Kamen Rider Jikan escrita por FanficMaster


Capítulo 9
Mistério na Escola de Mordomos


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente em Kamen Rider Jikan:
Após ser derrotado pela Maid Janpuujin, Jikan é encontrado e salvo por Nana e Shigeru. Shigeru sente ciúmes de como Nana olha para Jikan e os dois acabam terminando. Chisato tenta melhorar sua situação com a família Okamura, mas todos acabam descobrindo que tudo aquilo não passava de um plano dos Janpuujins para se alimentarem de suas ambições. Jikan consegue vencer Maid Janpuujin e descobre que outros Janpuujins estavam por trás daquilo...



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Um Janpuujin em forma de Mosquito, em tons vermelho e preto, sobrevoava a cidade em alta velocidade. Atrás dele estava uma bola de energia prateada.

— Maldito!– dizia o monstro— Me deixe em paz!!!

— Desculpa, mas isso não vai ser possível!— diz a bola de energia.

O monstro então dispara um raio contra a bola de energia através de seu comprido nariz. A bola de energia cai e então volta a flutuar tomando a forma humana conhecida como Dai que se vira segurando o braço e vê o monstro passar por cima do portão de uma instituição.

— Droga... Acho que eu vou precisar de ajuda... - diz o rapaz olhando pra placa. Nela dizia “ Ota's Butlers House”.

Dois dias se passam. Nana estava na cafeteria em que costumava trabalhar, ela serve uma xícara de café para Oiasawa Ota, o primo de Shigeru que toma um gole do café e sorri pra ela. Nana respira fundo e apoia as mãos na mesa dele.

— Olha, se veio pedir desculpas pelos grosserias do seu primo... - dizia Nana.

— Meu primo? - dizia Ota confuso – Ah sim!!! Verdade, está falando do Shigeru-kun, certo?

Nana quase cai no chão com a tamanha lerdeza de Ota que apenas olha pra ela achando estranha a reação da moça. Ele então coça a cabeça um tanto sem graça.

— Não, não! - ele sorri novamente e em seguida toma mais um gole de seu café – Não é do meu feitio me meter na vida dos outros...

— Mas quando a gente se conheceu você estava se metendo na vida do... - dizia Nana com cara de tédio – Deixa pra lá! - ela o olha normal – Se não é pra falar “dele”, o que quer comigo então?

— Bom... - ele bebe o restante do café enquanto mudava a feição e o tom simpático para algo mais sério – Já pensou em ser da realeza alguma vez?

— Hã? - diz ela sem entender nada.

— Ota's Butler House! - diz um homem de cabelos castanhos penteados para trás. Ele trajava uma roupa de mordomo – Aqui, sob a melhor educação do mundo, as damas da próxima geração são preparadas ao lado de seus mordomos.

Nana estava ao lado do homem, ela usava seu cabelo preso da mesma forma de sempre, mas dessa vez trajava um longo vestido rosa com um laço branco e riscos pretos. A ponta do vestido era toda em babado e metade de seu braço era coberto por luvas pretas. A garota olhava ao redor, desde que conhecera Shigeru e Ota ela tinha curiosidade sobre como era a escola gerenciada por ele, ela jamais poderia imaginar algo tão grande como aquilo, parecia um palácio, da perspectiva dela.

— Uau!! - dizia ela espantada – Isso é tão diferente do meu mundo!

— De agora em diante, Nao-sama, para a sua segurança... - ele se aproxima do ouvido dela e fala baixo – Não deixe ninguém ficar sabendo o que viemos fazer aqui.

Enquanto ouvia aquelas palavras, Nana tentava esconder um certo nervosismo, mas não sabia se era por ter uma pessoa tão perto de seu rosto ou se por causa do motivo que a levara até ali. O mordomo se aproxima de uma porta e a abre, revelando um quarto onde várias outras garotas estavam acompanhadas de outros homens em trajes de mordomos. Ela fica nervosa, mas o rapaz dá um pequeno empurrão para que ela entrasse. Nervosa, a garota cumprimenta a todos.

— Justo na nossa sala? - comentava uma das garotas, sem se importar com a presença dela ali.

— No entanto, o criado dela é bem gatinho. - comentava outra um tanto saliente.

— Porque isso logo agora? - comentava outra.

— Realmente inadmissível! - dizia uma quarta.

Nana ficava ainda mais nervosa ao ouvir os comentários maldosos. De repente, um grupo de garotas se aproxima dela e a olha da cabeça aos pés.

— Como você está? - dizem as três em uníssono.

— Ah, o-olá! - dizia a protagonista com certo receio – Prazer...

— Você está definitivamente fora do lugar! - interrompia uma que parecia ser a quem dava as ordens entre o trio. Ela caminha em volta de Nana como se a avaliasse – Esse cabelo preso como se fosse criança, esse vestido do século passado. Estava tão ansiosa para saber quem estava chegando... Decepcionante, não acha Aoyama? (Kayama Erika)

— Sim. - dizia o mordomo atrás dela em um tom esnobe – Assim que bati o olho achei que um gato de rua tivesse entrado aqui perdido. (Mordomo de Classe A - Ayoama)

— Mas que maldade! - dizia a outra rindo com a mão na cara. (Natsume Fujiko)

— Ora, mas é a verdade... (Mordomo de Classe B – Nezu)

— Vir com seus cabelos presos e esse vestido demonstra um certo deboche conosco, novata. - dizia uma garota acompanhada de um mordomo de cabelos castanhos escuros penteados de lado. Ele a olhava de forma séria – Sou a representante de sala, Ryuonji Izumi e este aqui é o meu mordomo: Suushima. (Ryouonji Izumi)

— Me chamo Suushima. Prazer em conhecê-la. - diz ele num tom quase morto. (Mordomo Classe C – Suushima)

— Eu me chamo Nagisa Nao, mas podem me chamar de Nana. - diz ela sorrindo, apesar da forma grosseira de todos ali presente.

— Nana? - dizia uma outra sorrindo, porém o tom era de deboche – Tipo “Nana neném”? Que fofo!

As garotas logo se cansam e empurram Nana, dando em cima do mordomo dela. Elas começavam a fazer comparações entre ele e Nana, o que ia deixando a garota irritada ao mesmo tempo que querendo chorar. Ela enfim se cansa e se vira pra elas.

— O que diabos há com vocês? - Nana estava indignada.

— Com alguém como você, a atmosfera fica bem ruim por aqui. - diz Erika, a primeira que fora falar com ela.

— Olha, não é como se aqui fosse minha primeira opção, mas... - ia dizendo Nana já cansada daquilo tudo até ser interrompida Fujiko.

— Então porque não vai embora logo? Pelo visto não nos daremos bem.

— Além do mais... - complementava Izumi – Se vestir dessa forma é bastante ofensivo vindo de alguém como você. Está dizendo o que com esse vestido? Que por sermos futuras damas ficamos ostentando dinheiro futilmente?

Naquele mesmo instante, o mordomo dela se aproxima e retira de lá. Eles vão até os aposentos de Nana que finalmente coloca algo mais confortável e então se joga na cama.

— Que tipo de lugar é este? - pensava ela em voz alta – Um desperdício de lugar enorme! Deixa-se tudo para o mordomo e ainda por cima as garotas aqui são todas umas mal educadas de nariz em pé!

Naquele instante, o mordomo bate na porta e a abre. Nana levanta a cabeça que estava afundada num confortável travesseiro, que diante de tudo aquilo até então parecia um pedaço do paraíso.

— Você está bem, Nao-sama? - perguntava o mordomo.

— Olha, estamos só nós dois aqui... Dá pra parar com esse negócio de “Nao-sama”?

— Desculpe, achei que fosse assim que vocês humanos falavam... - diz o mordomo de uma forma mais descontraída e totalmente diferente de a poucos minutos atrás.

— Eu sei, mas estamos só nós dois aqui. Nessas horas podemos ser apenas Nana e... Como eu te chamo? Jikan, mesmo?

— Shh! - diz ele tocando a boca de Nana com a mão – Nessa forma você pode me chamar de Dai.

— Pois é, sobre esse nome... “Dai”, não acha meio prepotente? Tipicamente masculino isso!

— Nana...

— Que foi?

— Não se esqueça porque está aqui...

— Aff... Eu sei! Eu sei!

[Mais cedo, na cafeteria...]

— Hã? - diz ela sem entender nada – Da realeza? Como assim? Vai me dizer que você descobriu que tem sangue azul e quer se casar comigo?

— Bom... Isso seria crime, eu acho... - diz Ota como se pensasse no assunto – Não vamos perder o foco! Na verdade eu preciso que você finja ser uma dama da sociedade e investigue umas coisas estranhas que vem acontecendo lá.

— Mas, assim... Eu sou só uma doce e bela estudante... - dizia Nana tentando dar uma de modesta – Porque que eu tenho que investigar?

— Na verdade, você não tem, mas seria de grande ajuda ao Jikan.

— Espera! - diz Nana puxando Ota pelo pescoço – Você disse Jikan? Beleza! Eu topo!

— Nossa... - diz Ota se soltando e ajeitando seu terno – Foi mais fácil do que eu pensava...

[Agora, na escola de Mordomos...]

Um pouco mais tarde, Nana observava as atividades daquela escola. Ela estava horrorizada com o quanto aquelas garotas eram despreocupadas e inutilizadas. Aquilo a deixava agoniada e irritada. Ela finalmente consegue se sentar e descansar no sofá da sala principal. Ela respirava fundo e aliviada quando começa a sentir uma sensação estranha, como se algo a observasse. Ela abre os olhos e diante dela estava uma garota e seu mordomo.

— O que foi agora? - questiona ela já sem muita paciência.

— Ao seu redor, eu sinto a presença extraordinária de uma calamidade! - dizia o mordomo com o rosto quase colado no dela.

— Calamidade? - diz Nana como se lembrasse de algo.

— Embaraçada nos redemoinhos do destino, você chegou aqui. - continuava ele – E além disso...

— Preste bem a atenção. - interrompia a dona dele – As previsões do Yotsuiya são sempre verdadeiras!

Ela olhava fixamente sem piscar uma vez sequer para Nana. Uma sensação de medo atingia o coração dela quando a garota puxa seu mordomo e sai pulando como uma lebre doida. Nana se recompõe e então decide sair dali.

— Só tem gente doida aqui... - dizia ela em voz baixa, tropeçando numa almofada que estava no chão. De repente, um dardo vermelho passa rapidamente sendo fincado no corrimão da escada próxima a ela. - Ah! - ela se assusta.

Logo depois, um outro dardo passa rapidamente se fincando bem próximo à cabeça dela. O corpo de Nana trava por completo de tanto medo e então ela vê um terceiro vindo bem na direção da sua testa. Completamente amedrontada, Nana só consegue fechar os olhos. Naquele instante, Dai aparece e pega o dardo no ar.

— Ufa... - respirava ela aliviada.

— Não se preocupe... - diz Dai olhando na direção de onde veio o dardo, mas não avistava ninguém – Eu vou pegar quem está fazendo essas coisas.

Um pouco mais tarde, Nana está voltando para o seu quarto sozinha quando novamente, tentam lhe atacar. Dai aparece correndo e a empurra dando um chute no vulto que cai no chão.

— Eu sabia que cedo ou tarde você faria uma movimentação mais arriscada! - diz Dai.

— Mordomo desgraçado, não se meta na minha missão!

— Desculpa, mas acho que não vou poder fazer isso... - diz ele mostrando o driver preso em sua cintura.

— Maldito, então você é Jikan!

— Acertou em cheio! - diz Dai encaixando uma ampulheta no driver e a girando.

 

— OK! IT'S... -

— Henshin...

— TIME! -

Dai salta se transformando em Kamen Rider e então acerta o monstro com soco. O Janpuujin era todo vermelho com detalhes pretos. A parte superior do corpo lembrava um smoking sinistro que se fundia às asas dele. O vilão levanta voo e começa a atacar nosso herói pelo ar. Jikan se vê em extrema dificuldade com o monstro dando rasantes de um lado para o outro. Durante um desses ataques ele pega Jikan e o puxa pra cima.

Dando socos sem parar no monstro, Janpuujin Mosquito o choca contra uma árvore, fazendo com que o herói caísse no chão novamente.

— Desgraçado, não vou deixar que escape!— diz o Rider.

— Isso é o que veremos!– dizia o monstro disparando dardos contra o nosso herói.

Os dardos atingem o chão causando pequenas explosões que desviam a atenção do Kamen Rider. Quando elas param, o monstro já havia desaparecido.

— O maldito conseguiu fugir... Você está bem, Nana?— diz o rider se virando para ela. Ele a vê desmaiada e então corre em sua direção se transformando em Dai novamente – Nana! Nana!

Dai tenta acordá-la, mas de nada parecia adiantar. Ele então nota que um dos dardos havia fincado o braço da garota. Algum tempo depois, Nana acorda, ela estava com uma pequena faixa no braço, onde o dardo havia atingido ela.

— O que? - diz ela um tanto atordoada – O que aconteceu?

— Você está bem? - diz Dai feliz ao vê-la acordando.

— Fico feliz que tenha acordado. - diz um homem atrás de Dai.

Nana estranha a presença dele no quarto dela. Dai então a acalma.

— Não se preocupe. Ele é o mordomo de Tami-sama. - dizia o rider de forma mais polida – eles me ajudaram a cuidar da senhorita.

— Oii!!! - dizia Tami saindo de trás do mordomo acenando com a mão enquanto sorria. (Yamada Tami/ Mordomo de Classe B – Kanda)

— O-Oh... Oi... - dizia ela ainda meio confusa.

— E então? - diz Tami – Como é?

— Como é o que? - perguntava Nana incomodada com Tami praticamente em seu colo.

— Quase morrer, oras! - dizia a dama como se fosse algo normal – Dói muito?! Você chegou a ver?!

— Ver o que, doida? - diz Nana empurrando a garota que estava praticamente em sua cabeça já.

— A luz, ué!

— Quê? Alguém tira essa maluca daqui!!!

O mordomo Kanda puxa Tami e a tira de lá pedindo mil perdões pela inconveniência de sua mestra. Ao fechar a porta, Dai fica um tempo de costas para Nana.

— Ei, Dai... - dizia Nana – O que está fazendo parado aí?

— Me desculpe... - diz ele.

— Te desculpar pelo que?

— Eu te coloquei nessa enrascada e você acabou se ferindo. - explicava o herói – Eu... - ele soca a porta – Eu falhei com você! Eu falhei! Eu falhei!

Dai socava a porta sem parar. Nana se levanta com um pouco de dor no braço, se aproxima de Dai e o abraça, deixando que ele chorasse no ombro dela.

— Minha missão é impedir que os humanos se machucassem por causa dos Janpuujins e ainda assim eu deixei que ele te ferisse. Me perdoa!

— Ei... Vai ficar tudo bem. - dizia ela passando a mão no cabelo do herói que chorava nos ombros dela – Vai ficar tudo bem.

Continua...


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Notas finais do capítulo

No próximo Kamen Rider Jikan:
Nana e Dai continuavam a investigar o paradeiro do Janpuujin Mosquito. Sabendo agora que os ataques na Ota's Butler House eram mesmo em decorrência do monstro, os dois só precisavam descobrir quem ele era ali, uma suspeita eles já tinham: um dos mordomos, mas... Qual deles?



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