Como foi? escrita por Secret


Capítulo 4
A primeira briga.


Notas iniciais do capítulo

Tema sugerido pela kake55.
Tema: A primeira briga (séria)
Narrador: Gustavo.
E desculpem sumir por uns séculos. Mas eu voltei!
E vejamos se ainda sei escrever!



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Três dias!

Eu e o Bruno não nos falamos há três malditos dias!

Eu sei que parece pouco, mas, acredite, três dias sendo ignorado depois de uma briga parece bem mais!

E sim, nós brigamos! E a culpa não foi minha!

O Bruno é muito legal, mas também é muito grudento. Desde que começamos a namorar, vamos à escola juntos, voltamos da escola juntos, passamos a maior parte das tardes juntos e ainda somos da mesma sala!

Então o professor passou um trabalho em dupla e, ao invés de fazer com ele, eu disse que faria com o Lucas.

Como alguém pode ficar chateado com isso? Ele é meu amigo!

Depois, eu quis passar um intervalo sozinho. Vai me culpar por não querer passar todos os meus intervalos vendo meu namorado estranho caçar besouros?!

Mas até aí estava tudo bem. O estopim foi quando o Lucas me chamou para uma festa no fim de semana. Eu até chamaria o Bruno, mas era festa estilo balada até altas horas, e ele não curte tanto isso.

Quando nos vimos de novo eu tive que aturar um ataque de ciúmes e frases do tipo “por que você não me chamou?”, “o que fizeram por lá?”, e essas coisas...

Foi irritante. Ele não confia em mim?!

Agora estamos sem nos falar!

E quando eu digo “sem nos falar”, quero dizer que sentamos um de cada lado da sala e não damos nem “bom dia”!

Agora tenho que ir para a escola. Hoje será o nosso quarto dia de briga!

Que foi? Eu não vou pedir desculpas! Não fiz nada errado!

Passamos a aula inteira nos encarando por canto de olho e desviando o olhar. Será que ele vai me pedir desculpas hoje? Dessa vez eu não vou dar o braço a torcer! Ele que foi um idiota ciumento!

Nem percebi que o sinal tinha tocado até alguém me chamar:

— Vai passar o intervalo todo aí mesmo? — Lucas riu. — Vem, vamos para a lanchonete.

— Já é hora do intervalo? — Eu olhei ao redor, vendo a sala vazia. — Foi mal, eu estava meio que voando aqui.

— “Voando”, sei. Estava pensando no Bruno, isso sim!

Eu só fiquei calado. Não sei como rebater essa! Logo chegamos à lanchonete e sentamos juntos numa mesa. Ele continuou:

— Ainda brigados? Sério, cara? Já faz o quê, três dias?

— Quatro.

— Quatro dias? Sério, se resolvam logo! É muito chato ficar vendo essa briguinha de vocês!

— Você acha? Imagina para mim! Eu que estou vivendo isso! Por que você se importa mesmo?

— Primeiro: Eu sou seu amigo. Segundo: Isso começou quando fizemos dupla, então me sinto meio mal. Terceiro: Você tá estressado ou o quê?

— Hã? — Sim, foi a coisa mais inteligente que eu consegui falar! O que ele quer dizer?

— Sério? Você não reparou? Cara, você tá dando patada nas pessoas a semana toda!

— Quê? Tô nada!

Ele só me encarou cético. Como se eu tivesse dito a maior idiotice da história.

— Essa semana você já me mandou calar a boca umas três vezes, já chamou o Bruno de carente quando ele insistiu para separarmos nossa dupla para ele fazer o trabalho com você, já o chamou de “idiota possessivo” quando ele perguntou em que festa fomos, e sempre que você estão perto você fica encarando ele de cara fechada! Se você fosse uma garota, eu perguntaria se está de TPM!

— Quê? Eu não fiz nada! Cala a boca!

— Corrigindo: Já me mandou calar a boca quatro vezes.

Espera aí! Eu fiz isso mesmo? Só disse “cala a boca” por impulso, nem tinha reparado.

— Então... — Ele continuou. — Estresse ou TPM? — Sorriu zombeteiro.

— Ok, você venceu! Desculpa! — Eu só queria acabar logo essa conversa.

— Não é para mim que você tem que pedir desculpas.

— Nem vem! Eu não peço desculpas para o Bruno nem morto!

— Já sei, você não fez nada de errado, ele é um grude e blá blá blá... Quantas vezes você consegue fazer esse discurso em quatro dias? Daqui a pouco eu decoro!

Só fiquei na minha e suspirei. Sério que eu fiz isso?

— Vamos, hora de voltar para a sala.

Passei boa parte da aula encarando o Bruno. Eu estou mal por isso? Sim! Mas a culpa não foi só minha! Tudo que eu fiz foi ir numa festa e fazer dupla com meu amigo!

Tudo bem que, aparentemente, eu fui meio grosso com ele, mas não deixo de ter razão!

— Sabe, se eu não te conhecesse, diria que está planejando o assassinato do Bruno. — Lucas comentou, ele estava sentado atrás de mim. — Você está encarando com uma cara meio... “Vou te estrangular no meio da noite” ou algo desse tipo. — Deu de ombros.

— Não estou não! — Sim, foi minha melhor resposta.

— A aula tá acabando. Vai pedir desculpas para ele! — Disse como se fosse óbvio.

Alguns minutos depois o sinal tocou e todos foram saindo. O Lucas fez um sinal para o Bruno esperar e, logo, estávamos só nós três na sala.

— Bem, acho que isso não é assunto meu. — Lucas sorriu sem jeito. — Tchau, Bruno. Tchau, Gustavo. E se resolvam logo! — Ele disse em tom de brincadeira.

Eu fiquei um tempo encarando as paredes, sem saber direito o que fazer.

É incrível como os cantos da parede são interessantes nessas horas!

— Então... O que quer? — Ele quebrou o gelo. Sem brincadeiras, que medo!

—... Precisamos conversar.

Ele suspirou.

— Tudo bem. Mas vão fechar as salas daqui a pouco, para onde quer ir?

— Que tal o banco da quadra de esportes? — Sugeri. Aquele lugar parece... Reconfortante para esse caso. Muitas coisas legais do nosso namoro aconteceram lá!

Inclusive, eu tomei uma vitamina de vegetais lá. E depois cuspi uma vitamina de vegetais lá porque, bem, ninguém normal tomaria aquilo!

O Bruno tomou.

Ele não era meu namorado ainda. Mas a lembrança me faz rir!

— Que foi? — Ele perguntou sem emoção.

— Hã?

— Você está rindo.

— Lembranças... — Eu disse simplesmente. Acho que vi um sorrisinho no rosto dele, mas sumiu logo.

— Então... O que quer falar?

— Você sabe bem. — Suspirei. Essa não é hora dele dar uma de criança desentendida! — Nossa briga.

Ele me encarou e fez sinal para que eu prosseguisse.

— Bem... — Eu não fazia ideia do que dizer! Não vou me desculpar com ele! A culpa não foi minha. — Eu não vou pedir desculpas! Não acho que a culpa tenha sido minha! — Eu disse exatamente o que pensava.

— Eu não acho que seja culpa minha. Você ficou tentando me ofender por simples perguntas! — Ele rebateu. Eu tratei de me defender:

— Eu só não queria ficar 24 horas por dia com você! Somos namorados, não gêmeos siameses! — Posso ter levantado a voz.

— E a festa? Eu só perguntei o que fizeram! Nem reclamei por não ter me chamado! — Ele também elevou o tom de voz.

— Você faz tudo o que quer sem nem me perguntar! Por que eu não posso fazer o mesmo?! — Me irritei. Ele, literalmente, me arrasta junto nas ideias estranhas dele sem nem explicar nada! E eu não posso ir numa festa sem ter que responder perguntas?

— Eu posso até não dar explicações sempre — Ele tentou se defender. —, mas eu nunca faço nada sem você saber! Você nem avisou que ia sair! Eu fiquei sabendo depois pelos comentários dos seus amigos!

— E para que você tem que saber tudo que eu faço?! Não confia em mim?

— Confio! É só que...

— Que o quê? — Gritei, admito. — Qual é o maldito problema?! Nós passamos quase o dia todo juntos, todos os dias, incluindo feriados e fins de semana. Você me arrasta nos nossos “encontros” sem nem me contar para onde vamos... E eu quem sou o errado na história?!

— Você não reclamava antes. — Alfinetou.

— Você é tão infantil! — Acusei. — Parece uma criança! E depois sobra para quem ir atrás resolver as coisas? Para mim!

— Claro, você é a maturidade em pessoa! — ironizou. — É tão maduro que nem tem coragem de dizer para os pais que tem um namorado por puro medo!

Eu fiquei calado. Ele ia jogar esse assunto na minha cara?! Sério?!

Senti meu sangue fervendo.

— Quer saber? Nem sei por que estou aqui! Discutir com crianças nunca leva a nada! Tchau!

Então eu fui embora e o deixei lá.

Sei que parece mal, mas eu estava quase explodindo de raiva! Parece que quanto mais eu tento resolver isso pior a briga fica!

Voltei para casa e tomei um longo banho para relaxar. Depois fiquei pensando na briga. Admito que eu disse muitas coisas ruins na hora da raiva.

Tudo bem que o Bruno é estranho e infantil, mas eu já sabia disso quando o pedi em namoro! E, aliás, isso sempre rende diversão! Por mais que eu reclame, no fim eu gosto. Mas nunca vou admitir isso em voz alta!

Meu celular tocando me tirou dos devaneios. Pensei que fosse o Bruno decidindo, finalmente, agir como adulto. Mas era uma mensagem do Lucas:

“Hey! Cara, já se resolveram? :D”

“Não” eu respondi direto. Não estou no clima para conversas.

Ele não respondeu, então achei que teria, finalmente, um tempo para ficar sozinho!

Eu estava errado!

Menos de meia hora depois a campainha tocou.

E não, não era meu namorado idiota. Era meu amigo idiota mesmo!

— Oi, Lucas. — Cumprimentei de má vontade. — O que te trás aqui?

— Vim falar com meu amigo estressado. Já que, por mensagem, eu ficaria sendo ignorado. Posso entrar?

— Fala como se eu tivesse escolha! — Exclamei e cedi passagem. Se eu não receber direito meus amigos minha mãe me mata! Ela é muito rígida quanto à etiqueta!

— Então, vamos para o seu quarto?

— Se eu não te conhecesse diria que tem segundas intenções! — Zombei. Uma coisa que todos sabem sobre o Lucas é a “canalhice” dele. Acho que pega umas três garotas por festa. E vai a, pelo menos, duas por semana!

— Há há há. Muito engraçado. — Ele ironizou. — Mas eu não jogo no seu time, cara! Somos só amigos mesmo! — Riu. — Agora vamos falar do seu namorado!

Nesse ponto já tínhamos fechado a porta e estávamos sentados na minha cama.

— Precisamos mesmo?

— Sim! Agora me conta o que diabos os dois idiotas fizeram para continuar brigados!

— Começamos bem. Mas aí um começou a atacar o outro, a raiva foi crescendo e agora estamos pior que antes!

— “Um começou a atacar o outro”? Deixa eu adivinhar, você começou as ofensas?

— Por que acha isso? — Retruquei meio irritado.

— Porque nunca vi o Bruno começar uma briga com alguém, no máximo ele se defende. E você é um estressadinho que está ainda mais irritável esses dias!

— Ei! Cala a b... Quer dizer, eu não sou não!

— Viu? Qualquer coisa e você já sai atacando! Qual é o problema?

— Sei lá! Eu só tava ficando meio... Enjoado de passar todo o meu dia com o Bruno! Eu já tenho que me preocupar com provas, trabalhos, tarefas de casa e escolher uma profissão! Não ajuda ter alguém tão... Infantil grudado em mim!

— Cara, você se ouve? — Lucas suspirou, parecendo surpreso. — Você está basicamente culpando o Bruno por se divertir enquanto você dá uma de adulto!

— Quê? Não to não! — Rebati. Por que parece que todo mundo decidiu me atacar hoje? Eu não fiz nada errado!

— Percebeu quantos “não” você já falou hoje? — Ele sorriu. — Acho que tive uma ideia!

— Você? Uma ideia? Vai chover hoje! — Caçoei.

— Ei! É uma boa ideia!

Eu só fiquei o encarando com uma cara de descrença total.

Alguém em sã consciência confiaria num plano do Lucas? Acho que não.

— E é uma ideia que pode salvar seu namoro!

Acho que acabei de virar alguém sem sã consciência:

— Fala.

Depois ele me contou o plano. Eu, sinceramente, acho a coisa mais sem noção do mundo! Mas não é como se fosse a primeira idiotice que eu faço pelo Bruno!

Ponho em prática amanhã mesmo!

...

Bem, eu não fiz nada que mereça ser comentada a manhã inteira. Teve aula, intervalo, aula, eu e o Bruno nos evitando mutuamente... E mais aula!

Escolas não são exatamente lugares emocionantes!

Quando a aula acabou eu mesmo fui chamar meu namorado para uma conversa!

Já é hora de agir como um homem e parar de pedir para o Lucas fazer essa parte!

— Ei, podemos conversar de novo? Prometo que vai ser diferente dessa vez! — Eu disse meio inseguro. A ideia do Lucas não é exatamente simples!

—... Claro. — Ele deve ter estranhado meu pedido... Civilizado. Aparentemente, eu sou um ignorante quando estou com raiva!

Quantas coisas as outras pessoas sabem sobre mim e eu não?

Fomos para o mesmo banco da última vez e, dessa vez, ele começou a conversa:

— Bem, já que quando você começou ficamos pior que antes, eu vou começar dessa vez. — Ele tentou descontrair. — Eu estou chateado com você, sim.

Nããão! Sério? Nem dá para reparar!

— Tudo bem. Essa parte eu entendi. Por que você está chateado? — Suspirei.

A ideia do Lucas? Bem, está mais para desafio: Eu não posso usar a palavra “não” na conversa. De acordo com a “iluminação” que ele teve durante nossa conversa, isso podia ajudar!

Ainda não entendi como não dizer “não” vai me ajudar!

— Você não quer mais passar tempo comigo e, quando eu pergunto o motivo, você é grosso comigo! — Bruno desabafou.

O quê? Eu não sou grosso com ele!

E eu não fiz nada de errado!

...Mas como eu digo sem perder no desafio do Lucas?

— Eu n... Bem, eu acho que n... — Cara, eu nunca tinha reparado que uso tanto “não” nas nossas discussões! — Tudo bem, eu posso ter sido meio... Rude com você, mas nã... Mas eu realmente n... Quer dizer... Desculpa!

Argh! Eu não posso dizer: “Não foi minha intenção”, nem “eu não acho que estou errado”, nem “eu não fiz nada”, nem “eu não percebi na hora que tinha sido tão mal”... Como alguém consegue brigar assim?!

— Você está bem? — Ele perguntou. Acho compreensível, já que eu travei umas cinco vezes por causa da “palavra proibida”.

Não! Eu não estou bem!

— Estou. É só que, acho que ficar o tempo todo com você estava me estressando. Você n... Você está sempre de bem com tudo e eu estava meio... Preocupado demais com as coisas.

Eu virei o rosto e fiquei olhando o muro.

Muros são tão interessantes quanto paredes quando você não quer encarar alguém!

Senti ele pegando meu queixo e virando minha cabeça. Depois tocou a ponta do meu nariz:

— Você está sempre preocupado com alguma coisa! — Sorriu. — Mas acho que te devo desculpas também, não devia grudar tanto em você, é só que...

— Que...? — Incentivei.

— Bem, com quantas pessoas você me viu passando o recreio antes da gente namorar?

Eu pensei um pouco. Eu o tinha visto caçando besouros... Sozinho. Colorindo no corredor... Sozinho. Sentado nesse banco... Sozinho.

Como eu consigo ser tão estúpido?!

Eu fui o primeiro amigo do Bruno!

Isso explica muita coisa!

Minha expressão de choque devia estar hilária! Já que ele riu.

— É, eu nunca fui muito bom com pessoas. Então... O que fazemos agora?

—Nã... Eu acho que... —Eu não sei! — Você me desculpa por ter sido um idiota?

Ele me olhou de cima a baixo com um sorriso zombeteiro típico dele! Nunca pensei que ficaria tão feliz em ver esse sorrisinho irritante de novo!

Então ele acabou com minha alegria:

— Não.

Eu nunca odiei tanto essa palavra quanto hoje! Garanto!

— O quê? Por que n... Por quê?

— Já ouviu o ditado: “Só três tipos de pessoa falam a verdade: as crianças, os bêbados e as com raiva”? Bem, quando você estava com raiva ficou repetindo que eu era só uma criança, e você era o homem adulto! Então acho que não daríamos certo, “Senhor”.

Sabe quando está escrito na cara de alguém que tudo que ele diz é pura provocação? Estou sentindo isso nesse momento! E o sorrisinho dele piora isso!

— E o que eu poderia fazer? — Disse entre dentes. Bruno tem a capacidade sobrenatural de ser irritante!

— Não sei... Prove que não é “maduro demais” para ficar comigo. — Ele riu. — Depois podemos esquecer tudo isso e tomar sorvete.

“Prove”, qual é o problema dele com essa palavra?

Quando percebi, ele já tinha ido e me deixado lá plantado!

Bem, pelo menos acho que não estamos mais brigados agora.

Ou estamos? Eu realmente não estendo o que se passa pela cabeça do Bruno!

Bem, agora tenho que provar que sou tão imaturo quanto ele... Algo me diz que vou me arrepender muito disso amanhã, mas tenho uma ideia!

Preciso mandar uma mensagem para o Lucas! Ele vai ter que me ajudar nessa!

...

Ontem eu expliquei toda a minha ideia “genial” para o Lucas.

Tudo que ele fez foi rir da minha cara! Belo amigo!

Mas depois me ajudou a conseguir tudo que eu precisava em cima da hora!

Estou no banheiro masculino me trocando antes da aula começar. Enchi minha mochila com coisas... Estranhas.

Agora eu estou usando uma tiara com antenas do Chapolin Colorado, pantufas de bobo da corte com sininhos nas pontas, um babador de coraçõezinhos amarrado no pescoço e um ursinho de pelúcia escrito “eu te amo” nas mãos. Além de ter pintado minha cara como um gato... Ou um urso, não sei ao certo. Bem, tem um círculo preto na ponta do meu nariz e alguns bigodes nas bochechas.

Sim, eu pareço tão ridículo quanto você imagina. Ou talvez mais.

Se o Bruno não me desculpar depois dessa, eu juro que o mato! Não quero entrar na sala assim à toa!

Aliás, eu podia só esquecer isso e tentar outra forma de reconquistá-lo, certo?

Ah não, já era. Já abri a porta da sala de aula!

Às vezes eu queria pensar antes de fazer as coisas.

Tudo o que eu ouvi pode se resumir nisso: Risadas.

A sala inteira começou a rir e tirar foto! Não sei quantos tons de vermelho existem, mas depois dessa alcancei todos! Que vergonha!

E meu namorado, também morrendo de rir da minha cara, se levantou e foi ficar na frente da sala comigo. Eu achei que era para “dividir o mico”. Sei lá, solidariedade? Mas ele, literalmente, me beijou na frente de toda a sala enquanto tiravam foto! E comigo vestido daquele jeito!

As risadas viraram aplausos e gritos. Vai por mim, beijos na escola viram escândalo!

— Você é demais. — Bruno riu. — E claro que eu te desculpo! Você podia só ter ido tomar um sorvete comigo e me deixado lambuzar seu rosto todo! Eu aceitaria como prova!

Nem eu sei descrever o que diabos eu estava sentindo depois dessa resposta. Mas minha cara devia estar muito engraçada! Já que ele mesmo tirou o celular do bolso e tirou uma foto!

Logo ouvimos o clique da maçaneta e toda a sala ficou em silêncio. Tudo que eu e o Bruno conseguimos dizer foi:

“Ah! Oi, professor...”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado bom!
Prometo que vou tentar postar o próximo ainda essa semana.
Mesmo que eu esteja meio... Receosa com o próximo.
Por quê? Graças ao pedido da minha querida stalker (Dony) o próximo será +18.
Já aviso para quem não curtir isso nem chegar perto do próximo!
Até mais.



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