Monsters: A Guerra Começou escrita por LariChan


Capítulo 9
Capítulo 8 - Castigo


Notas iniciais do capítulo

Ciao, ciao mio amore! Olha quem ressurgiu das cinzas?! Não, não foi Adolf Hitler u.u Sorry~
A fic ficou anos parada, não?! Eu sei... eu parei quando ainda a história nem tinha chegado ao meio. Isso foi tudo culpa do cansaço mental e a falta de criatividade u_u Desculpe-me pessoal! Agradeço quem estava acompanhando e quem ainda não desistiu de mim :D hey! o/
Digo que minha criatividade não voltou 100%, mas uns 60% voltou rsrs Espero poder completar mais uma fanfic com um bom trabalho agradando vocês :)
E sem mais delongas, borá lá~?



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O som alto do alarme ecoava por todos os quatro cantos da Reserva. Era o sinal para levantar. Michelangelo, ainda sonolento, arrastou o corpo para fora da cama, procurando assim o abajur. Sentou-se na cama e colocou as mãos no rosto, esfregando os olhos. Vestiu-se com a roupa do exército, na qual várias outras pessoas também usavam. Saiu do seu quarto de encontro com outras pessoas. Dirigiu-se ao banheiro. Ao colocar a mão na maçaneta, outra pessoa também fizera mesma ação.

— Cheguei primeiro! – já fora falando o albino.

Michelangelo pigarreou após perceber quem era a segunda pessoa: Andrew.

— Nem vem, moleque! – disse o moreno.

Uma guerra de olhares começou. Antes que se transformassem em uma guerra armada ou até mesmo verbal, Heike havia aparecido, separando ambos grudados na porta. Heike abriu a porta e em seguida a trancou após entrar no cômodo.

— Hey, Heike! – chamou Andrew. – Isso não vale! Eu cheguei aqui primeiro!

Stronzo! Mentiroso! Eu que cheguei primeiro nessa porcaria de banheiro – rosnou Michelangelo.

Após um tempo, Heike destrancou a porta e saiu de lá, com um humor nada bom.

— Mas que saco! Não posso usar o banheiro em paz agora?! – ela falava rigidamente com ambos os garotos cruzando os braços sob o peito.

— Claro que pode, mas... Que saco! – irritou-se o moreno. – Eu vou lá fora.

— Saiba que terá que limpar depois – retrucou a alemã.

— Dane-se!

— E você? Vai fazer suas necessidades lá fora também, seu hund? – Heike dirigiu a palavra ao albino.

— Não mesmo!

Heike saiu da porta do banheiro e deu espaço para Michelangelo passar. O garoto não havia entendido a última palavra da loura, mas também não se importara com tal. Após muito estresse, Michelangelo seguiu em direção à cozinha para tomar o café da manhã, percebeu que já havia muitas pessoas fazendo seu desjejum. Ele pegou uma bandeja e serviu-se com pão e leite morno. Sentou-se em um dos bancos isolado. Ele molhou o pão no leite e deu uma mordida grande, fazendo o leite acumulado no miolo do pão escorrer entre seus dedos pingando na mesa.

— Bom dia – uma voz feminina veio falar com ele; ele logo suspendeu a visão: era a menina de antes, Samantha.

— Samantha, certo? – disse após engolir o pedaço de pão.

— Sim. Posso tomar meu café da manhã com você? – perguntou.

Michelangelo não queria, então apenas deu de ombros. Pela vontade da própria garota, ela colocou sua bandeja na mesa de Michelangelo e sentou-se de frente para ele. Ela havia se servido com torradas, café com leite e ovos fritos.

— Por que ganhou esse luxo todo? – perguntou Michelangelo da boca para fora.

— Ah! O café da manhã... Acho que é porque eu sou da Classe Científica... - Os olhos lilás do garoto foram arregalados. – Você é da Classe Comercial ou... da Agricultura?

O garoto se engasgou um pouco.

— Sou um Hunter! – protestou.

— Não brinca! Por que está comendo isso, então?

Michelangelo parecia um pouco confuso. Ele parou de mastigar e largou o pão dentro do leite. Procurou pelo Andrew visualmente. Ele estava mais a distante comendo alguma coisa dentro de uma tigela... Cereal matinal com direito a uma fruta e um suco de laranja natural. Michelangelo se levantou e com passadas pesadas ele foi em direção do moreno.

— Por que você está comendo essa porcaria?! – disse Michelangelo o pegando pelo colarinho da capa branca na altura do seu botão dourado.

— Largue-me! – Disse Andrew levantando-se e retirando a mão do albino da sua vestimenta. Todos olhavam para eles, preocupados em uma futura briga.

— Por que você está comendo cereal e eu tenho que comer aquele lixo de pão no leite?! Foi você, certo?!

Andrew ria da cara do albino.

— Você come isso porque tem o direito – Andrew esboçava um sorriso maldoso nos lábios.

— Seu... – Michelangelo havia levantando a mão em punho, preste a dar um soco na face do outro garoto.

— Parados agora mesmo – disse Heike, fazendo o braço de Michelangelo ser congelado. – Para minha sala agora os dois.

Dito isso, ela deu as costas. Michelangelo cerrou os punhos tão forte que sentiu as unhas cravarem em sua carne. Andrew ainda zombava do albino, caminhando tranquilamente até a sala da loura alemã. Michelangelo queria chegar lá primeiro, mas não tinha ideia de onde ficava a tal sala.

— O que foi...? A princesinha se perdeu no castelo? – zombou Andrew.

— Cala-te! Juro que quando tudo isso acabar vou te dar o maior soco na cara que você já viu.

— Morrendo de medo... Por acaso vai me bater com um rolo de massa, italiano de merda? – zombou ainda mais.

Michelangelo estava prestes a lançar um chute nas costas de Andrew, mas fora interrompido pela voz rígida de Heike.

— Não dá para vocês apenas calarem a matraca e entrarem na minha sala de uma vez?! Arschloch!

Ambos entraram na sala, Andrew primeiro e Michelangelo segundo. Andrew havia sentado na cadeira em frente à mesa da Heike, cruzando as pernas e os braços. Fechara os olhos e sorriu. Ele apresentava-se calmo diante a situação.

— O que ambos estão pensando?! Saibam que vocês estão trazendo muito prejuízo à minha imagem.

— Por que eu traria prejuízo a alguém? – indagou Michelangelo. Heike o olhou, séria.

— Porque eu sou responsável por você também. Assim como demais Hunters desse lugar. E quanto a você, Andrew... Qual o motivo de tantas brigas?

O moreno apenas deu de ombros, fazendo Heike suspirar e colocar as mãos nas têmporas.

— Juro que – continuou a alemã -, se vocês não quiserem cooperar, jogarei ambos para fora da reserva, para que os Monstas os devorem.

Monsta?, pensou o albino. Logo pensou em ser o sotaque do seu país. Dito isso, Heike deu mais uma lição de moral em ambos e concedeu trabalho físico pesado para ambos. Michelangelo teria que cuidar dos meios de transportes: os carros e as munições. Ajudando na limpeza, recarga de combustível entre outros do gênero. Andrew estava responsável por sair da reserva à busca de sobreviventes.

— O quê?! Por que eu fico com o trabalho pior?! – indignado Andrew levantou-se e bateu as mãos na mesa.

— Apenas cala a boca e faça-o – Heike bateu também as mãos na mesa e o fitou brava e séria. Seus olhos azuis pareciam fogo, do tipo de gás de cozinha...

Andrew tentou fitar os olhos claros da loura, mas acabou desistindo. Chutando o lixo, saiu da sala falando palavrões. Heike sentou-se na mesa deixando escapar um suspiro longo e cansado.

— Aí, porque facilitou para mim? – perguntou o Albino antes de se retirar da sala.

— Hein? Ah... Porque sei que ele é o culpado das brigas.

Michelangelo não acreditara no que estava escutando.

— Então porque as tarefas vão para mim?!

— Porque você participou das suas encrencas – Heike apoiava os cotovelos em cima da mesa, cruzando os dedos no mesmo horizonte dos lábios. Michelangelo suspirou. – E você hoje quase que o bateu na cantina...

— Está certo... – bufou o albino. – Então já que você sabia que ele era o culpado das brigas, por que não o ordenou a trabalhar mais cedo?

Heike havia deixado escapar um fio de suspiro. Ela fitou a cadeira em que Andrew havia sentado minutos atrás.

— Andrew perdeu seus pais muito cedo. Ele agora só tem sua irmã de família. E claro... todos da Reserva.

— Isso não é motivo para ficar choramingando. Também perdi minha mãe cedo. Eu vi minha mama ser morta na minha frente...

Heike, um descuido, arregalou um pouco os olhos.

— Seu caso é diferente. Recebeu carinho e amor da sua mãe. Já Andrew e sua irmã foram diferentes. Seus pais nunca se deram bem, havia sempre brigas dentro de casa. O pai era alcoólatra e fumava. Sua mãe sempre tentou fazer com que o marido se afastasse dos maus à saúde. Teve um dia em que sua mãe não tinha mais dinheiro para sustentar o vício do marido, então ele simplesmente decidiu violentá-la, de todas as formas possíveis, na frente dos filhos. Samantha, já era uma menina esperta, pegou uma garrafa de cerveja do pai e cravou o vidro em sua cabeça.

Heike tomou fôlego antes de continuar.

— A mãe falava para ambos fugirem, mas Samantha não queria deixar as situações como estavam. Foi quando um dos Monsters atacou a casa, devorando assim o pai, já desmaiado no chão e em seguida a mãe, que estava incapacitada de levantar. Samantha pegou Andrew, que ainda era uma criança de colo, e fugiu. Foi quando meu pai os encontrou nas buscas por sobreviventes...

Um silêncio frio veio inundar a sala onde eles estavam. Michelangelo não sabia o que dizer. Heike ainda fitava a cadeira. Sem saber o que fazer, Michelangelo acabou soltando um “hm” baixinho e saindo devagar. Esperava com que Heike o chamasse a atenção, mas não recebeu a ordem. Andando no corredor, um alarme havia tomado conta do ambiente. Uma voz feminina veio ao alto-falante:

— Todas as tropas dos Hunters, por favor, direcionem-se ao pátio. Próximo à Reserva está ocorrendo uma invasão dos Monsters. Todas as tropas dos Hunters, por favor, direcionem-se ao pátio. Próximo à Reserva está ocorrendo uma invasão dos Monsters – repetiu a mulher.

— Nicolazzi! – chamou Heike. Michelangelo olhou para trás.

— Pode deixar comigo! Já sei mexer naquela arma!

O albino esperava que recebesse um “não”, mas ela apenas suspirou e disse em seguida um “volte com vida”.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero que sim... Eu ainda não completei direito a fanfic, mas estarei me esforçando nesse aspecto também, para deixá-los atualizados!
Nos vemos no próximo capítulo!!
Chu~

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Mini-dicionário (sim, estarei reforçando o vocabulário estrangeiro por um tempinho ^^ Mas sei que vocês são meninos e meninas espertos. Pegam rapidin :V)

ALEMÃO
> Hund: cachorro;
> Arschloch: babaca, idiota, coisa do gênero.
> Monsta: É "monstro" .-.

ITALIANO
> Stronzo: Idiota
> Mama: mãe (um jeito mais carinhoso de chamar a mãe: "o famoso mamãe" - usado mais para crianças pequenas...)



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