So Close escrita por Juli06


Capítulo 7
Capítulo 6




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Capítulo Seis

Quinze minutos... quinze minutos foi o que durou para Van Pelt e Rigsby chegaram acompanhados com três carros da CBI e uma ambulância. Mas para Jane pareceu uma eternidade, tempo suficiente para o peso do mundo cair sobre seus ombros novamente.

Suas mãos estavam ensanguentadas, o sangue de Lisbon tingia sua pele de vermelho. Quando ele abriu a porta e deu de cara com a carinha sorridente ele pensou que tinha chegado tarde demais, Lisbon tinha um corte no pescoço, era superficial, mas suficiente para causar uma pequena hemorragia e deixá-la fraca. Jane quando viu que ela ainda respirava tentou estancar o sangramento colocando a mão na ferida, ele sabia que o resto da equipe estava logo atrás dele, mas não imaginava que eles fossem demorar tanto.

Assim que os paramédicos colocaram Lisbon na ambulância ele se voltou para Rigsby.

– Encontraram alguma coisa?

– Nada. Ele saiu apressado isso eu posso dizer, tinha alguns papeis em um dos quartos e uma mesa estava virada. Tudo foi mandado para o laboratório.

– Vasculharam a área? – Perguntou Jane e olhou para os lados.

– Sim. Foi tudo vasculhado, mas está tudo normal. Estamos falando com os vizinhos para ver se alguém percebeu alguma movimentação ou se viram algum carro diferente do normal por aqui. - Falou Rigsby e olhou em volta. – Cadê Van Pelt?

– Foi na ambulância. Ela falou que Lisbon precisava de vigilância policial agora. – Falou Jane. – Cadê Cho? Eu ouvi o grito de Van Pelt antes de correr.

– No hospital. Ele levou um tiro e está em cirurgia.

– Ele vai ficar bem?

– Não sei, a Summer está lá. Estou esperando ela ligar e dar notícia.

– Se Cho e Lisbon estão no hospital você é quem vai assumir o caso, certo? – Perguntou Jane preocupado, se os dois agentes sênior estão impossibilitados, logicamente o agente mais experiente tomaria conta dos casos pendentes.

– Não. LaRoche é que vai assumir. – Disse Rigsby desanimado. – Jane, o melhor agora é você ir para o hospital e cuidar dessa sua ferida. Estarei lá também assim que tudo por aqui estiver resolvido.

Depois disso Rigsby saiu com outro agente a procura de provas, Jane estava quase chegando ao carro quando lembrou do bilhete, ele precisava entregar a Rigsby.

– Rigsby. – Chamou Jane. – Esqueci de entregar, esse bilhete estava em cima de Lisbon quando cheguei.

Entregando o bilhete Rigsby colocou no saquinho de evidência e leu o que tinha escrito, algumas palavras estavam quase ilegíveis por estarem manchadas de sangue, mas se esforçando ele conseguiu ler:

“Você não deveria ter me interrompido desse jeito, Patrick. Da próxima vez vai ser pior. Da próxima vez você não chegará a tempo.”

Rigsby respirou pesadamente e olhou para Jane.

– Não se preocupe. Não vai ter da próxima vez. Agora vá, não quero que você pegue uma infecção nesse braço e teremos mais um da equipe numa maca.

Jane apenas afirmou e voltou para o carro e tentou se apegar nas palavras de Rigsby, que se eles fizessem tudo certo não haveria próxima vez.

~.~

Três horas se passaram desde que Jane tinha chegado no hospital. Ele tinha sido atendido e liberado, não tinha ocorrido nada de mais com ele, um curativo e dois analgésicos resolveram todo o problema. Mas o pior de tudo era a demora dos médicos se pronunciarem. Van Pelt tinha saído a cinco minutos para pegar café e um chá para ele. E como ele estava sozinho ele se viu mais uma vez no porão encarando a carinha sorridente.

[Flashback on]

Ao abrir a porta, a face sorridente e ensanguentada lhe sorriu de volta e seu corpo ameaçou desabar com isso. Ele se aproximou de Lisbon e a visão a sua frente fez seus olhos enxerem-se de lágrimas, ela estava nua e banhada em sangue. Tirando seu paletó ele colocou em cima dela.

Jane suavemente tocou no rosto dela e se viu perdido na dor de perder alguém que amava, mais uma vez, mas então ele viu que ela ainda respirava e que o corte no pescoço era superficial, e que havia um bilhete no abdômen dela. Ao ler Jane sentiu suas mãos tremerem e seu coração acelerou. Red John prometeu que voltaria e isso não podia acontecer, ele não deixaria Lisbon em perigo, não de novo, nem que para isso ele tivesse que colocar sua própria vida em risco.

Com cuidado ele colocou sua mão em volta do pescoço dela para estancar o sangramento e ao mesmo tempo deixá-la respirar e ali vendo a vida dela por um fio ele rezou para que a equipe chegasse logo.

[Flashback off]

– Jane. – Chamou Van Pelt pela terceira vez.

Ele olhou para ela confuso.

– Seu chá. – Ela falou e o entregou um copo. – Você estava pensando em quê?

– Lisbon – Foi o que ele conseguiu dizer, se tentasse falar mais ele desabaria.

Ele estava triste, parecia que alguém tinha enfiado a mão no seu peito e apertado seu coração tão forte que ainda doía. Com calma ele bebeu o chá e esperou se acalmar um pouco. Até que um jaleco branco apareceu na sala de espera.

– Parentes da Srta. Lisbon?

– Somos nós – Falou Van Pelt e levantou. Jane levantou também e se colocou ao lado dela.

– O senhor é o marido dela? – Perguntou o médico.

– Não. Somos colegas de trabalho. Os irmãos dela moram longe e não puderam chegar.

– Entendo. – Falou o médico simpático e continuou. – Pois bem... o que posso dizer é que ela está em estado grave, mas estável. Ela teve uma concussão na parte occipital do crânio, a pancada foi grande.

– Ela vai ficar bem? – Perguntou Jane preocupado.

– Esperamos que sim. – Respondeu o médico. – Ela está em coma, como eu disse, ela tem uma concussão, ou seja, um traumatismo crânio-encefálico e foi grave o suficiente para vigiarmos cada movimento do cérebro dela. Ela também tem hematomas pelo corpo e pequenas queimaduras que foram acarretadas por choques.

– Oh Deus. – Falou Van Pelt chocada.

– Ela teve uma grande perda de sangue e um caso grave de desidratação. Estamos fazendo o possível para mantê-la estável, mas não tenham muita esperança de que ela sairá sem nenhuma sequela. De imediato digo que a pancada que ela sofreu a deixou em coma. Se ultrapassar o coma ultrapassar e uma semana o estado dela vai ficar mais grave. – Disse o médico.

– E se ela acorda antes de uma semana? – Perguntou Jane.

– Ela apresentará tontura, dificuldade de concentração e possivelmente amnésia nos primeiros dias, mas terá uma chance maior de sobrevivência.

– Mas esses quadros podem ser revertidos, certo? – Perguntou Van Pelt dessa vez.

– Sim, com o tempo ela se recuperará. – Falou o médico e abriu o prontuário para se certificar que tudo estava esclarecido – Oh, ia esquecendo. Pediram um exame de estupro, não foi?

Jane olhou para Van Pelt desconfiado, ele não entendia por que ela pediu, eles sabiam o que Red John tinha feito.

– Sim. – Falou Van Pelt e desviou o olhar de Jane.

– Está tudo bem com ela. A Srta. Lisbon não sofreu nenhum tipo de abuso sexual.

Tanto Van Pelt como Jane olharam surpresos para o médico, mas recuperando a compostura Jane agradeceu e perguntou se poderia vê-la. Afirmando o médico deu o número do quarto e saiu.

– Ok. Por essa eu não esperava – Falou Van Pelt. – Por que ele mandaria o vídeo se ele não fez nada com ela?

– Para me provocar e me tirar o foco. – Falou Jane com raiva. – Ele queria que eu me desconcentrasse e me atrasasse em procurá-lo.

– Você tem razão.

– QUE DROGA! – Gritou Jane

– Calma, Jane.

– CALMA? Você escutou o mesmo que eu Grace, você escutou que ela está em estado grave. Aquele miserável machucou ela. E a culpa é minha.

– Como a culpa é sua? Ele é um bastardo miserável, um sem noção. Você não tem nada a ver com o que ele fez com ela. – Falou Van Pelt se exaltado. – Olha aqui Jane, se você continuar a agir desse jeito dentro do hospital eu vou ser obrigada a tirá-lo daqui. Se acalme. Agora temos que ter forças para continuar. A Lisbon precisa de você.

Jane sentou-se na cadeira e colocou a cabeça nas mãos e durante um tempo Van Pelt escutou ele chorar.

– Obrigado, Grace. Você é uma boa amiga. – Ele agradeceu e se levantou. – Eu vou para quarto dela. Você poderia procurar saber como está o Cho? Estou preocupado com ele. Depois você pode passar no quarto de Lisbon.

– Eu vou procurar saber sobre ele estou preocupada também. - Falou Van Pelt sorrindo. - Depois eu volto.

Cada um tomou uma direção diferente. Jane chegou ao quarto 331 e abriu a porta e lá estava ela, pequena e frágil, envolta em fios e aparelhos. Ele estava tão triste por vê-la ali, ele daria tudo que pudesse para estar no lugar dela. Pegando uma cadeira do lado ele sentou e pegou a mão dela suavemente e encarou seu rosto.

Naquele momento ele teve mais certeza que a amava, que queria ela como companheira e que faria qualquer coisa para rever aqueles olhos verdes, aqueles mesmo olhos que o fazia se perder e que o guiava. Então ele soube, como se finalmente ele tivesse encontrado seu caminho.

Jane estava perdidamente apaixonado por Lisbon.

Continua...


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