Blue Butterflies escrita por Pamisa Chan


Capítulo 10
Quem você pensa que é pra se meter na conversa, moleque?!


Notas iniciais do capítulo

GENTE!!!! FICO FELIZ DE ANUNCIAR PRA VOCÊS QUE
CHEGAMOS
NO DÉCIMO CAPÍTULO DE BLUE BUTTERFLIES!!!!!!!!!
AEEEEEEEEEEE!!!!!!!!
GOSTARIA DE AGRADECER MEUS QUERIDOS LEITORES SEMPRE PRESENTES POR ORDEM ALFABÉTICA PRA NINGUÉM FICAR #XATIADO:
Amélie Hudson (tinha que vir em primeiro né, coisa?? u.u), FantasmaEric, Raguer e ServineHXP, SEUS LINDOSSSSSS! AMO SEUS COMENTÁRIOS! NUNCA PAREM, OK?!
Enfim, vamos pro capítulo que tá uma graça.
SPOILER:
MUITA TRETA, VISH! (MUITA!)
VAI TER BEIJO!!!!!!!!!!!
APROVEITEM!



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Enquanto isso, na garagem, Max começou a vasculhar o local. Não estivera lá desde que a casa pertencia a William, então muitas coisas estavam diferentes, como por exemplo, uma cabeça de alce na parede. Após observar várias partes do local, Max foi em direção ao notebook em cima da mesa, que precisava de uma senha para ser ligado. A garota então começou a procurar por possíveis senhas. Enquanto procurava, olhou para um dos armarinhos na parede e encontrou sobre ele vários arquivos, cujo conteúdo era assustador: Fotos de Kate Marsh, várias. Nas mais diversas posições e locais, como fotos de um paparazzi. O estranho é que estavam todas borradas, como se houvessem sido molhadas recentemente. Depois de procurar um pouco mais, encontrou a senha do computador: A data em que ele e Joyce se conheceram.

Max havia tentado várias possíveis senhas antes dessa, tais como o RG e número da carteira de motorista de David, ou palavras como "padrasto". Tentou tantas senhas que bloqueou o computador e precisou voltar no tempo umas duas ou três vezes até finalmente desbloquear a tela e encontrar mais segredos obscuros: Uma foto do RV de Frank, o traficante que roubou a arma de Chloe, onde estavam ele e Rachel Amber se beijando, e várias informações sobre a foto, como ações de Rachel Amber e especulações; algumas das fotos de Kate que estavam no arquivo em cima do armarinho e o mesmo tipo de informações que na página anterior; e por fim, uma cópia da carteirinha de estudante da própria Max, com um anexo dos horários de cada aula da garota.

Max guardou tudo, travou o notebook e escondeu todas as possíveis evidências de que esteve lá e voltou rapidamente para a sala, onde encontrou Joyce na cozinha lavando a louça e Chloe e Warren sentados no sofá lado a lado. Ela se inclinou para dizer as informações que acabara de ver para seus amigos, mas algo a impediu. A porta da entrada foi aberta sorrateiramente e David Madsen entrou pisando duro, zangado. Ele cruzou o corredor da porta até a sala e começou a falar:

— Alguns adolescentes vândalos marginais invadiram a piscina de Blackwell esta madrugada! Isso que dá esse tipinho de escola, cheio de alunos vagabundos!

— Ei, ei, espera aí! — Joyce foi para a sala ao ouvir os gritos, e sabendo quem eram os culpados, olhou para Warren, que estava se levantando do sofá, nervoso — Como você sabe que foram alunos que fizeram isso?

— Quem mais seria? Com certeza foram aqueles playboyzinhos ridículos daquela escola! Mas eu vou encontrá-los e eles vão se ver comigo! — David disse e dirigiu-se até Max, que estava próxima ao sofá — Essa é a sua fantasia de Rachel pro Halloween, garota? Aliás, quem é esse moleque?! Eu já falei que não gosto que você fique trazendo esses moleques na minha casa, Chloe!

— Você sabe mais sobre a Rachel do que eu. — Max respondeu, séria, lembrando-se daquilo que havia visto minutos antes na garagem.

— Não. Vocês adolescentes sempre acham que sabem mais do que todo mundo! Mas não sabem.

— Ei, deixa ela em paz, David! — Joyce se aproximou, para defender a jovem.

— Ele gosta de ameaçar todo mundo, só pra poder espioná-los com câmeras de vigilância. Assim como ele faz com todos aqui nesta casa! — Chloe levantou-se do sofá para se intrometer, enquanto Warren se afastava bem devagar, temendo a situação.

— Não começa, Chloe!

— Ah, claro! Sempre sou eu que "começo", né?! Você vivia me chamando de perdedora por ter sido expulsa de Blackwell, mas o que você é, David?! Sempre precisa ficar ameaçando e assediando os alunos! Você é neurótico! E nessas suas investigações sobre a Kate ou a Rachel, que é que você fez além de entrar em problema?!

— É, David! Você é um valentão! Você podia ter ajudado a Kate Marsh quando ela estava cheia de problemas! Mas em vez disso, você assediou ela! Tanto é que no final das contas aconteceu o que aconteceu... — A garota deu um suspiro e pausou antes de prosseguir — Todo mundo é suspeito pra você, menos o Nathan Prescott! Por isso que ninguém gosta de você no colégio!

Neste momento, Warren se intrometeu na conversa:

— Você pensa que não sabemos que você bateu na Chloe?! — O rapaz disse e logo se encolheu de novo, arrependido. — Eu... eu... respeito seu trabalho! Mas... você não respeita ninguém.

— Quem você pensa que é pra se meter na conversa, moleque?! Mais um playboyzinho drogado que vem aqui passar uma noite com essa garota promíscua e depois some?! Deve estar se sentindo super especial por ela estar com você, não?!

— O quê?! Não fala assim do Warren! — Chloe entrou na frente do garoto para defendê-lo. — Ele com certeza é muito mais decente que você!

— Afinal de contas, David, por que você tem fotos da Rachel e da Kate nos seus arquivos?! — Max voltou a perguntar, o que surpreendeu Joyce.

— Isso é verdade, David?! Explique isso! Pois parece muito inapropriado!

— Eu não tenho que responder esses interrogatórios! Não de vocês!

— Talvez você devesse se acalmar! — Joyce falou irada, com os braços cruzados.

— Oh, agora você tá do lado delas?! Claro, complô feminino!

— Eu não sou menina, mas sei muito bem o tipo de pessoa que você é! — Warren replicou corajoso, pensando que não sofreria consequências, por estar do lado da maioria.

David então ergueu a mão e deu um tapa no rosto do garoto, que deixou uma marca vermelha de seus dedos na bochecha esquerda dele.

— Aprenda a respeitar os mais velhos, moleque estúpido! E suma da minha casa!

— Já chega, David! Acho melhor você sair agora! Vá achar um hotel pra ficar enquanto resolvemos as coisas! — Joyce sugeriu, aterrorizada com o ocorrido.

— Você não pode me expulsar da minha própria casa!

— É minha casa, David! Eu paguei e está no meu nome! Chega!

— É, some daqui, seu perdedor! E nunca mais volte! Você já me bateu e agora bateu no meu amigo! Qual é o próximo passo?! Bater na minha mãe?! Seu monstro! Se você fizer mais alguma coisa você vai se ferrar! Eu JURO! —Chloe disse com a voz embargada, prestes a chorar de nervosismo.

A última cena que Max pôde ver antes de intervir foi a de David saindo cabisbaixo pela porta da entrada. De repente, a garota viu tudo em preto e branco, embaçado. "Eu não posso deixar isso acontecer com o Warren! E com a família da Chloe... Preciso rebobinar!". Max então estendeu a mão em direção ao homem que cruzava a porta e começou a voltar com todas as suas forças, até seu cérebro arder de dor e não conseguir mais manter seus olhos abertos.

— Ah, claro! Sempre sou eu que "começo", né?! Você vivia me chamando de perdedora por ter sido expulsa de Blackwell, mas o que você é, David?! Sempre precisa ficar ameaçando e assediando os alunos! Você é neurótico! E nessas suas investigações sobre a Kate ou a Rachel, que é que você fez além de entrar em problema?!

— Ei! Chega! Ninguém aqui tem provas contra o David! Ninguém pode garantir que ele fez algo errado! E até onde todos sabemos, a verdadeira ameaça por aqui é Nathan Prescott! E... Victoria Chase. Vamos dar uma colher de chá pro David.

— Max! Por que está dizendo isso?! — Warren se intrometeu de novo, repetindo exatamente a mesma coisa para David — Você pensa que não sabemos que você bateu na Chloe?! Eu... eu... respeito seu trabalho! Mas... você não respeita ninguém.

— Warren! Por favor, fica quieto! — Max impediu o amigo de prosseguir com o assunto.

— Oh, Max, que meigo! — A amiga da fotógrafa disse, irônica — Agora você quer que todos ignoremos os arquivos que o David tem com fotos de alunas, ou o que ele fez com a Kate Marsh, ou o fato de você mesma sempre dizer que ele é assustador e...

— Chega! Não quero ver ninguém acusando ninguém aqui! — Joyce apartou a discussão — Tem acontecido muita porcaria durante essa semana e eu não quero problemas em casa hoje! — Ela terminou de dizer e se direcionou para a cozinha.

— É, concordo — David disse e se sentou para ler o jornal — Se não se importam, eu só quero esquecer do trabalho, sentar e comer um pouco dessa gororoba incrível!

— Vou sair. Vem comigo, Warren?! Já que a Max tem amiguinhos melhores pra bater um papo.

Os dois saíram e ficaram conversando na porta, Chloe extremamente irritada. Max aproveitou o momento para ver o que David e Joyce tinham a dizer.

— Obrigado por me defender, garota. Mas o negócio agora é entre eu e minha família. — David falou, enquanto comia.

— Obrigada por ficar do lado da nossa família, Max — Joyce suspirou — embora a Chloe não fique...

Max deixou os dois comerem à sós e foi em direção aos amigos, que pararam de conversar e olharam para Max, um tanto quanto insatisfeitos, especialmente Chloe.

— Obrigada por me decepcionar... de novo!

— É, Max... — Warren soava chateado, não zangado — Não precisava me mandar calar a boca na frente de todo mundo...

— Me desculpa, Warren, eu... eu tentei defender a Chloe mas... deu tudo errado e o David deu um tapa na sua cara e a Joyce mandou ele embora! Eu tive que voltar! Eu sinto muito... Eu não suportaria ver você apanhando do David — Max então virou-se para a amiga, que estava olhando para o outro lado, irada — e ser culpada por separar sua família, Chloe...

— Peraí... — Chloe voltou a olhar para Max, a contragosto — o David deu um tapa na cara do Warren?! Eu vou matar esse imbecil!

— Calma, Chloe... já passou... Aliás, que história era essa do David ter te batido?!

— Vamos sair desse inferno disfarçado de casa. No caminho eu falo.

Os três deixaram a casa e entraram na caminhonete de Chloe, mais uma vez. Dessa vez, porém, foi diferente de todas as outras vezes: Warren ficou no meio das duas garotas, e não na janela, como sempre. Chloe começou a dirigir, furiosa e a botar as palavras para fora, sem nem pensar em como estava dizendo:

— Ontem à tarde, enquanto vocês estavam na escola, eu fui na garagem e encontrei os arquivos do meu padrasto otário, mas eles estavam muito alto e eu não consegui alcançar direito, então acabei derrubando e molhando tudo, e adivinha: Eu não tenho poder de voltar no tempo! — Chloe acelerou o automóvel, deixando os amigos assustados — Enfim, além disso, encontrei as chaves reserva da escola e peguei. Aí voltei pro meu quarto pra relaxar e fumar um pouco e o David subiu lá reclamando do barulho da música e perguntou se eu tinha mexido nos arquivos dele. Falei que tava pouco me ferrando pra aqueles arquivos idiotas e ele viu o meu cigarro na mesa e me deu um tapa na cara. — A garota deu um soco no volante, que fez a direção tremer um pouco.

— E por que você não me contou, Chloe?

— Eu ia contar na piscina, mas esqueci. Acabei falando só pro Warren, por mensagem.

— Ah... ok... — Max ficou duplamente desapontada: primeiro, sua melhor amiga preferiu contar algo sério para outra pessoa e segundo, não era qualquer pessoa, era Warren Graham.

— Ei, Max... obrigado por ter me salvado de levar um tapa... — Warren falou, um pouco culpado por ter reclamado anteriormente sem saber os motivos da amiga — Afinal de contas... O que você encontrou na garagem? Alguma coisa a mais do que a Chloe?

— Bom... eu vi umas fotos da Kate e... — a garota nerd virou-se para a punk — eu encontrei fotos da Rachel Amber que mostraram que ela e o Frank talvez não fossem só amigos...

— O quê?! Isso é loucura, Max! A Rachel nunca sairia com aquele otário! Com certeza ela só estava posando pra provocar ele!

— Olha, o Frank tá no 2 Whales, podemos tentar conferir no RV dele. Ele tem a pulseira da Rachel, o que mais ele esconde?

Chloe fez uma curva brusca que fez os amigos se contorcerem no banco para entrar no estacionamento do restaurante e seguir a sugestão de Max. Embora não quisesse acreditar naquela possibilidade, ela realmente ficou com dúvidas depois do que a amiga disse. E não custaria nada tentar. Quanto mais investigações, melhor. Ainda mais sabendo que sua melhor amiga tinha super-poderes para salvá-la quando necessário.

— Espero que esse desgraçado não tenha mais nada dela. Pro próprio bem dele. — Chloe disse, abrindo a porta da caminhonete bruscamente — Vamos ver se a porta dele tá trancada. O otário fica tão bêbado que às vezes até esquece de fechar a porta.

Os três foram até o RV, a porta estava realmente trancada e além disso eles ouviram latidos vindo de dentro. Era Pompidou, o cachorro treinado de Frank.

— Inferno! Precisamos da chave! Já sei. Max, fica aqui enquanto eu vou lá falar pro Frank que tenho o dinheiro dele e faço ele me seguir, aí você entra no carro, volta no tempo, o Warren pega as chaves, e a gente entra, e o cachorro sai e o Frank pega e... e... Ahm... — Chloe começou falando radiante e terminou num tom completamente desanimado.

— Relaxa, Chloe. Deixa comigo. Encontre alguma coisa pra distrair o cachorro.

— Entendido, Madmax.

Assim que a garota se afastou, Warren puxou assunto:

— Chloe... Eu não sabia que você não tinha contado pra Max sobre o David...

— É, eu acabei esquecendo.

— Obrigado por ter... confiado em mim. — O rapaz disse, encabulado, passando a mão direita pelo braço esquerdo.

— Sem problemas, SuperWarren.

— Eu... eu não sou super.

— É sim, Warren, você é meu herói. — Chloe sorriu para o amigo, talvez mais que amigo, e prosseguiu num tom culpado e baixo — Você apontou uma arma pro Frank pra me defender... apesar de não ter atirado... Eu fiquei muito agradecida. Aliás, eu estive fazendo uns cálculos e é muito provável que nem tivesse mais balas naquela arma. Tínhamos gastado todas. Talvez puxar o gatilho não daria muito certo... Então... obrigada por me salvar.

— Sem problemas, Chloe. Eu... eu... eu faria tudo pra ajudar você. — A garota sorriu imediatamente, até que o nerd completou a frase — E a Max, claro.

— Hum... Warren... pare de pensar tanto na Max e... — A punk se aproximou do rapaz e inclinou seu rosto para perto do dele — pense um pouco mais em mim.

A garota dos cabelos azuis segurou o rapaz pela gola da camiseta de forma firme, mas não tão agressiva, e colou seus lábios nos dele, fazendo acontecer o verdadeiro primeiro beijo entre os dois. No começo, o garoto ficou desajeitado, pois foi pego de surpresa, mas após alguns segundos, relaxou e colocou as mãos nas curvas da cintura da garota. Ela era mais alta, então a cabeça do nerd se inclinava levemente para cima durante aquele momento tão mágico, porém, tão perigoso. Rapidamente, embora parecessem horas, a garota o afastou subitamente de seu corpo, se virou e foi embora, deixando um sorriso atônito e derretido no rosto do amigo, com certeza não só amigo.


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Notas finais do capítulo

BEIJOOOOOOO!!!!!!
E aí, o que acharam, seus lindões?????
Não esqueçam de comentar!!! Estou feliz. Faz tanto tempo que a fic começou... Eu estava relendo umas cenas anteriores, de 6, 7, 8 capítulos atrás... E parece que faz tanto tempo que começamos essa história maravilhosa. E hoje tenho aí essa média de 4 comentários por capítulo, o que é fantástico! Sem o feedback de vocês, talvez essa história já tivesse caído no esquecimento!
Mas ela não vai, assim como Life is Strange, mesmo depois daqueles finais arrasadores ainda vai continuar nos nossos corações e nas nossas fanfics u.u
Então, obrigada a TODOS que comentaram, mesmo que só uma ou duas vezes e até aqueles safadinhos que leem no anonimato u.u
Essa história é um grande orgulho pra mim, especialmente depois do momento Priceham que teve no episódio 5! O ship que nós criamos virou "canon" (ou quase isso xD), eu fiquei MUUUUUUITO orgulhosa!
Então, muito obrigada por lerem a história, e vamos em frente!
Beijinhos pra vocês!