O Acampamento - INTERATIVA escrita por THEstruction


Capítulo 6
Capítulo 5: Como Você Fez Isso?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Que saudade de vocês ♥.
Eis aqui mais um capítulo fresquinho de "O Acampamento". Agora as coisas começam a ficar interessantes. Até lá embaixo e boa leitura.



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— E qual é o plano? – Perguntou Neo.

— Temos que achar o Pagpa – Respondeu Katrina – Pagpa é a...

— Pedra de cor avermelhada em forma de losango – Completou Beatriz – Já achamos.

— É sério? E ele está com vocês?

— Talvez, para que precisa dele?

— Olha, não me enro...

— Para que você precisa dele? – Interrompeu.

— Precisamos dele porque ele é nossa passagem de volta para casa.

— E como pretendem voltar? – Perguntou Neo.

— Como vocês vieram?

— Perguntei primeiro.

— Nossa, Neo, parece criança – Disse Luna.

— Fica na sua, Delavega.

— Você sabe que eu...

— Silêncio os dois – Disse Alex – Por favor, Katrina, continue.

— Há uma passagem que é mantida pelo Rei de Preato, Taurus.

— Nome legal – Comentou Luna.

— Ele também busca pela pedra.

— Mas qual o objetivo dele em tê-la? – Perguntou Alex.

— O de sempre. Destruir a Terra. Não podemos deixá-la cair nas mãos dele.

— Então essa pedra dá poderes a quem a detém? – Perguntou Beatriz.

— Apenas nas mãos certas. Até hoje, das poucas vezes em que a pedra esteve em nossas mãos fizemos várias experiências com ela, mas nada deu certo. Percebemos que essa pedra só funciona quando testada em humanos que ainda não foram marcados pelos bastardos.

— Como a marca que você recebeu?

— Isso.

— E essa esfera no peito da sua mão? – Perguntou Alex.

— Isso é uma das coisas que eu consegui roubar de um dos tenentes do exército na minha segunda fuga. Em contato com o Pagpa podemos controlar seu princípio ativo e manipular seu poder – Disse Katrina mostrando a pedra.

Neo se pôs de pé, deu um sorriso e então colocou a mão no bolso.

— Vamos raciocinar: – Disse ele – Saímos da Terra, viemos para um planeta desconhecido com humanos raptados e fugitivos que são liderados por uma mulher mandona e gostosa...

— Ei! – Disse Katrina.

— Como é que é?! – Perguntou Luna

— ... e esse grupo quer uma pedra foderosa para ajuda-los no combate contra um exército de exorbitante de seres alienígenas ou sei lá o que são sendo que tais seres estão sendo liderados por um chefe foderoso que odeia a raça humana e fará de tudo para nos mutilar na primeira oportunidade. É isso ou esqueci alguma coisa?

— Sim, é isso – Respondeu Katrina – Mas a diferença é que com o Pagpa e com essa pedra que roubei, temos uma chance maior de manipulá-la. Precisamos liberar todo o poder dela e concentrá-lo em algum humano limpo.

— O quê? Nem olha para nós. Agora vocês acham que somos ratos de laboratório – Disse Beatriz.

— Escute, esperamos muitos anos para termos certeza do que fazer e agora que temos vocês sabemos que são nossa única chance. Precisamos tentar. Por favor, digam que estão com a pedra.

Todos olharam para Beatriz.

— Vocês são uns bostas mesmo – Disse Beatriz tirando a pedra do lugar onde estava escondido – Aqui está.

Katrina sorriu ao ver o brilhar da pedra.

— Eu sabia que vocês seriam úteis. Venham, vamos até Kagura.

— Quem é Kagura? – Perguntou Alex.

— O alquimista. Ele foi o único capaz de manipular a pedra com as próprias mãos.

Eles então acompanharam Katrina que os levou através do enorme esconderijo, que era capaz de abrigar centenas, senão milhares de humanos refugiados. Ao chegarem numa grande tenda com uma pequena piscina circular de água efervescente ao centro, mais a frente podia-se ver Kagura forjando uma espada.

— Kagura! – Chamou Katrina.

O homem de estatura mediana, avental branco e manchado, camisa azul listrada e manchada de graxa, calça preta e sapatos cinza virou-se para trás e fez o mesmo sinal que os demais soldados fizeram.

— Senhora Katrina!

— Olá Kagura.

— Quem são esses?

— Humanos limpos.

Ele parou por um segundo e olhou impressionado para os jovens.

— Humanos... Limpos? Mas isso é... Isso é...

— Isso é o que esperávamos por anos, Kagura. Eles são a prova de que podemos sair desse inferno finalmente.

— Mas... Como?

— Oh grandão – Disse Luna – Vamos fazer os bagulhetes, sim ou não?

— Cala sua boca, Luna – Repreendeu Beatriz.

— Do que ela está falando? – Perguntou Kagura.

— Eles estão com o Pagpa – Respondeu Katrina.

— Não é possível – Comentou ele sorrindo – Vocês são verdadeiramente os Guerreiros da Terra.

— Exatamente. Ouça: não temos muito tempo, Kagura, precisamos manipular a pedra logo.

— Certo, mas... Agora?

— Temos os humanos, temos a pedra, o que mais está esperando?

Kagura ficou sem palavras, tentando disfarçar um certo nervosismo.

— Certo... É... Deixa eu só organizar umas ferramentas aqui e já pego o necessário.

Kagura encaminhou-se até uma porta à sua direta.

— E então, como vamos fazer isso? – Perguntou Alex.

— Vamos recolher o sangue de vocês e molhar o Pagpa, se vocês forem humanos limpos verdadeiramente, então ela brilhará, depois disso eu pegarei a Yulian, minha pedra, e a juntarei com o Pagpa, e então esperaremos até que ele entre em ação..

— Quais os riscos disso? – Perguntou Beatriz.

Katrina silenciou-se e abaixou a cabeça.

— Você ouviu a pergunta – Disse Alex se aproximando dela – Quais são os malditos riscos?

— Todos – Respondeu Katrina.

— Mas você diss...

— Eu sei o que disse, mas também sei que mesmo usando alguns humanos limpos isso deu errado.

— Vai se foder, vamos embora galera – Disse Alex dando as costas.

— Espere, por fa... – Pedia Katrina.

— Esperar? Você quer testar um bagulho desses na gente que nem você sabe como funciona. Alguma vez isso já deu certo?

— Por favor, não temos outra opção. É nossa única chance.

Alex colocou as mãos na cintura e olhou para cima.

— Isso é loucura – Disse ele.

— Alex, não temos outra opção – Disse Beatriz – Você não quer voltar a ver a sua irmã?

— Deixe ela fora disso.

— Não, Alex, eu sei que você se importa com ela a ponto de querer voltar só por causa dela. Temos que tentar.

— Vamos confiar na primeira pessoa que diz que tem uma pedra mágica? Se te disserem que o crack vai te dar uma viagem boa daquelas, você usaria?

— Puta que pariu... – Disse Neo – Sua analogia é tão boa quanto pintar com...

— Chega dessa piada, Neo – Disse Luna.

— Os dois calem a boca – Exclamou Beatriz.

— Quer saber? Beatriz, você está com a pedra, certo? – Perguntou Luna.

— Sim, estou.

— Então vamos, não precisamos do Alex. Se ele quiser voltar a ver seu Poodle...

— Você não fale assim dela! – Esbravejou Alex indo em direção à Luna.

— Ou o que? – Disse Neo colocando-se na frente de Luna.

— Sai da minha frente, seu lixo.

— Lixo? Eu? O que você tem de tão especial? Medalhas em atletismo? Isso qualquer pode ter, babaca do caralho.

— Então por que você não tem Neo?

— Para ser igual a você? Comer bosta dá menos esforço e o mesmo resultado.

— Rapazes... – Disse Beatriz – Deixa isso para lá.

— Você se acha o “bonzão”, não é Neo? – Disse Alex – Por que não arregaça a manga da sua camisa aí e mostra o que tem escondido?

— Se você der mais um pio eu mato você, filho da puta – Falou Neo.

— Opa, parece que todos nós temos fraquezas não é?

— Minha fraqueza é a dúvida de te matar agora ou poupar esse teu rabo para eu comer com arroz.

— Isso se você não morrer antes, pivete.

— Me chama de pivete... Só mais uma vez.

Antes que Alex pudesse abrir a boca, Luna interrompeu.

— Chega vocês dois! Parece duas putas brigando para quem manda na esquina do motel. Que desgraça. Não me interessa o problema do passado de vocês e outra: Beatriz e eu vamos embarcar nessa, não temos nada a perder. Claro, a não ser a vida, mas vocês entenderam! Vamos Beatriz – Disse Luna pegando a pedra e entregando à Katrina – Faça tuas mágicas.

Katrina pegou a pedra e chamou Kagura. Alex e Neo se olharam e depois seguiram as duas amigas. Kagura pegou uma lâmina feita de grama verde, metais preciosos e plástico e cortou horizontalmente o braço de Luna e pingou o sangue no Pagpa, ele repetiu o mesmo procedimento com Alex e Beatriz, até que chegou na vez de Neo.

— Não serve a mão? – Perguntou Neo

— Na verdade não. Não podemos correr o risco.

Neo então levantou lentamente a manga de sua camisa de frio até deixar todo seu antebraço à mostra. No antebraço de Neo era visível marcas de cortes horizontais e verticais. Luna olhou aquilo assustada e em seguida olhou para Neo que estava de cabeça baixa.

— Eu falei – Disse Alex.

— Por que não enfia uma vassoura no teu rabo e gira?! – Falou Neo.

Kagura fez o mesmo em Neo. Logo depois, Katrina retirou a pedra de sua luva e pediu para que entrassem na piscina que, apesar de borbulhando, não estava quente. Ela respirou fundo e perguntou:

— Prontos?

— Não – Responderam todos os quatro.

— No três... Um... Dois...

Os quatro jovens deram suas mãos. Luna na extremidade da ponta esquerda em referência à Katrina, Neo ao lado dela, Beatriz ao lado de Neo e Alex ao lado de Beatriz. Katrina então juntou as pedras ambas ficaram esverdeadas. Ela então rapidamente soltou as pedras na piscina e então a água começou a ficar cada vez mais quente até chegar um ponto em que estava queimando a pele deles. Os quatro gritavam de dor enquanto toda a população assistia, atônitos. Em meio a um barulho ensurdecedor de uma ventania incessante, um tremor se formou ao redor da tenda e o chão começou a rachar. Katrina gritou à Kagura:

— Abra o compartimento!

Kagura então puxou a alavanca à sua esquerda e uma pequena claraboia circular formou-se acima da piscina. Nesse mesmo instante o grito dos jovens cessou-se e água da piscina voou por entre a claraboia virando fumaça em seguida. O diâmetro da piscina aumentou, rachando todo o solo envolta.

Todos olhavam perplexo para o corpo dos jovens que saia fumaça por conta do calor da água, alguns comentavam que foi mais uma experiência falida e outros simplesmente olhavam com alguma esperança em seus corações. Após alguns segundos, Katrina foi até os jovens e mediu a pulsação da veia carótida de Beatriz. Ao constatar que não tinha pulso, ela se desesperou.

— Não, não, não, não, não – Dizia ela seguidamente enquanto media a pulsação dos demais.

Toda a população se pôs a chorar, exceto Kagura que só tinha decepção em seu olhar.

— Nunca sairemos daqui – Comentou Katrina olhando para baixo estaticamente.

Ela então andou lentamente em direção a dois soldados e os pediu para que retirassem seus corpos dali. Eles então chamaram duas pessoas que os ajudaram a pegar os corpos. Eles andavam pela caverna indo em direção ao Grande Abismo, um local onde era jogado os corpos de pessoas mortas. Porém, a vinte metros do abismo, um dos homens começou a sentir um dos corpos ficarem quentes.

— Pessoal, esse corpo aqui está quente – Disse ele – Quente até demais.

Ao sentir seu ombro queimar, ele soltou o corpo que ao cair no chão provocou uma onda de vento que os jogou longe fazendo com que os demais corpos também caíssem. Depois que os soldados levantaram, eles andaram vagarosamente até os corpos. Um dos corpos abriu seus olhos, revelando uma íris esverdeada. Era Beatriz, que se pôs de pé enquanto todos olhavam para ela.

— O... O que houve? – Perguntou ela, arrumando seus cabelos loiros.

Ninguém conseguia dizer nada. Beatriz então viu seus amigos e tentou acordá-los, porém, eles pareciam estar mortos. Ela então se pôs a chorar enquanto um dos soldados se aproximava lentamente dela. Ela ouviu os passos dele e num impulso gritou:

— Sai de perto de mim!

Nesse momento, seu braço esquerdo esticou-se por quatro metros, empurrando o soldado que caiu assustado no chão. Seu braço continuava esticado enquanto ela olhava perplexa o que havia feito. Nesse mesmo momento Kagura e Katrina chegaram. Beatriz olhou para eles e logo seu braço voltou ao estado normal.

— Beatriz... Como... Como fez isso? – Perguntou Katrina,

— Eu não sei – Respondeu ela.

De repente, Alex começa a acordar.

— Alex, Alex, você está bem?

— O que houve? – Perguntou ele, atordoado.

— Não sei. Eu... Nós...

Luna também acordou. Antes que Beatriz pudesse falar alguma coisa, Luna respondeu:

— Estou te ouvindo pode falar.

— Mas... Eu não falei nada.

— Como assim? Você me perguntou se eu estava te ouvindo, não foi?

Todos se entreolharam.

Neo finalmente se levantou, Luna correu para ver como o parceiro estava.

— Neo, está tudo bem? – Perguntou ela.

— Não sei, meu braço dói – Respondeu Neo.

— Não acredito que vocês estão vivos – Disse Katrina – Faça aquilo de novo Beatriz.

— O que você fez, Bia? – Perguntou Luna.

— Eu não sei, só estiquei meu braço e... – Beatriz apontou para Katrina e o braço dela parou a centímetros do abdômen da mesma.

— Isso é incrível – Disse Luna.

— Eu não acredito que deu certo – Disse Kagura.

Luna suspirou forte e olhou para frente por três segundos. Seus olhos tornaram-se azuis por completo enquanto ela olhava.

— Luna, Luna! – Chamava Alex.

De repente Luna voltou a si e ficou meio tonta, sendo amparada por Neo.

— O que houve, Lu? – Perguntou ele.

— Eu não sei... Eu vi... Sei lá, algo parecido com uma invasão – Luna parou por um segundo e olhou para Katrina – Espera, onde está Kagura? Vocês tem que pará-lo.

— Luna, se acalme – Disse Katrina.

— Não, não, vocês tem que pará-lo. Ele não é quem vocês pen...

Antes que terminassem de falar uma explosão na porta de entrada pôde ser ouvida fazendo com que todos olhassem para lá. Todos estavam assustados. Haviam gritos de pessoas e de soldados que eram lançados para fora do diâmetro da porta. Os jovens, desorientados, olhavam tudo que acontecia sem reação. Impressionados pelo que Luna e Beatriz fizeram, Alex e Neo se colocaram de pé e olharam para porta para constatar o que estava por vir.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Por favor, deixe seu comentário, crítica, elogios e reclamações. Eles são muito importantes, pois a fic não é minha, é de vocês! ;) Até a próxima e beijos do THE



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