Casada com Edward Cullen escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 18
Capítulo 18




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/644969/chapter/18

Capítulo dezoito

POV NINA.

Então acordar cedo estava valendo a pena. Meu grande dia estava começando muito bem. Um Spar luxuoso. Tendo meu glorioso dia de noiva, eu merecia. Então eu apenas bebo o champanhe, comemorando meu grande jogo. Aquela vaca estupida que me colocou no mundo ficaria orgulhosa.

Então eu decidi. Edward me pagaria caro pelos últimos meses. Em dinheiro. e se ele quisesse se ver livre de mim, então ele iria ter que liberar o seu melhor cheque e uma gorda pensão mensal. Eu não iria sair dessa história com as mãos vazias. Edward Cullen havia exigido tempo e paciência. E eu merecia algo grande em troca.

Enquanto entrava no meu vitorioso vestido de nova, comia morangos e pensava na vida justa que eu teria. Planejando cada viagem longe do mau humor insuportável de Edward.

Fiquei minha maquiagem perfeita, combinando com meu cabelo. Eu me via em mil diferentes formas de comível. E já tinha planos maravilhosos para a lua de mel. Nenhum deles incluía Edward.

— Está na hora — A cerimonialista me alertou.

Eu sorri e ela me ajudou com tudo.

Eu ordenei que o motorista rodasse por dez minutos, antes de me levar para a mansão, onde a cerimonia ocorreria.

POV Edward.

Ela estava quinze minutos atrasada. Eu vi o juiz de paz fitar seu relógio. Nós pagaríamos um multa exorbitante e eu queria arrancar o pescoço dela. Como se eu já tivesse muito animado para aquilo. Eu fechei meus olhos por breves segundos e quando eu voltei a abrir, a festa começou.

Suas damas de honra entravam pelo meu jardim dos fundos. Onde tudo estava totalmente ornamentado com flores e bancos de madeira.

— Você ainda pode desistir — Ao meu lado Jasper murmurou. E eu o encarei.

Eu me lembrei do meu casamento. Eu vi um parente qualquer de Tânia trazê-la até a mim. E só então eu percebi... Enquanto olhava para o homem, que era conhecido como o pai de Tânia, por se envolver em vícios de jogos, só então percebi ao que eu estava me associando. E maldita frase que meu pai dizia para mim: “ela não serve para você”.

O homem a entregou a mim.

Tânia me fitou nervosa, eu recuei alguns passos quando os braços dela foram direcionados a mim.

— Tânia... — Eu quase não tinha voz — Eu já me casei uma vez. Diante de uma Igreja. Eu já jurei amor eterno a uma mulher, eu prometi para Deus...

— Edward... — Ela grunhiu, me interrompendo — Não faça isso, não ouse.

— Eu não posso fazer isso novamente, Tânia.

Eu encarei Jasper, e ele segurou Tânia quando ela tentou avançar em mim.

Eu rapidamente fiz meu caminho para a saída da mansão. E pela primeira vez eu tive coragem de fazer algo certo. Eu queria que ela fosse feliz, eu realmente queria que Isabella fosse feliz, mas eu não aguentava mais morrer todo dia para que ela fosse feliz. Então eu precisava ir atrás dela, o pulha não a merecia. Não mais que eu.

Eu precisava provar meu amor para ela.

Eu daria tudo de mim se ela dissesse sim.

Tudo.

Eu entrei no meu carro e pisei no acelerador, ganhando forças nas ruas de Seattle. Eu dirigi o mais rápido que podia, mas a casa de Isabella parecia realmente longe. Então uma sensação de covardia me atingiu. Seria tão ousado da minha parte dizer que a amo depois de tudo?

Mas eu precisava dizer.

Eu necessitava dizer.

Estacionei meu carro na portaria, eu corri para o elevador sem pensar duas vezes e pela primeira vez eu grunhi de raiva por ela morar no decimo quinto andar. Porque na cobertura?

Cliquei o botão impaciente.

1

2

3

4

5

O elevador deu um solavanco, e então parou sua subida repentinamente e me estremeceu ali dentro. Eu fui jogado de um lado para o outro, até que ele parou. E então quando eu achei que tudo voltaria ao normal, porque ele subiu mais três andares, ele parou novamente, dessa vez apagando suas luzes. Uma luz surgiu verde de emergência surgiu.

Eu apertei o botão de alerta. Mas nada acendia no painel de controle. Eu busquei meu celular no bolso do paletó e... Sem sinal.

Essa merda é realmente real?

Me desesperei-me. Um calor repentino me atingiu e eu comecei a me sentir sufocado, soando frio.

Minhas mãos tremiam e meu corpo arqueava em cada ameaça que o elevador dava de que iria despencar. Aquilo não era nada bom.

Eu tirei o meu terno e gravata. Desfiz os primeiros botões da camisa e sentei-me no chão. Ainda tenso e assustado, aquilo parecia um castigo pelo o que tinha feito a Isabella e agora a Tânia. Eu sou uma pessoa terrível. E eu sempre fui.

...

Era seu aniversário de sete anos. Seus pais haviam preparado a festa de acordo com seus pedidos e tudo acontecia numa perfeita ordem nos jardins dos fundos. Ele deve estar lá, junto com todos os amiguinhos da escola, mas não estava. Nesse momento ele encarava seu cachorro, trancado em um dos quartos vazios, no interior de sua casa. O pobre cãozinho chorava com a aproximação de Edward, e gemia inerte no chão. Ele realmente teria ido à frente com o que começou, se uma voz não tivesse lhe surpreendido.

— Achei você! — Ela dizia em um tom risonho — Eddie? — Seu tom esfriou quando viu o que Edward fazia — O que você fez ao Tobby?

A incredulidade viera a seguir. O abismo que sua babá encontrou entre os olhos verdes e vazios e no pobre cachorrinho ensanguentado no chão, foi bem pequeno. Seus olhos pairaram em Edward, em suas mãos ensanguentadas, ele escondeu com rapidez o pequeno canivete e balbuciou buscando uma explicação.

— Por que você o feriu? — Ela perguntou, certificando-se de que sua voz não sumiria.

— Ele me mordeu! — Edward tentou se defender, mas a babá saiu correndo assustada.

Ele havia matado seu cachorro. Seu pobre cachorro! Por tão pouco. Sempre cruel, desde cedo. Algo desenfreado que ninguém poderia deter quando crescesse.

...

Nada mais impactante que encarar a infância prestes a morrer. Edward sabia que não sairia daquele elevador vivo.

...

Edward já era um adolescente e nunca se interessou por mulheres de sua idade. As mais velhas eram mais interessantes, ele achava que podia aprender algo com elas e no final mostrar a elas que quem tinha o poder era ele. Sempre se mantinha firme durante toda a conquista e depois fazia questão de esmagar o coração das pobres e experientes donzelas.

— Edward, por que está fazendo isso? — A mulher perguntava com a voz chorosa, jogada aos meus pés do menino. Em um quarto qualquer de motel barato.

— Carmem, você foi como todas as outras... Mas no momento você parece tão lamentável quanto minha mãe.

Ele não mostrou compaixão quando chutou-a para longe.

Abandonou o quarto deixando a mulher com o coração estraçalhado.

...

A cada segundo que passava, ele parecia morrer um pouco mais. Lágrimas silenciosas desciam por seus olhos. Será que ele pensou que seria fácil chegar a sua amada Isabella? Ele tinha um preço a pagar. E esse era o seu momento. A hora da verdade. Edward revivendo o que sempre fora: um monstro de verdade.

...

Edward havia entrado na faculdade e lá conheceu uma loira misteriosa. Ela parecia disponível, simpática e doce. E as coisas finalmente mudaram para ele. Naquele momento descobriu que a mulher que ele conheceu se chamava Tânia Denali, a filha do homem que se arruinou em vícios do álcool e jogo. Mas, sua filha, não tinha culpa dos erros do seu pai. Ela não era nada parecia com aquele homem. E nem com Edward. Mas quando perceberam, estavam usando um ao outro como objetos sexuais e envolvendo-se em uma teia de luxuria e paixão.

Estava decidido, se casaria com Tânia. Mas algo estava no caminho dele.

Carlisle. Seu pai.

— Você não pode se casar com um Denali! — O homem esbravejou contra Edward, quando o mesmo anunciou um noivado precipitado — De modo algum eu permitirei essa loucura.

— Você não manda nas minhas vontades! — Edward retrucou friamente.

— Vontade é uma coisa que dá e passa, Edward! — O pai disse, mas a mãe parecia assustada.

— Eu vou! E não será nenhum de vocês a me impedir!

Ele estava tão decidido. Havia um brilho insano em seus olhos, um brilho de determinação.

— Eu te deserdo, Edward! — O pai ameaçou. Com os olhos marejados, Edward disse as seguintes palavras, as palavras que marcariam sua vida para sempre:

— Eu quero que vocês morram! Então eu terei a mulher e todo o dinheiro para mim!

Ele abandonou o escritório do pai, com um profundo desejo de morte para os dois.

...

Edward sentiu o amargo em sua boca. Um nó invisível estava em sua garganta. Ele se sentiu sufocar, e então chorou, desabafando o que tanto guardava.

...

Seus pais morreram um dia depois, em um acidente de carro. Edward não se lembrava de ter sido bondoso e amoroso com eles, que só tentavam mostrar que o filho tinha um coração, mas que custava a usá-lo.

Ele chegou ao velório de seus pais com óculos escuro. Ele encarou a parente distante que havia lhe restado, Esme, que parecia saber de tudo sobre a vida do garoto com apenas um olhar.

Quando o enterro acabou, Edward embebedou-se e transou com Tânia durante toda a noite. Na manhã seguinte, chamou seu advogado e adiantou a leitura do testamento, então se viu surpreso com as exigências de seu pai para que ele tomasse a herança.

— Você terá que se casar com a filha de um empresário. Uma quantia será trocada, para que toda sua herança estava disponível. Será um contrato de um ano.

— O QUÊ? — Ele gritou exasperado.

— Charlie Swan foi um sócio de seu pai há anos atrás, ele estava financiando um empréstimo a esse homem, mas então. Algo mudou e isso não aconteceu. É com a filha dele que você se casará.

— E quanto eu terei que pagar com ela? — Ele perguntou, simplesmente querendo encerrar aquilo.

— Uma quantia que soma dez milhões — Seu advogado disse.

Edward apertou seu punho fortemente, pensando na grande jogada de mestre de seus pais. Um casamento forçado. Ele não entendeu a intenção deles, não entendeu que tudo que seus pais queriam era protegê-lo de Tânia, colocando-o em boas mãos.

...

Edward gritou por socorro. Não suportando as lembranças. Ele não queria se lembrar de como odiou Isabella desde que seus olhos caíram sobre ela, ele batia sem cessar na porta do elevador, como se ela fosse abrir com um pedido seu. Mas sua mente trabalhava sem cessar por um pouco de luz.

...

Concordando com o casamento, Edward exigiu em um contrato que Isabella deveria ceder a todas suas ordens, não era necessário compartilhar uma vida íntima, mas seria dele para sempre até que o valor pago por ela fosse reposto, ou se ele a liberasse em um período de um ano.

— Não pense que sua vida será boa — Ele disse para ela — Farei dela um inferno.

Ver aquele rosto ingênuo mexeu com Edward. Ela se parecia com sua mãe. Ela tinha os mesmos olhos e a mesma paz. E era tão bonita quanto. E então, ele sabia que precisava manter a distancia, para não cair no joguinho em que seus pais o colocara.

...

Parou de gritar quando percebeu que ninguém o ouviria. Sua dor era imensa, lembrar-se de como era e de como estava naquele momento, frágil e indefeso, precisando de socorro urgente, o deixava desesperado. Ele abraçou o próprio corpo e deixou-se navegar pelas últimas recordações.

...

O rosto de Isabella estava ali, passeando por sua mente. Juntamente com o belo vestido e noiva que ela usava. E então seu cenário mudou, voltando para um momento numa festa que ela fizera para ele. E voltou para seu casamento, no sim na Igreja. E depois voou para meses a frente, em beijos quentes que eles trocaram no sofá da sala de estar. No aniversário dela, como eles dançaram juntos.

E então, sua mente fora mais a diante, lembrou-se de datas em que ele gostaria de ter estado ao lado dela. No natal. No ano novo. Na páscoa. Dia de São Valentim, e dos namorados. Ação de graças. Aquele dia em que ele poderia agradecer por tê-la.

E por último, o sonho... O maravilhoso sonho que se repetia por todas as noites. O jardim que mais parecia o céu. E a linda menininha com os cabelos chocolates, correndo pelo campo. Enquanto ele segurava fortemente sua esposa e jurava seu amor.

Sua família.

...

Agora, seu choro era calmo. Seu rosto sem vida, ele havia perdido a noção do tempo preso ali.

— Se eu pudesse voltar atrás... Faria tudo diferente — Disse para si mesmo, recuperando o ar — Eu amaria meus pais. Eu amaria ainda mais Isabella...

Aquelas palavras, somente ele sabia como era difícil expressar. Mas era como se desatasse o nó.

— Eu teria sido um homem melhor — Soluços ecoaram por sua garganta.

Dizem que as palavras tem poder, ao menos as de Edward tiveram. Seu choro silencioso suavizou, quando as luzes voltaram iluminando o elevador. E as portas foram abertas. Mãos o puxaram para fora, porém seus olhos não puderam ver, ele apagou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!