D.S.Z Diário de Sobrevivência Zumbi by David escrita por Tio Toku


Capítulo 6
30/08/2015 – 21:07 h


Notas iniciais do capítulo

Demorou mas chegou! (^_^)



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D.S.Z [Diário de Sobrevivência Zumbi] by David-06

30/08/2015 – 21:07 h

Boa noite, pessoa ou pessoas.

Hoje as coisas aconteceram de forma diferente...

O dia começou com batidas fortes na porta, lá embaixo (Na porta de entrada da casa – Eu estou no quarto neste momento... como sempre). O pessoal conseguiu levantar de forma sincronizada, todo mundo ficou preocupado (Não é todo dia que você ganha batidas na porta em um apocalipse zumbi) e decidiram se manter em silêncio e esperar para ver se o nosso “visitante” iria embora.

“Eu sei que vocês estão aí” disse o ser humano. “Abram agora ou eu vou arrombar a porta”.

Matthew mandou a gente ficar em silêncio no segundo andar e ele desceu para atender o nosso “querido” visitante. Eles desceu as escadas de forma bem lenta e no mesmo instante em que ele descia, ele ajustava a pistola que se encontrava na cintura para caso acontecesse algo inusitado.

Kate estava abraçada com Brenda e dava para notar a preocupação na face da garota. Stuart estava na porta do quarto de onde saíram os Perkins. Eu permaneci próximo às escadas (Dava para ver o Matthew de onde eu estava, mas eu não conseguia ver totalmente a porta lá de baixo).

Eu escutei Matthew falando “Quem é você?” e o visitante respondeu de forma rígida “Abra a porta agora...”, mas Matthew se manteve em silêncio. O visitante impaciente disse “Ou você abre essa porra de porta, ou eu vou trazer o pessoal aqui para foder vocês com tiros...” (Ta... isso me deixou com um baita medo...). Matthew abriu a porta calmamente enquanto dizia “Estou abrindo, por favor, não faça nada absurdo... temos crianças aqui”.

Foi nesse momento que eu escutei um barulho de chute na porta e vi que o tal “visitante” já entrara apontando uma espingarda para o peito de Matthew.

“Um passo e eu atiro” disse o visitante que na verdade era um homem.

O cara parecia um daqueles homens que ficam abandonado em uma ilha por anos... (Seja com uma bola de vôlei como melhor amigo ou com um chinês que queira te ensinar como atirar com arco e flecha). Cabelos longos e bagunçado, barba grande, magrelo, aquele suor misturado com sujeira no rosto, usava calça e jaqueta jeans e usava uma mochila grande nas costas.

“Apenas quero a minha gasolina de volta... Agora” exclamou o homem enquanto aproximava o cano da espingarda para perto de Matthew.

Quase não percebi, mas Brenda havia me perguntando o que estava acontecendo e tinha dito que o rapaz estava lá embaixo falando com Matthew e perguntando sobre a gasolina.

Matthew disse que não havia gasolina nenhuma com eles e foi nessa hora que o homem se irritou... e deu uma coronhada nele com a espingarda (Cara... deve ter doído demais). Ele caiu no chão e eu só consegui ver as pernas de Matthew caídas...

“Se você não pegar essa merda agora, eu mesmo vou me dar o prazer de foder vocês todos com tiros” disse o homem em voz alta para que todos escutassem (O filho da mãe percebeu que estávamos todos no segundo andar).

Kate estava apreensiva demais e parecia se sufocar no braço da avó... Pressionava ela com bastante força.

Srº Perkins pensou na hipótese de descer lá e tentar arrumar uma briga sem necessidade, mas a esposa dele o segurou e implorou para que não fosse. Stuart me perguntou o que aconteceu e eu disse que o homem havia batido em Matthew com a espingarda, comecei a notar que Stuart começara a tremer.

Disse ao pessoal que iria descer e foi o que eu fiz. Brenda pediu para eu não ir, mas eu fui assim mesmo. Levantei os braços e desci calmamente as escadas, o homem apontou a arma no mesmo instante para mim.

“Calma... Estou desarmado...” disse para ele.

“Só devolva a minha gasolina e vou embora.”

“Ok, Senhor... Me chamo David e...”

Antes de eu terminar, ele exclamou “Pare de enrolar! Pega o meu galão de gasolina!”.

Eu olhei brevemente para Matthew e vi que ele estava deitado no chão e com as mãos manchadas de sangue no rosto. Corri até a cozinha e busquei a gasolina (Eu mesmo coloquei ela lá antes de dormir).

Quando retornei, o homem estava com a pistola de Matthew nas mãos e pediu para que eu deixasse o galão próximo a ele. Foi o que eu fiz.

“Ótimo... Agora vai lá em cima e manda todo mundo descer.” Ele disse.

Subi e pedi para o pessoal descer... Todos desceram, com medo mas desceram...

O homem olhou atentamente cada um de nós e manteve um olhar fixo em Brenda.

Ele fechou os olhos e suspirou...

“Você lembra a minha mãe...” disse ele em um tom tranquilizante (A essa altura do campeonato, eu estava tremendo mais do que o Stuart).

Brenda se manteve em silêncio e foi então que ele decidiu abaixar a espingarda.

“Não vou mais atirar em vocês...” disse ele enquanto se abaixava, abria o tampão do galão e verificava se ainda estava cheio.

“Esse galão... Por qual motivo você está roubando ele de nós?” Perguntou Brenda.

O homem lançou um olhar sério, mas não ameaçador, para ela.

“Esse galão a princípio era meu... Minha companheira morreu com um tiro enquanto tentava fugir do posto de gasolina e acabou ficando por lá com o galão. Pensei em voltar depois para pegá-lo, mas fui surpreendido com um barulho de tiro e uma horda de “magrelos” pelo caminho” disse ele. “Já imaginava que vocês poderiam estar por trás disso... Algumas vezes eu faço rondas pelas ruas a procura de sobreviventes e etc...”

Brenda não parava de fita-lo.

“E você vem com este modo educado para fazer a sua ronda?” disse ela.

“Perdão o jeito grosseiro, mas nos dias de hoje é necessário ser assim ou quem acabará morto será eu” (Pior que ele estava certo...).

Ele se dirigiu até Matthew e o fez ficar sentado no chão, retirou a mochila das costas, pegou uma pequena caixa branca, retirou um frasco do que parecia ser álcool e um pedaço de algodão e colocou diretamente no nariz de Matthew, sem cuidado algum. Matthew deu um suspiro forte de dor (Que doeu até em mim...).

“Não se preocupa, guri... Não está quebrado.”

“O... Oburigadu” Disse Matthew com um tom totalmente fanha.

“Vou confiscar essa pistola por enquanto...”

“Espera...” eu disse “A gente precisa dela... É o único armamento bélico que a gente possui para sobreviver...”

Ele suspirou novamente...

“Meu Deus... Ainda estou tentando imaginar como vocês sobreviveram até agora apenas com isso...”

Notei que os Perkins se entreolharam.

O homem olhara o relógio de pulso, começou a guardar as coisas na mochila, pegou a espingarda pela alça colocando-a no ombro e pegou o galão.

“Voltarei amanhã e não se preocupem... Não farei nada. Apenas falarei com o Chef sobre a existência de vocês. Torça para que ele autorize a entrada de vocês.”

“Entrada? Do que você está falando?” Perguntei.

“Vocês precisam de um lugar seguro... Essa espelunca não vai manter vocês vivos por muito tempo. Aposto que vocês quase não têm água para beber, vai ser uma merda enorme quando acabar.” Disse ele enquanto dava as costas para a gente e se dirigia para a porta.

“Um local seguro? Você diz... Com outras pessoas?” Perguntou Brenda.

O homem permaneceu de costas mas virou o rosto para lançar um breve sorriso para ela.

“Sim, Senhora. Quero vocês lá, mas precisarei da autorização do Chef. Se ele deixar, eu venho e busco vocês amanhã cedo. Se vocês quiserem...”

O pessoal ficou meio inquieto, mas o Srº Perkins foi direto...

“O que faz pensar que a gente tem que confiar em você? A gente já está planejando a nossa saída! Precisamos buscar apoio militar!”

“Saída?” O homem parou e pensou um pouco “Então a gasolina não era para um possível gerador mas sim para um carro?”

Srº Perkins havia notado a besteira que tinha feito em contar para um desconhecido sobre o possível meio de locomoção que nós possuímos.

“Amanhã, não se esqueçam. Já deixem tudo preparado para quando eu voltar.” Disse ele enquanto abria a porta e olhava se haviam zumbis (Ultimamente eles não têm aparecido muito nesse local onde nós estávamos).

“Espera!” exclamei “Você se chama...”

“Anthony...” disse ele.

“Obrigado, Anthony...”

“Estejam vivos até amanhã...”

Foi então que ele correu sabe-se lá para onde...

O resto do dia passou e muitos ficaram no dilema de “Vale ou não a pena confiar no rapaz?”

Brenda e Kate decidiram que se eles possuíam um local seguro, a gente poderia ficar lá. O Srº e a Srª Perkins optaram que queriam manter a vontade antiga de buscar um apoio militar. Stuart disse que queria ir com Brenda mas logo mudou de ideia quando viu a resposta dos pais. Matthew decidiu permanecer calado sobre isso e disse que esperaria até amanhã.

E eu... Bem... Não sei mais o que fazer... Apenas esperarei o dia passar e decidirei depois.

O resto do dia foi apenas de conversas aleatórias sobre essa nossa visita bipolar que começou com um cara mega estressado e terminou com um ser gentil que nos ofereceu abrigo.

A noite chegou e alguns já se preparavam para dormir.

Matthew conversava com Stuart sobre as táticas de tiros que o pai lhe ensinara por anos, Kate estava no segundo andar com a avó, os Perkins já estavam no quarto e eu fui até a cozinha para beber um pouco de água...

Quando abri a geladeira sem energia, eu notei que agora havia apenas uma garrafa de água... O que o homem dissera era real, a parada iria se tornar uma merda quando ela acabasse de vez. Optei por não beber mais e me dirigi para o quarto.

Deitei e decidi escrever...

Espero que amanhã tudo dê certo...

Boa noite...


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Notas finais do capítulo

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