Bromance escrita por Éden


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

- Boa leitura!

... — Um erro que você adorou, não é mesmo? . — Se não fosse assim, não teria pedido para repetir a dose de novo, de novo e de novo! - exclamei, encarando o rapaz. Em seguida levantei -me da cadeira e arrebitei meu bumbum perto do rosto de Diego, tentando provocar -o. O rapaz deu uma leve olhada e em seguida desviou o olhar para os lados, fazendo força para não se pegar olhando novamente. — Admite que você adora esse bumbum aqui!...



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Bromance

— Então… Como você conseguiu me arrastar até aqui mesmo? - perguntou Diego, talvez pela décima ou vigésima vez desde que saímos de casa. De cara você percebe o quão impaciente ele é, afinal, ninguém consegue ser mais irritante do que ele quando não gosta de algo.

— Eu disse que aqui eles tinham comida e você ficou super frenético. - respondi, com um pouco de frieza. Você leva o amigo para um evento e ele te agradece assim, reclamando. — E porque a única coisa que você teria para fazer em casa era bater punheta e depois chorar pela carência… Sera que isso serve?

— Touché. - respondeu o rapaz, cruzando as pernas e dando uma piscadela de quem acabava de perder uma batalha sangrenta, mas continuava se sentindo superior. O jeito dele me irritava, mas ele sempre tinha um modo de contornar isso, se não nossa amizade não teria durado nem um terço dos treze anos que durou. Nos conhecemos no primário, sempre estudamos na mesma classe, crescemos quase como irmãos e hoje dividimos um aparte de três cômodos aqui em São Paulo, enquanto cursamos a faculdade. Se fosse parar para pensar, fazemos bem a linha ‘marido e mulher’, afinal, eu cozinho, lavo e passo e ele bota dinheiro na mesa, claro, alternamos isso bastante, mas acaba que as vezes tenho que fazer tudo sozinho, mas não me importo, seria muito depressivo morar naquele cúbiculo sozinho. — Ih, parece que aquele doidão ali ta pedindo o outro em casamento… - disse Diego, apontando para o palco, no momento meus olhos encheram de orgulho e minha vontade era sorrir incessantemente, mas quando percebi a expressão de nojo do meu colega, decidi me fechar e observar de longe.

— Até que é bonito… - respondi, com um sorriso malicioso no rosto, enquanto observava Diego - ele fica tão mais lindo quando sério -.

— Bonito nada… É muita veadagem isso sim! - respondeu Diego, levemente irritado. Minha única ação foi encarar -o com uma expressão de incomodo, ele, percebendo que eu fitava -o, desviou o olhar para os lados, corado de vergonha. — Nem pense em dizer… Aquilo foi um erro, ta ligado? - perguntou Diego, com uma expressão de medo.

— Um erro que você adorou, não é mesmo? . — Se não fosse assim, não teria pedido para repetir a dose de novo, de novo e de novo! - exclamei, encarando o rapaz. Em seguida levantei -me da cadeira e arrebitei meu bumbum perto do rosto de Diego, tentando provocar -o. O rapaz deu uma leve olhada e em seguida desviou o olhar para os lados, fazendo força para não se pegar olhando novamente. — Admite que você adora esse bumbum aqui! - respondi, enquanto chacoalhava minha cintura para os lados. Diego fechou os olhos, tentando não admitir o que sentia/queria e nem olhar diretamente para meu corpo. A verdade é que ele queria, mas tinha orgulho demais para assumir.

— Para com isso Lucas! - gritou Diego, levemente irritado. Seu grito ressoou por todo o espaço do anfiteatro, assustando a todos os presentes, que pararam para olhar a cena: Um garoto esfregando a bunda na cara do outro. Inclusive o casal de gays, que se beijavam com tanta química que podiam pegar fogo, mas continuavam grudados, parou e começou a observar. Tímido, acabei sedendo e sentando de volta na cadeira, colocando a mão no rosto para que ninguém me visse. — Eu errei muito… Mas isso é passado! - sussurrou Diego.

— PASSADO? - perguntei, indignado. — Diego, semana passada toda, inclusive ontem, você passou a noite em claro junto de mim, brincando de doutor e paciente. Não tente remediar o que você fez, vai ficar na minha mente para sempre! - exclamei, possesso. Seguidamente, levantei -me da cadeira e fui em direção aos formandos. Diego veio atrás, tentando me controlar. Os rapazes estavam se abraçando em uma espécie de confraternização. Aproximei -me de um dos rapazes que estavam se beijando, a expressão de meu rosto não revelava que algo bom ia acontecer. — Ei! - o garoto virou -se, surpreso. — Você é assumido?

— Sim, sou. - ele olhou -me de cima a baixo. — Quem é você, garoto?

— Você não me conhece, eu sou Lucas. - respondi, observando a tensão de Diego, se aproximando calmamente de mim. — É que eu tenho um amigo e ele estava precisando de umas dicas para poder se assumir, já que eu tanto tentei e não consegui, pensei que você podia e… - antes que pudesse terminar de falar, Diego chegou por trás e envolveu sua mão em minha boca, e começando a me puxar para fora do local.

— Liga não, ele é doido! - exclamou Diego, puxando -me para fora do anfiteatro. O Rapaz ficou sem entender, com uma expressão de confusão estampada no rosto. — Parabéns pelo… - Diego observou o segundo rapaz, bem mais apessoado que o primeiro, se aproximando e fez de tudo para não soltar uma piadinha sobre Gays. — Pelo negócio aí! - exclamou ele, arrastando -me com certa dificuldade para fora finalmente. Passando pelas dezenas de homens de meia idade e mulheres emocionadas. Todos nos observando tentando entender o que era, mas nenhum foi capaz de tentar me ajudar a me livrar de Diego.



— Você por acaso é doido? - gritou Diego, possesso, ao entrar dentro de nosso apartamento seguido de mim. O grito dele fora tão alto, que assustou os pequenos passarinhos que faziam ninho na jardineira da janela, eles voaram, deixando os filhinhos assustados. Diego não era muito bom com delicadeza, sempre que ficava irritado, sua voz aumentava em muitos tons, chegando a sair mais alto que o canto de uma Orca. Eu amava isso. — Eu tenho sorte que cheguei a tempo de você falar demais! Já pensou no que isso podia dar?

— Claro que já! - respondi, encarando Diego com um olhar malicioso. — Você ia conseguir se assumir e me ter em tempo integral, não é isso que você quer? - respondo, começando a desabotoar os botões da camisa. Percebo um certo olhar disfarçado de Diego sobre mim, sinal de que estava dando certo.

— Que?! Claro que… - assim que acabei de desabotoar a blusa, a retirei e joguei sobre o sofá. Diego ficara tão hipnotizado que esqueceu de terminar de falar. Percebi o suor escorrendo por sua testa e passando por todo corpo, era sempre assim quando ele ficava assustado. Então, ele chacoalhou a cabeça e se concentrou, para tentar falar novamente. Comecei então a tirar a calça Jeans, percebendo o quão absorto meu amigo se encontrava. — Não… - respondeu ele em um tom piano, quase sem som na ultima letra. Ele olhava -me como um cão que passava ao lado de uma mercearia cheia de carnes, chegava a babar, mas não cedia. Tudo que fiz foi abrir um sorriso mais tentador ainda, ficando apenas de cueca e meias sobre o tapete da sala, me sentei no sofá e espreguicei, mordi meu lábio inferior e pude observar Diego sem reação por pelo menos três segundos, depois disso ele me atacou como um tigre em um servo, nem se deu ao trabalho de tirar suas vestimentas, apenas foi para cima de mim com tanto desejo que chegava a assustar.



— Você tem que para de fazer isso, por favor! - disse Diego, saindo nu de baixo das cobertas, ainda ofegante. Já era noite, o tempo passou tão rápido que nem havíamos percebido. Depois de alguns segundos, também me descobria e ficava observando o rapaz com sua expressão de arrependimento momentânea. — Eu não sou Gay… Eu não sou Gay… Eu não sou Gay… - repetiu o rapaz, em tonalidade de mantra. Meu sorriso se estendeu ainda mais naquele momento, minha única ação foi me enrolar no edredom e caminhar até o banheiro, para poder me trocar. Diego continuou na cama, arrependido.

— Ah Diego, vai dizer que você não gostou? - gritei do banheiro, ele era tão único com o quarto que nem precisava ter usado minha voz tanto assim. Diego continuava pensativo, geralmente esse sentimento de arrependimento durava por algumas horas.

— Não, eu não gostei. - respondeu. Pude perceber o tom de mentira em suas palavras, ele não sabia falar, tampouco mentir. Depois disso, saí do banheiro trajando apenas um samba canção bem simples e com uma escova de dentes nas mãos, alternando dentre a boca e fora dela.

— Me engana que eu gosto! - exclamei, com a boca cheia de espuma. Algumas gotinhas brancas chegaram a saltar para o chão de madeira do quarto de Diego, fazendo -o ficar mais irritado ainda. Depois voltei para o banheiro, cuspi o colino na pia e abaixei -me para beber da água direto da torneira, gargarejei, cuspi novamente e voltei para o quarto. Di se encontrava calçando os sapatos, já estava todo vestido, mas estava tão distraído que não percebera que estava calçando pares diferentes. — Acho que o seu All - Star não vai gostar da companhia da sua chuteira hoje, Diego! - exclamei, irônico. Depois dei uma leve gargalhada.

— É isso que você me faz! - exclamou o rapaz, retirando a chuteira do pé e atirando contra mim. Consigo desviar por pouco e volto para o banheiro chorando de tanto rir. Diego levanta da cama e do quarto vai direto para a cozinha, era típico dele tomar café depois de uma tarde agitada.

— Feliz? Te faço mesmo! - balbucio, enquanto vou atrás de Diego na cozinha. Ele havia se sentado em uma das cadeiras da bancada, com a mão sobre os olhos e o braço apoiado na mesa, estilo Chico Xavier. Como já sabia do que ele precisava, me aproximo da cafeteira e tiro a jarra dela, pego um copo da prateleira e jogo na frente de Diego, servindo café para ele em seguida. Com um pouco de receio, ele agarra o copo, toma um gole e faz uma expressão de nojo. — Ué, o que foi?

— Você pois muito açúcar! - disse Diego, botando a lingua para fora de nojo. Acabei ficando indignado, peguei o copo do rapaz e tomei um gole, fazendo uma cara azeda e jogando sobre a bancada novamente. — Não disse?

— Mas não tá doce… Tá muito é amargo! - respondo, enquanto tento recuperar o meu paladar, perdido com essa dose de café. — Devo ter esquecido de por açúcar… - percebendo que alguma coisa não estava certa, faço uma expressão de confusão e começo a fitar Diego, de cima a baixo. — Ta tudo bem com você, Di? Você anda meio estranho esses dias…

— Ta sim, não precisa se preocupar! - exclama Diego, com certa frieza, já que nem desviou o olhar para me observar.

— Tá legal… - respondo, enquanto caminho em direção a porta, mas assim que dou as costas, ouço o som de algo caindo no assoalho de madeira. Era Diego, soava feito um corredor olímpico e ofegava, cansado. A única coisa que consegui fazer foi pegar o corpo de Di e levar -o para o carro, porém, como não era um bom motorista, acabei demorando um pouco para pegar o ritmo daquela coisa - era ele quem sempre dirigia -. Coloquei Diego na parte de trás do carro e agarrei sua mão, tentando passar segurança, meus olhos ficaram firmes, se alternando entre a estrada e o corpo de meu amigo, depois de meia hora finalmente chegávamos ao hospital em que meus pais trabalhavam, logo na entrada já fomos recebidos por uma equipe de paramédicos, parece até que eles tinham adivinhado, minha mãe, Lúcia, estava no grupo.

Quatro enfermeiros ajudaram Diego a sair do carro e o levaram direto para a sala de atendimento. Enquanto os exames eram feitos, ficava na parte de fora, aflito e aos prantos. Não era só meu amigo naquele quarto, era meu melhor amigo, futuro marido e futuro ex marido, além de futuro pai dos filhos que iriamos adotar. Desculpe, tenho mania de fazer planos bem malucos. Os que tinha com Diego eram basicamente: Conquistar -o pouco a pouco, namorar, casar, adotar duas crianças, termos uma crise no casamento, pegar ele na cama com outro, nos separarmos, me juntar com um garoto mais novo, separar dele e juntar com o Di novamente, para que pudéssemos morrer juntos, bem velhinhos.



— Filho? - era a voz de minha mãe. Geralmente sempre que a ouvia nesse tom brando de falar, era porque algo de bom havia acontecido, mas naquele momento nada de feliz passava por minha mente, ela podia ser Jesus ali falando, ainda teria medo do que ela podia dizer. Então, Lúcia, se aproximou de mim e logo enroscou seu braço no meu ombro, preparando terreno para falar sobre o pior. Seu sorriso era uma mistura de arrependimento, orgulho e receio, ao mesmo tempo. Depois de alguns segundos respeitando meu silêncio, ela o quebrou com sua voz fina: — Esta tudo bem com o Diego! - ela sorriu, com essa noticia pude finalmente ficar mais calmo, então, coloquei minhas mãos sobre o rosto e limpei as lágrimas que havia derramado, sorrindo de orelha a orelha. — Mas se ele não se cuidar, pode ser pior…

— Se cuidar?? O que ele tem? - perguntei, assustado. Afinal, Diego não era o tipo de pessoa que ficava doente, em toda minha vida só vi ele ter uma virose e catapora… Nada mais do que isso.

— Diabetes. - o sorriso de minha mãe se tornou algo desesperador, era como ver a morte te dando um tempo antes de te levar, mas permaneci calmo, não era algo tão grave, ele podia superar. — E é por isso que você vai ter que ficar do lado dele, mais do que nunca… Diabetes é uma doença muito perigosa, tanto para o corpo quanto para a mente! E uma pessoa sozinha na vida, como o Diego, não ia conseguir viver bem, Lucas. - esqueci de contar esse detalhe sobre Diego, ele perdeu o pai muito cedo com apenas cinco anos e a mãe faleceu no ano passado, literalmente, eu era a única coisa que ele conhecia como familia atualmente, um ‘Amigorado’.

— Eu sei mãe… E ele também! - respondi, confiante. Minha mãe abriu um sorriso de orgulho, aquele que toda mãe demonstra quando vê que o filho finalmente cresceu. Em seguida ela pegou em minha mão e puxou -me na direção do quarto onde Diego estava, ela sabia que eu era a melhor pessoa para dar essa noticia a ele, mas acho mesmo que ela só estava com medo da reação de Di, afinal, mamãe sempre foi uma ‘tia postiça’ para ele e como a mãe dele morreu em suas mãos, Lúcia não tinha coragem de olhar nos olhos do rapaz ainda, eu entendia, então nem argumentei, entrei na minha sala com o humor e o sorriso de sempre, alguém que eu preciso muito, precisava de mim agora. Diego já estava acordado, com a mesma cara que você fica ao acordar em um hospital: de onde-é-que-eu-to-?

— Acordou, Belo Adormecido? - digo, enquanto vou me aproximando da cama de Diego e sentando na beirada, acariciando sua perna. Como era de costume, ele desvia o olhar para mim com uma expressão de raiva e ficou assim até que tirei minha mão de seu corpo. — E então, tudo bem com você?

— Não… Parece que a minha cabeça vai estourar! - ele olha ao redor, tentando não encarar a minha face. — Devo estar horrível… - e então, corou de vergonha. Vendo a timidez de Diego, abri um sorriso, o mais lindo que já tinha feito em toda minha vida e encarei com aquele olhar de quem havia encontrado o maior tesouro que podia se ter.

— E está mesmo… - respondo, enquanto dou alguns saltos para frente da cama, tentando me aproximar de Diego, esquivo. — Mas eu gosto de você de qualquer jeito! - digo, meloso, enquanto observava o rosto de meu amigorado.

— Afinal de contas, o que aconteceu? - perguntou ele.

— Nossa tarde foi tão intensa que você entrou em coma por três dias! - respondi, irônico. Diego limitou -se a olhar -me com uma expressão de você-não-tem-jeito-mesmo. — Brincadeira… Você passou mal e desmaiou… - disse, receoso.

— E o que eu tenho? Eu vou morrer? - perguntou Diego, aflito. Ele começou a se debater, desesperado.

— Sim, daqui a dois meses… - respondi, tentando parecer o mais sério possível, porém, Diego conhecia o maravilhoso segredo de saber quando estava mentindo, então, se limitou a voltar a me encarar com raiva. Então, depois de um sorriso receoso, pus -me a falar. — Você tem Diabetes…

— O que?! - ele gritou, ressoando por todo hospital e assustando os internos, médicos enfermeiros que passavam por perto.

— Há… Não faz essa cara de desentendido não! - respondi, irritado. — Você é que nem formiga com doce! Não engorda de ruim! - exclamei, sorrindo. Diego então soltou uma gargalhada abafada pela surpresa recente, sentou -se na beirada da cama e me encarou cara a cara, com seu sorriso simpático e encantador tão raramente visto.

— Vou estragar sua vida, não é? - perguntou ele, receoso.

— Por que diz isso, seu bobo? - respondo, irritado.

— Ninguém gosta de morar com um diabético… - respondeu ele, com um tom cansado. — Tem que fazer dois tipos de café, a comida tem que ser controlada, nada de açúcar… Desculpa… - exclamou Diego, receoso. Seu sorriso sumiu da face momentaneamente, dando lugar para um olhar preocupado e desanimado.

— Não fala isso! Você sabe que pode sempre contar comigo! - e em seguida envolvo meu braço ao redor do pescoço do rapaz e puxo sua cabeça para perto da minha, ele faz o mesmo, com um pouco de receio. Depois, abro um grande sorriso de satisfação e tento roubar um beijo de Diego, que ainda é bastante esquivo/desconfiado e acaba não sedendo, mas logo, na segunda tentativa eu não só consigo roubar, como ganhar milhões deles que, aparentemente seriam para sempre. Os beijos de Diego eram como a brisa do mar, misturada com cheiro de pão de queijo pela manha, perfume de rosas amarelas, brigadeiro de colher e tudo de bom que se pode pensar. Um verdadeiro doce, que só ele conseguia ter e que só eu podia sentir, era a mesma coisa da situação dele com o café, só Diego conseguia sentir o açúcar. — Só não te peço em namoro porque quero manter nossa amizade!

— É, acaba sempre dando problema quando amigos começam a namorar… - disse Diego, já levemente melhor do que antes. — Quando acaba perde amizade… Amor… Confidência.. Tudo! - Diego coloca a mão no queixo e começa a coçar -o, como se estivesse tendo uma ideia muito das boas. — E se a gente fizer assim, podemos nos chamar de ‘namorados’ as sextas, sábados e domingos… Nos demais dias de semana somos… Somos…

— Amigorados? - completei, com a primeira palavra que veio a minha mente. Pude ver um sorriso de satisfação colorir o rosto de Diego.

— Isso! - ele gritou, novamente para que Deus e o mundo ouvissem e em seguida, beijou -me novamente, mas segundos depois se solta, com uma expressão de confusão. — Que dia é hoje mesmo?

— Sexta feira! - exclamei, contente. Diego então, abraçou -me novamente, mais forte do que nunca, aproximou a boca de meu ouvido e poise a falar.

— Então hoje pode, namorado. - ele sussurrou em meu ouvido e seguidamente beijou -me com toda indecência e amor que tinha. Sua voz, misturada com a tensão de ter contato corporal direito e em plena luz do dia, me derrubaram totalmente. Todo mundo sabia que eu era gay, mas nem tinham desconfianças quando a Diego e esse ato dele, de me beijar em um lugar que qualquer um podia nos ver, deixava a sensação mais selvagem do que já era. Isso sim era um verdadeiro Bromance, pode namorar? PODE! Pode beijar? MUITO! Pode casar? AINDA NÃO! E pode amar? INTENSAMENTE! E o que não pode?





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Notas finais do capítulo

- O que acharam?



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