! – Assegurou Ashleigh disparando contra os outros guardas.

Os dois, então, correram atrás do guarda que carregava Clara para o fundo de um dos corredores escuros. No entanto, Claire parou instantaneamente ao ver algo saindo de outro corredor.

— Doutor, o que é aquilo? – Perguntou ela puxando o Doutor pelas costas do paletó.

O Doutor virou-se para olhar e arregalou os olhos, em choque.

— Não! – Exclamou ele horrorizado.

Um enorme Cyberman se encontrava parado a poucos palmos de distância do Doutor e de Claire.


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Notas finais do capítulo

uuuuh mais uma surpresinha hehehe (ou não). Parece que as coisas vão começar a esquentar agora huehuehue. Enfim, espero que tenham gostado. Até mais!