Paws - Um Amor de Cão escrita por FireboltVioleta


Capítulo 11
Briga de cachorro grande


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Sentiram minha falta? (Firebolt desvia das chineladas)
Desculpem a demora ridícula para postar. Mas, enfim, aí está o novo capítulo.
Boa leitura!



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Acordei preguiçosamente, sentindo algo úmido tocar meu rosto.

– Agora não, amor... - resmunguei – só mais cinco minutinhos...

Pisquei, confusa, abrindo os olhos.

Quase caí da cama de susto quando me deparei com o focinho de Teddy diante de meu rosto.

– Ah, Teddy! – bati no colchão, zangada, fazendo-o pular e dar um ganido que só podia ser um latido de zombaria – sua peste! Chispa da minha cama!

Teddy desceu da cama, abanando o rabo e me encarando com a expressão mais serelepe do mundo.

Vulnerável á fofura daquele cãozinho sapeca, não pude deixar de sorrir, levantando-me da cama.

– Pelo visto, dormiu muito bem – agachei-me para acariciar seu dorso.

Teddy ganiu afavelmente, animado, esfregando-se em minhas pernas.

Sorri comigo mesma, recordando no como Teddy havia, por algum milagre, tentado chamar minha atenção no dia anterior.

Pensando bem, não podia brigar com ele depois daquilo. Ao contrário, ele merecia mesmo alguma regalia depois do que havia feito na noite retrasada. Tinha que parar de implicar com o pobre cachorrinho.

Teddy mordiscou carinhosamente meus dedos, me fazendo rir e sacudir a mão.

– Ai... sua ferinha – afaguei suas orelhas, observando Teddy deitar mansamente a cabecinha em meu joelho.

Descemos pouco tempo depois, após eu me trocar, recebidos por um grande sorriso de mamãe.

– Bom dia, querida – ela se abaixou para cumprimentar Teddy – como passou a noite?

Mordi o lábio. Não contaria á eles sobre Stuart. Era melhor deixar o assunto morto e enterrado.

Assim como aquele verme ficaria se chegasse outra vez perno de nós.

– Bem – murmurei, sem graça – vou sair para comprar as coisas do jantar.

Havia convidado Julia e Isabella para comerem em casa, depois do fiasco do dia anterior, numa tentativa de levantar o ânimo de Isabella.

– Quer ir com o carro?

– Não... acho que vou andando com Teddy... fazer um pouco de exercício... o que acha, garoto?

Teddy latiu, indo, para meu espanto e humor, em direção á dispensa, e voltando de lá, segundos depois, com a guia na boca.

Eu e mamãe nos entreolhamos, espantadas com o raciocínio de Teddy.

Aquele cão não era desse planeta. Tinha chegado á essa conclusão.

– Tudo bem, então... – girei os olhos, fazendo mamãe rir – mãe, esse cachorro é mutante.

– Pare com isso, filha – minha mãe sorriu, me lançando uma piscadela – não vai tomar café antes?

– Tomo na volta. É rapidinho – apanhei um biscoito da mesa e enfiei na boca, enquanto me agachava para afivelar a guia em Teddy, e apanhei a bolsinha de contas – até daqui a pouco.

Teddy nem olhou para trás. Assim que coloquei a guia no pulso, já saiu correndo porta afora, me obrigando a acompanha-lo.

Mal pude me despedir de mamãe, que deu risada, enquanto aquele monstrinho me arrastava para o exterior como se o mundo estivesse acabando.

Comecei a rir, quase tropeçando na calçada, tamanha era a empolgação de Teddy.

– Ei, devagar, coisinha. Vai quebrar minha clavícula – brinquei, começando uma caminhada ao lado de Teddy.

Ele latiu animadamente, sacolejando o corpo de modo empolgado.

Achei graça no compasso estranho de Teddy. Ele andava com a cabecinha erguida e na ponta das patinhas, como um poodle garboso. Era tão bizarro quanto divertido assistir.

O que me fazia perguntar onde ele aprendera todos aqueles truques. E, olhando-o agora, me questionar o porquê um ser humano abandonaria um cachorrinho tão adorável e talentoso.

Na verdade, começava a desconfiar que ele não havia sido abandonado.

Era como... como se alguém tivesse-o dado á mim, sabendo que ele seria leal e carinhoso como meu animal de estimação. E sabendo que eu precisava desviar minha mente e meu coração da dor da perda.

Era intrigante... assustador.

Balancei a cabeça, tentando me distrair daqueles pensamentos que teimavam em bagunçar minha cabeça.

No entanto, um som de algo sendo jogado no chão ecoou no beco afrente de nós, ribombando na rua deserta.

Teddy ficou anormalmente imóvel, erguendo as orelhas e farejando no ar, toda a despreocupação se esvaindo de seu focinho, como uma bexiga furada.

– Teddy? – sussurrei – o que foi, rapaz?

Ele enrijeceu, postando-se á minha frente num átimo. Um rosnado tenso escapou dos dentes trincados do pequeno cão.

Algo estava errado. Muito errado.

Pisquei, tensa, andando lentamente para trás.

Foi quando também congelei, ao ver o que apareceu no beco adiante.

Minha mão apalpou institivamente o bolso da calça, mas, para meu horror, percebi que, em minha pressa, havia esquecido a varinha no quarto.

Só pude baixar o olhar, e deliberadamente não encarar o robusto pit bull que fitou-nos, latindo ameaçadoramente, saindo do beco e colocando-se em nosso caminho, intimidante.

Arfei, tentando raciocinar. Se eu corresse, ele naturalmente viria trás. Se eu avançasse, ele também atacaria.

E Teddy, para meu choque, estava na exata posição de um cachorro desafiando o outro, e mal sabia disso.

Tentei alcançar a guia para puxa-lo de volta, mas não conseguia levantar. Devia ter torcido o tornozelo quando caí.

– Teddy... – estremeci quando o pit bull rosnou, expondo os dentes afiados – não...

Olhei de volta para o cão raivoso, engolindo em seco, quando percebi os olhos desfocados e a boca que espumava enquanto latia. Era enorme, facilmente alcançando minha altura se empinasse para cima.

Ele ia atacar. E eu mal sabia o que fazer.

E foi por isso eu congelei, horripilada, quando Teddy investiu contra o enorme cão, soltando a guia de minha mão e me fazendo cair de encontro ao asfalto.

– TEDDY!

O pit bull investiu-se contra Teddy, derrubando-o com uma marrada da cabeça, rosnando violentamente.

Teddy deslizou pela calçada, mas levantou-se rapidamente, latindo furioso para o oponente.

Dopada, estremeci tentando me erguer - tentando pensar- enquanto Teddy e o pit bull se afrontavam.

Céus... o que eu faria agora, desarmada e com Teddy ameaçado??

Não tive muito tempo para pensar em outras opções.

Pois, quando vi Teddy ser abocanhado nas costas pelo mortífero cachorro que o atacava, fiz o impensável.

Ignorando a loucura que estava cometendo, e orando para que aquilo salvasse Teddy, impulsionei meu corpo e, num átimo, joguei meu corpo contra o cão.


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Notas finais do capítulo

Comentários? Gente desmaiada? O--O rsrs
Beijinhos e até o próximo capítulo!



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